Capítulo 48
Capítulo 48
Sábado
Já passava das 8:00 horas da manhã e todos estavam se aprontando para seus compromissos.
— Gu, você pegou sua escova de dentes? — Helena indagou ao entrar no quarto de seu filho e encontrar uma mochila sobre a cama. O garoto só estava faltando entrar no guarda-roupa.
— Mamãe, não estou achando aquela minha blusa de frio preta — Gustavo se virou para a mãe.
— Deixa eu ver — Helena ficou ao lado de Gustavo e ajudou o garoto a achar o que estava procurando.
Neste momento, Ilara surgiu e ficou da porta analisando os dois que estavam em uma busca incansável.
Olhando para os movimentos da sua mãe e reparando no quanto o sorriso de Helena estava radiante, a garota começou a se lembrar do que havia visto na noite anterior.
Quanto mais pensava na possibilidade de Helena estar com Ester, mas ela tinha certeza que aquilo não era uma possibilidade e sim, uma certeza.
Sabia que para uma pessoa estar feliz, ela não precisa necessariamente estar com alguém, contudo, a felicidade de Helena demonstrava que ela estava amando.
Tudo começou a se encaixar na cabeça de Ilara, Helena amava Ester. Se isso estava mexendo com Ilara? Sim, muito. Não esperava por isso. Nunca havia passado por sua cabeça que sua mãe poderia ter um envolvimento com a prima de seu pai.
Poderia tentar conversar com sua mãe sobre isso, entretanto, achava que era um assunto muito delicado para ser tocado naquele momento que Helena estava pensando em reconstruir a sua vida. E também, achou melhor esperar a sua mãe ir até ela conversar sobre, pois se era isso mesmo, Helena não iria deixar os seus filhos sem saber disso, era o que Ilara pensava.
Por ter passado tanto tempo ali parada sem falar nada, Ilara acabou chamando a atenção de Helena.
— O que está pensando, filha? — Com a pergunta da mãe, Ilara deixou todos aqueles pensamentos de lado, já que iria esperar a sua mãe ir até ela para falar sobre Ester.
— No quanto Gustavinho está ansioso para ir a esse passeio — Ilara mentiu e viu o seu irmão mudando sua feição de feliz para irritado.
— Olha, mamãe, ela já vai começar — O garoto começou a ficar enfunado e cruzou os braços, sabia que a irmã iria começar com as provocações, no entanto, Ilara não iria fazer nada, só queria falar algo para sua mãe não suspeitar de nada.
— Ilara, por favor, seu irmão não gosta dessa brincadeira — Helena olhou para a filha em reprovação.
— Não vou brincar — Ilara foi até a cama e se sentou ao lado da mochila do irmão. Decidiu não falar mais nada. Ficou ali quietinha só observando.
Gustavo ao perceber que sua irmã não iria fazer nenhuma brincadeira, deixa aquela cara emburrada de lado e voltou a ter a mesma animação de antes.
Helena ficou aliviada por não ter que presenciar nenhuma confusão dos filhos, mas estava sentindo que não era sobre a animação de Gustavo que Ilara estava pensando. Com as mães às vezes ou quase sempre tinha isso, elas sabiam quando os seus filhos estavam mentindo.
Às 9:30, a mãe de Manu foi buscar Gustavo.
O garoto quando notou o carro estacionado em frente à sua casa, começou a ficar apreensivo, pois não tinha certeza que havia pego tudo que precisava.
— Filho, acalme-se, já está tudo em sua mochila — Helena colocou suas mãos sobre os ombros da criança e se abaixou para ficar da mesma altura dela — Você promete que vai se cuidar lá?
— Eu prometo, mamãe! — O garoto deu um sorriso largo e deu um abraço bem apertado em sua mãe — Você sabe, já sou um homenzinho — Disse todo orgulhoso.
— Claro que é, meu homenzinho — Helena começou a se emocionar, pois percebeu que aquele garotinho já estava crescendo e começando a dar seus primeiros passos sem ela, já que aquela era a primeira vez que ele saia sem ela.
— Vem cá? — Ilara que observava sua mãe e Gustavo se pronunciou — Quero um abraço também!
