Capítulo 8 – Experiência e sensações

Não tinha nada mais tedioso do que um domingo à tarde ali naquela cidade. Já estava a mais de duas horas lendo um romance policial bem interessante, ao menos ainda existiam livros para ajudar a manter sua sanidade. Praticamente essa foi a sua rotina durante as duas semanas na casa dos pais. Comer, dormir, ler, nadar um pouco, assistir filmes e claro, pensar em Liz. De fato, ela parecia fazer todas as outras coisas para evitar pensar nela o tempo todo.

A semana se passou sem que trocassem uma única mensagem, dessa vez era Liz que a estava evitando, não atendeu ao telefone quando ligou na quinta-feira e não respondeu nenhuma das suas mensagens. Aquilo teve uma reação inesperada: Medo. Será que ela já estava interessada em outra pessoa? Mas isso deveria ser uma coisa boa, ao menos aquilo teria logo um fim, era o que dizia para si mesma. Porém, não era isso que queria.

Sabia o que queria muito bem, só não tinha coragem de admitir para si mesma. Precisava ver Liz novamente e dessa vez iria se arriscar, não pensaria duas vezes. Resolveu voltar na segunda feira pela manhã ainda e disse a si mesma que procuraria Liz assim que chegasse. Não sabia ao certo o que iria fazer e com sorte Liz tomaria uma atitude pelas duas, se bem que estar perto dela sempre fazia do momento algo mágico e inexplicável. Talvez fosse o seu olhar, o seu sorriso ou aquela voz linda e sensual.

O dia de sua volta foi tomado por uma tristeza por parte de seus pais.

- Você ficou pouco dessa vez. – Reclamou Dona Nádia a abraçando.

- Eu sei, mas tenho que voltar.

- Deixa de sufocar a menina, Nádia. – Sr. Horácio interviu. – Ela precisa cuidar da carreira.

- Obrigada, pai. – Falou o abraçando.

Era cedinho da manhã e estavam já a deixando na estação antes de irem para suas rotinas. Pedro era o próximo da fila para abraça-la.

- Você já está indo e não me contou seu segredo. – Falou baixo para que só ela escutasse. – Logo agora que entrei de férias.

- E nem vou contar, não isso. – Lia sorriu, brincando com ele. – Depois, quem sabe!

Depois de mais recomendações o horário do ônibus sair chegou e finalmente eles tiveram de deixa-la ir. Era sempre assim, longas despedidas como se fosse para sempre. Por que famílias sempre tinham que ser tão dramáticas? Não entendia. Durante toda a viagem Lia quis mandar uma mensagem para Liz avisando de sua volta, mas achou melhor fazer uma surpresa. Assim que chegasse iria procura-la onde ela estivesse.

Somente Cris sabia de sua volta, não queria que Rodrigo soubesse, não teria cabeça para lidar com ele agora, a única coisa que queria resolver era essa situação com Liz. Precisava saber o que sentia e ver se era tudo aquilo que estava imaginando. Podia ver claramente a sua frente todos os motivos gritantes para não fazer aquilo, mas não conseguia parar tudo o que estava sentindo, era mais forte do que ela, muito forte.

Cris e Alberto foram recebe-la na estação. Era onze e meia da manhã quando ela chegou finalmente. Depois de vários abraços de Cris decidiram ir logo almoçar e em seguida seguiriam para o apartamento das duas. Lia olhava o tempo todo para o relógio, não queria se demorar. Sua vontade era ir atrás de Liz assim que chegou na cidade, mas precisava se recompor um pouco primeiro.

Mal engoliram a comida e Lia já pedia para ir embora com a desculpa de estar cansada da viagem. Compreensivos, os dois logo se prontificaram a deixa-la no apartamento. Cris e Alberto, além de serem perfeitos um para o outro, eram também seus amigos, os dois, não só Cris. Lia o considerava um irmão mais velho já, gostava muito dele e se sentia muita grata pelo companheirismo dos dois.

