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A CARTOMANTE por Tay Bandeirah

Ver comentários: 2

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Palavras: 1420
Acessos: 2444   |  Postado em: 24/03/2019

Notas iniciais:

Até semana que vem amores. 

Beijão 

O JANTAR

POV Luna

O futuro nada mais é que a soma das nossas escolhas... Você aceitou a dor... Você aceitou a dor... Aceitou a dor...  Como assim eu aceitei a dor, o que eu poderia ter feito para evitar? Revolva suas mágoas e deixa-as ir embora. Como se fosse fácil!!! Tudo que eu mais quero é esquecer o passado e ser feliz com a minha família, mas essa cigana esquece que o relacionamento é feito a dois! Chegou o tempo de você mudar. Seria tão mais fácil se ela falasse o que era pra eu fazer. A gente paga uma grana e ainda tem ficar adivinhando. Eu bufava imersa em meus próprios pensamentos. Se você a ama lute por ela, agarre-a na marra, se for preciso. A sua essência pode te ajudar, então mude a estratégia. A merd* já foi feita, seja o que Deus quiser.

Eu vou enlouquecer se ficar em casa, divagava comigo mesma enquanto me olhava no espelho. Rapidamente troquei de roupa, liguei para Alex e combinei com ela um almoço no Shopping, precisava me distrair e nada melhor que uma sessão de compras e uma boa conversa para que isso acontecesse.

Depois das compras feitas procuramos um restaurante aconchegante, pedimos uma comida leve e pra acompanhar um vinho branco.

_ Eu sei que você não quer pensar nesse jantar, mas eu preciso perguntar, o que você vai fazer se a Helô te quiser você de volta?

_ Me segurar pra não desmaiar, kkk

_ Boba, eu tô falando sério. Você fica imaginando milhares de coisas, mas em momento nenhum cogitou a possibilidade dela ter caído nesse seu plano maluco.  

_ Meu plano não é maluco, eu só estou seguindo as orientações da Madame Berta. Não foi você quem disse que ela é o máximo?

_ Mas eu tenho certeza que ela não mandou você sair pegando geral na frente da Helô.

_ Não diretamente, mas ela deixou bem claro que minha essência me ajudaria e eu sempre fui isso, uma galinha inconsequente, kkkk

_ Ok, não vou discutir com você! Mas responde minha pergunta.

_ Sinceramente não sei.

_ Acho melhor pensar gata.

_ Eu sei que ela está se rasgando de ciúmes, mas isso não basta, ela precisa pensar que eu estou esvaindo pelas mãos dela.

_ Gente como você é dramática, kkk

_ Pensa comigo, se conversarmos hoje e decidirmos voltar, fatidicamente ficará impresso nela que fiz essa ceninha para que ela ficasse com ciúmes e na primeira crise ela pula fora de novo. Ela precisa pensar que está me perdendo, que assim como ela eu também não acredito mais na gente. Ela precisa querer me reconquistar e principalmente acreditar que podemos ser felizes novamente.

_ Entendi! Então se ela pedir pra voltar você vai pular fora?

_ Eu tô pensando seriamente em não conversar com ela.

_ Vai desmarcar? A coitada quase engasgou com a comida ante a surpresa da minha resposta.

_ Eu não disse isso, eu falei que não vamos conversar.

_ Luna eu conheço eu seu olhar, cuidado pra não colocar os pés pelas mãos.

A conversa transcorreu tranquila até as 16h da tarde, quando saímos do restaurante e fomos em direção ao salão de beleza. Eu queria fazer as unhas e dar um jeito no cabelo. Me despedi da Alex prometendo que no dia seguinte entraria em contato para contar os detalhes do encontro.

_ ALEX. Gritei assim que ela saiu do salão. Ao ouvir seu nome a loira parou. _ Marca um horário com a Madame Berta pra mim, por favor. Recebi uma afirmação silenciosa acompanhada de um beijinho jogado no ar.

POV Helô

Já eram quase 20h quando a campainha tocou indicando a presença da loira. Após a última conferida no visual e o retoque do batom abri a porta sorridente. Dei passagem pra que ela entrasse aproveitando para me deliciar com o aroma inebriante que ela exalava.

_ Espero que não se importe em comer comida de restaurante. Meu dia foi agitado e não consegui ir pra cozinha.

_ Sem problemas Lu.

Por mais que tentássemos demonstrar naturalidade não conseguíamos, estávamos nervosas, inseguras e ansiosas.

_ Comprei aquele japonês que você adora e um saquê pra acompanhar. Trouxe também seu vinho preferido e sugiro que comecemos por ele.

_ Claro, você pode nos servir enquanto eu coloco a mesa pra gente jantar.  