— Claro que dou, sua chata — Gustavo saiu do abraço de sua mãe e foi até a irmã — Cuide da mamãe! — Disse baixinho perto do ouvido da mais velha. Ilara sorriu com isso.
— Está bem, se cuida, nada de aprontar. Você é um homenzinho, mas ainda é muito sem juízo — Ilara tocou o nariz do irmão com seu dedo indicador e sorriu. Gostava muito daquele garotinho.
Logo depois da despedida, Helena e Ilara levaram Gustavo até o carro da mãe de Manu.
Quando chegaram a calçada de sua casa, as duas se depararam com uma mulher morena alta e uma garotinha que ficou toda animada quando viu o garoto saindo pelo portão. Parecia que a menina estava mais ansiosa por esse momento que Gustavo.
Helena ao ver rostos tão desconhecidos, começou a se perguntar se ter aceitado aquele convite tinha sido uma boa ideia, todavia, a mulher mais velha foi até ela e a cumprimentou de uma forma tão cordial que acabou acalmando um pouco o coração daquela mãe preocupada.
— Prazer, meu nome é Heloísa, sou mãe da Manuela, a amiga de seu filho — A mulher sorriu gentilmente enquanto trocava comprimentos com Helena — Vou cuidar muito bem de seu filho, pode ficar tranquila.
— Muito obrigada, saber disso acalma um pouco meu coração. Nunca deixei ele sair assim sem mim — As duas mulheres sorriram, pareciam que entendiam muito bem a atitude da outra.
Heloísa é uma mulher muito simpática e parecia gostar muito de Gustavo. Isso deixou Helena muito tranquila, pois mesmo deixando seu filho passar um final de semana fora de casa, não conhecia a mãe da amiga de seu filho e nem a amiga.
Após entregar a sua mochila para Heloísa, Gustavo recebeu um abraço inesperado de Manu e começaram a conversar animadamente sobre as possíveis coisas que iriam fazer na chácara.
As duas mães sorriram bobas ao notar a felicidade das crianças por elas poderem passar um final de semana todo brincando e se divertindo.
— Filha, tem certeza que não está acontecendo algo? — Após a partida de Gustavo, Helena se virou para Ilara que estava ao seu lado e perguntou.
Ilara olhou para a sua mãe por alguns instantes e depois passou a encarar a casa a sua frente, a casa de Ester.
Era tão estranho pensar que as coisas estavam tão obvias e ela não havia percebido. Helena se comportava de forma muito estranha ao tocarem no nome da médica. Talvez sua mãe fosse como ela, não conseguia disfarçar quando ouvia o nome da pessoa que gostava.
— Não, mãe, nenhum problema — Ilara se virou e começou a andar em direção a porta de sua casa.
— Filha, você sabe que eu sinto quando não diz a verdade, né? — Colocou sua mão sobre o ombro da filha e fez ela lhe olhar nos olhos.
Com aquele contato, a garota abaixou sua cabeça, não gostava de mentir, ainda mais para sua mãe, no entanto, era preciso. Não tinha como ela falar do nada que sabia que Helena tinha algo com Ester e também, tinha achado melhor sua mãe lhe falar sobre do que ela iniciar aquela conversa.
— Só estou um pouco preocupada com umas coisas do colégio— Falou e antes que Helena pudesse dizer qualquer coisa, Ilara andou apressadamente para sua casa.
Helena ficou parada na calçada observando sua filha se afastar. Não estava entendendo o que acontecia, Ilara estava muito estranha.
— Será que brigou com Michelle? — Pensou, mas logo dispersou aquele pensamento, pois se isso tivesse acontecido, a sua filha nunca que iria a casa da professora.
Após deixar esses pensamentos de lado, Helena se virou para a casa de Ester. Naquele dia, ela estaria livre para ver sua amada e para resolver sua vida, já que seus filhos iriam sair.
Ficando um bom tempo olhando para a casa de Ester, Helena acabou tendo uma bela surpresa, Ester saiu pelo portão de sua casa e as duas trocaram olhares e sorrisos apaixonados.
