Boa tarde amores, voltei!
Espero que gostem do capítulo, escrevi com muito carinho.
Beijão
A FESTA
POV Luna
Chegou o dia da festa, Carol caiu da cama as 7h da manhã e rapidamente se jogou em cima de mim.
_ Mãe acorda, cadê meu presente, já é meu aniversário.
Jesus nunca vi tanta animação em uma pessoa as 7h da manhã. Dei um sorriso bobo ao ver minha menina tão minha novamente. _ Calma aí mocinha, os presentes só na hora da festa.
_ Será que a mamãe já pegou o avião?
_ Acredito que sim amor. Daqui a pouco ela estará aqui com você. Vamos tomar café e começar a arrumar a casa. Temos muitas aranhas e morcegos para pendurar, kkk
E assim fizemos, tomamos um café da manhã reforçado, recheado de frutas, pães, alguns laticínios, um suco de laranja pra mim e o tradicional leite com chocolate que a Carol não abria mão. Tomamos um banho rápido e enquanto nos arrumávamos ouvimos a voz da Juliana gritando que tinham chegado para ajudar na arrumação.
Não tinha como deixar de reparar que a cada segundo a Carol ficava mais ansiosa, ela olhava a porta e conferia o relógio a cada fração de hora. Aos poucos a expectativa foi dando lugar a angustia e era visível a carinha de decepção ao perceber que as horas estavam avançando e que a Helô não chegava.
_ Carol fica calma, a tia Helô nunca faltaria no seu aniversário, daqui a pouco ela chega.
Não era possível que a Helô estivesse mesmo colocando nossa filha em segundo plano. _ Poxa Maria, custava a Helô ter vindo, pelo menos ontem, não precisava passar o final de semana inteiro aqui em casa, mas pelo menos hoje passaria o dia com a filha. Parece que tem medo da Roberta. Ano passado eu passei o final de semana inteiro em São Paulo, o mínimo que esperava era que ela fizesse o mesmo. Agora deixar a menina nessa agonia porque não sabe controlar as crises de ciúmes da namoradinha é um pouco demais.
_ Calma Lu, daqui a pouco a Helô estará aqui.
_ Daqui a pouco que horas, literalmente na hora da festa? Nem pra chegar mais cedo pra passar o dia ao lado da filha. Sinceramente essa não é a Heloísa que eu conheço, colocar a filha em segundo plano por causa de namorada.
_ Lu não fala o que você não sabe. Ela deve ter os motivos dela para não ter chegado ainda. Depois da festa vocês conversam.
Não me dei nem ao trabalho de responder, terminei de conferir se estava tudo em ordem. Verifiquei as comidas e as bebidas, orientei os garçons e os monitores dos brinquedos e, vendo que já eram 17h corri para chamar a Carol para que começássemos a nos arrumar.
_ Lu, vou aproveitar e vou em casa ver se a Amélia está dando conta de arrumar aquela galerinha. Nos vemos daqui a pouco.
POV Heloísa
Estava entrando no banho quando ouvi meu celular tocar, saí do banheiro correndo procurando pelo aparelho na cama mega bagunçada. Mal atendi e já tomei esporro.
_ Porr* Helô, cadê você? A Carol está em cólicas com a sua ausência.
_ A festa não começa às 19h, então estou me arrumando, daqui a pouco estarei aí.
_ Sério mesmo que você vai dar uma de convidada e só chegar na hora da festa? O brilho nos olhos da sua filha diminuem a cada passar de hora que você não chega. A Luna está uma fera por você ainda não ter chegado e está culpando a coitada da Roberta. Na boa Heloísa, sua cabeça seu guia. Você é bem grandinha pra ficar ouvindo sermão, só cuidado para não machucar a Carol, ela ainda é criança e não merece pagar pelas merd*s que vocês fazem.
_ Calma aí Maria, só queria evitar ficar muito tempo com a Luna, mas se a Carol está sentido minha falta desse jeito, já estou indo para lá.
_ Não sei que medo é esse da Luna, até parece que ela vai te agarrar. E se agarrasse até parece que não ia gostar, sinceramente não entendo essa hipocrisia Helô. Quer saber de uma coisa, cansei de falar com você sobre isso, deixa eu ir que tenho 3 crianças pra arrumar e faltam 2 horas pra festa.
Comecei a correr feito louca, joguei uma água no corpo, passei a fantasia que estava levemente amarrotada e comecei a me arrumar. Quando terminei de fazer a maquiagem já eram quase 18:30h. DROGA!!! Gritei comigo mesma. Peguei a chave do carro, o presente da Carol e corri, corri muito, furei alguns sinais vermelhos e por sorte não tomei nenhuma multa por excesso de velocidade. Nunca percebi como a casa da Luna era longe até precisar chegar lá em menos de 15 minutos.