Agradecendo a carona e o tempo dispensado Lia desceu do carro e eles saíram novamente, iam para um almoço com a família dele agora. Cris pediu mil desculpas por não poder passar a tarde com ela para colocarem a "fofoca em dia" e saiu com a promessa de que pela noite seria apenas as duas entre conversas, filme e muita pizza.

Assim que chegou no apartamento levou sua mala até o quarto e a primeira coisa que fez foi ligar para Liz, que não a atendeu novamente. Suspirou frustrada, será que seria uma boa ideia sair assim atrás dela? Se ela a estava evitando é porque não queria falar com ela, ainda mais vê-la.

Não obtendo uma resposta razoável dos vários questionamentos que fazia consigo mesma, Lia procurou um número na sua agenda e passou vários minutos decidindo se deveria ligar ou não, mas não tinha outra escolha e arriscou a sorte.

- Alô, Lia?

- Oi, Carlos. Desculpe estar ligando assim. Preciso de um favor!

- Não, tudo bem. Pode pedir. – Respondeu solícito.

- Você pode me passar o endereço da Liz?

- Da Liz? – Perguntou confuso. – Por que?

- Estou precisando falar com ela urgente! – Respondeu tentando manter a paciência, odiava quando as pessoas ficavam se metendo em seus assuntos.

- Aconteceu alguma coisa? – Ele agora tinha um tom preocupado.

- Não foi nada, só preciso do endereço. Você pode me dar ou não?

- Desculpe, mas é claro. – Falou e parecia ter se tocado da indiscrição. – Te mando por mensagem agora, ok?

- Ok, eu espero. Muito obrigada. – Falou e antes que desligassem, acrescentou. – Ei, Carlos.

- Sim!?

- Desculpe pelo modo que falei com você naquele dia. – Não sentia desculpas realmente, ele mereceu, mas não queria parecer uma mal-agradecida.

- Ah. Tudo bem, eu entendo. Eu mereci mesmo!

- Obrigada mais uma vez. Tchau!

Desligaram e em poucos segundos ele havia enviado o endereço e o número do apartamento. Tendo já o endereço em mãos, Lia tomou um bom banho e pediu um Uber que chegou em pouco tempo.

Sabia que estava sendo impulsiva e descuidada, mas não se importou. Em uma situação comum, com qualquer outra pessoa ela jamais faria aquilo. No entanto, estava um pouco desesperada, era Liz afinal. Não poderia deixa-la escapar assim e mais principalmente porque ninguém, nunca, em toda a sua vida, a fizera sentir daquela forma.

No táxi indo de encontro ao endereço a ansiedade só não era maior do que o seu nervosismo. Perdeu a conta de quantas vezes enxugou as mãos na calça de tão soadas que estavam pelo seu nervosismo. Seu coração também insistia em bater freneticamente em seu peito. Quando o táxi parou em frente ao portão.

O prédio era bem localizado e sofisticado. Ela desceu ainda apreciando a vista e pediu que o motorista esperasse mais um pouco, foi até a portaria e pediu que ligassem para o 303. Rapidamente uma moça chamada Vivi atendeu.

- Olá. A Liz está aí?

- Não, ela não tá aqui agora. Ela saiu.

A sorte não estava nada ao seu favor. Já estava perdendo a paciência. Quer saber? Iria sair dali, já estava se sentindo uma idiota, não tinha que ficar correndo atrás de uma pssoa que não estava ao menos atendendo suas ligações. Já ia desligar quando a pessoa falou novamente:

- Desculpe, qual o seu nome?

- Sou Liana, ou Lia como todo mundo me chama. – Repetiu perdendo a paciência. - Ah. Sabe se ela vai demorar?

- Ah, Lia. Você quer ir encontrar ela? – A garota de repente estava mais simpática. – Posso passar o endereço. Ela está ensaiando com os meninos da banda.

- Oh, isso seria ótimo. Obrigada.