Como não sabiam se estavam sendo ou não observadas, elas não trocam nenhuma palavra para não dar espaço para desconfianças, no entanto, como da última vez, Ilara estava da janela do quarto observando toda aquela cena.
Ainda não sabia como agir diante disso, era algo que ela não esperava acontecer. Sua mãe apaixonada por uma mulher.
Ela gostava de uma mulher, mas era estranho pensar que sua mãe que dizia só ter gostado de seu pai estava apaixonada por uma.
Foi nesse momento que uma indagação começou a surgir em sua cabeça. Se aquelas duas mulheres estavam juntas, a quanto tempo isso estava acontecendo? Será que sua mãe havia mentido para ela o tempo todo sobre seu pai ser o primeiro em sua vida, pois pela intensidade dos olhares, o que elas tinham não parecia recente. Ainda mais, por que desde a chegada da médica que sua mãe estava estranha.
— Será que a mamãe teve que deixa-la por medo? — Se perguntou e se lembrou de algo, do dia que sua mãe havia dito que tinha desistido de algo por medo de enfrentar o mundo. Pronto, agora tudo se encaixava, sua mãe havia desistido de Ester por medo e agora, maduras, resolveram reatar esse amor — Talvez seja por isso que ela me entendeu tanto e não foi contra meu envolvimento com Michelle — Após chegar a essa conclusão, Ilara resolveu parar de pensar em quando sua mãe começou a se envolver com Ester e foi se arrumar para ir à casa de Michelle, já que sua amada logo iria busca-la.
Às 10:15, Michelle foi buscar Ilara que já estava em frente à sua casa lhe esperando.
Após a garota entrar no carro da morena, as duas trocaram apenas alguns comprimentos formais, mesmo querendo mais que isso, já que quando se aproximavam começavam a desejar estar mais perto da outra.
A rua aquele dia estava muito movimentada, então as duas tiveram que se conter, no entanto isso não impediu Ilara de reparar no corpo de Michelle.
Neste dia, a professora estava usando uma roupa mais confortável, short e uma camiseta mais folgada.
Ao notar as pernas de Michelle assim nuas, Ilara começou a sentir uma vontade começando a tomar conta de seu corpo. Seus pensamentos foram longe demais.
— Será que ela pensa em me dar aulas assim? — Ilara se perguntou e teve certeza que não iria conseguir se concentrar em nada que Michelle iria lhe falar.
Michelle ao perceber aqueles olhares nada discretos da garota, sentiu seu coração bater mais forte. Não estava conseguindo nem dar partida em seu carro direito, pois não era isso que seu corpo estava desejando no momento.
— Como anda as coisas em sua casa? — Michelle perguntou enquanto tentava manobrar o carro. Ela precisava dispersar aqueles pensamentos e também queria saber se a mãe da garota havia tomado alguma atitude.
— Andam bem, meu pai viajou e minha mãe... — Foi nesse momento que tudo voltou a tomar conta de seus pensamentos e ela imediatamente interrompeu a sua fala.
Michelle estranhou aquele comportamento.
— Aconteceu algo? — Preocupou-se.
— Não, as coisas em casa estão bem. Só que tem algo que está mexendo comigo — A garota respirou fundo — Posso falar sobre isso com você quando chegarmos? — Abaixou sua cabeça e começou a encarar a mochila que estava em seu colo.
— Claro — Michelle olhou rapidamente para Ilara e depois começou a prestar atenção no transito.
As duas não demoraram muito para chegar ao apartamento da professora, quando chegaram, Michelle comunicou algo a Ilara que fez a garota se perguntar se a intenção da professora era somente lhe ajudar mesmo.
— Sozinhas? — Ilara olhou para Michelle que estava fechando a porta de seu apartamento.
— Sim, eu pedi para Marisa nos deixar mais à vontade — Michelle respondeu de uma forma calma, tentando fingir que aquilo não estava fazendo dentro dela sentir um turbilhão de sensações.
Por um tempo, Ilara ficou parada, só analisando aquela mulher a sua frente. Queria dar o primeiro passo até ela, mas estava pensando se seria muita ousadia de sua parte, já que ela estava indo ali só para “estudar”.
