Capítulo 46
Capítulo 46
No outro dia, Ester acordou sem entender o que tinha acontecido. Helena não havia respondido a nenhuma de suas mensagens.
— Será que Augusto fez algo a ela? – Ester começou a ficar arrependida pela a atitude que tomara no dia anterior.
Para Helena não querer falar com ela, só podia ser isso. Não tinha uma outra justificativa.
Ficou um bom tempo na janela de sua casa, mas não conseguia ver nada. Como era ainda muito cedo, nem os filhos de sua amada haviam ido pra escola.
— Talvez ela tenha ido dormir mais cedo – Ester voltou para o interior de sua casa e começou a ficar impaciente. Ela não queria ser mais impulsiva, mas diante daquela situação, não tinha como ela ter calma – O jeito é ir até a casa de meu primo.
***
—Papai, o que aconteceu com o senhor? – Gustavo perguntou preocupado, pois havia notado o rosto do homem mais velho um pouco inchado.
Eram 6:00 horas da manhã e todos naquela casa estavam tomando o seu café-da-manhã. Como Augusto havia chegado um pouco tarde na noite anterior, os seus filhos não estavam sabendo do ocorrido.
— Briga de trânsito, Gustavo, um homem acabou me acertando um soco – Augusto mentiu e Helena ficou sem entender isso. Será que seu marido tinha vergonha de falar aos seus filhos que havia apanhado de uma mulher?
— Esse homem foi muito certeiro – Ilara comentou enquanto analisava o machucado.
— Sim, mas não quero falar sobre isso – Falou de uma forma um pouco rude, demonstrando toda a sua irritação. Queria poder se vingar de sua prima, mas tinha que aceitar que estava nas mãos daquela mulher e não podia agir sem pensar.
Helena que reparava no comportamento de seu marido começou a ficar com medo dele fazer algo contra a médica, já que Augusto parecia que não ia deixar aquele soco barato.
Ao pensar nisso, Helena se deu conta que desde o dia anterior havia ficado sem responder Ester. Havia tomado uma decisão que ela não sabia se era a melhor a se tomar.
O ciúme havia passado e percebeu que mesmo sendo uma mulher já feita, havia tomado uma atitude muito infantil.
Por ciúmes estava querendo se afastar de alguém que a todo momento queria demonstrar que sempre estará ao seu lado.
Pensando nisso se perguntou se ainda dava tempo para concertar as coisas e Augusto que observava sua esposa começou a achar estranho aquele comportamento tão disperso de sua mulher.
— Você anda muito distraída, Helena – Augusto comentou ali na frente de seus filhos mesmo.
Com o comentário de Augusto, os filhos começaram a olhar para Helena.
Ilara por ter notado que as coisas em sua casa estavam mudando, começou a analisar sua mãe.
Nos últimos dias, Helena estava indo dormir com sua filha. Isso estava deixando Ilara pensativa.
— Será que mamãe está pensando em se separar do papai? — Perguntou-se e percebeu que isso não era má ideia. Podia não querer seus pais separados, mas sabia que Augusto não fazia bem a Helena. Melhor do quer ter seus pais juntos era ter os dois separados e bem. Tanto fisicamente como emocionalmente.
— Estou preocupada com umas coisas de casa, Augusto— Helena falou em resposta ao comentário do seu marido e começou a lavar a louça para não da brecha para questionamentos.
Augusto pensou em perguntar que coisas eram essas, mas estava tão preocupado com o que Ester podia estar sabendo, que achou melhor se despedir e ir para o hospital dar uma sondada para ver quem mais estava ajudando a sua prima.
Após a saída de Augusto, Gustavo e Ilara fez o mesmo, pois estavam atrasados para ir para o colégio.
Com a saída de todos, Helena se encostou na janela da cozinha. Enquanto olhava para a casa de Ester, ficou pensando no quanto estava com saudade daquela mulher.
A noite de amor que elas haviam passado todos os dias vinham em seu pensamento e ela sabia o porquê disso. As duas mulheres realmente se amavam e se completavam .
Quando estavam juntas tinham certeza disso, pois não tinha espaço para dúvidas a respeito do que sentiam.
— Quando voltaremos a nos encontrar? – Pensou e se lembrou das mensagens que recebera, mas não havia respondido.
