Cap. 28 – Layla – Uma nova semana
Layla
Passava um pouco das cinco quando a Juh adormeceu, acabei dormindo também. Acordei uma hora depois e acabei lembrando que saí da cachoeira e nem falei com meus pais. Levantei para beber água, peguei o celular e liguei para minha mãe, pedi desculpas e disse que no dia seguinte explicaria com mais calma o que havia acontecido, no momento só queria voltar para os braços da minha namorada que dormia lindamente na cama.
Ela estava deitada enrolada naquele lençol completamente nua, senti inveja por ele estar tocando o corpo que eu tanto amava. Sorri e me aconcheguei novamente nos braços dela e beijei seus lábios, ela se mexeu um pouco, mas não acordou, fechei os olhos e adormeci.
Acordei horas depois com ela levantando da cama ainda dormindo para atender o celular, sorri e levantei também indo até o banheiro, joguei uma água no rosto e fui em direção onde ela conversava com a mãe, estava com fome e precisávamos comer alguma coisa.
Acabei participando da conversa, depois que garanti para dona Helena que a filhinha dela iria comer, quando me despedi de minha sogra fui para a cozinha, peguei um pêssego mordendo-o e segui de volta para a sala onde a Juh estava vagando com o olhar triste, me aproximei perguntando o que ela tinha, estava preocupada com a reação da mãe quando saísse de casa.
Mas se distraiu quando levei a fruta na boca, me pegou pela cintura arrancando metade do que eu havia mordido de meus lábios, queria mais, mas eu neguei escapando dos braços dela correndo de volta para o quarto, parecíamos duas crianças.
Ela me alcançou e começou a fazendo cocegas em seguida tomou meus lábios com os dela e acabamos no banheiro fazendo amor. Quando voltamos para a sala escolhemos um filme, pedimos pizza, e antes de voltarmos para o quarto, finalmente me mostrou o apto. Não fiz questão antes porque vocês viram a forma como ela me deu as boas-vindas, na verdade, ela me deu as boas-vindas várias vezes naquele dia e madrugada. Dormimos passava um pouco da uma da manhã.
Mais uma semana se iniciou, naquela segunda não iria trabalhar porque troquei o plantão com outro médico no sábado, mas a Juh voltaria ao trabalho e por isso ela acordou cedo e me dei ao luxo de ficar na cama até mais tarde. Ao sair do banho me olhou sorrindo, veio em minha direção me dando um beijo perguntando:
– Dormiu bem amor?
– Muito bem diga-se de passagem. – a puxei para mim e nos beijamos apaixonadamente, quando nos separamos ela passou a mão em meu rosto dizendo:
– As chaves reserva estão na mesinha ao lado da porta, desculpa não ter nada para tomarmos café, mas irei remediar isso amanhã. – coloquei os dedos sobre seus lábios silenciando-a e disse:
– Fica tranquila meu amor, veremos isso com calma depois.
– Unhum! – sorriu segurando minha mão: – É tão bom ter você aqui sabia, quero lhe oferecer o melhor.
– Já o faz amor, você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida Juh, o que vier agora, quero construir com você.
– Isso é muito bom amor! – me beijou e quando se afastou olhou para as paredes gesticulando: – Falando em construir, precisamos conversar, tenho algumas ideias para uma reforma aqui, mudar a pintura, trocar o piso de alguns lugares. – parou pensando e me olhou dizendo sorrindo: – Está me devendo uma coisa!
– O que? – deitei tentando lembrar do que se tratava e ela concluiu:
– Você disse que tinha uma surpresa para mim, disse que falaria depois que eu revelasse as minhas.
– Ah, isso! – sorri percebendo a ansiedade dela, brinquei: – Viu como é ruim você ficar esperando?
– Quer dizer que não vai me falar ainda?
– Agora não! – me apoiei nos braços alcançando os lábios dela sussurrando: – Mas se você almoçar comigo te falo.
Retribuiu o beijo me abraçando pela cintura, quando nos separamos sorrindo respondeu:
– Eu almoço, mas não vamos marcar um horário, está bem? Porque não sei como estão as coisas lá na base e tudo vai depender do destino não nos colocar em missão hoje.
– Sem problemas meu amor, terei que conversar com algumas pessoas e passo por lá no horário do almoço e te espero.
