• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Quando o passado se faz presente
  • Capítulo 19

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Uma
    Uma segunda chance.
    Por Chris Vallen
  • Convite a perdição 2
    Convite a perdição 2
    Por Katalyloa

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Quando o passado se faz presente por Mandy Pescadora

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 4009
Acessos: 1940   |  Postado em: 20/11/2018

Capítulo 19

Passaram o fim de semana em casa. Não se desgrudavam um só momento, Viviane conseguia acompanhar o ritmo de Beatriz, mesmo estando insegura a maior parte do tempo. A semana seguinte, seria a penúltima do curso, ela queria aproveitar ao máximo.


Na segunda-feira.

Após ouvir algumas batidas na porta.

- Entra!

- Bom dia, dona Beatriz!

- Mas essa palhaçada já está passando dos limites! Bom dia, doutora Letícia! - soltaram uma sonora gargalhada. - Senta aí, maluca!

- Os resultados dos exames chegaram. Rebanho cem por cento livre de aftosa! - Beatriz levantou as mãos pra cima em agradecimento. - Inclusive ganhamos o selo de rebanho confiável, do pessoal do Estado.

- Nossa! Isso e um alívio, ficará ainda mais fácil para negociar um bom valor na hora da venda.

- Tem certeza que vale a pena, vender as fazendas depois de tanto tempo, dinheiro, esforço, investidos nelas? Bia, você está começando a ganhar reconhecimento. Muita gente tem nos procurado, tanto no que diz repeito ao gado de corte, quanto aos cavalos. Não deveria me meter nisso, mas acho que você deveria reconsiderar a venda de algumas delas. E você gosta disso, dá pra ver. Você tomou as decisões certas, na hora certa, conseguiu impulsionar as coisas em tempo recorde.

- Talvez você tenha razão. Eu pedi a Mauro, uns dias atrás, que desse uma segurada pra fazer os anúncios das próximas, as mais distantes, realmente eu quero repassar, pra tentar comprar algo por aqui, mais próximo e o Indomável… esse que tem sido minha maior dúvida.

- Pense com calma… mudando completamente de assunto: que presepada é essa de Priscila, em menos de dois meses está de volta? Mauro me contou a confusão.

- Segundo ela, pediram pra ela resolver algumas pendências na filial aqui do Brasil. Mas isso pouco me importa, eu quero manter distância!

- Hummm… então essa marca no pescoço foi depois da decisão de manter distância? - Beatriz a olhou com um sorriso malicioso. - Não?! Não me diga que…

- Digo, e como digo! Estou exausta! - Letícia gargalhou.

- Quer dizer que finalmente você consumou o ato com a tampinha?

- Ela é inexperiente, sem dúvida, mas a vontade e fogo que ela exala, minha amiga, compensa qualquer falta de experiência!

- E você está sendo uma professora muito dedicada, não?!

- E como!

- Quem diria! Você e Viviane!

- Calma lá! Ainda não tem nada efetivamente sério. A gente está se curtindo.

- Ela sabe disso?

- Sabe. Ela é bem mais madura que eu. Mas eu também sei que ela nutre um algo a mais por mim. Estou tentando não fazer bagunça, ela faz parte da minha história, é sobrinha de Roberto, conheço a mãe dela, praticamente crescemos juntas… enfim não quero fazer besteira.

- Difícil. Viviane tá arriada por tu. Talvez fosse melhor ter evitado esse contato carnal.

- “Contato carnal?” Que linguajar do século passado é esse? Eu não a seduzi, pelo contrário. Eu sei que na posição de mais velha e experiente, deveria ter feito cara de paisagem, mas pelo amor de Deus, não tem como, a mulher é um furacão!

- Só não machuca ela muito, tá? Pega leve. Você é muito intensa e acaba confundindo a gente. Eu sei disso.

- Eu não vou bancar a idiota dessa vez. Não propositalmente.

- Tá. Olha, vai ter um encontrinho, na mesma chácara do churrasco, apareçam lá. Vai ser na sexta. Aproveitando o feriado.

- Iremos.

- Agora deixa eu ir. Você está cheia de papéis, muito executiva pro meu gosto.

- Tá bom! Obrigada pelas boas notícias e por toda competência. Dê lembranças a Jéssica.

- Ok. Beijo grande! Fui!


A noite!

- Olá, moça!

