(A)Casos do cotidiano – Anônimo403998
Cada uma delas tinha sua rotina, atividades cotidianas que, no fim do dia, completavam uma a outra. Um tédio para alguns, mas não para um jovem casal que sempre soube enxergar nos detalhes a diferença que um dia tinha do outro.
Pensando numa convivência entre duas pessoas numa mesma casa é mais do que comum cada um ter sua “função” em cada questão da casa. A mais velha das duas tinha a função de organizar os móveis e utensílios ou qualquer outro objeto da casa quando chegavam de seus trabalhos, principalmente por ela quase fugir da cozinha e da responsabilidade de cozinhar as refeições das duas, mesmo que ela gostasse de fazer pequenas surpresas envolvendo comidas feitas por ela ou outras coisas do tipo em ocasiões inesperadas.
Mas era a outra que cozinhava mais, um hábito que ela amava ter, mesmo que brincasse ao reclamar que a namorada era chata para comer. Mas, como eu disse antes, elas eram atentas aos pequenos detalhes de seus dias aos quais, talvez todos nós, devêssemos ser para fazer de nossas rotinas algo um tanto mais agradável.
Certo dia estavam ambas na cozinha, a primeira organizando o armário de vasilhas e utensílios enquanto a outra preparava o almoço de ambas. Era um dos poucos finais de semana que as duas poderiam estar em casa e isso, por si só já era incomum. Em certo ponto a mais nova se virou de costas para o fogão chamando a namorada.
A intenção era lhe pedir para provar algo e assim foi quando ela estendeu para a maior uma colher com um pouco do molho que estava preparando. A mais alta provou dizendo, como sempre, que estava ótimo, mas a outra rolou os olhos contrariada reclamando que achava que ainda estava faltando algo. Passou a ponta do indicador pela parte de trás da colher e levou a boca para provar novamente.
A outra encarou o gesto sem piscar, a mais nova murmurando que talvez fosse sal e provando outra vez o molho da mesma maneira.
— Então coloque mais sal e prove de novo – disse a mais velha ainda com o olhar fixo nos lábios da namorada que buscou o tempero e fez o que havia sido sugerido.
Logo em seguida ela provou outra vez o molho, o indicador sendo levado a boca e o olhar da outra em casa detalhe do ato. A mais velha pediu para experimentar novamente com um sorriso controlado o qual foi bem notado pela menor que a olhou desconfiada.
Ela tornou a erguer a colher, mas a outra se adiantou segurando levemente o pulso direito da namorada e levando a mão dela até a colher com o molho. A menor não demorou a compreender a intenção da namorada e logo os sorrisos sugestivos estavam em ambos os lábios.
A mais alta trouxe a mão da outra, com o indicador sujo de molho, até sua boca e o prendeu com os lábios sugando-o sem desviar o olhar dos olhos da namorada que mordeu seus próprios lábios percebendo pela primeira vez o quanto aquele pequeno gesto era sugestivo.
O fogo da panela com o molho acabou sendo desligado antes de estar pronto para não correrem o risco de queimar a comida. Elas teriam muitos detalhes cotidianos para perceber e prestar atenção naquele começo de tarde.
Fim
Fim do capítulo
O Grupo Conexão Literária Agradece a Participação da Autora e informa que a mesma autorizou o compartilhamento do seu texto.
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amandanasnuvens
Em: 30/07/2019
Ameiiiiiiiiiiiiiiiii MT bom
Resposta do autor:
Muito Obrigada *-*
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Rosangela451
Em: 30/07/2019
Que delícia de tarde essas duas passaram heim ...
Resposta do autor:
Uma delícia mesmo hehe
Obrigada pelo comentário
;]
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