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Entre Lambidas e Mordidas por Vandinha

Ver comentários: 4

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Palavras: 3668
Acessos: 1987   |  Postado em: 14/05/2019

Capítulo 69

 

Entre Lambidas e Mordidas -- Capítulo 69  

 

Casar-se com Débora é a realização de um sonho para Paula. Mas com a proximidade do casamento, ela descobre que algumas vezes os preparativos são bem mais estressantes do que imaginava.  

Paula parou diante do armário e abriu os braços indignada.  

-- Onde estão minhas roupas?  

Daniela e Bianca se entreolharam.  

-- Eu não sei de nada -- disse Bianca, saindo disfarçadamente do quarto.  

-- Nem eu -- Daniela desviou o olhar em direção a janela -- Dia lindo!  

-- Onde vocês esconderam as minhas roupas?  

Daniela coçou a cabeça e esfregou o rosto.  

-- Foi a Bianca.  

-- Mentira! -- Bianca berrou lá da sala -- Foi a Dani.  

Paula cruzou os braços e ergueu o queixo.  

-- Fala a verdade, Dani. Eu sei que foi você.  

-- Vou contar uma piada.  

-- Eu não quero ouvir piada. Não é o momento para isso -- disse Paula, já começando a ficar irritada.  

-- Não é bem uma piada. É mais uma parábola. Ouça:  

Primeira noite dos recém-casados. Na cama, a moça diz ao rapaz:  

-- Sabe, amor, eu não disse a você, mas eu não sei fazer nada de nada!  

-- Não se preocupe, lindinha! Você tira a roupa, deita na cama e deixa que eu faço o resto!  

-- E ela, não muito meigamente, responde:  

-- Não, amor, acho que você não entendeu... o que eu não sei é lavar, passar, cozinhar, arrumar casa...essas coisinhas...  

-- Isso é uma piada!  

-- Não, não é -- insistiu Daniela -- É uma narrativa curta que, mediante o emprego de linguagem figurada, transmite um conteúdo moral. Resumindo: Parábola.  

Paula ergueu os braços, impaciente.  

-- Tá, e daí?  

-- Você não entendeu a parábola? Sua tansa!  

Paula deu um tapa na cabeça dela.  

-- Você está me deixando ainda mais nervosa. Seja mais clara.  

-- O que eu estou querendo dizer é que a mana é um desastre na cozinha. Não sabe nem preparar um miojo -- Daniela sentou-se na cama e ficou olhando para Paula -- Lembra da época em que eu, a Bianca e você, morávamos juntas? Comíamos tanto Miojo, que você já estava cagando macarrão instantâneo.  

Paula a examinou com um olhar raivoso.  

-- Minhas roupas?  

-- Não se preocupe, Paula. Foi só para garantir que você não fugiria -- Daniela pegou um jeans, uma camiseta de malha e jogou sobre a cama.  

-- Idiota. Até parece que depois de tudo o que eu sofri por sua irmã, pensaria em fugir?  

-- Sei lá. Tem cada doido.  

Bianca retornou ao quarto com uma folha de papel na mão.  

-- Eu tenho notado uma nova classe social surgindo no Brasil, o pobre de classe rica.  

-- E como é essa nova classe? -- perguntou Paula, curiosa.  

-- É igualzinho ao rico, só não tem dinheiro.  

-- Penso que a maior desgraça do pobre foi aprender a pedir Uber -- Daniela se levantou da cama e foi até Bianca -- Falando em Uber, lembrei-me de uma parábola.  

Paula revirou os olhos.  

-- Piada.  

-- Fala, minha boa samaritana -- pediu Bianca.  

-- Um cara pegou um Uber, após a balada. Quase chegando no local de destino (ele estava no banco de trás) colocou a mão no ombro do motorista, para avisá-lo que deveria virar à direita. O cara deu um berro absurdo, perdeu o controle da direção e quase bateu o carro. Ele falou: "Nossa o que foi isso?"  

O motorista respondeu: Desculpa, Senhor. Levei o maior susto da minha vida! Estou desempregado e iniciei no Uber hoje. Até ontem eu dirigia carro de funerária!  

-- Vocês duas só falam besteiras -- Paula pegou a roupa que Daniela havia deixado sobre a cama e foi se vestir no banheiro.  

