Capítulo 16
Beatriz convidou os amigos para passarem o final de semana com ela no haras. Inclusive Letícia e Jéssica. A conversa rolava animada a beira da piscina, quando Mauro nota uma nova integrante na casa.
- Quem é a ruiva?
- Viviane, a sobrinha de Roberto.
- Nãooooo! Ô tampinha!!! Tá fingindo que não vê a gente é? - Beatriz e Letícia riram, sabia o quanto Viviane ficava possessa quando a chamavam de tampinha, sempre era deixada de lado pelos três por ser “nova” demais.
- Mas olha só! Mauro, sua louca! - se aproximou de Mauro e o abraçou, foi apresentada a Bruno e Jéssica. - Prazer pessoal, mas deixa eu ir, que minha chefa é meio braba.
- Deixa de besteira, você é da família e sabe muito bem disso! Bota um biquíni e vem aproveitar a piscina com a gente. Estava até estranhando você não está aqui, porque pelo que me lembre, você é pior que pato pra água.
- Não é a toa que a apelidamos gentilmente de pata rubra! - os três caíram na risada por Mauro ainda lembrar do apelido de Viviane.
- Não se engane, Mauro, continua a mesma pestinha de sempre.
- Hahahaha! Estou em cólicas de tanto rir. Vou me trocar e volto já, para alegrar a vida de vocês, afinal já estão todos idosos, precisam de uma novinha pra não acabarem jogando bingo.
- Mas é muito abusada mesmo! - falou Letícia, antes de jogar uma boa quantidade de água em Viviane, que saiu correndo para dentro da casa.
- Ela está linda! - cochichou Mauro no ouvido de Beatriz.
- Está? Nem reparei.
- Me engana que eu gosto, bandida. E como estão as coisas entre você e Priscila? - Beatriz deu um longo suspiro. - Se não quiser falar sobre isso, tudo bem.
- Eu fui lá, naquele dia. Quando a questionei sobre Rebeca…
- Rebeca? A Rebeca que estou pensando? - perguntou Letícia incrédula.
- Ela mesma! Ela disse que não havia me contado nada, porque “o corno é sempre o último a saber.”
- Caralh*! Elas estão juntas?
- Não sei. Depois disso eu não me senti mais com estrutura emocional pra continuar aquela conversa. Eu não sei o que deu nela, foi uma mudança repentina, ainda estou tentando entender.
- Ela conseguiu o que queria e você perdeu a graça, simples!
- Jess… - tentou intervir Letícia.
- Não, Lê, sem problema, deixa ela falar. É bom ouvir opinião de quem está de fora.
- Priscila sempre foi manipuladora, a gente sabe disso. Ela pode ter passado esse tempo todo agindo, mesmo que de forma inconsciente, de maneira premeditada a conseguir a única coisa que ela nunca teve: a sua atenção. Você é um troféu. E no fundo você sabe disso.
- É, mas eu achei que ela havia mudado, afinal eu mudei…
- Aí, é que está. Por mais que eu odeie admitir isso, seu problema nunca foi desvio de caráter. Você sempre foi meio arrogante, presunçosa, mas sempre foi uma pessoa que tratava os outros com respeito, nunca usou de má-fé para conseguir o que queria ou quem queria… já Priscila, a gente sabe muito bem. - Beatriz sentia-se derrotada.
- É tipo aquele filme “Separados pelo casamento”. O cara é maior Zé mané, conhece uma mulher maravilhosa que consegue o que ninguém nunca conseguiu dele, e ele por não querer admitir isso começa uma “guerra” com ela e acabam se separando, só depois disso, ele percebe o quanto ela era importante pra ele e o quanto ele era idiota.
- Você está aí a quanto tempo, coisa enxerida? - perguntou Beatriz para Viviane.
- Tempo suficiente para querer ouvir uma sofrência com seu relato. - todos seguraram o riso. Beatriz levantou e caminhou em direção a Viviane, que prevendo o que aconteceria.