- Oi! - Viviane estava visivelmente cansada.

- Tudo bem?

- Tirando o fato de ficar aguentando gracinhas de dois idiotas no curso, está sim.

- O que tá pegando?

- O de sempre, todo mundo tirando sarro do meu tamanho. Perguntando se já havia algum haras especializado em pôneis.

- Esquenta não! Se você mostrar irritação é pior, vão pegar ainda mais no seu pé. O que importa é que você tem consciência da sua competência, pessoal tem falado muito bem de você lá no haras, que aprende rápido e que tem mais força do que parece. - Viviane, suspirou.

- Eu vou tomar um banho e vou deitar.

- Eu estou terminando o jantar. Fiz uma salada de camarão…

- Eu só quero dormir, Bia. Se der fome no meio da noite, eu assalto a geladeira. Até amanhã! - deu um beijo na bochecha de Beatriz e foi para o quarto de hóspedes.

- O que diabos deu nela? - Beatriz ficou sem entender nada.

O comportamento de Viviane foi o mesmo a semana inteira, trocava poucas palavras com Beatriz. No máximo jantavam juntas. Nada mais que isso. Na quinta-feira.


- Viviane, está acontecendo alguma coisa?

- Por causa? - Estava concentrada em um livro do curso que estava fazendo, fez a pergunta sem tirar os olhos do mesmo.

- Você mudou completamente comigo desde que a gente…

- Transou? - perguntou tirando os óculos.

- É. Me evitou a semana inteira.

- Bia, pra que alimentar algo que não vai dar certo? Foi maravilhoso, exatamente do jeito que eu imaginei que seria, aliás, foi além do que eu pensava. Mas é só isso, não é? Não tem pra que ficar romantizando. Foi gostoso, o antes: seduzir você, deixar toda aquela expectativa no ar; o durante: eu me comovi com todo carinho, atenção, cuidado, respeito que você teve comigo, fora que senti orgasmos múltiplos contigo; e estou tentando facilitar as coisas pra nós duas, no depois. - Beatriz ficou sem palavras. Não sabia se Viviane estava falando aquilo da boca pra fora, mas foi acertada em cheio. - E eu sou muito “nerd”, é a última semana de curso, então quero me dedicar o máximo. Não precisa se preocupar, está tudo bem. - Beatriz estava com os braços cruzados em frente ao corpo, posição extremamente defensiva, olhou pro lado, antes de perguntar.

- Letícia chamou a gente pra ir naquela chácara, do churrasco, do aniversário de…

- Sim, sim. Uma ex colega de faculdade, que também está no curso me convidou pra ir, marcamos de nos encontrar lá. Ia até te pedir uma carona, caso você fosse. Se não, ligo pra ela. Ela disse que vem me buscar e me traz de volta.

- Eu vou. Quer sair de horas?

- Umas dez… por aí. - o celular de Viviane toca. - Olha só, falando nela.

“- Oi Gi!”

“- Atrapalho?”

“- Não, não. Imagina, pode falar, estava apenas folheando o livro que recebemos hoje...” - Beatriz foi para seu quarto, aquela conversa com Viviane havia sido muito estranha e vê-la flertando com alguém, foi mais estranho ainda.


Na sexta-feira.


- O que tá pegando? Cadê Viviane? - perguntou Letícia ao ver Beatriz sozinha com um olhar perdido.

- Ali, flertando, paquerando, sendo paquerada… talvez combinando uma trans* no meu apartamento. Vai saber.

- Oi? - interveio Mauro.

- É. Eu tomei um fora, mas um fora, que se eu ainda bebesse, estaria bêbada até agora. - Viviane conversava animadamente com Giovana, toques sutis eram trocados entre elas.

- Você tá me dizendo, que levou um “pé na bunda” de Viviane, é isso mesmo? - Beatriz olhou com uma cara de cachorro perdido para os amigos.

- Exatamente isso! Eu fui usada. - passou a mão nos cabelos. - Eu fui seduzida e usada por uma moleca… preciso trocar de terapeuta. - foi inevitável não cair na gargalhada, a cara de desolação de Beatriz era impagável.

- Tá vendo?! Quem manda ser volúvel, volátil… uma hora acaba conhecendo sua alma gêmea reversa. Estou com tanta pena de você, que vou te pagar um suco. - Beatriz olhava Mauro incrédula. O que causava ainda mais risos nos outros.