Daniela sacudiu os ombros com desdém.  

-- Paula está muito dramática hoje -- deu um muxoxo e sorriu -- Que papel é esse?  

-- Tenho dúvidas intermináveis com relação ao meu casamento. Estou anotando os pontos positivos e os negativos do casamento da Paula.  

-- Já vão casar? Você não disse que casamento, só depois do sex*?  

-- Eu ainda não pedi a Benta em casamento, mas quando pedir, já quero ter tudo pronto.   

-- Ah! -- Daniela estava sem palavras -- E qual é a sua principal dúvida?  

-- O que seria mais apropriado: Banda alemã, dupla de sertanejo universitário ou pagode?   

-- Bandinha alemã! Sem dúvida nenhuma.  

-- Logo imaginei, Frau Daniela -- Bianca anotou na folha.  

-- Estou pronta -- Paula saiu do banheiro, já vestida.  

Foi para o quarto e começou a secar e escovar os cabelos.  

-- Vamos aonde Paula? -- Bianca se preparou para anotar.  

-- Vamos até o cabeleireiro depois, no cartório. Está bem?  

-- Ótimo -- Daniela colocou um braço ao redor dos ombros de Paula e começaram a caminhar -- Hoje você é quem manda, "cú nhada".  

Paula era uma amiga querida, fiel e sincera. Daniela estava felicíssima com o casamento, porque via o nascimento de uma linda família, cheia de amor, de afeto e de muita alegria.  

Débora e Paula haviam comprado um belo sítio em Canoinhas. Tinham a intenção de se mudar para a pequena e pacata cidadezinha. Ter filhos e viver junto a natureza.  

Aquele era também o seu sonho, pena que não era o de Yasmin. Sacudiu a cabeça para afastar aqueles pensamentos ruins. Queria estar feliz e alegre no casamento da irmã.  

 

Depois de Paula acertar todos os detalhes no cabeleireiro e no cartório, foram direto para a casa de Roberta.  

-- Paula! -- Débora correu para recebê-la -- Que bom que chegou, amor! Não sei o que fazer com o meu vestido! Provei quando trouxe da costureira e agora não consigo fechar o zipper.  

-- A mana faz dieta de segunda a sexta, mas quando chega o final de semana, come até o imã da geladeira.  

-- Eu entendo a Débora -- disse Bianca, pesarosa -- Ou você é feliz, ou você faz dieta. Porque as duas coisas ao mesmo tempo, não dá.  

-- Acho que ela se enganou e apertou demais -- Débora levantou os olhos para Paula e reclamou, manhosa.  

-- Deixe que eu dou um jeito, amor -- Paula segurou o rosto dela entre as mãos e beijou a sua boca -- Vou buscar a costureira.  

Daniela e Bianca se entreolharam.  

-- Nem pensar -- disse Daniela, segurando Paula pelo braço -- Deixe que eu e a Bianca buscaremos a suspeita.  

Paula franziu a testa.  

-- Que suspeita?  

-- A costureira! Ela não sabotou o vestido da mana?  

-- Ai meu Deus! Melhor eu ir -- Paula deu um passo em direção a porta, mas foi contida por Daniela.  

-- Nada disso. Aproveite cada instante do seu último dia de solteira. Pode deixar essa missão com a gente. Vem Bianca.  

Paula ficou olhando enquanto elas se afastavam.  

-- Espero não me arrepender.  

 

Enquanto Vinícius arrumava as malas para viajarem para Canoinhas, Matias escolhia o traje para o casamento.  

-- O que você acha dessa roupa, Vivi?  

-- Lindo! -- os olhos de Vinícius brilharam -- Se Deus fizesse você mais lindo do que já é, eu acho que estragaria.  

-- Obrigado, meu fofo -- Matias apertou as bochechas do namorado -- Você também é uma gracinhaaaaa... seu monstro, desumano.  

-- O que foi Matito? O que eu fiz? Credo, que susto!  

-- Olha o que você fez com a minha gravata rosa! Está praticamente destruída dentro dessa mala. Me dê aqui, vou colocá-la em minha bolsa.  

Vinícius gargalhou.  

-- Eu amo esses seus ataques de pelanca.  

Matias olhou de soslaio para Vinícius. Seu jeito escandaloso as vezes o fazia parecer rude e grosso. 