- Não ouse, Beatriz… Beatriz, eu estou avisando. - já falava isso nos braços de Beatriz, tentando se debater inutilmente, a diferença de tamanho e físico das duas era gritante. Antes que conseguisse protestar mais um pouco, foi atirada a água sem cerimônia alguma. - Vai ter troco!
- Claro que vai, na nossa próxima encarnação. Quando você não esquecer de passar na fila da altura. - todos riam, inclusive Viviane, que aproveitou que já estava na piscina para nadar um pouco.
- Que raba é essa?! E olha que nem gosto da fruta. - Mauro cochichou mais uma vez no ouvido de Beatriz.
- Estou começando a te estranhar. - continuaram conversando, bebericando, Beatriz sempre suco ou refrigerante e comendo os petiscos que Sílvia trazia, que estavam deliciosos.
Depois do almoço, voltaram para piscina, tendo sido quase expulsos por Sílvia de dentro de casa.
- Vocês só cresceram no tamanho mesmo! A algazarra continua a mesma! Vão embora com essa zuada toda lá pra fora, vão! Antes que eu dê umas boas chineladas em vocês! - Bruno e Jéssica se divertiam com a cara que os quatro faziam, pareciam realmente quatro crianças levando uma bronca.
Em um momento de distração de Beatriz, de pé a beira da piscina, sentiu seu corpo sendo agarrado e jogado dentro da água. Como sabia que não conseguiria ter mais força que Beatriz, Viviane literalmente se jogou agarrada a ela, usando o peso do próprio corpo, para dentro da piscina. Ao voltar a superfície e se desvencilhar de Beatriz.
- Eu disse que teria volta!
- Mas tá muito abusada mesmo, volta aqui sua fedelha! - sem que ninguém percebesse, Priscila observava todo desenrolar da cena. Sua presença só foi notada, quando ela começou a bater palmas.
- Agora eu entendo o motivo de você não atender minhas ligações.
- O que você está fazendo aqui? - perguntou Beatriz saindo da água, ficando bem de frente para Priscila, enquanto Viviane nadava para margem oposta.
- Vim tentar resolver nossa situação, mas pelo visto, você já encontrou uma substituta.
- Não é nada disso, Priscila. - tentou intervir Mauro. - Viviane é nossa amiga de infância, sobrinha de Roberto…
- Ahhh! Agora faz mais sentido ainda você ter feito questão de levá-la pessoalmente para assinar o contrato! Eu analisei sua documentação, querida, e nela não tem cargo extra de acompanhante de luxo!
- Como é? - Viviane ia tirar satisfação com Priscila, quando foi contida por Beatriz.
- Eu não admito que você venha aqui, destrate meus amigos e ainda inverta a situação que você criou! Viviane é minha amiga, é chata pra caralh* – piscou o olho para Viviane – mas é minha amiga e sobrinha de uma pessoa que respeito demais, então não admito que você fale desse jeito com ela.
- Engraçado, sempre suas “amigas de infância” se metendo na sua vida, não é mesmo Letícia?!
- Deixa minha namorada fora disso!
- Tá com medo, Jéssica? Pensei que você confiasse plenamente na sua namoradinha?!
- E confio, só não vou deixar você jogar a gente uma contra a outra.
- Vamos lá pra dentro. Tá boa a palhaçada já! Pessoal, já volto.
- A gente já vai, Bia! - falou Letícia enquanto ajeitava as coisas.
- Mas de jeito nenhum! Vocês vieram pra passar o final de semana comigo e vão passar!
- Acho que Letícia tem razão, Beatriz. A gente não quer atrapalhar. - completou Mauro.
- Atrapalhar? Assim vocês me ofendem…
- Beatriz tem razão, não tem sentido da gente ir embora, não fizemos nada. - falou Bruno calmamente enquanto continuava sentado em uma das espreguiçadeiras, em companhia de Jéssica. - Agora sossega o facho vocês dois, deixa as duas se entenderem, ou não. Vai Bia, a gente espera. - Viviane estava muda. Sentia-se culpada.
Já no quarto de Beatriz.
- O que diabos deu em você?
- Eu chego aqui, encontro minha namorada seminua, agarrada com uma ninfeta e quer que eu fique como?