Como não estava com a mesma dúvida de Ilara, Michelle saiu de sua posição inicial e começou a andar em direção a garota.
Ao chegar perto, pegou a mochila que estava na mão da garota e jogou no sofá.
Ilara observa todos aqueles movimentos sentindo seu coração só faltar sair para fora de seu peito, pois estava batendo muito rápido.
— Eu sei que você veio aqui para eu te ajudar, mas não consigo ficar perto de você aqui sozinha e não te beijar — Michelle disse com a voz um pouco rouca enquanto toca nos cabelos de Ilara que estava soltos naquele dia — Eu preciso te sentir, Ilara.
Após essa fala, Ilara sentiu a sua cintura sendo envolvida por um dos braços de Michelle e seu corpo estremecendo com aquele toque.
O rosto da professora começou a se aproximar do da garota e as respirações passaram a ficar pesadas.
Elas se olharam nos olhos por alguns segundos, tempo suficiente para elas entenderem que estavam desejando a mesma coisa naquele momento.
Elas se beijaram, um beijo um tanto urgente que fez Ilara cair sobre o sofá sentindo o peso de Michelle sobre ela.
Diferente das outras vezes, Ilara não se assustou com os toques mais ousados da mais velha.
Michelle enquanto beijava Ilara começou a deslizar as suas mãos por caminhos que antes suas mãos não tinham permissão para trilhar. Isso fez ela sentir muita vontade, consequentemente passou a se perguntar se ela aguentaria ficar por muito tempo sem poder amar aquela garota.
Com aqueles beijos calorosos, Ilara se deitou no sofá sentindo todo o peso do corpo da mais velha sobre o seu. Era uma sensação tão diferente sentir o corpo da outra mulher tão perto do seu.
Não sabia definir o que estava sentindo, mas o seu coração batia muito forte e o seu íntimo estava pedindo por mais contato com aquela mulher.
As duas pararam de se beijar, Michelle ficou encarando Ilara por um tempo.
Ver Michelle sentada sobre sua cintura fez Ilara se perguntar se ela conseguiria lutar contra suas vontades no momento.
Em sua mente estava passando tantas coisas e ela percebia que seria difícil resistir aquela mulher.
— Gosto tanto de você— Michelle deitou sobre o corpo de Ilara, mas colocou um dos braços sobre o sofá para sustentar seu peso e também ter uma visão melhor do rosto da garota.
Ilara ficou repetindo aquela frase dita por Michelle várias vezes em sua mente.
— Também gosto de você – Falou e Michelle sorriu encantada.
Uma das melhores coisas que existe é saber que é correspondida.
Em resposta ao que foi dito por Ilara, Michelle pegou uma das mãos da garota e levou até seu corpo.
— O que você vai fazer? — Ilara indagou um pouco assustada, ao sentir sua mão tocando a cintura da mais velha.
— Calma, só quero ver como você reage ao tocar meu corpo — Michelle disse com um tom de voz até então desconhecido por Ilara.
Michelle foi deslizando a mão de Ilara sobre o seu corpo e sorriu ao perceber que o olhar da garota mudou na hora.
Ilara ficou muito quieta, só observando sua mão indo em direção a um dos seios de Michelle.
— O que sente? — A professora indagou e a mais nova não soube o que dizer. Só sabia que tudo isso estava mexendo muito com ela, nunca havia sentindo aquilo, foi quando se deu conta que estava molhada e ficou se perguntando como Michelle havia feito ela ficar naquele estado somente lhe beijando e tocando.
— Não sei dizer, nunca havia me sentido assim — Foi sincera e Michelle voltou a sorrir — Será que ela quer me enlouquecer? — Se perguntou mentalmente enquanto analisava a mulher a sua frente.
***
Já fazia mais de meia hora que Marisa estava andando de carro com Marina sem saber para onde estavam indo e isso deixou a morena um tanto inquieta.
— Está me sequestrando? Já vou avisando que não tenho muitas poses — A morena brincou, pois conhecia a cidade onde vivia, mas naquele momento já estava confusa depois de ter passado por tantas ruas. Parecia que Marina queria lhe confundir.
