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Uma paixão secreta por Van Rodrigues

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Palavras: 1167
Acessos: 6366   |  Postado em: 24/04/2019

Capítulo 3

Já se passava das 2:00 horas da manhã, quando saí do bar acompanhada por Mel.

 Meus amigos, querendo nos deixar sozinhas, foram embora e deixou que eu a levasse a sua casa. Acho que eles estavam tramando algo.

--Acho que eles queriam que eu te levasse em casa -- Comentei enquanto andávamos até meu carro.

--E eu acho que foi uma boa ideia -- Mel riu divertida.

--Mel... eu não...

--Não quer se envolver com ninguém por causa da mulher que não dá a mínima para você.

Paramos de andar e eu abaixei a minha cabeça, estava um tanto envergonhada.

--Sim, Mel.

--Margareth, eu sou paciente e você deveria se dar uma chance.

--Acho que você está certa.

--Eu sempre estou certa -- comecei a rir do jeito convencido dela -- Então, vai me dar uma chance? -- Ela se aproximou de mim e fiquei pensativa. Como eu podia dar uma chance para a Mel se no outro dia iria ver a Charlotte e todo aquele sentimento voltaria a me atormentar? -- Podemos ir com calma, Margareth, eu te achei interessante -- Levou a sua mão até minha face e me fez olhar em seus olhos -- Acho que você não irá se arrepender.

--Você não tem jeito -- Meu sorriso se tornou largo.

--Bom... Não podia perder a oportunidade -- Mel ficou fazendo carinho em minha face e se aproximou, juntando os nossos corpos. Poderia me negar ao que viria em seguida, mas não me neguei, pois no fundo senti vontade de me permitir.

Os lábios de Mel tocaram os meus de uma forma calma. Não esperava, mas me senti bem nos braços dela. Ela envolveu o meu corpo e após o beijo, Mel ficou distribuindo vários beijos em minha face. Comecei a rir e ela fez o mesmo.

--Então, você aceita agora? -- Ela parecia muito ansiosa.

--Vou pensar. Está bem? -- Deslizei as minhas mãos pelos seus braços e notei que ela era um pouco forte.

--Pensa com carinho tá? -- Ela me deu um selinho.

--Eu vou pensar -- Levei a minha mão até sua face e comecei a acaricia-la.  Mel era muito linda.

--Gostou? -- Ela colocou sua mão sobre a minha.

--Sim --Comecei a rir e ela fez o mesmo.

Após um tempo, entramos no carro e seguimos para a casa dela.

--Você tem certeza que não quer entrar comigo? -- Depois que chagamos a casa da Mel, ela perguntou.

--Você disse que seria paciente;

--E serei... Só que achei que você poderia passar essa noite comigo -- Ela disse divertida.

--Melhor não, Mel, quero ir com calma -- Falei ao encara-la. Tinha que ser cautelosa, Mel era uma mulher interessante, mas não era capaz de me faz esquecer da Charlotte do dia para noite.

--Bom... Pelo visto não sou tão irresistível assim -- Comentou e comecei a balançar a minha cabeça negativamente.

--Acho que te enganaram então. Tenho que ir agora... Hoje ainda vou para o trabalho.

--Hum... Trabalho --Acho que ela se lembrou de Charlotte nesse momento -- Espero que você pense em mim enquanto estiver trabalhando.

--Bom... Não garanto, mas eu posso tentar -- Vi quando ela tirou o cinto e se aproximou de mim, colocando a mão sobre uma das minhas pernas.

--Espero que pense. Eu irei pensar em você --Falou e sua mão passou a ser atrevida. Ao chegar no meio das minhas pernas suspirei --Só tô querendo mostrar para você o que tá perdendo.

--Você...

--Fala nada não... Só me dá mais um beijo -- Mel nem esperou a minha resposta. Capturou os meus lábios com os seus e continuou a me provocar.

Com certa dificuldade, eu me despedi e cheguei em casa alguns minutos depois. Aquela noite havia sido legal, mas sentia que essa história de começar a me envolver com Mel não iria dar certo.

Quando me deitei na cama e fechei os meus olhos, a imagem de Charlotte tomou conta da minha mente. Suspirei após constatar que aquele amor era quase impossível e depois cai no sono.

Quando o dia amanheceu, me levantei da cama, fiz minha higiene matinal e fui para a cozinha. Ao chegar, me deparei com meu pai que estava arrumando a mesa para o café da manhã.

--Bom dia, pai -- Fui até o meu pai e o abracei.

--Bom dia, Filha... Como foi sua noite? Conheceu alguma moça legal?

Me sentei à mesa e fiquei pensativa, a minha noite havia sido legal. Conheci a Mel, mas não sabia se era uma boa ideia dar esperanças para ela.

--Foi legal, Pai, e conheci uma moça legal, mas...

--Mas sente seu coração já preenchido por outra mulher?

--Quase isso. Agora não sei o que faço.

--Quem é essa moça que você gosta, Filha?

Meu pai se sentou em uma cadeira e ficou a espera de uma resposta minha.

--Por incrível que pareça, a minha chefe fria.

Meu pai riu -- Pelo que já ouvi, ela é fria mesmo, mas para gostar dela, você deve ter visto algo de especial nela -- Disse enquanto colocava café em uma xícara.

--Acho que o que vi de interessante nela foi esse jeito todo sério... desde que entrei naquele jornal que eu gosto dela.

--Notei mesmo, você faz tudo que ela pede.

--É, pai, mas me cansei... Acho que estou perdendo a oportunidade de ser feliz.

--Você está se referindo a nova moça que conheceu agora?

--mais ou menos, mas não deixa de ser verdade. A Mel, essa mulher que conheci, parece estar disposta a se relacionar, porém no lugar de aproveitar essa oportunidade para tentar buscar a minha felicidade, estou com medo... Medo de ficar com a Mel e ainda pensar em Charlotte.

--Filha, não é por querer ter alguém agora que você deve se jogar em um relacionamento. Pelo visto, você gosta dessa Charlotte há muito tempo. Se eu fosse você, sairia com essa Mel como amigas mesmo. Vão se conhecendo. Para fazer isso não precisa namorar. Se essa moça for legal mesmo, você pode passar a sentir algo por ela. O que não pode mais é você ficar a vida toda alimentando sentimentos por alguém que não sente nada por você.

--Acho que você está certo, pai -- Me levantei -- Agora vou ir me arrumar.

--Está bem -- Neste momento o meu pai começou a tossir e colocou a mão sobre seu peito.

--Pai, acho que o senhor não está muito bem -- Falei preocupada enquanto ia até o mesmo.

--Filha, relaxa, eu estou bem -- Meu pai disse em meio a risos forçados.

--Tá... Vou trabalhar e o senhor se cuida está bem? -- Dei um beijo na testa do mesmo.

--Hoje a noite vou fazer algumas entregas.

--Pai...

--Filha, eu estou bem. Não fique me tratando como criança. Já estou bem grandinho.

 

--Tudo bem! Vou ir me arrumar -- Falei e subi para o meu quarto. Neste momento, senti que algo não estava bem. Fiquei muito preocupada, meu pai era tudo para mim e não podia perdê-lo.



Fim do capítulo

Notas finais:

Olá,

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado.

Beijinhos^^

Van


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