Como o seu celular estava no quarto de sua filha, Helena saiu da cozinha e foi direto para as escadas. Agora estava sozinha, podia ligar para Ester e tentar explicar o porquê de ter a evitado na noite anterior, mas quando chegou perto do aparelho constatou que aquilo não poderia ser possível, o seu celular estava totalmente descarregado.
Helena até pensou em colocar o aparelho para carregar, mas o som da campainha acabou chamando sua atenção.
Achou estranho alguém em sua casa àquela hora, mas mesmo assim foi atender, pois a outra pessoa parecia estar impaciente, já que aquele som ficou se repetindo algumas vezes enquanto Helena ia para a sala.
— Estou indo! – Helena gritou, pois já era a quinta vez que aquele som tomava conta do ambiente.
Quando chegou a porta, Helena abriu e novamente foi surpreendia por Ester que entrou na casa e foi lhe abraçando e beijando urgentemente.
Ester por achar que Augusto tinha feito algo a Helena, tentou de todas as formas mostrar a outra mulher que ao seu lado, ela poderia ser muito amada.
— Ester, você sabe que é perigoso você vir aqui— Helena alertou, mas mesmo com todos os perigos, estava muito feliz por ver aquela mulher ali à sua frente bem.
— Eu queria saber como você estava. Ontem não respondeu a nenhuma mensagem minha. Ele fez algo a você? – Ester tentou procurar algum sinal no corpo da outra mulher, mas nada encontrou.
— Augusto não me fez nada – Helena ficou um pouco envergonhada, pois o motivo para a falta de respostas era o seu ciúme um tanto sem necessidade.
— Então o que foi?
Ester ao perceber que Helena podia ter respondido as suas mensagens, começou a sentir um medo tomando conta de si... medo de sua amada ter desistido delas duas.
Helena ficou em silêncio por alguns segundos. Parecendo escolher as palavras para falar a Ester.
— Você desistiu da gente? – Ester perguntou, pois não aguentava mais aquela espera.
— Claro que não. Eu amo muito você! – Disse totalmente certa sobre seus sentimentos.
— Então o que foi, Helena, diga, pois esse seu silêncio me faz pensar muitas besteiras.
— Estava com ciúmes de você— Helena confessou e Ester ficou sem entender, pois não havia dado motivos para isso.
— Ciúmes de mim?
— Sim, ontem à noite, eu vi você se despedindo de Marina e isso mexeu muito comigo – Helena ficou com vergonha.
— Eu não tenho nada com a Marina. Quantas vezes vou ter que te falar isso? – Ester segurou as mãos de Helena e fez a outra mulher lhe olhar nos olhos.
— Eu sei, mas ela é tão linda... bem cuidada... Está livre.
— Mas isso não quer dizer nada para mim. Eu te amo, Helena, você é a mulher que eu quero em minha vida. Só não te tirei daqui ainda porque estou respeitando seu tempo, mas se pudesse nós duas já estaríamos até casadas – Comentou e Helena percebeu que ela era boba – Vem cá— Abriu os seus braços e a outra mulher se aconchegou neles.
— Desculpa, eu sou insegura demais – Estando nos braços de Ester, Helena se sentiu bem.
As duas mulheres ficaram um bom tempo ali abraçadas em total silêncio só sentindo as sensações que lhes invadiam quando as duas estavam juntas.
Aquele momento parecia tão perfeito. Parecia que não existia mais nenhum problema na vida daquelas mulheres.
Os olhares se conectaram por alguns segundos. De uma forma sincronizada as duas começaram a descer o olhar em direção a boca da outra.
Tomando a iniciativa, Ester beijou a boca de Helena de uma forma lenta, ela queria sentir cada pedacinho... Queria prolongar aquele contato o quanto fosse possível.
Os corações batiam em um ritmo tão diferente quando aquelas mulheres estavam juntas, parecia que eles que de alguma forma eles se pertenciam.
Não era algo que as duas haviam planejado para aquele momento, mas elas passaram a desejar algo além de beijos.
Seus íntimos pediam por mais contato.
Por ser mais impulsiva, Ester tirou a blusa de Helena e começou a deslizar as suas mãos e boca pelas partes nuas da outra mulher.
Helena fechou os seus olhos e sentiu vontade de ser tocada por Ester. Parecia que aos poucos estava perdendo todo o controle da situação, já que não estava conseguindo mais pensar direito.