- Eu saí do status de corna para namorada, de novo? Me atualiza da situação porque eu estou perdida.
- Eu não estou com Rebeca, aquilo foi só pra lhe provocar. Pra ver até onde ia seu autocontrole, mas você não entende nada.
- Priscila, você precisa se tratar. Primeiro você me acusa de está colocando os meus amigos a frente da nossa relação a única vez que insisti da gente sair todo mundo junto. Você cria uma amante, pra testar o que sinto por você e espera que eu reaja… o que você estava querendo, de verdade?
- Sexo de reconciliação? Já ouvi em algum lugar uma vez que o ciúme faz as bocet*s ficarem mais molhadas e as trepadas mais quentes.
Beatriz estava incrédula.
- Eu não quero brincar de casinha, Bia. Você sempre foi um desafio pra mim. Mesmo sendo apaixonada por mim, como você diz ter sido, eu nunca consegui fazer com você o que fazia com as outras. Não era pra ter chegado tão longe. Você foi a única que não me tratou como um troféu, pelo contrário, no nosso caso, você que foi o troféu. A predadora se rendeu a presa. - Priscila sorriu, um riso triste. - No fundo, eu criei situações pra ver até onde ia meu controle sobre você, cada vez que você se rendia, eu saboreava como uma vitória. Eu não quero abrir mão disso. Do seu amor, da sua atenção, mas eu não aguento mais fingir. Não é a mesma intensidade o que eu sinto por você, talvez até seja amor, mas não na intensidade que você sente e isso me assustou. Minha entrega durante o sex* é real, é tudo aquilo e muito mais, mas depois… - Beatriz escutava tudo em silêncio. Tentava digerir cada palavra de Priscila.
- Eu demorei demais para assumir a responsabilidade de levar algo a sério com alguém. Não vou jogar tudo isso fora. Se você acha que a gente precisa de “algo a mais” para ficarmos juntas, se você tem dúvidas sobre o que sente, acredito que seja a hora de colocar um ponto final na nossa relação. Eu não tenho estrutura psicológica pra isso! Eu não quero isso pra mim.
- Se você me amasse, como diz que ama, não desistiria tão fácil assim.
- Eu amo você! Mas eu preciso me amar também. E eu não vou alimentar algo que vai me levar pra o fundo do poço no final. - Priscila se ajoelhou entre as pernas de Beatriz, acariciou seu rosto, a viu fechar os olhos ao sentir o que seria o último contato entre elas. Aproximou seus lábios dos dela, ao contrário da última vez, foi correspondida.
Beatriz se perguntava mentalmente como aquilo não podia ser real, era instantânea a reação do corpo de ambas ao mais sutil dos contatos, aquilo não se finge.
- Me faz sua, uma última vez! - suplicou Priscila.
- Eu não posso, não consigo. Não hoje, não agora. - Beatriz enxugava as próprias lágrimas.
- Não me odeia! Desculpa eu ser tão egoísta, imatura…
- Shiii! Não vou negar que está doendo pra caralh*, que isso foi um soco no meu estômago e no meu ego, mas eu não te odeio. Estou magoada, me sentindo traída, enganada… mas uma hora isso passa, a gente tem que aprender a conviver com esse tipo de coisa, não é mesmo?
Trocaram mais um beijo demorado.
- Se cuida! Estarei sempre por perto. - Beatriz apenas sorriu em meio as lágrimas. Priscila saiu da casa, sem falar com ninguém, entrou no carro e saiu cantando pneus.
- Pelo visto, não teve sex* de reconciliação! - comentou Bruno.
- Acredito que ela precisa de vocês dois, agora. - Letícia olhou espantada para namorada. - Você é a melhor amiga dela, a conhece como ninguém, ela precisa de você. E das piadas ácidas de Mauro, lógico. - Viviane, permanecia alheia a tudo.
Ao ouvir as batidas na porta.
- Entra! - Beatriz continuava sentada na cama, tentando ainda assimilar tudo. Cada um sentou de um lado dela. Letícia a abraçou e deu um beijo em seu pescoço, Mauro já foi logo disparando:
- Hoje você pode encher a cara! Acho que até sua tia vai liberar. Porque pela forma que a loira saiu daqui, nem trepada de despedida teve.