- Quanta animação, qual é a piada? - todo mundo fazia cara de paisagem, menos Beatriz, que olhava para os próprios pés. - Que foi gente?

Letícia segurou o rosto de Beatriz entre as mãos, de frente pra Viviane.

- Olha essa cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança! Eu nunca, nunca, e quando eu digo nunca, é porque realmente nunca, vi Beatriz com essa cara. Nem quando ela levou o pé na bunda da “primeira dama” ela ficou assim. Que prensa de coxa foi essa que você deu nela, Viviane? - mais risos tomaram conta do grupo. Viviane olhava para Beatriz, que apesar de tentar desviar o olhar de toda forma, não deixava escapar por ele, que estava realmente triste.

- Ahh gente! Para de zoar ela. Coitada! Eu não fiz nada demais, apenas agi de forma adulta. Eu vou pegar minhas cervejas e já vou indo, não quero piorar a situação. Bia, quando tiver indo embora me avisa. Vou voltar contigo. - Beatriz apenas balançou a cabeça positivamente, sem olhar diretamente para Viviane..

- Estou pensando seriamente em fazer um cartaz com sua foto e a legenda: disponível para adoção! - Jéssica e Bruno quase cospem as bebidas após a fala de Mauro. Beatriz só revirava os olhos.


Viviane continuava com sua “ex colega”, enquanto Beatriz estava mais relaxada e conversava animadamente com os amigos, que não perdiam a oportunidade tirar um sarro da cara dela. Ela sentiu um perfume, perfume que conhecia muito bem, seu olfato lhe levou direto em direção a dona daquela cheiro, que se aproximava lentamente dela.

- Oi! - sussurrou no ouvido de Beatriz. Não dava pra controlar todas as sensações de seu corpo, seus pelos se arrepiaram instantaneamente ao ouvir a voz de Priscila tão próxima.

- Você não desiste?

- De você, nunca! - Beatriz fez uma cara engraçada.

- Então como se chama o fato de você ter me abandonado após o ano novo, arrumar uma amante e depois dizer que eu havia perdido a graça? Deixar em standby?

- As vezes a gente toma atitudes precipitadas. Quando atravessei o Atlântico, percebi que não seria capaz de esquecer você, a gente. Eu me arrependi Beatriz!

- Tarde demais! Errar uma vez é humano, duas: burrice e três: suicídio. Eu não vou ficar nesse vai e vem, Priscila. Sempre tem algum motivo pra você acabar com a nossa relação e por incrível que pareça, todos plausíveis, tão plausíveis que conseguiu me convencer que realmente a melhor coisa que temos a fazer é ficarmos longe uma da outra.

- Isso tem a ver com a ruiva hospedada em sua casa?

- Não, tem a ver comigo! Nem sempre tem uma bucet* envolvida nas minhas decisões e dessa vez, realmente não tem. - os amigos de Beatriz seguraram o riso.

- Tudo bem. Eu ainda tenho dois meses pra lhe convencer do contrário e quem sabe, ainda te levo comigo pra Europa. A minha cama é enorme e ainda não foi inaugurada pra nada que não seja dormir. Quero me derreter em cima dela com você. - aquilo causou um pequeno filme na mente de Beatriz, de como realmente Priscila se derretia em suas mãos e boca, balançou a cabeça para espantar aqueles pensamentos.

- Não gaste suas energias de forma desnecessária. Tenho certeza que exista uma alemã melhor que eu. Agora me deixa aqui sossegada no meu canto, curtindo meu suquinho e minha carne.

- Como quiser, meu amor! - roçou os lábios no pescoço de Beatriz.

Letícia olhou em direção a Viviane que acompanhava tudo atentamente, mesmo sem escutar a conversa. Tentou sair sem ser notada, ao passar por Viviane, fez um gesto com a cabeça para que ela a seguisse.

Quando chegaram no banheiro.

- Acho que o feitiço virou contra o feiticeiro. - falava Viviane segurando choro. Letícia olhou para fora, para ter certeza que estariam a sós.