Quando cheguei já tinham alguns convidados espalhados pela casa e as crianças já se divertiam nos brinquedos, procurei pela Carol e a vi tirando foto com um casal que me era desconhecido. Procurei uma mesa e coloquei minhas coisas nela, andei pela casa a procura da Luna que ao me ver fechou o cenho demonstrando sua irritação. Dei um sorriso amarelo e voltei o olhar para onde a Carol estava.
_ Filha que saudade! Parabéns princesa, a mamãe te ama muito e está muito orgulhosa da mocinha que você está se tornando.
_ Poxa mãe, pensei que você fosse passar o dia comigo. Você nunca ficou longe de mim no meu aniversário.
_ É por uma boa causa, você vai gostar, mas te conto depois. Vamos curtir sua festa que ela está linda, a Luna caprichou na decoração. Era visível a carinha de descontentamento dela, mais uma vez coloquei meus sentimentos a frente da minha filha. Tentei descontrair o clima pesado comentando a coincidência das nossas fantasias. _ Carol você viu que nossas fantasias são iguais. Você está igualzinha a mim.
_ Eu tô igualzinha a mamãe, nós escolhemos as fantasias juntas. Você escolheu a sua sem saber que a gente já ia se vestir assim.
Ela se desvencilhou dos meus braços e correu para o colo de Luna assim que a viu passar pela cozinha. Me arrependi da minha infantilidade, mas não tinha como voltar atrás, agora era aguentar as consequências.
_ Oi Lu, como vai? Você está linda.
_ Obrigada. Fique à vontade, precisando de alguma coisa é só avisar. Você conhece as dependências da casa então não preciso mostrar onde fica o banheiro. Agora me dá licença que estou recebendo os demais convidados.
_ Não precisa me tratar com frieza Lu. Eu posso explicar o motivo do atraso, não me trate com indiferença sem nem saber o que aconteceu.
_ Você não precisa me explicar absolutamente nada, explique a sua filha que passou o dia vigiando a porta na expectativa de você chegar. No mais é como eu falei, sinta-se à vontade, coma, beba e se divirta. Precisando de alguma coisa é só falar.
Ela virou as costas e me largou falando sozinha, passou toda a festa como se eu simplesmente não estivesse ali. Já eram quase 21h quando adentrou a festa a Camila e uma mulher magra, de cabelos escuros e toda sorridente. A vi indo em direção a Carol, lhe entregando um presente e lhe dando um beijo na testa, depois vi que ela foi em direção da Luna que estava entretida em uma conversa com o Ricardo. Fiquei perplexa quando vi a morena agarrando a Luna por trás e conforme ela ia se virando o abraço se transformou em um beijo calmo, mas cheio de malícia. Meu incomodo devia estar latente, pois a Maria apareceu como mágica do meu lado.
_ Que foi Heloísa?
_ Nada, porque?
_ Nada, tem certeza? Então disfarça melhor essa inquietação.
_ Quem é a morena?
_ Carina, a irmã do Enzo, te falei dela, lembra?
Então ela não é só mais um casinho, a Luna jamais faria isso, ficar se agarrando com qualquer uma na minha frente. Milhões de coisas fervilhavam na minha cabeça. _ Porr* Maria, a Luna está agindo como se eu não existisse e agora fica se agarrando com essa mulher na frente da nossa filha.
_ Ela é solteira, pode ficar com quem ela quiser.
_ Não estou falando isso.
Irritada preferi levantar e andar um pouco. Fui em direção as duas que ainda estavam trocando beijos e carinhos. Propositalmente joguei cerveja na roupa de tal Carina fazendo as duas se largarem para ver o que estava acontecendo.
_ Perdão Lu, tropecei naquele fio e sem querer molhei vocês.
_ Tudo bem Helô. Carina essa é a Heloísa, mãe da minha filha.
Cumprimentei a morena cordialmente enquanto ela tentava se secar com um guardanapo.
_Gata pega no meu guardarroupa uma camisa e coloca essa na máquina do banheiro. Novamente deu um beijo demorado na magricela e voltou a me olhar.
_ Com licença Heloísa.
Eu estava furiosa com a situação, era a primeira vez que a Luna fazia isso comigo. Eu sei que pisei na bola, mas ela estava exagerando no gelo. Fui tirada dos meus pensamentos com a intromissão do Caio, que tentava tirar uma com a minha cara.
_ É impressão minha ou tá rolando um ciúme aqui?
_ Não enche Caio, já basta a Luna me tratando como mais uma na festa.
_ Pelo que fiquei sabendo quem se portou assim foi você ao chegar junto com os primeiros convidados. Não queira exigir que a loira te trate com exclusividade se você trata ela como segunda opção.
_ Cacete, tá difícil engolir essa festa.
_ Fica calma e aguenta. Fez merd* agora segura a peteca. Poderia tá lá junto com as duas, como sempre foi, mas é idiota, fazer o que?