A pergunta de Marisa ficou sem resposta, Marina estava ansiosa demais. Nunca havia pensado que estaria fazendo aquilo, começando a querer algo mais sério com alguém totalmente diferente dela.
Após a morena lhe dizer que estaria disponível no sábado, Marina resolveu que estava na hora de falar toda a verdade, que ela iria ficar naquela cidade e investir na relação das duas.
— Está me levando para algum motel? — Marisa perguntou minutos depois, pois já não sabia mais para onde estavam indo.
Com a pergunta de Marisa, Marina deu uma risada muito gostosa. A outra mulher não tinha jeito, sempre via maldade nas coisas.
— Não, só quero te levar para um lugar que vai se tornar especial para nós — Marisa respondeu sem desviar o seu olhar dos carros a sua frente.
Marisa ao ouvir aquela resposta ficou sem saber o que dizer por alguns instantes. A loira estava lhe levando para um lugar que iria se tornar especial para elas. Que lugar seria esse?
— Bom... Então vou ficar quieta, pois não sei mais que lugar seria esse — Resolveu apreciar a viagem, começou a reparar na paisagem fora do carro, já que a outra mulher estava muito quieta.
Ao notar que Marisa havia desistido de tentar saber para onde estavam indo, Marina sorriu, pois pensava que a morena iria insistir mais, no entanto, após alguns minutos de silêncio...
— Vai demorar muito? — Marisa indagou quando percebeu que já havia passado 5 minutos desde a última vez que havia olhado para a tela de seu celular.
— Não, chegamos — Marina estacionou em frente a um pequeno prédio de dois andares.
— Que lugar é esse? — Indagou confusa.
— Você pergunta muito — Desceu do carro, deixando Marisa no automóvel sozinha.
— Que mulher mais difícil, nem minhas perguntas responde — Marisa reclamou, pois a outra mulher já foi entrando no prédio sem lhe esperar — Será que não pode me responder agora? Que lugar é esse? — Indagou quando acompanhou Marina que estava em frente a porta de entrada.
— Minha nova casa, Marisa, onde vou começar a morar a partir de hoje — Direcionou o seu olhar para o da morena e percebeu que a outra mulher começou a chorar — Ué, não gostou da novidade? — Preocupou-se.
— Claro que gostei — Marisa saiu de onde estava e se jogou nos braços da outra mulher — Sabia que ia conseguir.
— Você se acha muito boa, né? — Marina se sentiu algo diferente lhe invadindo com aquele contato. Estava muito feliz por a outra mulher ter gostado da novidade.
— Claro — Marisa respondeu e as duas ficaram se olhando nos olhos por alguns instantes. A morena sentiu vontade de dar um beijo na loira.
— Podemos entrar? — Marina perguntou e a morena só assentiu com a cabeça.
Marina abriu a porta daquele lugar e ao entrarem Marisa percebeu que a casa já estava quase toda mobilhada.
— Você foi rápida — Neste momento, uma dúvida começou a surgir— Quando você decidiu ficar?
Com a pergunta de Marisa, Marina sorriu e começou a andar em direção as escadas para o segundo andar.
— Não vai me responder? — A morena que estava acompanhando indagou, ela já estava ficando nervosa com essa falta de respostas da outra mulher.
— Se acalme, venha — A loira começou a andar de uma forma muito sensual e Marisa ao notar isso, ficou sem saber o que pensar. Será que Marina estava querendo lhe provocar e só lhe deixar na vontade?
Após andar por alguns segundos, Marina parou em frente a uma porta. Marisa não fez mais nenhuma pergunta, pois sabia que seria em vão, a loira não iria responder.
Quando Marina passou pela porta, Marisa ficou um tempo lá fora tentando saber o que a outra queria lhe mostrar.
Percebendo que o melhor jeito de saber o que estava acontecendo era entrando naquele quarto, Marisa seguiu Marina e ao passar pela porta sentiu o seu corpo sento envolvido pelos braços da loira.
