Prazer do toque proibido – Lethicia Lobato
Ela como de costume, chegou em casa guardando sua inseparável bicicleta dentro da garagem, logo em seguida caminhou até a porta principal da casa onde entrou cumprimentando seu fiel amigo de quatro patas que sempre vinha para lhe receber. Após alguns minutos de carinhos, lambidas e palavras fofas, ela que estava ajoelhada no chão, levantou seguindo para a cozinha e se deparou com uma imagem que naquele momento era inesperada mas ao mesmo tempo muito excitante.
Estava ali sentada no balcão da mesa aquela que deveria chamar de "irmã", porém insistia em não enxerga-la como tal. Ela parecia saborear uma taça de sorvete de chocolate, momento raro pois ela vivia em constante treino para manter sua forma física, porém quando desejava fazia questão de se dar esse presente.
A garota deu o seu famoso sorrisinho nada inocente e se aproximou da mulher que também sorriu ao vê-la e balançou a cabeça negativamente, pois sabia que tipos de pensamentos poderiam está passando pela cabeça de sua falsa irmã.
— Quer sorvete? – Perguntou laçando a cintura da mais nova com as duas pernas. Por está sentada no balcão da cozinha, a posição lhe permitia tal movimento.
— Quero. – A garota respondeu aceitando o pouco que lhe era oferecido na colher.
— Você não presta, Magda. – A mulher disse sorrindo e balançando a cabeça negativamente. — Eu sou sua irmã, não deve me olhar assim.
— Você não é a minha irmã, é filha da minha madrasta. – Magda respondeu afastando a mão da mulher e pegando a colher que ela carregava. — Não tenho culpa se até tomando um sorvete você consegue ser terrivelmente gostosa. – Ela mirava a boca da mulher. Aquela deliciosa boca bem moldada e que adorava beijar quando a mais velha abria uma brecha.
— Para com isso, Magda. – A mulher disse e logo em seguida limpou a beira da taça por onde escorria um pouco de sorvete que começava a derreter e logo em seguida levou o dedo até a boca ch*pando lentamente sem tirar os olhos dos olhos da mais nova que parecia hipnotizada com a cena.
— Luna, você é tão covarde.... – Magda disse retirando a taça da mão da mulher mais velha e se aproximou mais. — Mas tão gostosa... – Sussurrou ainda olhando para a boca da mulher.
Lentamente, Magda afastou a mão de Luna e segurou seu rosto se aproximando até que seus lábios se tocassem no princípio de um beijo. Os lábios de Luna estavam gelados, porém ainda deliciosos, aquela boca bem desenhada, que exibia os melhores sorrisos e também lhe dava inúmeros foras, que sabia como beijar muito bem e talvez fosse esse o feitiço que prendia Magda.
Os lábios dançavam juntos, a língua de Magda invadiu a boca da mulher mais velha que naquele momento deixou que quase todas as barreiras fossem quebradas. As mãos da mais nova desciam até a cintura de Luna e apertaram levemente puxando aquele corpo para mais próximo do seu, era a vontade e desejo que estava crescendo dentro do corpo de Magda e também no de Luna que apesar de querer aprofundar todo aquele carinho, sabia perfeitamente que não poderia. Logo tratou de afastar bruscamente sua "irmã" que precisou se equilibrar para não cair no chão.
Magda olhou surpresa para Luna, certamente não esperava tal atitude, mas já deveria saber que algo assim viria a seguir, pois a mais velha nunca deixava que o sinal fosse avançado mais do que já estava sendo.
— Chega. – Luna disse descendo do balcão da cozinha. — Se alguém entrar nessa cozinha teremos problemas.
— Não tem mais ninguém em casa e você sabe disso. – Magda disse cruzando os braços.
Luna deu um sorriso e piscou para Magda, pegou a taça e fez o mesmo movimento de limpar o canto do objeto e levar o dedo até a boca. Logo em seguida foi para a pia da cozinha onde jogou o resto do sorvete e lavou as mãos.
— Por que você é sempre tão má comigo? – Magda perguntou fazendo uma voz sentida, porém Luna sabia que aquilo não passava de uma encenação.
— Por que é divertido. – Luna respondeu se voltando para Magda enquanto secava as mãos. — Desiste, Mag. Nada vai rolar entre a gente além do que você já conseguiu roubar de mim.
— Sua chata. -- Magda disse séria e logo sorriu divertida. Ela rapidamente foi até a mais velha e deu um selinho rápido em seus lábios e logo em seguida pegou sua mochila que estava jogada no chão e seguiu para a escada que levava até seu quarto.
Luna balançou a cabeça engativamente e sorriu divertida. Realmente, sua querida "irmã" Magda não valia nada, e enquanto ficasse longe o suficiente dela, estaria segura. Principalmente depois que aquele estranho interesse da garota por sua professora parecia estar mais aflorado.
Fim do capítulo
O Grupo Conexão Literária Agradece a Participação da Autora e informa que a mesma autorizou o compartilhamento do seu texto.
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