• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • O Amor Não Existe
  • Capítulo 16

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O meu amor tem nome de flor
    O meu amor tem nome de flor
    Por brinamiranda
  • Nas brumas do Pico
    Nas brumas do Pico
    Por Nadine Helgenberger

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

O Amor Não Existe por Endless

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 2187
Acessos: 3058   |  Postado em: 11/02/2019

Capítulo 16

O ambiente da cantina era muito agradável, amplo e rodeado por vidros, deixando a claridade e a vista de árvores altas e muito verdes tomarem conta do espaço. Tudo muito bem planejado. Elogiei o bom gosto, vendo um sorriso tímido mostrar os dentes alvos. Nos sentamos e começamos a comer em silêncio. Falamos algumas amenidades e ela apresentou algumas boas ideias para o futuro da escola. Ainda não havia percebido, mas uma música baixa tocava. E as palavras foram entrando devagar em meus ouvidos.

-- Que música é essa?

-- Gostou? Vânia Abreu. Dó de mim... É o nome da música.

 

Caso você for, não me diga adeus
Deixe pra amanhã, tenha dó de mim
Não olhe pra trás, que eu não quero ver
Quando o seu olhar me fitar e estremecer

Se a solidão vier me procurar
Digo que não estou, por não resistir
Quanto tempo mais tenho que esperar
Pra que você possa vir me perdoar

Sem você eu nada sei, esqueço de lembrar
Como que se faz pra adormecer
Vou morrer só de pensar, de você pensar que é o fim
Agora diz quem vai cuidar de mim

Se você voltar ressuscitarei
Sairei do breu, pra me redimir
Que é que eu vou fazer se dependo de você
Pra viver e ser feliz

Ouvimos a música terminar nos medindo, até que ela resolveu falar.

-- Sei que se pergunta por que “nos” abandonei. -- baixou os olhos para logo depois me invadir com eles como nunca tinha visto antes, fazendo meus joelhos tremerem. -- Guilhermina... Sei que nada que eu diga vai apagar toda a dor que causei a nós, mas a escolha foi feita. ELE te machucou duas vezes. ELE me ameaçou todo o tempo. Seu atropelamento, aquela bala... Eu... -- parou para recobrar-se da emoção. -- Fui covarde em não lutar, em não buscar ajuda. Todo meu medo de que ELE te matasse, me tolheu os movimentos. Eu fiquei aleijada, Guilhermina, e deixei que você se fosse, na intenção de te ver feliz... Como você foi ao lado de sua esposa.

Escutei todas aquelas palavras com uma passividade que não era minha, mas era assim que me sentia depois de ter vivido tudo que vivi.  Tudo era passado. O que adiantava me debater contra toda a merd* que tinha acontecido? Nada faria com que eu recuperasse o que tinha perdido. Eu sabia que aquela verdade me libertaria. O que eu teria feito no lugar dela? Na situação dela, tendo ela o próprio histórico de dor? Meu olhar enterneceu-se como se fosse mais fácil compreender agora. Eu era jovem e intempestiva. Tomei atitudes que, hoje, talvez não tivesse tomado. Fomos covardes. Eis a conclusão a qual cheguei vendo naquele rio de promessas que um dia foi meu, todo o sofrimento pelo qual passou. Eu também deveria ter lutado contra a sua decisão. Deveria ter procurado por ela para saber o que acontecia, insistido mais. Mas não, apenas me retirei de sua vida como se ela nunca tivesse existido. Isso também foi um erro meu, mas não adiantava mais me lamentar. O silêncio daquele momento foi quebrado pelo toque do celular dela.

-- Alô? Oi, meu amor... -- havia um brilho descomunal em seus olhos ao falar. -- Também estou com saudades, minha vida... Não... Não esqueci não, meu amor... O azul, sei... Vou comprar assim que sair daqui... Vai me esperar? Não vou demorar muito... Te amo, viu?

Agora era eu que me via atolada numa onda de ciúmes ferrenha.

-- Bem acho que não tenho mais nada a fazer aqui hoje, diretora. Obrigada por esclarecer as coisas entre nós. Precisava disso para me libertar de vez e seguir meu caminho e você seguir o seu. Desejo felicidades... Muitas.

Despedi-me e saí acompanhada daqueles homens esquisitos que nem sequer me dirigiam a palavra.

 

xxxxx

 

-- Alô?

-- Guiii!!! -- afastei o telefone do ouvido pelo grito vindo dele. -- Então como vão as coisas, falou com Lílian? O que ela te disse? Vocês conversaram? Está tudo bem?

Inacreditável! Em plena lua-de-mel, a maluquinha ligando pra saber de mim?

-- Não acha que está exagerando, coala?! -- reclamei da doidice.

