Layla

Faltava uma semana para nosso casamento, estava nervosa, claro, não tanto quando a Juh, que além de tudo estava emotiva, aquele acidente foi a gota para ela, que chorou até adormecer em meus braços. Agora aqui olhando-a dormir e acariciando seus cabelos, percebo o quão forte ela tenta ser todos os dias, mas entendo o lado dela, também estaria assim se meu pai não estivesse no dia mais feliz de minha vida.

Enfim, vamos deixar as tristezas para trás e seguirmos em frente, beijei seu rosto, ela se mexeu, mas não acordou, me ajeitei fechando os olhos e adormeci. Acordei cedo na manhã seguinte, abri os olhos e o sorriso mais lindo do mundo me saudava:

– Bom dia amor, dormiu bem?

– Maravilhosamente! – recebi o beijo de bom dia sorrindo, retribui a pergunta: – E você, como está?

– Estou bem, um pouco envergonhada de ter chorado feito um bebê ontem. – sorriu, escondendo o rosto em meu pescoço, a abracei forte sussurrando:

– O bebê mais lindo que conheço. – me olhou, tirei os cabelos de seus olhos dizendo: – Você precisava desse momento amor, tem sido tão forte nos últimos anos, uma hora isso iria acontecer.

– Estou mais aliviada, de fato, mas ainda sinto um vazio no peito. – parecia preocupada, sorri dizendo:

– Hei, nada de vazio, falta cinco dias apenas para o nosso casamento, vamos deixar as tristezas para outro momento.

– Está certa amor! – me aconcheguei em seus braços, senti seu beijo em meus cabelos e ela sussurrar de cima: – Está feliz?

– Como nunca estive antes. – seus braços me apertaram fortes, ficamos naquele contato por alguns minutos, sorrindo e conversando.

Mas, logo levantamos, conseguimos conciliar nossos horários e tiramos aquela semana e a próxima de folga, estávamos correndo atrás dos últimos preparativos de nosso casamento, e nos divertindo também, adorando aquela atenção toda em nossa volta. Sem contar a alegria de nossas famílias, como se estivéssemos em um sonho, aquela semana passou, e finalmente a sexta-feira chegou.

A Juh foi sequestrada pelos seus amigos, tendo Diego e Paulinho como lideres, foram para a tão falada “despedidas de solteira”, não aguentava mais eles falando sobre isso naquela semana. Enfim, tive o meu momento também, Anny, minha mãe e dona Helena, entre algumas amigas mais íntimas, saímos para curtimos aquele último dia de solteira.

Foi gostoso eu confesso, elas me levaram em um clube para mulheres, claro que em benefícios delas mesmos, mas estava bem, nunca havia visto minha mãe tão feliz como eu estava vendo agora.

Depois de muito tempo ali vendo-as gritarem por conta de um policial que apareceu no palco, fui até o bar pegar uma bebida e de lá, como estava menos bagunça, fiquei observando-a, juntamente com minha sogra que era só sorrisos também, sorri desviando os olhos sem me dar conta de que alguém havia se sentado ao meu lado, me admirei quando ela sorriu dizendo:

– Como vai Layla?

– Bruna, o que faz aqui? – olhei em volta, para ver se ela está acompanhada, mas não estava, sorriu ainda me olhando:

– Achei que fosse mais receptiva com a minha chegada? – sorri, me aproximei e lhe dei os famosos “beijinhos de comadres” dizendo:

– Desculpa, foi uma surpresa ver você aqui. Como vai?

– Espero que uma surpresa boa? – sorriu tomando um gole de sua cerveja: – Eu estou bem, mas já estive melhor.

– Que bom! – retribui o sorriso tomando o meu coquetel, desviei os olhos perguntando: – O que a traz aqui?

– Negócios, na verdade, estou representando uma empresa, e essa, quer abrir uma filial aqui.

– Sério? – aquilo me impressionou, arqueei a sobrancelha e ela sorriu dizendo:

– Sim é sério, e já que estava na cidade, porque não dar um “Oi!”. – levantou a garrafa em sinal de brinde, sorri e ela continuou: – Encontrei o Paulo por acaso, no começo da noite e ele comentou que você estaria aqui em uma despedida de solteira. – indicou o salão e disse: – As meninas estão bem animadas.

– Sim, bem mais do que a noiva, acredite.

– E quem é a felizarda? – sorriu, ia responder, Anny apareceu me abraçando por trás dizendo:

– Hei, aqui está você meu bem, achei que tivesse fugido?

– Não faria isso com você. – sorri para ela, que olhou a Bruna questionando, sorri apresentando as duas, conversaram um pouco e logo ela disse:

– Não quero ser rude, mas você precisa voltar para o centro das atenções. – fiz cara de cachorro pidão:

– Preciso?

– Sim, precisa! – foi categórica, ela me olhou esticando a mão dizendo: – Sua amiga pode nos fazer companhia, se ela quiser.