- Nada disso! Ela deu o maior fora em Priscila. Tenha paciência. Beatriz precisa saber separar sex* de sentimentos. Depois que ela “parou” de ser pegadora, vive pulando de galho em galho sem perceber, ela ainda não entendeu o que realmente é estar apaixonada. A conquiste, sem ser paparicando, faça-a perceber que precisa de você, sem ser pra uma trans*. Tenha paciência! Ela mordeu a isca, está bem abalada com o “fora” que você deu nela e pela primeira vez ela falou de algum feito sem se gabar. Tenha paciência, continue firme, se você quer ter certeza do que ela sente. Beatriz se confunde e confunde os outros. Vai por mim. Tenha paciência! - Priscila escutava tudo atentamente, usaria aquela informação na hora mais conveniente e traria Beatriz de volta para seus braços. Saiu sem ser vista pela dupla.

- Cadê Beatriz? - perguntou Letícia atônita.

- Acabou de sair. Pediu que a gente levasse a diaba ruiva pra casa. Ela disse que não estava a fim de aturar Priscila. - respondeu Jéssica.

- Sei, isso tá me cheirando a um dos dribles de Beatriz pra gente não pegar no pé dela.

- Né, não, Lê! Olha a vampirona lá! Bia saiu já tem uns dez minutos. Inclusive vimos o carro dela passando pelo portão. - respondeu Mauro.

Viviane ficou tão entretida com as companhias que arrumou que nem olhou mais em direção onde Beatriz estava. Não queria ser pega “interessada” demais. Lá pelas quatro da tarde.

- Licença meninas! Vi, Bia pediu que a gente te levasse pra casa, como estamos indo…

- E onde ela está?

- Pelo tempo que ela saiu, acredito, que em casa faz muito tempo.

- Nossa! Nem percebi o tempo passar. Bom meninas, tenho que ir, ou fico sem carona.


Ao parar o carro em frente o prédio de Beatriz.

- Lembre-se mocinha, paciência e juízo. Não ceda, Beatriz tem muitas artimanhas.

- Pode deixar, Lê!

- Eu só quero ver a cara de Beatriz quando ela descobrir esse “plano” de vocês! - resmungou Jéssica.

- Ela vai nos agradecer, tenho certeza! Agora vai lá e comporte-se! - Viviane deu um beijo e cada uma e desceu do carro.


Ao entrar no apartamento, Beatriz estava deitada no sofá, assistindo alguma coisa na TV. Estava séria, com um ar triste, preocupado.

- Tá tudo bem, Bia? Você saiu e não me avisou.

- Desculpa, eu não te encontrei. Mas eu pedi para Jéssica te trazer, ela não trouxe?

- Trouxe sim, mas fiquei preocupada. - Beatriz suspirou.

- Só não estava com cabeça pras gracinhas de Priscila. Estava só esperando você chegar pra ir deitar. Vou tomar um dos meus remedinhos do bem, preciso esvaziar a mente. - Beatriz fez uma cara engraçada – Falei igual uma tia velha! - sorriu sozinha.

- Quer companhia? - Beatriz já estava de costas, Viviane não pode vê-la fechando os olhos e mordendo os lábios.

- Não, relaxa. Quando eu tomo esse remédio, entro em coma. Está tudo bem. Só preciso não pensar besteira. - sorriu gentilmente para Viviane.

- Certeza? - “essa menina está me testando?”

- Absoluta! Fica bem. Se for sair, cuidado. - deu um beijo na cabeça de Viviane.

Beatriz dormiu o resto da tarde e a noite inteira. Só acordou na manhã seguinte. Sentiu um cheiro bom de café vindo da cozinha. E mais uma vez pega Viviane só de calcinha e camiseta, dessa vez passando um café. Pensou em voltar para o quarto, mas isso seria ridículo.

- Bom dia! Tem café pra mim também?

- Bom dia! Tem sim! - Viviane sorriu lindamente para Beatriz, que já estava sentada em uma das cadeiras da mesa da cozinha. - Está melhor?

- Estou nova! Comprou pão! E ainda está quentinho! Me passa a manteiga, por favor?! - tomaram café conversando sobre o curso e o quanto Viviane estava gostando, Beatriz mantinha seus olhos e seus pensamentos bem longe dos trajes de Viviane, não forçaria a barra, por mais que quisesse está atracada com ela, respeitaria sua decisão.

- Vai pro haras?

- Não. Você quer ir? Pensei em ficar adiantando umas papeladas e analisando outras, mas se você quiser ir, eu te levo, ou te empresto o carro. Você sabe dirigir, né?