– Você quem manda chefe! – sorriu me beijando e levantou para terminar de se arrumar, abracei um travesseiro e sorri dizendo:
– Vai deixando eu mandar assim, daqui a pouco vai ter que pedir permissão para fazer as coisas Major!
Ela estava escovando os dentes e apareceu na porta com a escova na boca me olhando, sorri apenas. Fiquei observando-
a terminar de se arrumar e calçar o tênis por último, voltou para a cama, me deu um beijo estralado nos lábios e saiu dizendo:
– Nos encontramos no almoço! Te amo amor! – concordei respondendo:
– Também te amo.
Sorriu me mandando um beijo da porta, quando saiu e ouvi a porta da sala bater inspirei fundo olhando para o quarto onde eu estava, observando o lugar. Sorri abraçando o travesseiro com o qual ela dormiu e sussurrei antes de adormecer:
– Eu não quero acordar se isso for um sonho... – adormeci.
Acordei passava um pouco das nove, levantei e fui tomar banho pensado naquele final de semana agitado, segui para a cozinha e peguei uma fruta. Agora com o dia claro pude olhar melhor o apto e fui explorar um pouco, tinha traços da Juh em todo ele. Fotos com a família e amigos espalhados pela casa, o que deu a entender que ela estava compensando por morar sozinha. Algumas medalhas e troféus na estante da sala com as honrarias dela, sorri orgulhosa.
Fiquei pensando o porquê queria mudar a pintura, o apto era lindo e as cores em harmonia com os móveis. Aquela porta janela de vidro na sacada dando passagem ao sol da manhã e a brisa que entrava nos dava paz, iria conversar com ela para resolvermos aquele impasse.
Dei uma geral por lá e saí, encontrei as chaves onde ela falou que estaria e um bilhete com algumas notas: – “Amor, esse dinheiro é para você pegar um taxi... Te amo!” – Tinha como não amar essa mulher gente? Me derreti com a preocupação dela, quando saí do elevador pedi um taxi, na portaria encontrei um senhor bem simpático que se apresentou e me deu as boas-vindas, sorri com aquela simplicidade, vi quando o taxi parou na frente do prédio e me despedi.
Fui para a casa de minha mãe, precisava conversar com ela e explicar o que havia acontecido no dia anterior, para não ficar aquele mal entendido. Quando cheguei Rafinha estava saindo, quando me viu veio falar comigo:
– E aí maninha, achei que não fosse te ver hoje? – me deu um beijo no rosto: – Tudo bem?
– Tudo sim! – sorri: – Mas a partir de agora vamos nos encontrar bem pouco pela manhã Rafa, vou me mudar essa semana.
– Vai para onde? – me olhou sorrindo ajeitando o capacete na mão e a mochila na outra, respondi sorrindo:
– Vou para a casa da Juh, ela me convidou para morar com ela.
– Nossa! Esse namoro está sério mesmo hein, daqui a pouco sai um casamento.
– Quem sabe um dia meu irmão! – pisquei sorrindo e completei: – Papai já saiu?
– Sim, ele foi mais cedo hoje porque tinha uma reunião com o pessoal na corporação, parece que estão chegando alguns recrutas novos e ele queria estar lá para recepcioná-los.
– Entendi! – sorri, me deu um beijo no rosto dizendo que estava atrasado e antes que ele fugisse disse: – Hei moço, eu vou lá buscar o presente da minha namorada daqui a pouco, tudo bem?
– Certo, irei adiantar as coisas lá com o veterinário, quando você chegar ele vai estar a sua espera.
– Valeu Rafinha, bom trabalho.
– Obrigada maninha...
Deu partida na moto e saiu, entrei em casa, encontrei minha mãe na cozinha. Dei um beijo no rosto dela e me sentei a mesa me servindo de café, ela me olhou perguntando preocupada:
– Está tudo bem? – olhei por sobre a xícara e sorri dizendo:
– Está sim mamãe. – concordou sorrindo, coloquei a xícara na mesa e comecei a falar: – Sobre ontem, quero pedir desculpa por ter saindo daquela forma sem me despedi de vocês.
