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Círculo de Fogo por Ana Pizani

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 1116
Acessos: 2571   |  Postado em: 29/12/2018

Capítulo 3 - Suor ou Lágrimas

Capítulo 3

            Mais um casamento. Eu não sabia de onde as pessoas tiravam tanto dinheiro em meio a uma crise como a que estávamos vivendo. Senhor me dê forças para agüentar essas cerimônias chatas com sandálias apertadas e pior, acompanhada pelos recém -casados, Junior e Vivi.

            Ao entrar na Igreja só percebi que eles estavam próximos de mim quando a cerimônia já estava terminando. Eu não era nada próxima de Júlia, na verdade nunca conversamos direito, mas ela convidou a todos, acho que com mais vontade de nos impressionar a qualquer outra coisa.

            Toda aquelas falsas aparências só me faziam acreditar menos ainda em todo aquele teatro. Acabei passando grande parte da festa sentada numa mesa com velhos conhecidos todos preferindo o celular a falar qualquer coisa. Vivi estava sentada numa mesa atrás de mim e para minha surpresa, Alícia chegou atrasada ( para variar) e sentou-se ao lado dela. Junior já estava bêbado e eu desconfiava que ele já havia bebido em casa, talvez para suportar toda aquela noite. Eu não o julgava, se eu não estivesse dirigindo com certeza encheria a cara também. Só mesmo assim para suportar o insuportável.

            Não demorou muito para que a bebida encorajasse até mesmo o mais covarde dos seres. Vivi caminhou até a minha mesa e sentou-se ao meu lado após cumprimentar a todos com dois beijinhos. Menos eu, graças a Deus.

            _ Vejo que está mesmo muito desanimada. Seu copo parece mais seco que o seu coração.

            Podridão eterna. Frases de efeito. Vivi deveria ter uma dessas páginas no Facebook reservados aos chatos e metidos a poetas.

            _ Você precisa melhorar as suas frases de efeitos, pois de efeito elas nada têm.

            _ Falou a jornalista de meia-tijela de um jornalzinho fuleiro que ninguém conhece. _ ela balançava a taça para o garçom que a recolheu rapidamente.

            _ Olha, você poderia ter continuado a ser a idiota que é sentada ao lado do seu marido. Ele não parece feliz com a sua audácia de vir até aqui. Se eu fosse você voltava para lá.

            _ Nossa, você está cada dia mais parecida com um cavalo. _ ela e sua gentileza ao se referir a mim. Nestes momentos eu agradecia por não ter sido a sua “escolhida”. Coitado do Júnior, eu não queria estar no lugar dele.

            Ele era um cara bacana. Criado por um tio muito rico,perdeu os pais ainda criança. Cresceu, estudou e agora era um grande empresário na área da informática. Enquanto isso Vivi não conseguia terminar nada que começava e vivia às custas do marido, lição muito bem ensinada em sua casa, onde a mãe e o pai defendiam piamente os bons costumes e as famílias tradicionais (que ninguém sabe até hoje o que é).

            Sabe, eu não precisava estar ali. Estas meras convenções nunca acrescentam em nada em nossas vidas já medíocres por natureza. Aquela com certeza seria a minha última. Eu já estava de saco cheio daquilo.

            _ Olha, Laura, eu tento me segurar, mas você parece uma erva daninha na minha vida. Quando eu começo a te esquecer, a deixar de te ligar, você aparece na minha frente me provocando como se fosse a rainha do baile.

            _ Rainha do baile? Eu estou mais para a que nunca aparece no baile. Tenho evitado ao máximo esses encontros da turma, mas parece que não conseguimos nos soltar, não é mesmo? E outra coisa, eu não tenho responsabilidade nenhuma sobre o que você sente ou não. Procure um psicólogo e vá resolver com outra pessoa seus problemas mentais. O que você nutre por mim é egoísmo, egoísmo de alguém acostumado a ter tudo e que quando não é obedecido se revolta.

            Vivi estava assustada com as minhas palavras. Raramente eu falava daquele jeito estando sóbria. Ela se chocou ainda mais quando percebeu que Alícia se aproximava de nós.

            _ Ora, ora, se não é a Dona Flor dos nossos tempos de escola. _ Alícia não pedia a oportunidade de relembrar o passado. _ Vivi parece nervosa, espero que Laura não seja a responsável por tamanha falta de educação.

            _ Vocês estão juntas?_ Vivi começava a falar mais alto.

            A esta altura Junior já havia se levantado e sumido do enorme salão de festas enquanto as outras pessoas da minha mesa deixavam os smartphone de lado para acompanhar mais uma cena de uma novela mexicana interminável.

            _ Estamos presas num círculo e não paramos de dar voltas e voltas no mesmo lugar. Eu fico me perguntando até quando iremos agir assim, como babacas que não somos?_ Eu estava prestes a sair correndo dali.

            Vivi e Alícia se entreolharam. Eu deveria parecer ou muito triste ou prestes a chorar, porque senti a mão de Alícia nas minhas costas segundos antes de eu me levantar e sair dali.

            Fui embora sem me despedir. Podia escutar o barulho de passos atrás de mim. Era Júnior.

            _ Olha, Júnior, para mim esta noite já deu. Então se você veio me atacar, entra na fila porque eu não quero ouvir mais nada.

            _ Eu só queria saber porque eu me arrisquei tanto me casando com a Vivi sendo que todos os dias vejo as chamadas do celular dela ligando para o seu. Eu não te culpo. Na verdade sinto que estou vivendo uma mentira e que tudo deveria ter se encerrado assim que você caiu fora. Esta história de namorar, noivar, casar seguindo os protocolos da sociedade só estão me deixando mais e mais infeliz.

            _ Ela me liga, mas eu não atendo. Na verdade, eu não posso opinar sobre a sua decisão ou sobre a de qualquer outra pessoa. O que eu sinto profundamente é que Vivi não enxergue o cara maravilhoso que você é.

            Júnior sorriu para mim, mas a tristeza em seus olhos embriagados era gigante. Ele parecia a ponto de ser engolido por si mesmo.

            _ Eu vou me separar, eu juro para você, se Vivi não parar com isso eu vou terminar. Não quero correr o risco de viver uma mentira. Não mais.

            Eu não disse nada. Junior voltou para a festa e eu fui embora. Sem lenço e sem documento, eu me sentia sozinha e totalmente perdida. Entrei em casa e liguei a televisão. Pela primeira vez em meses senti falta de casa e do meu quarto. Senti saudade de me sentir segura numa vida que não era toda decidida por mim. Ao mesmo tempo não conseguia imaginar uma vida diferente para mim. A minha liberdade valia qualquer preço, seja ele pago com suor ou lágrimas.

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Capítulo 3 - Suor ou Lágrimas:
rhina
rhina

Em: 15/02/2020

 

Realmente.....tem algo de marcante no seu jeito de escrever.

É vida pura

Que pulsa e não para

Que vibra

Rhina

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Van Rodrigues
Van Rodrigues

Em: 29/12/2018

Olá, 

Ótimo capítulo. Estou adorando a forma como você escreve. Parabéns! Continue, você está indo muito bem.

Beijos!


Resposta do autor:

Motivação é a palavra que designa o meu sentir. Obrigada!

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