- Sei sim. Mas você vai ficar trabalhando no final de semana?

- Só um pouco. Depois vou assistir alguma porcaria no youtube, jogar videogame, dormir... É definitivamente, estou ficando uma “tia velha”, daquelas que tomam conta da vida dos vizinhos. - ambas sorriram. - Qualquer coisa estou no quarto. - levantou e foi para o quarto. Viviane estava se segurando para não se atirar em cima de Beatriz e quando percebeu que ela em nenhum momento a devorou com os olhos, começou a ficar preocupada, mas seguiria os conselhos de Letícia.


O fim de semana passou assim, com Beatriz evitando, ou melhor, fugindo de Viviane. Cada vez que a escutava ao telefone com a “Gi”, sentia um nó na garganta.

O curso de Viviane acabaria na quarta-feira. Beatriz já havia decidido voltar com ela para o haras.

- Nem acredito que acabou!

- Daqui dois meses, tem mais, essa foi só a primeira parte. - brincou Beatriz enquanto olhava alguns papéis que estavam espalhados sobre a mesa. Seu celular começou a vibrar e o nome de Priscila piscava insistentemente no visor. Ela afastou os papéis e massageou a testa, estava cansada de toda aquela insistência.

- Quer que eu saia, para você atender?

- Não. Já tem mais de vinte ligações dela. Não posso desligar o celular, tem outras pessoas que podem querer falar comigo. Estou cansada disso!

- Posso? - perguntou Viviane segurando o aparelho.

- Fique à vontade!

“- Pois não!”

“- Pelo tom da voz irônico, só pode ser a ninfeta ruiva.”

“- Ela mesmo!”

“- Mas eu liguei para Beatriz, não para o número de uma creche.”

“- Pois é! Mas Beatriz está descansando, ela trabalhou demais esses dias… se é que você me entende.”

“- Entendo sim. Sei muito bem o quanto ela é insaciável e como sei, e no seu caso o trabalho deve ser dobrado, já que ela deve ter que ensinar tudo, não é mesmo?” - Priscila estava sarcasticamente ácida.

“- É, mas ela é uma professora excelente e só sossega após repassar a lição várias vezes até perceber que realmente eu aprendi. Então não adianta você insistir, porque todas as vezes que você ligar agora, quem vai atender sou eu, ao menos que você não tenha se apaixonado pelo som da minha doce voz, acho melhor não insistir mais, estamos com muita matéria acumulada pra colocar em dia. Até mais!” - desligou sem dar tempo de Priscila revidar.

- Se ela não ligar mais, te dou um aumento de salário. - Beatriz achou o máximo toda petulância de Viviane, que colocou a conversa no viva voz e não titubeou com as provocações de Priscila.


“- Você está fazendo isso ficar deliciosamente cada vez mais interessante ruiva atrevida.” - Priscila achou melhor não insistir, poderia perder as estribeiras e revelar antes da hora o que sabia. Esperaria o momento certo.


- Voltamos amanhã ou tem mais alguma coisa pra você fazer por aqui?

- Voltamos?

- Para o haras. Estou precisando descansar, precisando de Mérida. - Beatriz estava bem abatida, visivelmente cansada.

- Por mim tudo bem. Bia…

- Oi.

- Giovana perguntou se poderia conhecer o haras, eu disse que falaria com você antes. Ela quer ir no sábado, depois do meu horário de trabalho. Não vai me atrapalhar em nada, prometo. - Beatriz tentou não demonstrar seu descontentamento com aquele pedido, continuou concentrada nos papéis.

- Claro, claro. Sem problemas. E não precisa se preocupar com esse lance de horário de trabalho. Tira o dia de folga, você teve uma maratona e tanto com esse curso.

- Obrigada! - deu um beijo na bochecha de Beatriz.

- Não por isso! - sorriu sem olhá-la nos olhos, com certeza Viviane os perceberia incendiados de, ciúmes? “- Lá vai você confundindo as coisas de novo Beatriz Magalhães!”

Beatriz já estava deitada, assistindo a um programa qualquer na televisão, quando ouviu batidas na porta.

- Entra, Vi! - se arrependeu no mesmo instante. Viviane estava com um bab ydoll curtíssimo, já foi logo deitando na cama sem cerimônia alguma. Se aconchegando ao lado de Beatriz. Estava com saudade do cheiro dela, sabia que não teriam oportunidade de ficar assim no haras.