– Tudo bem filha, você parecia bem nervosa, embora seu pai e eu não tivéssemos visto o que aconteceu, Paulo nos explicou depois. – se sentou ao meu lado se servindo de café também, perguntando: – A Júlia está bem, ele disse que ela ficou bem desconfortável?
– Ela ficou um pouco chateada mesmo, aquela garota abusou da sorte, saímos porque estava sem clima depois do que aconteceu, mas ela está bem, foi trabalhar bem animada hoje. – sorri pegando uma torrada na mesa, percebi que seguiu meu dedo perguntando:
– E essa aliança? – pegou minha mão olhando o anel mais de perto: – Linda!
– Ela é linda sim, e veio com um pedido de casamento também. – sorri admirando a joia.
– Como? – Dona Laura arregalou os olhos e me olhou admirada, sorri explicando:
– A Juh me convidou para morar com ela e eu aceitei.
– Vocês estão avançando muito rápido nesse namoro, não acha minha filha? – olhei curiosa para ela e perguntei:
– Alguma objeção mamãe?
– Nenhuma minha filha, eu adoro a menina Júlia, mas não acha que está rápido demais, quero dizer, você praticamente acabou de voltar para casa e se separar a pouco tempo também? – inspirei fundo tomando o restante de meu café e me virei para ela sorrindo:
– Mãe, o amor que eu sinto pela Júlia, vai além do que eu sentia pela minha ex. Tudo o que a Juh me mostrou nesses últimos meses foi novo e mágico, tenho mais do que certeza de estar fazendo a escolha certa.
– Tudo bem minha filha, vejo o quanto ela gosta de você e quer te proteger. – me abraçou e sorri quando ela concluiu: – O que eu mais quero é que seja feliz meu amor, imensamente feliz, só fiquei preocupada.
– Obrigada mamãe, eu amo a senhora, sabe disso néh? – se afastou e tocou meu rosto: – Não precisa se preocupar, além disso, o apto da Juh fica a vinte minutos daqui, portanto, dessa vez eu não vou para longe.
– Isso é maravilhoso, não iria suportar se fosse embora novamente.
– Eu não vou mãe! – inspirei fundo e disse: – Sempre quis sair da cidade, viajar e conhecer o mundo, encontrar alguém que me fizesse feliz e quisesse se aventurar comigo. Mas no fim, retornei e para a minha surpresa encontrei o amor da minha vida no lugar do qual eu sempre quis fugir, hoje eu estou feliz de ter voltado e juro para a senhora, não pretendo partir mais.
– Ah que maravilha, precisamos comemorar isso, quando é mesmo o aniversário da Júlia?
– Na quarta, ainda não conversei com ela sobre isso, mas sei que dona Helena não vai deixar passar em branco.
– Maravilha, depois vou ligar para Helena e ver se ela vai precisar de ajuda.
– Ótimo mamãe, obrigada pelo café. – levantei pegando uma pera e dei um beijo nela perguntando: – Por acaso a senhora vai sair com o carro?
– Não minha filha, pode pegar.
– Obrigada mamãe, preciso providenciar um para mim com urgência.
Dei um abraço nela e fui para o meu quarto, ajeitei algumas bolsas com algumas roupas e deixei separado, a tarde veria isso com mais calma, agora precisava ir lá buscar o presente da Juh, estou ansiosa para ver a reação dela.
Fim do capítulo
Boa tarde meninas, tudo bem??
Estou em falta eu sei, mas tive alguns problemas esses dias que me impediram de vir até aqui postar os caps...
Mas voltei, e vou ver se consigo postar dois caps hoje... Não prometo, mas farei o possível!! :)
BJs a todas... Até mais!!
Bia
Comentar este capítulo:
Pandora
Em: 12/04/2019
Oie, você está bem?
A relação que as duas tem é maravilhosa, impossível não ficar feliz em ter a Juh como nora kk
Acho que já deu para perceber que ela é minha favorita pelo tanto que comento, então cuidado com ela viu kkk
Parabens, incrível cap. Beijos
Resposta do autor:
Oi Pandora, estou bem sim... e vc? :)
Já percebi sim que a Juh é sua favorita, hehe... Mais uma vez, confesso que estou com um tiquinho de medo, mas vamos deixar isso em off... :D
Bjs querida... Se cuida
Bia
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