– Adoraria, claro, se não for incomodar? – não gostei muito, mas apenas disse:

– Não vai incomodar, fica à vontade. – ela sorriu, pediu outra cerveja para o rapaz, Anny já estava lá na frente, Bruna me alcançou dizendo:

– Então, você é a noiva? – sorri concordando, logo nos juntamos ao pessoal, Bruna se adiantou dizendo:

– Parabéns, ela é linda. – olhei para ela, sorri dizendo:

– Anny é maravilhosa, mas não é ela a minha noiva. – me olhou confusa, disse apenas: – Ela é minha cunhada.

Não deu tempo para explicações, Anny apresentou ela para os mais próximos, minha mãe me olhou e nada disse, apenas a cumprimentou, sem muita emoção.

O restante da noite foi assim, entrei no clima quando saímos do clube e seguimos para um rodízio de pizzas, estava sentada lembrando da primeira vez que havia comido pizza com a Juh, na ocasião, foi a melhor noite de minha vida. Estava sorrindo ao lembrar, sempre o fazia, mas a minha mãe se aproximou perguntando:

– Interessante a Bruna aparecer hoje aqui, não acha? – olhei para ela, sorri dizendo:

– Bom, segundo ela, veio a negócios, e só para constar. – a abracei beijando seu rosto dizendo: – Foi seu filho quem disse a ela onde me encontrar.

– Paulo? – concordei e ela revirou os olhos: – Tenho que ter uma conversa séria com esse menino.

– Relaxa mamãe! – gargalhei da cara que ela estava fazendo: – Nada de brigas, concorda?

– Sim minha filha. – sorriu feliz me abraçando, por fim disse: – Hoje é seu dia, estou muito feliz.

– Imagina como eu estou? – definitivamente eu estava flutuando, sorrindo e feliz.

– Desculpa atrapalhar. – Bruna apareceu do nada, minha mãe a olhou como se analisasse, sorri gentil e ela seguiu: – Preciso ir, amanhã tenho uma reunião cedo, não poderia ir sem vir cumprimentar você. – sorriu olhando para minha mãe que ainda a olhava séria: – Parabéns Layla, espero que seja muito feliz nessa nova jornada da sua vida.

– Obrigada Bruna, foi bom rever você.

– Também foi bom encontrar você. – sorriu, mas logo desviou os olhos: – Tenho que ir, nos encontramos por aí.

– Claro. – ela se aproximou me dando um beijo no rosto e cumprimentando minha mãe com um aceno, e saiu, quando desapareceu de nossas vistas minha mãe disse:

– Não gosto dessa mulher.

– Que isso mamãe, vamos terminar essa noite. – a puxei para junto das meninas: – Estou ansiosa para chegar em casa e abraçar a minha noiva.

Ela me olhou sorrindo, logo se distraiu e finalizamos a noite, agradeci a todas e seguimos para casa, dona Helena que estava dirigindo, parou meia hora depois em frente ao meu apto, me despedi delas e subi. Para minha tristeza a Juh não tinha chegado ainda, mas estava feliz por ela, na certa estava se divertindo muito.

Fui até a cozinha tomar uma água, e segui para o nosso quarto onde arranquei minhas roupas e entrei no banheiro, precisava urgentemente de um banho. Estava distraída sentindo a água escorrer pelo meu corpo, nem ouvi ela entrar, a porta do box foi aberta e coloquei a mão no peito dizendo:

– Que susto amor! – sorrindo ela encostou na parede dizendo:

– Desculpa, achei que tivesse me ouvido, eu te chamei.

– Estava distraída, não te ouvi. – seus olhos passeavam pelo meu corpo, aquilo me ascendeu, quando nossos olhos se cruzaram ela sorriu perguntando:

– Será que eu posso me juntar a você?

– Com certeza meu amor...

A puxei com roupa e tudo para dentro do box, sorrindo ela tomou meus lábios com os dela me encostando na parede, seu corpo colou ao meu, senti o gosto de vinho em sua boca, imaginei que tivesse bebido além do normal, pela ousadia de suas mãos. Me levantou sem muito esforço, me encaixou em sua cintura me fazendo cruzar as pernas em volta dela.

Tomava meus lábios com desejo, em seguida desceu pelo meu pescoço me fazendo gem*r de desejo por ela, não demorou muito voltou para meus lábios me colocando no chão, e foi descendo até meu sex* que pulsava de desejo por ela, beijou lentamente passando a língua, gemi de tesão, levantei minha perna colocando sobre seu ombro, e ela me tomou deliciosamente.

Entrou em mim e me sugou inteira, meus gemidos tomavam conta do banheiro, louca pela boca dela que estava me levando a loucura, logo g*zei em seus dedos e língua. Com meu corpo em espasmos, ela finalizou com um beijo e subiu para meus lábios sussurrando:

– Deliciosa... – sorri olhando-a que apenas inclinou o rosto naquele sorriso torto e safado que eu tanto amava, nos beijamos apaixonadamente enquanto tentávamos nos livrar de suas roupas, precisava urgentemente dela.  

Fim do capítulo