-- Eu te trato mal, né Vivi? -- disse, lançando um olhar pesaroso ao namorado.  

-- É claro que não! -- Vinícius apressou-se em pegar as mãos de Matias -- Eu adoro tudo em você; eu amo tudo em você! Eu amo até quando você me xinga.  

-- Seu bobinho! -- exclamou Matias, abraçando-o com carinho -- Eu também amo tudo em você.  

-- Ama o suficiente para casar comigo?  

Matias se afastou um pouco e o olhou com surpresa. Tremeu de emoção e, refeito do choque, respondeu a ele:  

-- Casamento é igual ursinho de pelúcia. No começo a gente adora, depois não fazemos tanta questão...  

Vinícius abaixou a cabeça por um momento, como se estivesse refletindo sobre o comentário do namorado. Quando a ergueu, Matias o encarava.  

-- Mas, quando está velhinho não descartamos por nada -- completou Matias, sorrindo -- Quero passar o resto dos meus dias ao teu lado. Vamos ficar grisalhos e velhinhos juntos.  

Emocionado e feliz, Vinícius empurrou-o para a cama e se inclinou sobre ele. Matias protestou em voz alta, empurrando-o para longe.  

-- Aiiiiii... Olha só o que você fez, seu brucutu! Quebrou a minha unha. Como vou ao casamento com uma unha quebrada?  

 

Dois caçadores caminham na floresta quando um deles, subitamente, cai no chão com os olhos revirados. Não parece respirar. O outro caçador pega o celular, liga para o serviço de emergência e diz:  

-- Meu amigo morreu! O que eu faço? 

Com voz pausada, o atendente explica: 

-- Mantenha a calma. A primeira coisa a fazer é ter certeza de que ele está morto 

Vem um silêncio. Logo depois se ouve um tiro. A voz do caçador volta à linha. Ele diz: " 

-- Ok. E agora?  

Bianca ouviu a piada, revirou os olhos e não riu.  

-- Estou começando a achar que você não ri das minhas piadas, porque não as entende -- Daniela se virou para trás e perguntou para a costureira: -- A senhora entendeu?  

-- Hum, Hum.  

-- Viu, ela entendeu.  

-- Entendeu, mas não riu -- Bianca olhou pela janela do carro de Daniela e suspirou -- Tem certeza de que havia necessidade de amarrar e amordaçar a mulher? Ela se ofereceu para vir à casa da Roberta por livre e espontânea vontade.  

-- Ah, Bianca. Que graça teria?  

-- Hum, hum -- a costureira resmungou.  

-- Não se preocupe, dona costureira. A sua prisão será temporária. Assim que consertar a merd* que fez no vestido da mana, será solta e responderá em liberdade.  

 

Quando Lavínia entrou na sala, vovó Dinda sorriu de felicidade.  

-- Que bom que chegou! Estava ansiosa pela sua chegada -- ela foi ao encontro da moça e a segurou pela mão -- Roberta está tão nervosa com o casamento da sobrinha, que se trancou no quarto, sem se decidir o que vestirá amanhã.  

-- Roberta é tão indecisa que sua cor preferida passou a ser o arco-íris -- comentou Lavínia e as duas riram.  

-- Eu indecisa? Não tenho certeza -- disse Roberta, da porta do quarto -- Olá, meu amor -- Um pequeno sorriso surgiu-lhe no canto da boca -- Não consigo mais nem escolher a cor dos sapatos sem pedir a opinião de Lavínia, mamãe. Eu confio plenamente no bom gosto da minha namorada -- Roberta e Lavínia trocaram olhares cúmplices.  

-- Ficou confiada, isso sim -- vovó Dinda balançou a cabeça e saiu sorrindo.  

-- Como é que foi seu dia na empresa? -- perguntou Roberta, aproximando-se até ficar bem de frente para ela.  

-- Hoje foi bem tranquilo -- Lavínia ficou na ponta dos pés e beijou-a com carinho na face -- Esse emprego aqui na filial de Canoinhas foi um presente maravilhoso que a Yasmin me deu. Não deve haver empresa melhor para se trabalhar!  

-- Que bom Lavínia que você está feliz em Canoinhas. Juntas seremos felizes morando aqui, meu amor. Você é tudo para mim.  