- Mauro! - ralhou Letícia.
- Sua namorada deveria jogar na mega sena. Ouvi de Priscila basicamente o que ela falou. Fui o troféu que perdeu a graça.
- Se arrepende? - perguntou Letícia, agora já deitada entre os braços de Beatriz.
- De que?
- De tudo. Da intensidade que se envolveu, da forma que se entregou?
- Absolutamente, não! Foi bom, foi muito bom. Eu me dei a oportunidade de me envolver, de ser sincera, de ser real. Só não deu certo, não foi com quem deveria ser… ou foi.
- Acabou? - indagou Mauro.
- Yep! Tão rápido quanto começou.
- Quer ficar só? - perguntava Letícia enquanto acarinhava os cabelos de Beatriz.
- Só o tempo de tomar um banho. Desço já pra me juntar a vocês. Prometo não ficar com cara depressiva.
- Hoje você pode. Sofrer de amor é um privilégio para poucos hoje em dia. - Mauro abraçava Beatriz pela cintura.
- Você sabe que a gente te ama, né? - falou Letícia depositando um selinho em Beatriz, a cumplicidade das duas havia voltado.
- Sei, e é isso que me deixa de pé! Agora vão lá ficar com os loves de vocês, que já, já desço pra fazer companhia de vela a Viviane.
- Não demora! - falou Letícia depois de levantar.
- Não vou. Prometo!
E realmente foi só o tempo de tomar um banho. Não ia fingir que não estava sofrendo, mas não pararia sua vida novamente por causa disso, aos poucos estava aprendendo a conviver com a dor. Continuaram conversando animadamente, apenas Viviane ficou retraída, participava pouco dos diálogos. Depois do jantar, Beatriz deitou em uma das redes da varanda, Viviane deitou por cima dela, como faziam na adolescência.
- Compliquei você?
- De jeito nenhum! Criatura espaçosa, tu é pequena, mas é espaçosa, viu!? Minha situação com Priscila já estava estranha a alguns dias. Coisa de gente adulta, um dia você entende isso.
- Nossa diferença de idade nem é tão grande assim! São quatro anos apenas! - falava fingindo uma falsa zanga.
- Tá certo!
- Tá solteira? - Beatriz encarou a ruiva em seus braços. - Se tiver, estou na fila! E cobro preferência.
- Desde quando você é lésbica, criatura?
- Desde que me conheço por gente.
- Então não faz muito tempo!
- Palhaça! - se aconchegou ainda mais nos braços de Beatriz, a deixando pensativa. “Era só o que me faltava!”
No dia seguinte, Beatriz recebeu a ligação da mãe de Priscila, dizendo que sentia muito tudo que havia acontecido, que torcia de verdade pelo relacionamento das duas, pois percebia o quanto Beatriz amava verdadeiramente a filha, que esse teria sido um dos piores erros que ela já havia cometido. Beatriz deixou claro que a presença de Paula, era sempre bem-vinda no haras, que ela também era muito querida por todos ali.
Os primeiros quinze dias, foram de oscilação de humor constante para Beatriz. Quando se sentia triste ao ponto de não aguentar, subia em Mérida e saía para cavalgar sem rumo. Tomava banho de rio, adormecia a sombra de sua árvore favorita. Não voltava mais para o apartamento com a frequência de antes. Quando ficava no haras, Viviane lhe fazia companhia, sempre dando um jeito de fazê-la rir. Depois da insinuação no dia do término de namoro de Beatriz, Viviane não deixou escapar mais nada, se mantinha presente, mas respeitando o momento da amiga e patroa.
Após um mês do fim da relação, Beatriz recebeu um e-mail de Priscila. Se tratava de uma carta de demissão.
“- Me diz que isso não tem nada a ver com a gente?” - Priscila respirou fundo.
“- Tem e não tem. Não está sendo fácil pra mim, nem pra você, essa nossa convivência forçada, por mais profissional que sejamos. E eu recebi uma proposta de uma multinacional, passar uma temporada no exterior.”
