CapÃtulo 11
Eu já não era mais a mesma.
Chegava cedo nos lugares, falava para onde ia antes de sair de casa, arrumava meu quarto, fazia as fisioterapias, tomava os remédios na hora certa, conversava sem gritar, pedia licença, agradecia, convivia com meus irmãos e apesar do mais velho está muito esquisito ultimamente, eu conversava com ele também.
Lisa me ligou o domingo inteiro em casa (não tinha celular desde o acidente, pois, o meu se destruiu no mesmo e eu não queria comprar outro).
Mamãe perguntou por que eu não queria falar com ela e eu disse que era coisa minha, que não se preocupasse.
O que não adiantou muito.
Ela sabia a hora das minhas fisioterapias, conhecia minha rotina e me esperava no portão quando na segunda pela manhã, eu saia.
_ Bom dia Luana!
_ Bom dia!
_ Você quer conversar comigo?
Ela estava com olheiras. Eu também não havia dormido bem, mas fora por causa de dores no pé (que inventara de doer). Estava mancando mais do que o normal naquele dia.
_ Quero sim, Lisa.
_ Você está indo na doutora né?
_ Sim, o pé doeu bastante essa madrugada.
Eu entrei no carro sem esperar o convite.
_ Nossa! Que chato! Espero não está te aborrecendo.
_ Você não aborrece, pelo contrário, é uma ótima companhia quando não duvida de mim.
_ É força do hábito, você me entende né?
_ Sim, eu entendo.
Rimos.
_ Você não quer se aproximar de mim com medo de me machucar e mais do que isso, se machucar né?
_ Sim Lisa, não quero que você se machuque.
_ Beleza, então.
Passávamos por uma rua deserta. Descemos do carro e encontramos um corredor que dava numa casa que estava com o portão aberto. Ela me puxou e me beijou. Eu sorri e a abracei. A dona da casa também sorriu e disse que chamaria a policia se não pagássemos pelo ‘motel’.
Eu sei que estávamos no carro, mas algo nos fez descer e relembrar o tempo em que nos ‘pegávamos’ na rua.
Pedimos desculpa e saímos super sem graças porque ali, funcionava um prostíbulo e eu não sabia até a Lisa me contar. Rimos muito e ela me deixou no consultório da médica e foi para o trabalho (ela trabalha na floricultura em que trabalhei que é dos avós dela).
Foi assim que reatamos o namoro. Eu já sabendo que a cada dia eu melhorava e desejava voltar para BH e que meus pais começavam a apoiar meu namoro com a esperança que eu não fosse embora.
Fim do capítulo
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