Na manha seguinte abro um olho e sinto um peso na minha barriga, olho para o lado… não fora um sonho, tinha mesmo acontecido. Catarina dormia abraçada a mim.

Com todo o cuidado viro me para ela e dou lhe um leve beijo nos lábios e afago lhe o rosto sorrindo. Catarina reclama e abre os olhos presenteando me com aquele seu magnifico sorriso.

-Bom dia

- Bom dia meu amor dormiste bem? – diz catarina se aproximando ainda mais de mim e enroscando os nossos corpos.

-Dormi tao bem que pensei que tinha sonhado – digo sorrindo e olhando a nos olhos

- Ahhhhh doutora Lu não é um sonho não… - e parte para cima de mim me dando vários beijos e fazendo me cocegas.

Desato as gargalhadas e salto da cama puxando a comigo para um banho super gostoso. Enquanto ela terminava de se vestir vou ate a sua cozinha e começo a preparar café e umas torradas. Era domingo, portanto não tínhamos que ir trabalhar.

-Pensei que nunca mais na vida ia ter o privilégio de ver esta cena – Catarina estava encostada a porta da cozinha sorrindo e olhando para mim

- A parte de eu estar vestida com a tua camisa branca ou de estar nesta cozinha preparando o nosso pequeno almoço? – vou ate ela e entrego-lhe a sua chávena de café e roubo lhe um beijo. Ela envolve as mãos na minha cintura e aprofunda o beijo.

- Hmmmmm as duas coisas, mas principalmente ver te aqui, a meu lado, nesta casa, nesta cozinha com ou não as minhas roupas vestidas.

Envolvo as mãos a volta do seu pescoço – Hmmmm então é bom que te habitues porque não vou a lado nenhum. – Agarro na sua mão e no prato com as torradas e vamos ate a sala sentando nos no sofá.

- Planos para hoje? – Catarina agarra na torrada e da uma dentada. Encosto me a ela e bebo o meu café descontraidamente.

- Estava a pensar, poderia levar a minha namorada a passear…um cinema…um jantar.. – digo inclinando me para olhar para ela

-Acho que é uma excelelente… desculpa o que? Disseste namorada? – Catarina olha para mim com um sorriso enorme.

-Não queres? – pergunto

Sinto a puxar me para um beijo doce e apaixonado. – Se eu quero??? É tudo o que eu mais quero nesta vida!! Mas pensei que querias ir devagar.

-Não, acho que já perdermos demasiado tempo. E eu quero-te, eu amo-te e não quero perder nem mais um minuto.

Acabamos por ficar ali no sofá namorando e conversando. A meio da tarde saímos e fomos ate a minha casa para eu pegar umas roupas e fomos jantar fora. Os dias foram passando e decorriam maravilhosamente bem. Passávamos a dividir, havia dias em que Catarina dormia comigo na minha casa e outros dias eu dormia na casa dela.

Estava no escritório quando Filipe entrou todo sorridente e sentou se

-Ola maninha, então quando e o casamento?

- Filipe calma!

-Oh então porque, vocês vao ficar a vida toda assim uma semana numa casa..outra semana noutra? Isso não tem logica mana.

-Eu sei... ela já falou em morarmos juntas…só que não sei…

- Aconteceu alguma coisa? Porque esse receio todo. Vocês não estão bem? As coisas esta ose a resolver mana… a empresa esta a andar para a frente e os projetos também.

- Sim, mas não sei… logo resolvemos isso.

Mudei de assunto e começámos os dois a trabalhar. No fim de tarde recebi uma mensagem de Catarina dizendo que teria de viajar de emergência e so estaria de volta daqui a dois ou três dias. Fiquei triste e desapontada.

Os supostos três dias passaram a uma semana. Catarina estava diferente, falávamos ao telefone, mas sentia a distante e um pouco mais fria. Quando lhe perguntava se estava a acontecer alguma coisa ela negava. E eu estava a começar a ficar irrequieta e a por coisas na cabeca… Filipe bem tentava me acalmar mas sem sucesso. Algo não estava bem! Aquela não era a minha catarina… algo se passava e eu estava disposta a descobrir o que era!

Na sexta feira, recebi um telefonema dela. Tinha acabado de chegar de viagem e queria que jantássemos juntas que estava cheia de saudades minhas. Pediu me que tivesse pronta as 20h que passaria la em casa, eu ainda tentei pedir explicações, mas ela interrompeu me dizendo que tinha que desligar. Ahhhhhhhh esta mulher vai me tirar anos de vida!

Chego a casa e tomo um banho relaxante, visto o meu vestido vermelho e maquilho me. Olho me ao espelho e sorriu ao ouvir a campainha. Como sempre pontual.

Abro a porta e a primeira coisa que vejo a minha frente e um ramo de rosas vermelhas e um cartão. “ Segue as instruções, confia, prometo que não te vais arrepender!” Do outro lado das rosas estava um homem vestido de fato preto.

- Boa Noite Sra. Marinho, serei o seu motorista esta noite e levar la ei ao seu destino. Queira fazer o favor de me acompanhar.

O homem abre a porta da limusine e eu abro a boca fazendo perguntas. Este sorri e apenas diz.

-Queira ter calma, em breve entendera tudo.

Ele fecha a porta e arranca com a limusine. Eu no banco de trás cheiro as rosas e sorriu.

- Ai ai Catarina Ventura o que andas a tramar.

Fim do capítulo