_ Vai a merd* Caio, vê se me erra e some da minha frente.
Já eram quase 23h quando começaram a chamar para cantar os parabéns. Rapidamente a Carol se colocou no centro da mesa e num piscar de olhos a Luna a abraçou por trás. Passados alguns segundos em silêncio a Luna beijou a testa da nossa filha e veio em minha direção.
_ Mas será possível que nem no parabéns da sua filha você irá? O que está acontecendo com você Heloísa? Pra largar sua filha de mão era preferível não ter vindo.
_ Desculpa Lu, eu achei que você não me quisesse lá.
_ Não sou eu quem tenho que querer, o aniversário é da Carol e ela se importa com suas atitudes.
Me levantei meio constrangida com a situação e fui para trás da mesa do bolo. O parabéns logo começou e em seguida as milhares de fotos. Quando ia saindo de trás da mesa para que a Carol tirasse foto com os demais convidados fui surpreendida pelo pedido de sempre. Ela queria que tirássemos uma foto onde eu e Luna beijássemos ao mesmo tempo suas bochechas. Sempre fazíamos assim e essa foto já fazia parte do ritual dos aniversários, mas ela estava tão chateada comigo que achei que esse ano seria diferente.
Sem podermos negar nos aproximamos de Carol e a abraçamos, cada uma beijando em um lado da bochecha. Nas costas dela nossas mãos se tocaram, eram a primeira vez desde minha ida para São Paulo que elas se tocavam. Não sei se a Luna percebeu mas ela me fez um carinho na mão e eu simplesmente sorri.
Apesar de tudo a festa terminou num clima mais ameno. Me despedi da Luna com a promessa que nos sentaríamos no dia seguinte para conversarmos sobre Carol. Antes que a loira pudesse me dar um abraço de despedida surgiu ao seu lado a magricela toda sorridente.
_ Gata estou um pouco cansada, saí do plantão e vim direto pra cá. Vou subir para tomar um banho. Te espero no quarto, não demora que já estou com saudades. Beijou suavemente os lábios de Luna, abraçou Carol desejando mais uma vez felicidades e se despediu de mim que inexplicavelmente permaneci imóvel observando a intimidade das duas.
_ Então fica combinado assim Helô, a Carol dorme com você hoje e amanhã por volta das 16h nos encontramos no Shopping para conversarmos.
_ Porque no Shopping? Saí do meu transe momentâneo. _ Estou no apartamento que era do Rafael, me encontre lá, assim teremos mais privacidade para conversarmos.
Luna concordou, nos acompanhou até o carro e sumiu porta a dentro.
POV Luna
_ Nossa loira achei que sua ex nunca fosse embora. Acho que rolou um ciúmes dela em relação a mim. Ela me comeu com os olhos a noite inteira.
_ Tá doida, ela tem namorada, na verdade até estranhei ela não ter vindo. Aquela lá nunca larga a Helô, ainda mais se o compromisso for comigo, kkkk...
_ Se não foi ciúmes só pode ter sido interesse, kkkk... Seria interessante nós três na cama, aquela morena tem cara de ser quente.
_ Carina pelo amor de Deus, se for para ficar dizendo asneiras melhor ir pra casa. Estou cansada e amanhã vou ter um dia difícil. Vou conversar com a Helô sobre a Carol querer morar comigo, tenho certeza que ela não aceitará facilmente e que vamos acabar em um tribunal.
_ Calma loira estava só brincando, já que seu dia foi complicado vem cá que eu sei uma maneira de te deixar bem relaxada.
Segurou minha nuca e calmamente foi tirando minha roupa, beijou cada pedacinho do meu corpo me fazendo desmanchar de prazer. Depois de saciadas fomos para o chuveiro numa conversa animada.
_ Cuidado para não se apaixonar por mim em loira, eu sei que sou fatal, kkkk.
_ Você está cheia das gracinhas hoje. Não quero me amarrar em ninguém, quero apenas me divertir e dividir a diversão com algumas pessoas.
_ Algumas pessoas, nossa que safada e eu na esperança de ser exclusiva, kkk
_ Exclusividade só minha filha amor, mas não se preocupe que você está no topo das minhas preferências.
Voltamos a nos beijar e novamente acabamos trans*ndo. Exaustas dormimos, mas o meu sono não foi nada tranquilo. Assustada acabei acordando, estava suada e ofegante, sentia como se minha vida estivesse esvaindo por minhas mãos. Olhei para o lado e vi que Carina dormia tranquilamente, repentinamente veio em minha cabeça a imagem da Cartomante e suas palavras não paravam de ecoar: aquelas que habitam a sua cama não te satisfazem mais... sua essência pode te ajuda e souber usá-la...
_ O que essa mulher quis dizer, falei sozinha enquanto olhava a Carina nua ao meu lado.
Fim do capítulo
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