Abraçaram-se, os corpos se tocando por inteiro. Tinham a certeza de que, finalmente, haviam encontrado o amor que tanto esperavam.  

A porta se abriu com violência e Daniela apareceu segurando uma senhora pelo braço. Roberta e Lavínia deram um pulo e se afastaram como duas adolescentes que acabaram de ser descobertas.  

-- O que está acontecendo, Dani? -- perguntou Roberta, apavorada.  

Bianca passou por ela e se sentou no sofá.  

-- Trouxemos essa meliante, sabotadora de vestidos de casamento. Já vi muita mulher feia, mas essa aí não dá nem pra olhar!  

-- Hum, hum -- resmungou a mulher.  

-- Se a senhora estava planejando estragar o casamento da mana, pode ir tirando o seu cavalinho da chuva. Vaca!  

-- Bianca... -- Roberta caminhou até a costureira.  

-- É isso aí, Dani. Gostei -- Bianca afirmou, cruzando as pernas e apoiando o cotovelo nas costas do sofá.  

-- Bianca...  

-- O que Roberta? Fala logo, criatura! -- Bianca se inclinou na direção da tia da amiga.  

-- Essa é a dona Ângela, a mãe da Benta. Esposa do delegado.  

Bianca desmaiou.  

 

Os primeiros raios de sol vieram anunciando um dia inesquecível para a pequena cidade de Canoinhas. 

Débora despertou com batidas leves na porta do quarto. 

-- Quem é? -- com um sorriso sonhador preso nos lábios entreabertos, Débora suspirou abraçando o travesseiro.  

-- Daniela Vargas Pauly, ao seu dispor, madame.  

-- Hummm... Ainda é muito cedo -- sussurrou, se espreguiçando com um sorriso.  

-- Bom dia, dorminhoca! -- segurando uma bandeja cheia de coisas gostosas, Daniela entrou no quarto da irmã, irradiando felicidade.  

-- Deixa eu dormir só mais um pouquinho, Dani. Está tão gostoso aqui na cama.  

Daniela sentou na beirada da cama com a bandeja sobre o colo.  

-- Vamos mana, não seja preguiçosa! Eu trouxe café, torradas e uma fatia de bolo que a vovó fez exclusivamente pra você, mas eu e a Bianca já comemos quase tudo.  

Débora suspirou, com saudades do café perfumado e quente que a vovó preparava. Desde que foi embora de Canoinhas não tomara um café tão gostoso como o feito por Dinda.  

-- Você dormiu bem, mana?  

-- Dormi como um anjo -- respondeu, mordendo uma torrada -- Hummm! Estou faminta! -- Débora sentia-se bem-disposta e alegre. Seus olhos brilhavam de satisfação.  

Daniela sorriu, feliz com a felicidade da irmã.  

-- Você fica ainda mais linda feliz -- comentou.  

A face de Débora ficou ruborizada e ela, envergonhada, escondeu o rosto entre as mãos. Depois abraçou a irmã mais nova com força exagerada.  

-- Você é a melhor irmã do mundo, loirinha.  

-- Eu sei disso, mas não precisa me quebrar ao meio -- as duas riram do comentário.  

Débora contemplou-a com seus olhos negros.  

-- Você está preocupada com alguma coisa, Dani? Seus olhinhos azuis estão claros demais -- bebeu um gole do café, enquanto analisava a irmã.  

Daniela deu um sorrisinho sem graça.  

-- Gostaria que a Yasmin e as crianças estivessem aqui comigo -- confessou com a voz sufocada.  

-- Entendo -- disse Débora, disfarçando a tristeza -- Yasmin é uma chata. Mimadinha e cheia de não me toque. Se ela viesse, faria questão de levá-la até o pasto da fazenda da Roberta para que se breasse toda de cocô de vaca.  

As duas riram com vontade.  

-- Vou contar isso pra ela.  

-- Pois conte -- acabando seu café, Débora saltou rápida da cama, correndo para abrir as janelas do quarto -- Que dia lindo! -- exclamou sorrindo.  

-- Ainda bem que o tempo ajudou! Imagina se estivesse chovendo! -- comentou Daniela.  

-- Seria um desastre. Os convidados com lama até a cabeça.  

Perdida em pensamentos, Daniela nem notou que Débora havia entrado no banheiro.   