-- Não me respondeu ainda Dona Guilhermina! -- ouvi ao fundo a voz de uma Márcia extremamente irritada. -- “Volta, já pra essa cama, Amanda!!!” -- percebi quando ela tapou o fone respondendo manhosa para a namorada. -- Vou desligar agora ou vai ter notícias de uma tragédia por aqui! Mas me mantenha informada. Um beijo.

Desligou sem nem me dar a chance de questionar o porquê daquela ansiedade toda. Voltei a dar atenção a alguns papéis da fundação que tinha trazido para analisar, mas também pensando no dia de amanhã, quando teríamos que resolver o grande impasse que se havia formado dentro da escola. Assim que terminei, o telefone tocou mais uma vez e se fosse a maluquinha eu lhe daria uma imensa bronca, mas não era a voz espevitada  que saía do aparelho, mas a voz incomum da mulher que eu ainda amava. Minha triste conclusão.

-- Te acordei? -- ouvi um barulho de algo caindo enquanto ela falava. -- Espere um pouco. --- me pediu antes de falar com alguém próximo. -- Querida, vê se consegue por ele pra dormir de novo. Eu já estou indo. -- ela falava carinhosa.

-- Pronto. Desculpe-me, liguei porque achei que gostaria de saber que consegui marcar as reuniões para amanhã. Só que no caso da professora, vai ter que ser um pouco mais cedo. Sete e meia está bom para você?

Ouvia sem conseguir escutar. Meu coração sentia um aperto tão grande que tive que me esforçar ao máximo para não deixar transparecer na voz que foi extremamente impessoal.

-- Estarei lá.

Desliguei sem ouvir-lhe qualquer resposta. Minhas lágrimas vieram tão sorrateiras quanto aquela velha dor de saudades do amor que foi e não foi meu e agora era de outra. E tinha um filho no meio disso tudo... Ela tinha um filho com outra mulher.

 

Sete da manhã. Entrei no escritório e Ângela já estava a postos. Assim que me viu passou o código da minha passagem para São Paulo amanhã cedo, informando que Lílian me esperava na sala.

Entrei sem bater dando um pequeno susto nela.

-- Perdão, não sabia que estava tão concentrada. -- falei seca. -- Temos um tempo antes da entrevista com a professora. Pode me passar a ficha dela e da estudante?

Sentei-me na mesma cadeira de ontem e fiquei esperando enquanto ela mexia nos arquivos. Retirou duas pastas de lá e me entregou. Passei longos minutos lendo e conjeturando sobre o caso. Mas em minha cabeça, tudo estava resolvido e seria assim: rápido e prático. Ângela anunciou a presença da professora e pedi para que ela entrasse imediatamente.

Era uma mulher alta. Poderia dizer que tinha mais ou menos o meu tamanho. Os cabelos dourados e revoltos, num corte curto davam-lhe um charme a mais. Os olhos eram extremamente cinzas. Cor muito incomum, não fosse sua descendência finlandesa.

-- Helli. Seja bem vinda. -- me adiantei no cumprimento.

Ela tinha no semblante uma seriedade que transparecia certa angústia. Pedi que se sentasse e perguntei-lhe educadamente se gostaria de tomar algo. Um café, uma água. Escolheu o primeiro. Depois que fiz o pedido a Ângela iniciei a parte difícil do trabalho.

-- Sabe por que te chamamos aqui?

-- Sim, sei. -- foi a resposta simples e firme.

-- Helli, a escola tem princípios a serem seguidos. Mas isso não quer dizer que somos intransigentes. Apenas faça sua defesa. Estamos aqui pra te ouvir, não pra te condenar.

Ouvi um suspiro como se ela estivesse pendendo a respiração por muito tempo. Relaxou e, com olhos marejados, começou a contar tudo o que havia acontecido. Durante a narrativa tomamos o café solicitado. Vez ou outra observava minha diretora que se comovia a cada palavra da professora. Quando finalmente ela terminou, eu me pronunciei.

-- Sabe que seu único erro foi ser pega aqui na escola, não sabe? Não temos nada contra a sua vida pessoal, mas deixou que acontecesse aqui e com plateia.

-- Estou preparada para assumir quaisquer penalidades. A única coisa que tenho a dizer a meu favor é que sempre fui dedicada e competente e amo o que faço. Peço perdão a vocês se decepcionei quanto ao meu comportamento dentro da escola. Não queria causar tantos problemas, mas não abro mão do que sinto. Nunca vou abrir.

Neste momento meu olhar encontrou o de Lílian que derramava uma lágrima de entendimento.

-- Não sabe o quanto gostaria de ter ouvido isso há alguns anos, Helli. -- disse me sentindo arrasada. -- A escola te deixa à vontade para, se quiser, nos deixar. Mas quero que entenda que preferimos ter você como nossa funcionária, mas, se de alguma maneira se sentir constrangida em dar aulas nesta unidade, lhe dou a possibilidade de ser transferida para quaisquer outras, bem como a aluna envolvida no caso. A única coisa que quero é que saiba que esta escola não permite intolerância ou preconceito de qualquer tipo.