Ela anotou o endereço no GPS e agradeceu mais uma vez a tal Vivi. Entrou no táxi e pediu que ele desse a partida. Será que deveria se prestar a esse papel, estava parecendo aquelas meninas desesperadas correndo atrás dos meninos que não estavam nem aí para elas. Ainda pensou em dar o endereço de casa, mas pensou melhor. Liz não era nenhum daqueles garotos, muito pelo contrário. Era uma mulher incrível e muito interessante, tinha que ir vê-la.

Enfim ela passou o endereço para o motorista e começou a ficar ansiosa de novo. Depois de uns vinte minutos eles pararam em frente a fachada de um restaurante bar tomava toda a esquina. De longe ela ouvia a música tocar e a incrível voz de Liz cantar, sentia falta de ouvi-la cantar, ela tinha um dom incrível.

Lia foi entrando devagar até o lado de dentro. Estava meio que na penumbra o local e nos fundos do bar ela os viu no pequeno palco que ali tinha. Liz estava de shortinho e uma blusa preta e tocava em seu grande violão preto. Seus cabelos estavam amarrados e ela tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo. Nunca a vira tão despojada, contudo, continuava linda como sempre.

Ela ficou ali esperando meio escondida, não conseguia parar de olhá-la. Assim que eles terminaram de tocar a música, desceu as escadas se anunciando. Eles demoraram poucos segundos para vê-la. Liz ficou estática olhando para ela sem dizer nada. Os rapazes percebiam as trocas de olhares entre as duas e um deles falou bem animado.

- Liz, você nunca trouxe os seus casos para os nossos ensaios. É um prazer, senhorita.

Liz se levantou rapidamente do banco e o olhou de cara fechada. Lia se sentiu extremamente desconfortável e sem graça com o comentário, quase deu vontade de sair correndo dali quando Liz começou a falar:

- Deixa de falar besteira Jack. – Ela se virou para os meninos da banda. – Vamos fazer um intervalo amores, ok?

- Você que manda. – O baterista falou.

Liz andou em sua direção sem desviar os olhos dela, ela estava séria e demonstrava uma leve surpresa em vê-la ali. Assim que estavam a pouquíssimos passos de distância ela parou e a encarou intensamente. Sentiu o perfume dela com a proximidade e percebeu que ela estava levemente soada.

- Você não atendeu minhas ligações. – Começou Lia sem jeito. – Tive que vir te ver.

- Desde quando você voltou? – Perguntou tentando se fazer de indiferente.

- Hoje à tarde.

- Como você me encontrou aqui? – Perguntou confusa.

- Eu rastreei seu número. – Falou séria, não conseguiu resistir. Liz percebeu e abriu um sorriso finalmente.

- Palhaça.

- Eu fui até o seu apartamento e a Vivi disse que você tava aqui ensaiando.

- Você foi até lá? – Liz estava surpresa e não conseguia tirar um leve sorriso dos lábios. – Por que não me mandou mensagem?

- Você não estava nem me atendendo. Ficou me evitando.

- Rá... que coincidência. – Respondeu sarcástica.

- Foi diferente. Eu estava confusa. – Rebateu se defendendo.

- Eu também fiquei confusa.

- Você confusa? Por quê?

- Você me deixa confusa, Liana. – Sussurrou com a voz mais rouca.

Um arrepio sempre a percorria quando ela a chamava assim.

-Será que a gente pode conversar sem uma plateia?

Lia observou que os rapazes não tiravam os olhos curiosos delas.

- Claro, desculpe! Por aqui.

Liz a levou até o espaço que havia atrás do palco. Com certeza era um tipo de camarim para as bandas que costumavam tocar ali. Era um espaço não muito grande onde tinha uma mesa de maquiagem, um sofá médio e um frigobar. Ao entrarem Liz trancou a porta. Automaticamente Lia suspirou tensa de nervosismo.

- O que você quer, Lia? – Perguntou olhando-a nos olhos.

- Eu não sei bem. – Respondeu nervosa. – Precisava te ver.

- Me ver para quê? – Liz estava jogando duro com ela. Parecia querer que ela falasse com todas as letras.

- Pra gente terminar a conversa daquele dia.