-- Ah, Yasmin! Seria perfeito se você estivesse aqui comigo.  

 

Na Fazenda de Roberta reinava o caos! Lavínia andava, nervosa, de um lado para outro, vendo se tudo corria bem. Roberta preocupava-se porque os assadores ainda não tinham chegado, os freezers não estavam na temperatura ideal para as bebidas e com mil outros detalhes.  

-- E Matias? Ainda não chegou?  

-- Ainda não, tia -- Daniela se sentou no sofá com o celular na mão -- A Paula já está preocupada com isso! Nem sei porque convidaram aquele mocorongo para testemunha. No mínimo perdeu a hora do voo escolhendo a roupa.  

Bianca pegou uma cerveja na geladeira e se sentou ao lado de Daniela no sofá.  

-- Se ele aparecer com aquela gravata rosa, eu juro que me jogo no chão.  

-- Ele vai chegar a tempo. Tenho muita fé em Deus -- disse vó Dinda, fazendo o sinal da cruz.   

-- A vovó diz que tem fé em Deus, mas vai beber água na cozinha de madrugada e quando volta pro quarto, não tem coragem de olhar para trás.  

-- Cala a boca, Dani! Vou ver como estão as coisas lá na cozinha -- disse vó Dinda, saindo apressada. 

Daniela ajeitou-se melhor no sofá e ficou de frente para Bianca.  

-- E a mãe da Benta?  

-- A mulher é mais assustadora que a vinheta do plantão da Globo -- Bianca deu um grande gole na cerveja -- Estou esperando o momento em que ela virá me procurar. Te contei do pesadelo?  

-- Não.  

-- A dona Ângela corria atrás de mim com aquelas mãos enormes cheias de tesouras.   

Daniela arregalou os olhos.  

-- Tipo o Edward mãos de tesoura?  

-- Isso mesmo. Acordei em uma agonia danada. Só de lembrar, fico toda arrepiada.  

-- Ninguém consegue nada de bom sem fazer um sacrifício, Bianca. Para ter uma mulher, por exemplo, tem que ter uma sogra -- depois de olhar, pensativa, para o teto branco, Daniela olhou séria para Bianca -- Você já parou para pensar que quem casa com filho de casal de lésbicas terá duas sogras?  

 

Daniela ligou para Matias e soube que ele e Vinícius, estavam a caminho. Depois foi ver como Paula estava se saindo. Caminhou até o quarto e verificou que a porta estava ligeiramente aberta. Ela bateu e entrou.  

-- Como está a minha cúnhadinha?  

Paula sorriu, antes de responder.  

-- Não consegui dormir essa noite. Quando penso que falta algumas horas para Débora e eu nos unirmos para sempre, sinto um friozinho no estômago.  

-- Não se preocupe. Tenho certeza de que a mana vai acabar com esse friozinho facilmente.  

As duas riram do comentário.  

-- É normal se sentir assim, antes do casamento, Paula. Mas, vale a pena.  

-- Você está certa, Dani. Vou me casar com Débora, a mulher que amo, e isso é maravilhoso.  

Daniela olhou para o relógio e levantou uma sobrancelha.  

-- Nossa! Acho melhor você começar a se vestir. A cabeleireira já deve estar chegando.  

-- Está bem. Sabe, Dani, foi bom ter conversado com você. Estou tão zen, quanto um monge.  

-- Os monges são zen porque não moram com parentes -- Dani falou, sorrindo --Bem, Paula, vou me vestir e ir buscar a mana. Qualquer coisa que precisar, é só chamar a Lavínia ou a tia Roberta.  

-- Obrigada, Dani. 

 

No quarto, Bianca se perfumava delicadamente.  

-- Hum. Se perfumando para a Benta? -- comentou Daniela, cinicamente.  

-- Jequite, Avon e Natura é para os fracos. Eu que sou pobre, coloco é halls dentro da garrafa de álcool, espero três dias e uso debaixo dos braços.  

-- Quanto drama!  

-- E não? Minha vida se resume em gastar dinheiro porque estou triste e ficar triste porque gastei dinheiro.  

-- Aff, você está muito chata, Bianca!  

-- Estou doente.  

Daniela olhou-a de alto a baixo.  

-- Doente?  

