Cap. 43 – Duplo – O susto passou
Layla
Quando a enfermeira entrou, tirei todas as minhas dúvidas com ela. O quadro da Juh estava evoluindo muito bem, ela era muito forte. Pouco tempo depois dona Helena chegou, a princípio preocupada por ver a moça lá. Mas, expliquei com calma que a nossa garota tinha acordado, minha sogra me abraçou chorando feliz.
Conversamos um pouco mais, como não podíamos ficar o tempo toda na sala com a Juh, passamos algum tempo na sala de espera. Minha sogra e eu nos aproximamos muito, entre preocupação e carinho, nos tornamos mais amigas. Observando bem, a Juh tinha muito da mãe, na verdade, ambas as filhas tinham, até porque Anny também não ficava atrás.
Tanto que nem tinha amanhecido ainda, eu estava pegando um café na máquina quando vi o elevador abrir e minha cunhada sair olhando em volta, quando me viu, sorri e ela veio em minha direção me abraçando e perguntando preocupada:
– Como ela está?
– Está bem, acordou ontem quando eu cheguei, conversamos um pouco e tenho certeza que ouvi ela falando em casamento.
– Sério que ela está pensando mesmo em casar com você? – disse séria, mas quando viu meu olhar sorriu dizendo: – Brincadeira Layla, sabe que eu amo você.
– Que bom, estava ficando preocupada já.
– Deixa de ironia, e me conta o que aconteceu de verdade.
– Primeiro. – peguei meu café tomando um gole, depois olhei para ela perguntando: – O que está fazendo aqui uma hora dessas?
– Minha irmã está internada esqueceu?
– Eu sei, mas você deveria estar de repouso!
– Eu também acho. – minha sogra apareceu olhando para a filha brava perguntando: – Cadê seu marido, quero ter uma conversa séria com ele.
– Mãe, acha que eu iria ficar tranquila em casa sabendo que a Juh está internada, ainda correndo risco, aqui no hospital?
E começou a chorar sendo amparada pela mãe e eu. Seguimos para a sala de espera onde ela se acalmou um pouco, Júlio apareceu com algumas sacolas com café e alguns lanches que ele havia comprado na padaria em frente ao hospital. Conversamos e contei a eles exatamente o que tinha acontecido, ao final foi impossível segurar as lágrimas, mas felizmente tudo estava bem.
A Juh havia acordado, mas estava sentindo muita dor e quando foi medicada, adormeceu novamente. Durante aquela manhã ela acordava em intervalos de horas, mas conversava pouco e voltava a dormir. Eu não saí do seu lado, embora todos ficassem no meu pé para ir descansar um pouco e depois voltar, me recusava a sair daquele hospital.
Passado as 48hs de observação a Juh foi transferida para o quarto, graças a Deus, estava completamente fora de perigo, apesar das dores que mesmo não querendo transparecer para não preocupar, eram visíveis em seus olhos. Naquele mesmo dia estava mais animada, os meninos apareceram para conversar com ela.
Foram quase três dias de visitas para todos conseguirem ficar pelo menos dez minutos com ela, todo o Corpo de Bombeiro veio trazendo lembrancinhas e mimos, parabenizando-a e demonstrando solidariedade pela família. Ver o sorriso que eu tanto amava, no rosto ainda com pequenos ferimentos dela, era o meu maior prazer. Finalmente poderia dizer que ela estava de volta, brincando e curtindo com todos.
No quarto dia depois que foi transferida, tive que ir em casa, minhas roupas tinham acabado e precisava descansar algumas horas na minha cama. Cheguei por volta das onze, preparei alguma coisa para comer. Faísca estava na casa de minha sogra ainda, iria passar mais tarde, antes de ir para o hospital, para vê-lo. Pensando nisso deitei um pouco e acabei apagando. Acordei passava um pouco da sete da noite. Tomei um banho, passei rapidinho na casa da dona Helena e voltei para o hospital.
JuliaDizem que eu acordei várias vezes nos dias que fiquei na CTI, mas só lembro da primeira mesmo quando vi minha pequena me ameaçando. Sério, ela estava brava comigo, mas já estamos bem agora, depois que todo perigo passou e finalmente estou com minha família ao meu lado.