A mulher baixou a cabeça e desenvolveu um choro que parecia preso há muito tempo.

-- Obrigada... Preciso muito do emprego. Ainda mais agora que tenho responsabilidades para com ela.

Neste momento Ângela nos interrompe informando que a aluna e os pais estão pedindo para serem atendidos. Olhei para Lílian que acenou positivo com a cabeça. pedi à secretária que os mandasse entrar. Helli quis se retirar, mas pedi que ficasse. Concordou.

A porta se abriu e de lá surgiram um casal idoso, posto os cabelos brancos e as marcas da vida em seus rostos e olhos. Pessoas simples, vestidas de maneira austera, mas gentil. Junto com eles, uma moça de traços muitos delicados. O olhar acompanhava a cor castanha que, de tristes e preocupados, passaram a irradiar um vibrante brilho ao encontrar os da professora deslumbrada em ver a figura pequena e retraída. A história se repetindo de forma tão diferente. Como sempre acontecia nos contos lésbicos. Duas histórias presentes naquela sala. Não quis olhar Lílian naquele momento. Meu coração magoado não me permitia, mas sabia de sua comoção. Cumprimentei respeitosamente os pais me apresentando e lhes dei a palavra para que expressassem sua opinião sobre o ocorrido.

-- Dona Guilhermina, nós só tem essa menina de alegria na vida. Marcela sempre foi nosso orgulho. Quando ela veio pra nós, depois que os pais, nosso filho e nossa nora, morreram num acidente, ela tem sido nossa vontade de viver. Sei que o que aconteceu num era pra ter acontecido. Nós num entende muito. É difícil, prum casal de velho entender. -- o homem com olhos lacrimejando, pegou a mão da esposa. -- Mas nós criou ela com muito amor e carinho. Essa bolsa ela sozinha conseguiu. Se perder... Nós num tem como dá a ela outra oportunidade. Ela ama essa professora. -- ele olhou para a mulher sentada ao lado de sua filha. -- Mas também ama os estudo. Precisa terminá o ano pra ir pra faculdade. Só lhe peço que deixe ela terminá. Nós só qué que ela seja feliz...

O casal se apoiava um no outro. Helli segurou a mão da menina, emocionada.

-- Senhor e senhora Andrade, minha intenção não é condenar ninguém, mas vai ficar difícil para sua filha continuar estudando aqui. Vou transferi-la para a unidade de São Paulo. -- vi a reação preocupada de Helli. -- Você também, professora. E, Sr. Andrade, não se preocupe mais com sua filha. Ela vai ter o apoio necessário para continuar os estudos como moradia, alimentação e um valor mensal até que possa sustentar-se por si só. A escola vai cobrir todas as despesas. Desejo boa sorte a todos. Se precisarem de alguma coisa a mais, entrem em contato com a Sra. Lílian. Ela saberá o que fazer.

Todos iam se retirando quando a mulher alta e loira voltou-se para mim ainda com lágrimas nos olhos.

-- Que bom que a diretora conseguiu lhe convencer. Ela tinha me dito que lutaria com unhas e dentes pra nos ajudar... Obrigada... -- saiu.

 

Eu e Lílian não dissemos nada. Minha surpresa por saber que ela já havia tomado uma decisão me afetara mais do que eu gostaria. E tomara a decisão contrária a que havia tomado anos atrás.

-- Tinha resolvido a favor delas. Por que não me contou?

-- Você não me deu brechas. Mas confiei também na sua decisão. Sabia que não seria outra, só que fez melhor. Está apoiando extra-escola. Isso me deixa muito orgulhosa de você.

O celular dela toca quando ia lhe dar minha resposta.

-- Sim, vou jantar em casa... Vou levar uma pessoa especial, por isso capricha na comida... Faz um suco de mangaba e pudim de leite para a sobremesa... Um beijo.

Não iria aceitar o convite. Não queria que ela esfregasse a felicidade com outra pessoa bem na minha cara. Fiquei pensando em algo como desculpa para não ir.

-- Não adianta inventar desculpas, Guilhermina. Vai jantar em minha casa e ponto.

Saiu sem me deixar espaço para argumentação.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 16 - Capítulo 16:
Lea
Lea

Em: 09/07/2022

A história se repetiu, porém essa teve uma conclusão que ambas as pessoas tiveram a compreensão das pessoas certas.

Será que a Lilian adotou uma criança??

Responder

[Faça o login para poder comentar]

rhina
rhina

Em: 31/03/2019

 

Depois destas quase descoberta.....pois não tenho provas

Vou dar uma pause

Vou tomar banho

É vou tomar café 

E então voltar ..

Bye 

Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

josi08
josi08

Em: 11/02/2019

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web