- Eu já falei tudo o que eu tinha para falar e você pirou. Eu parei de falar para você não achar que eu estava pressionando você. Eu não sou uma pervertida.

- Claro que não, Liz. Eu sei disso! – Lia se revoltou. A última coisa que queria era se fazer de vítima. Resolveu tacar o foda-se e ver o que acontecia. – Eu sei o que aconteceu e você estava certa. Eu queria também. Eu ainda quero! Só fiquei assustada, nunca me senti assim.

Criou coragem e fitou seus olhos. Liz tinha um sorriso de contentamento nos lábios. Como se tivesse conseguido algo que quisesse a muito tempo. Seu estômago estava revirando e seu coração disparado de nervosismo, não acreditava no que acabara de falar... não acreditava que estava ali mesmo com ela, perante a  mulher que estava lhe invadindo os sonhos, queria beijá-la o mais rápido possível, era tudo que queria naquele momento.

- Ah, Liana. – Liz passou a mão por sua face e foi inevitável não fechar os olhos ao seu toque. – Você é uma garota imprevisível.

- Isso é ruim?

Elas foram se aproximando cada vez mais até que Liz a enlaçou de uma vez pela cintura chocando seus corpos, seus lábios ficaram a centímetros de distância, Lia a abraçou pelo pescoço. Fechou os olhos e ficou sentindo o calor que emanava dela e a respiração morna com cheiro de menta. Ela colou suas testas e começou a acaricia-la subindo pelo quadril, passando pela cintura, até chegar em seu pescoço. Lia se arrepiou toda com o toque, abriu os lábios levemente esperando o seu beijo, sentia urgência daquele toque, estava queimando de desejo por dentro.

Não aguentando mais ela aproximou suas bocas e com um leve toque realizou o seu sonho de beijá-la. Liz foi mansa e carinhosa no início, deixando-a à vontade para se acostumar com o toque e fazer o que bem sentisse vontade. Assim que seus lábio colaram ela sentiu um arrepio delicioso atravessar seu corpo, não mais conseguia controlar seu coração e sua respiração. Logo Lia já a estava beijando com vontade e quando pediu a permissão para a língua, Liz se afastou olhando-a com desejo, em seguida pegou em seu rosto e beijou-a com paixão já colocando a língua em sua boca e apertando o quadril dela contra o seu.

Ela não limitou nada e correspondeu avidamente, se deixando sentir dominada pelas várias sensações e emoções que atravessavam seu corpo naquele momento. Passou os dedos pelo pescoço de Liz sentindo o seu suor, mas aquilo só a deixou ainda mais excitada. O beijo era quente, molhado e intenso, pareciam se devorar pela boca. Nunca beijara de uma forma assim tão desejosa e descarada, era surreal e muito gostoso.

Logo as línguas se enroscaram. Lia se sentia no céu com o beijo, era sexy, muito mais do que tudo que tinha imaginado e atestou o que já quase tinha certeza, Liz realmente tinha uma pegada muito gostosa. Sem vergonha e com muita vontade Lia começou a sugar a língua dela e ouviu quando um gemido baixo escapou de sua garganta, aquele som a atingiu bem no meio das pernas involuntariamente.

Se sentindo solta e ardendo puxou Liz sem separarem suas bocas até o sofá e jogou-a sobre ele e ela não mostrou resistência, depois sentou-se em seu colo com uma perna de cada lado de sua cintura. Lia não conseguia parar o beijo e nem queria, estava gostoso demais, mais ainda quando sentiu as mãos quentes dela invadirem sua blusa arranhando suas costas levemente, foi a vez de Lia gem*r dessa vez. Ofegantes Liz separou os seus lábios e atacou o seu pescoço, sempre prensando o corpo dela contra o seu.

- Você tem um cheiro delicioso! – Liz sussurrou em seu ouvido e depois deu uma lambida do pescoço até a orelha. – Eu sabia que seria assim.

- Cala a boca!