Nos primeiros dias, busquei saber o que aconteceu depois que desmaiei quando o carro explodiu, mas não deixavam o assunto ir além de “agora tudo está bem!”. Estava começando a ficar preocupada porque ninguém dizia nada, mas Layla acabou cedendo na noite passada e narrou com todos os detalhes o que aconteceu naquele dia, fui comentando as partes que eu lembrava até o cansaço apertar e adormecer.
Agora estava conversando com Diego no whats, rindo das fotos que ele me mandava do pessoal da CBM, a porta do quarto se abriu, olhei no instante em que Layla entrou sorrindo, me despedi de meu amigo recebendo um beijo dela, perguntando:
– Como você está?
– Eu estou ótima meu amor, mas e você?
– Também estou, querendo ir para casa.
– Hei, nada disso. – se deitou ao meu lado segurando minha mão: – Você só vai para casa quando estiver completamente bem.
– E eu não estou bem não?
– Entendeu o que eu quis dizer amor.
Sorri e fui acompanhada por ela, a enfermeira entrou. Tomei a medicação e quando ela saiu perguntei para Layla que estava ainda deitada em meus braços:
– Amor, sabe notícias da pequena Amanda e sua mãe?
– Até onde eu sei, elas estavam bem também.
– Não fique brava com elas, foi um acidente.
– Eu sei Juh, a criança não tem culpa. – não escondeu a revirada de olhos quando seguiu dizendo: – Mas a mulher, estou chateada dela.
– Own meu amor, não fique assim. – ela me olhou e vi o brilho triste passar pelos seus olhos, a puxei para mim abraçando-a forte e sussurrando ao seu ouvido: – Que tal esquecermos disso por hora?
– Unhum! – prendeu seus dedos aos meus e sorriu perguntando: – Que tal falarmos sobre o que me disse quando acordou na CTI?
– E eu disse exatamente o que amor? – sorri, lembrava vagamente.
– Verdade que estava pensando em me pedir em casamento?
– Ainda tem dúvidas disso?
– Você poderia estar delirando naquela ocasião. – sorri e ela me beijou, em seguida fiquei séria, passei a mão em seu rosto dizendo:
– Quando eu estava naquele carro, e vi que seria o fim de tudo, a única coisa que me deu forças para sair de lá, foi o fato de querer muito sobreviver para me casar e formar uma família com você amor. – meus olhos ficaram rasos de água e não prendi as lágrimas que ela enxugava também não segurando as dela, sorri e continuei: – Sei que conversamos pouco sobre isso antes, mas agora, não devemos adiar mais. Nos amamos e moramos juntas, porque não oficializar nossa união?
– Agora você está me pedindo em casamento? – ela me olhou sorrindo e respondi também rindo:
– Ainda acha que estou delirando?
– Não amor, delirando estarei eu se não aceitar viver ao seu lado eternamente.
– Eu te amo sabia?
– Não tanto quanto eu meu amor. – e me beijou.
Ficamos naquele chamego todo, planejando o que faríamos quando finalmente os médicos me liberassem daquele hospital. Pedi que ela não dissesse nada sobre o nosso casamento, gostaria de fazer a moda antiga e pedir sua mão diretamente ao seu pai, clichê néh? Mas eu sou uma romântica a moda antiga, fazer o que.
Fim do capítulo
Hei meninas, boa tarde!
Mais um caps pra vcs! Volto amanhã com mais...
BJs, se cuidem
Bia
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Pandora
Em: 19/06/2019
Ooi, Como você tá? Não suma assim de novo :/ ou de notícias caso tenha que se ausentar ;)
Que maravilha que todas estão bem, concordo com a Layla kk ela seria louca se não aceita-se a Ju.
Beijoos até manhã.
Resposta do autor:
Olá Pandora, tudo bem?
Desculpa a ausencia, prometo não sumir mais, e se o fizer, pode deixar que aviso! :)
Daqui a pouco tem caps... O feriado foi meio tenso pra mim... Mas, tenho surpresa pra vcs hoje!! ;)
BJs, se cuida
Bia
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