— Não sei se estou fazendo uma loucura, mas eu quero ficar com você, Marisa. Decidi isso após nosso último encontro, pois você está despertando em mim algo diferente que ao mesmo tempo que gosto de sentir, eu tenho medo— Marina falou aquelas palavras rapidamente, pois estava com medo de acabar desistindo de falar o que estava sentindo, nunca havia feito a loucura de deixar os seus planos de lado por causa de alguém que havia conhecido a pouco tempo.
— Pode ter certeza que você não vai se arrepender dessa decisão. Eu estou gostando muito de você, de um jeito que nunca havia sentido antes — Marisa falou com um tom sério, deixando as brincadeiras de lado, pois queria mostrar a outra mulher que ela poderia se sentir segura ao seu lado.
— Assim você faz eu dizer que também estou gostando de você — Confessou.
— E você está gostando? — Marisa passou a ficar muito ansiosa.
Marina demorou um tempo para responder, pois ficou se perguntado se já estava no momento de dizer algo assim, mas achou melhor parar de pensar um pouco e tentar dizer o que o seu coração estava sentindo.
— Estou gostando de você, Marisa, mesmo você sendo totalmente diferente de mim e isso me assustando bastante.
— Dizem que os opostos se atraem — As duas sorriram.
— Acho que isso é verdade mesmo, pois você me atrai bastante — Marina pegou Marisa pela sua mão e começou a guiar a outra mulher para a cama.
— O que você está fazendo? — Indagou, pois estava querendo saber se iria acontecer o que ela estava pensando.
— Por favor, pare de fazer tantas perguntas, só deixe as coisas acontecerem — Marina se deitou sobre a cama e puxou Marisa para que o corpo dela caísse sobre o dela.
— Tem certeza? — Marisa indagou quando a outra mulher começou a levantar a sua blusa.
— Absoluta — Marina disse com uma voz rouca e com o olhar carregado de desejo.
Fim do capítulo
Olá,
Demorei um pouquinho, mas aqui estou. rsrs
Postei esse capítulo com medo de vocês acharem ruim.^^
Agora os capítulos estão um pouco maiores, e o engraçado, é que esses dias sonhei com isss. kkk Que uma leitora me mandou um e-mail falando que não ia ler minha história, pois os capítulos estavam ficando grandes. kkkk
Para quem não sabe, eu não costumo ler histórias com capítulos muito longos. É uma mania minha já, coisa de gosto, por isso que não escrevo, já que depois eu vou ter que revisar. rsrs
Ah... Vou postar aqui o link de meu canal no youtube, é de música... Criei esse ano. Vivo gravando vídeos para o Instagram e quando gosto acabo postando lá. No meu tempo livre faço isso também, não é algo muito sério.
https://www.youtube.com/channel/UC6ToFZ1pXZ8yQJGaTo_MoQQ/videos
Bom...
Muito obrigada por estarem acompanhando minha história.
Quero agradecer também as pessoas que andam dando uma olhada em meu blog. Fico muito grata por isso.
Beijinhos^^
Van^^
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Brescia
Em: 19/05/2019
Boa noite cantora.
Eu particularmente adoro capítulos extensos, parece que estou lendo um livro e isso me empolga. Quanto ao capítulo achei ótimo, estou gostando como a Helena esta conseguindo se libertar e seguir o que seu coração e seu grande amor. A filha ter descoberto e se sentir feliz pela mãe é importante.
Baci piccola .
Resposta do autor:
Olá,
Percebi que você gosta de capítulos extensos.
Fico feliz por ter gostado do capítulo!
Muito obrigada pelo seu comentário!
Beijinhos^^
Van^^
HelOliveira
Em: 15/05/2019
Eu gosto de capítulo grande e esse foi vem gostoso de ler, acho a Marisa uma graça e dessa vez ela foi surpreendida...
Cada personagem tá seguindo seu caminho.
Já te sigo no Instagran
Bjos
Resposta do autor:
Olá,
Fico feliz por vc ter gostado do capítulo.
Eu vi mesmo que está me seguindo^^
Muito obrigada pelo seu comentário!
Beijinhos^^
Van^^
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