Disse Lia se apossando dos lábios dela novamente. Já estava viciada, nem havia acabado e já queria mais. Elas ch*pavam a língua uma da outra e com as mãos mais atrevidas Liz segurou seu bumbum com vontade. Lia passou os dedos na nuca dela e a arranhou levemente, depois levou as mãos até a sua blusa, tirando-a. Tinha necessidade de sentir pele com pele. Liz a olhava séria enquanto a deixava lhe despir e assim que o fez completamente beijou todo o seu pescoço.

Rapidamente Liz também retirou a blusa dela e começou a beijar seu tórax e foi baixando até alcançar a parte dos seios que não estavam cobertos pelo sutiã preto. Lentamente Liz foi deitando-a sobre o sofá até ficar por cima, ainda entre as pernas dela tocou seus lábios olhando-os, estavam avermelhados e inchados.

- Que boca gostosa!  

Declarou e voltou a apossar-se de sua boca com fome. Lia gostou do que ouviu. Em seguida ela foi descendo com beijos e lambidas por seu pescoço, colo e na parte dos seios que o seu sutiã preto não cobria.

Lia entrelaçou suas pernas em sua cintura trazendo-a mais para perto e arranhou suas costas com força. As bocas e os corpos das duas se encaixavam perfeitamente e em sintonia, como se já tivessem feito aquilo milhões de vezes. A mão de Liz que estava na lateral de seu corpo foi parar entre seus corpos na barriga de Lia, ela foi descendo cada vez mais, as duas se olharam, não queriam parar. Liz estava prestes a abrir a calça de Lia quando batidas na porta as fizeram dar um sobressalto e se separarem, trazendo-as para a realidade.

- Vamos continuar o ensaio Liz, eu tenho que ir daqui a pouco. – A voz masculina estranha para Lia, gritou do outro lado da porta.

- Já estou indo! - Gritou de volta, ainda ofegante.

Fitaram-se um pouco constrangidas, ao menos Lia estava, tinha se esquecido completamente deles depois daquela porta. Liz começou a rir e saiu lentamente de cima dela com cuidado para não a machucar. Sentadas uma ao lado da outra Liz pegou a mão dela e pousou um beijo ali, gesto que Lia achou bonitinho e carinhoso. Seu coração batia forte no peito.

- Desculpe por isso.

- Tudo bem, eu que vim de metida.

- Que bom que você veio. – Liz sorriu e falou em seu ouvido, arrepiando-a.

- Não faz isso! – Disse rindo. – Me deixa sair daqui.

Liz abriu aquele sorriso safado de lado e lhe deu mais um beijo leve em seus lábios.

As duas não falaram muita coisa, se vestiram com pressa e depois de arrumar os cabelos, saíram do camarim. Liz a acompanhou até a saída do bar onde foram banhadas pela claridade ainda forte do sol da tarde. Lia se sentia tímida agora, não acreditava no modo que havia se entregado com tanta facilidade aos toques dela naquele sofá mesmo. Se não tivessem batido na porta será que iriam parar? Sinceramente não sabia.

- Eu já vou, então. - Falou um tanto quanto nervosa. Não sabia bem o que fazer.

- Posso ver você mais tarde? – Perguntou Liz passando a mão em sua face e lhe presenteando com um sorriso leve e despretensioso.

- Pode.

- Vamos nos apresentar aqui essa noite, quero que você venha. Se quiser posso ir te buscar. - Liz passou o dedo delicadamente em sua face retirando uma mexa de cabelo dali. 

- Por mim tudo bem. - Lia sorria feliz. 

- Eu tenho que voltar para o ensaio agora. - Disse suavemente lhe dado um selinho em seguida.

- Ok. Até mais tarde.

- Até. Eu te ligo.

Liz se aproximou dela mais uma vez e lhe deu mais um beijo de tirar o fôlego fazendo seu  coração acelerar. Puta que pariu! Ela beijava bem demais. Não conseguia acreditar na coragem que tivera. Se despediram e com um sorriso na cara ela saiu à procura de um táxi de volta para casa, onde iria aguardar pela noite ansiosamente.

Fim do capítulo