- Assistindo o que? - inconscientemente roçava os lábios no pescoço de Beatriz. Que teve que contar até mil mentalmente, para não se deixar levar por aquele toque.

- Um programa sobre construção de piscinas. É surreal o quanto esse pessoal gasta pra fazer um piscina, mas fica lindo no final. - tentava manter a tranquilidade na voz, mas o calor da pele de Viviane, o cheiro dela de banho recém tomado, fazia seus pensamentos irem longe.

- Humm! Ainda não tinha visto. - Viviane continuou ali, seus olhos na TV, mas sua mão passeava pela barriga de Beatriz, que tentava conter o descompasso da respiração. Beatriz por sua vez, acariciava os cabelos de Viviane, roçando o nariz para sentir aquele cheiro mais de perto. A gota d’água veio, quando ao tentar ficar numa posição mais confortável, Viviane colocou uma das pernas sobre Beatriz, encostando de leve o joelho em seu sex* e deixou boa parte da sua nádega descoberta de tão curto que era o short do baby doll.

- Vi?! - Viviane respondeu com um gemido e um roçar de lábios no pescoço de Beatriz. - Já arrumou suas coisas? Quero sair cedo amanhã, pra gente não pegar trânsito.

- Arrumei sim, Bia. - puxou Beatriz para mais perto de si, deixando ela sentir o calor que emanava entre as pernas de Viviane. A boca de Beatriz estava seca, ter Viviane e Priscila provocando ela daquele jeito, não era justo.

- Então vamos dormir? Não é bom dirigir com sono. - deu um beijo demorado na cabeça de Viviane.

- É só desligar a TV. - “Claro, e meu tesão eu desligo como criatura?!” pensava Beatriz.

- Vai dormir aqui?

- Não quer? - só nesse instante Viviane percebeu a posição em que se encontrava. Não queria ficar provocando Beatriz por mero capricho. Ajeitou o corpo sutilmente.

- Quero. Mas acho que não devemos.

- Por que?

- Eu me conheço. Já estou em brasas, não quero criar um clima ruim entre a gente, mas também não posso fingir que não estou com tesão, até porque fica meio impossível numa situação dessas. - sorriu constrangida.

- Desculpa, eu não queria… não foi minha intenção. Só estava com saudade de ficar um pouco com você. Sempre fizemos isso sem problema algum.

- Não precisa pedir desculpas. Só me dá um tempinho pra eu conseguir esquecer o que aconteceu entre a gente, que tudo volta ao normal, tá bom? Mas está tudo muito vivo ainda na minha mente e na minha pele. Só preciso de um tempo.

- Tá bom! Quer sair de que horas?

- Umas seis. Tudo bem pra você?

- Tudo sim. Boa noite! - deu um beijo rápido na bochecha de Beatriz.

- Boa noite, minha ruiva! - Viviane arrepiou inteira, lembrou da primeira vez que Beatriz gozou pra ela, quase joga seu “plano infalível” pro ar e mata a vontade que estava de Beatriz.


Antes de dormir trocou mensagens com Letícia sobre o que havia acontecido. Letícia disse que nem de longe aquilo condizia com o comportamento de Beatriz. Estava realmente surpresa com o controle da amiga.


- Bom isso me leva a duas teorias. - falou Jéssica depois de ouvir Letícia.

- Quais?

- Ou Beatriz está aprendendo a separar as coisas e realmente tem um carinho, e apenas isso, por Viviane. Ou ela está aprendendo a separar as coisas e está apaixonada por ela. O que eu acho menos provável. O término dela com Priscila está muito recente, por mais que ela negue, com certeza na primeira oportunidade que as duas estiverem a sós, ela vai ceder.

- Pelo menos ela está jogando limpo com Viviane, independente de qual seja a situação.

- Isso já é um avanço e tanto para ela.

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 19 - Capítulo 19:
Vanderly
Vanderly

Em: 21/09/2019

Isso está muito chato. Que chove não molha da porra!

Odeio quando vejo que nenhuma delas sabem o que querem de fato.

Me diz uma coisa autora,essa complexidade é coisa tua? Você tem umas relações conturbadas com várias pessoas, ou é apenas fantasia demonstrada através dos personagens? Por favor resolva e deixa as mulheres serem felizes.

Beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 24/11/2018

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web