-- É, acho que estou com aquela doença hiper tesão.  

-- Idiota! -- resmungou Daniela, enquanto abria o guarda roupa para pegar o seu traje. Os cabelos dourados, emolduravam seu rosto de pele clara e aveludada. O azul de seus olhos, naquele momento, tinha uma tonalidade mais forte e profunda. Daniela vestiu um conjunto que repetia o tom de seus olhos e destacava suas formas.  

 

Pouco a pouco, tudo se ajeitou. A vovó Dinda apareceu na sala, muito elegante e emocionada. Roberta e Lavínia ajeitavam os presentes que chegavam sem parar. Em pouco tempo estavam todas prontas.  

-- Vou buscar a mana -- Daniela pegou a chave do carro de cima da mesa e se encaminhou para a saída -- Peçam para a Paula não se atrasar, os convidados já estão chegando.  

Minutos depois, Daniela entrou na casa da vó Dinda. Foi direto para o quarto. Bateu leve à porta, sem resposta. Mexeu na maçaneta, a porta abriu. Os olhos dela brilharam, ao ver a irmã diante do espelho.  

-- Você está maravilhosa, Debi!  

Débora sorriu, ficando ainda mais bonita.  

-- Espero que a Paula também ache. Você é minha irmã, sua opinião é suspeita.  

-- Impossível que ela não ache. Você está tão linda -- disse afetuosamente -- Vê-se que está mesmo muito apaixonada. Estar apaixonada deixa a pessoa mais bonita.  

-- Então, eu e a Paula estamos lindas. Nós nos amamos demais e esperamos com ansiedade esse dia.  

-- Vocês merecem ser felizes. Aposto que não há ninguém no Brasil, ou melhor, no mundo, que viva uma paixão tão intensa quanto a de vocês.  

-- Exagerada! -- ela gargalhou -- Está se esquecendo do amor entre você e a Yasmin?  

-- Oh, não! O nosso amor veio de outras vidas e eu sei que é eterno.  

-- Você falou com ela hoje?  

-- Eu liguei para ela, mas a danada não atendeu. Deve estar em reunião. Só pra variar.  

Débora deu uma voltinha, balançou o cabelo e olhou para Daniela, esperando aprovação.   

-- Estou bem?  

-- Linda!  

Apesar de parecer durona, Débora era muito sensível. Principalmente agora, que estava realmente apaixonada por Paula. Daniela tinha certeza de que elas seriam felizes, pensou ao abrir a porta e dar o braço para ela enganchar e se dirigirem ao carro.  

 

Os primeiros compassos da música: Pra você guardei o amor, do Nando Reis cortaram o ar e Débora começou a seguir pelo caminho de pedra no jardim ladeado com flores coloridas.  

O jardim estava repleto, as luzes acesas, os convidados todos de pé, observando o cortejo.  

Paula foi ao encontro de sua amada e entregou um buquê para ela.  

-- Você é linda -- disse Paula, emocionada.  

-- Você também, meu amor.  

Daniela Correu os olhos pelo jardim, pensando que talvez alguém a estivesse observando. No entanto, todos pareciam ter a atenção voltada para as noivas. Mas, aquela mesma sensação persistia, deixando-a incomodada.  

Foi então que ela a viu! 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 69 - Capítulo 69:
rhina
rhina

Em: 25/06/2019

 

Olá 

Boa noite 

Estou tão feliz com o casamento da Paula e Débora. 

Gosto demais dela. .....

Rhina

Responder

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cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 16/05/2019

No Review

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 14/05/2019

Ah bom, demais  matar  saudades  desse povo, dani e bisenção são terríveis.  Bjs

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 14/05/2019

Ler Dani & Cia é certeza de rir com essas piadas e "parabólas" 

Queria ver Debi levar Yasmin para um passeio na fazenda kkkkk seria engraçado

Ainda bem que Yasmin chegou a tempo. Dani vai ficar em êxtase

Abraços fraternos procês aí!

Responder

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Mille
Mille

Em: 14/05/2019

Oi Vandinha 

Nossa Dani e Bianca só apontam kkkk ri muito quando a Roberta falou que a mulher amordaçada é a futura sogra.

E surpresa a Yasmim chegando para a alegria da Dani.

Bjus e até o próximo capítulo 

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