Ela foi na adega, abriu a garrafa e voltou com duas taças na mão. Acabei transparecendo meu nervosismo. Por mais que eu quisesse estava complicado ficar tranquila.

_ Helô está tudo bem?

_ Sim, porque?

_ Você está mais tensa que deveria. Sou só eu, a mulher que você conhece de cor e salteado, fica calma, por favor, se não vou começar achar que não deveria ter vindo.

Sorri timidamente pegando a taça de vinho ela me oferecia. Joguei a bolsa que ela usava em um dos sofás e me sentei no outro. Ela sentou à minha frente e sorriu tentando passar um pouco de confiança, se é que existia alguma dentro dela.

_ Lu eu queria conversar com você sobre nós.

_ Helô eu sei que prometi que conversaríamos hoje, mas vamos jantar primeiro, curtir um pouco o momento, afinal fazem uns dois anos que não jantamos juntas e mais pro final da noite conversamos, pode ser?

Concordei com a cabeça e aos poucos fomos relaxando e conversando sobre coisas amenas. Falamos da nossa filha e do susto ao perceber o quanto ela estava madura para a idade dela. Relembramos do Rafael e de todas as inconveniências advindas da personalidade dele.

Quanto mais bebíamos mais soltas ficávamos. Já estávamos sem os saltos, os cabelos já estavam presos e vez ou outra nossas mãos se tocavam. Finalizamos o jantar e voltamos para a sala, estava pegando as sobremesas quando fui pega de surpresa por ela me chamando para dançar, só aí percebi que a música que estava tocando era a mesma que dançamos no nosso casamento.

Entre passos vacilantes senti suas mãos deslizando pelas minhas costas, provocando em mim arrepios involuntários. Minha respiração começava a falhar à medida que as investidas iam crescendo. Inebriadas com o momento nem percebemos quando um beijo nos envolveu, no começo era calmo, repleto de sentimentos, mas rapidamente transformou-se em volúpia e em urgência. Tentei recobrar os sentidos e desvencilhei-me dos braços dela.

_ Lu nós precisamos conversar.

_ Diz pra mim que você quer conversar agora? Ela sussurrava no meu ouvido, deixando fluir todo o desejo sentido.

_ Eu não quero, mas precisamos.

Novamente ela me tomou pelos braços e me beijou com desejo e saudades.

POV Luna

A vontade que tinha era de engolir aquela morena, foram dois anos beijando aquela boca somente nos meus sonhos. Foram noites insones lembrando do toque, do cheiro, do sorriso... tudo naquela mulher me inspirava desejo e eu não estava nem um pouco disposta a parar.

Os beijos foram se intensificando e as roupas começaram a ficar jogadas pelos cantos da casa. A essa altura os pensamentos estavam desconexos e somente os instintos falavam por nós.

Eu estava extasiada e sem nenhum tipo de cuidado a joguei na cama, terminando de tirar o resto de roupa que ela ainda tinha no corpo. Desci com meus beijos por aquele corpo moreno enquanto deixava minhas mãos correrem soltas, saciando assim minha vontade de domá-la e fazê-la estremecer.  Um gemido alto foi ouvido me instigando ainda mais. Acompanhei as estocadas com a língua, fui ch*pando deliciosamente aquele clit*ris inchado, sorvendo toda a lubrificação da minha morena, que desesperada gemia alto e se remexia aprofundando ainda mais o contato. Minutos depois ambas explodimos em um gozo intenso que nos fez tremer dos pés à cabeça. Ela tentava recobrar o fôlego e os sentidos e mais uma vez voltei a investir, eu estava alucinada de tanto desejo e ela me se entorpecia nas sensações que proporcionávamos uma a outra. Horas mais tarde, dormimos exaustas.

POV Heloísa

Horas depois acordei com o sol incomodando meus olhos, procurei pela Luna na cama e percebi que estava sozinha. Levantei assustada procurando, em vão, por ela na suite. Coloquei uma calcinha confortável e uma camiseta, quando ia abrir a porta para sair do quarto, percebi em cima da escrivaninha um copo com água, duas aspirina e um bilhete com pouquíssimas palavras. “Desculpe pela invasão nas suas coisas, mas sei como detesta ficar de ressaca, por isso os remédios. Adorei a noite! Beijos Luna”.

Desconcertada liguei para a Maria, precisava ao menos tentar entender o que significava a atitude dela.

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - O JANTAR:
Vanderly
Vanderly

Em: 04/10/2019

Essa Luna é boa! Levou a mulher pra cama num piscar de olhos. Que delícia esse capítulo! Quero mais.

Beijos.

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Naahdrigues
Naahdrigues

Em: 15/05/2019

Véi a Luna tá pegando pesado mesmo, dá uma de pegadora e sair assim sem mais nem menos depois de ter transado com a mulher, que tenso.

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