Notando Helena totalmente entregue a ela, Ester começou a deslizar a boca pela barriga de sua amada indo em direção a parte do corpo de Helena que estava implorando por seus toques. Quando chegou a parte que tanto desejava, a médica desabotoou o botão da calça da outra e desceu o zíper bem devagar olhando fixamente para os olhos da outra mulher.
Sentindo Ester descendo sua calça e abrindo suas pernas, Helena apoiou as suas costas na parede e começou a sentir a boca de sua amada tocando seu íntimo por cima do fino tecido.
Helena se sentiu totalmente molhada naquele momento e segurou nos cabelos de Ester.
— Amor, preciso sentir você dentro de mim – Helena confessou.
Ao ouvir aquelas palavras, Ester arrumou sua postura, aproximou o corpo de Helena mais do seu e deslizou uma das suas mãos para dentro da calcinha da outra mulher.
Com o contato, Helena pousou sua cabeça perto de um dos ouvidos da médica e de acordo com os movimentos ela ia emitindo alguns gemidos de prazer em resposta.
Após um tempo, Helena sentiu suas pernas fraquejarem e isso ela fez ela apoiar todo seu corpo em Ester, chorando em seguida.
— Eu te machuquei? – Depois de fazer Helena olhar em seus olhos, a médica perguntou preocupada.
— Não é isso! – Helena pousou sua cabeça em um dos ombros da outra mulher – Eu preciso muito de você, Ester.
— Mas eu já estou contigo, meu amor.
— Mas eu preciso de você pra sempre em minha vida... Não quero mais ficar aqui. Não estou aguentando mais essa situação.
Música: Céline Dion – Forget Me Not
***
Bateu o sinal para a segunda aula e Ilara notou a ansiedade começando a tomar conta de si.
— Acalme-se, daqui até o final do ano, você verá Michelle entrando várias vezes por essa porta e se não se acostumar com isso vai acabar tendo um problema no coração— Milena comentou divertida, mas sua amiga nem pareceu se importar, já que a professora de matemática estava passando pela porta.
Quando o olhar das duas se encontrou, Michelle se alegrou por ver aquela garota ali, mas não deixou suas emoções transparecerem, porque aquele lugar era seu local de trabalho e não podia dar bandeira.
Ilara como já havia entendido que ali elas só eram aluna e professora, não ficou chateada com a atitude de Michelle, mas achava muito difícil esconder as suas emoções, pois toda vez que a professora falava com ela ficava muito sem jeito.
— Ilara, você está entendendo os assuntos de matemática? Estou te achando tão distraída em minhas aulas – Michelle perguntou quando as duas já estavam em frente à casa da garota.
Ilara olhou para Michelle por alguns instantes. Será que a professora não havia percebido que ela era a razão pela qual a garota não conseguia se concentrar nas aulas?
— Eu tenho dificuldades em matemática— Ilara comentou um pouco sem jeito. Aquilo não era toda verdade, mas não era mentira, Ilara sentia um pouco de dificuldade em matemática mesmo.
Com a resposta da garota, Michelle pareceu pensar um pouco. Sabia que era causadora do mal desempenho da garota em sua matéria. Então resolveu fazer algo que nunca se imaginou fazendo com Ilara.
— Sábado, você vai em minha casa – Michelle disse com muita certeza.
— Pra quê? – Ficou confusa.
— Vou dar umas aulas particulares para você.
Fim do capítulo
Olá,
O que acharam do capítulo?
Espero que esteja legal!
Faz tempo que estou tentando postar, minha internet não está ajudando.
Até passou de meu horário de ir dormir. kkk
Boa noite!
Beijinhos!
Van^^
Comentar este capítulo:

Brescia
Em: 05/05/2019
Boa noite mocinha.
O capítulo foi ótimo, bem quente. Já está na hora desse chato ser pego.
Baci piccola.
Resposta do autor:
Olá,
Fico feliz por você ter gostado do capítulo!
Já está na hora do Augusto pagar pelos seus crimes mesmo.
Muito obrigada pelo seu comentário.
Beijinhos!
Van^^

alany
Em: 05/05/2019
Aí meu coração vai a mil com Ester e Helena. Só espero que não dê tempo para Augusto fazer nenhuma maldade com elas, e que ele acabe se ferrando com suas maldades.
Resposta do autor:
Olá,
Bom... Acho que não vai dar tempo ele fazer nada contra elas.
Muito obrigada pelo seu comentário!
Beijinhos!
Van^^
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