“- Sua mãe...”
“- Está sem falar comigo desde que disse a ela ter aceito a proposta, foi demais pra ela me desfazer da nora perfeita e ainda ir embora.”
“- Quanto tempo eu tenho pra arrumar alguém?”
“- Você já tem, caso aceite minha indicação.”
“- Quem?”
“- Sara. Ela conhece toda dinâmica da empresa, é super competente e as vezes que precisou me substituir, deu conta muito bem do serviço.” - Beatriz suspirou.
“- Amanhã eu vou no escritório. Conversaremos melhor e daremos a notícia a Sara. Não tem nada que eu possa fazer pra fazer você voltar atrás?”
“- Não faz assim!”
“- Amanhã a gente conversa, até mais!”
“- Até!”
- Tia, estou indo pra cidade.
- O que houve?
- Acabei de receber uma carta de demissão de Priscila, a mãe dela já ligou desesperada pedindo que eu faça alguma coisa pra que Priscila não vá embora.
- Filha, tem coisas que não valem a pena insistir, cada vez que se insiste, só piora no final.
- Relaxa, tia! Não é sobre eu e ela, é sobre a empresa, não quero que ela sacrifique o futuro profissional dela por minha causa. Amanhã a tarde, estou de volta.
Beatriz conseguiu chegar na empresa antes do final do expediente. Pra sua surpresa, Rebeca ainda estava lá. Passou direto, sem nem olhar direito pra ela. Priscila se surpreendeu ao ver Beatriz adentrando em sua sala e fechando a porta de chave.
- É definitivo? Sua mãe tá louca!
- Você veio aqui por causa da minha mãe?
- Não! Também… mas principalmente por você, pela empresa, o que precisa mudar pra você continuar?
- Nada! Não tem a ver com a empresa, tem a ver comigo. Eu quero dar uma guinada na minha vida. É estranho me separar de você e continuar nos falando todos os dias… eu ainda me excito com sua voz, eu ainda desejo você, não tem como acabar com isso tendo contato contigo todos os dias. - Beatriz andava de um lado pro outro da sala.
- Você é louca, não é possível! Se você ainda sente tudo isso, porque pôs um fim em tudo?
- Porque eu só tenho isso a lhe oferecer. E não é justo com você!
- Você está saindo com aquela piranha lá de fora?
- Não! Eu já disse, eu usei ela pra lhe aborrecer, arrumar um pretexto… - antes que Priscila continuasse, Beatriz abriu a porta.
- Você, está demitida. Passe no RH hoje no final da tarde e acerte suas contas, me processe faça o que quiser, mas amanhã não quero mais ver sua cara aqui. Aliás, pode ir lá agora, não quero ver sua cara mais aqui a partir de agora. - voltou a fechar a porta. Desceu as persianas, olhou Priscila de forma lasciva. Tirou o notebook que estava em cima da mesa, jogou todos os papéis no chão com apenas um passar de braço. Priscila a olhava assustada. Beatriz a pegou delicadamente pela mão, a puxou para junto de si, colaram os lábios e só separaram quando a necessidade de respirar se fez presente.
Sem dizer uma só palavra, sentou Priscila sobre a mesa, se encaixou entre as pernas dela, continuaram se beijando enquanto roupas eram jogadas pelo chão. Beatriz deixava um rastro incandescente com a boca enquanto passeava com ela pelo corpo de Priscila, que já gemia sem pudor algum. Sem muitos rodeios, Beatriz se apossou do sex* de Priscila com a boca, fazendo-a arquear o corpo e segurar os cabelos dela, na tentativa de aumentar ainda mais aquele contato que lhe fazia tanta falta. Beatriz “castigou” sem pressa o sex* de Priscila com a língua, entrava e saía, ch*pava o clítoris, quando percebia que Priscila estava prestes a atingir o clímax, mudava inesperadamente o ponto de atenção, o que arrancava urros de protesto de Priscila. Quando se deu por satisfeita com sua tortura, sem aviso prévio algum, deslizou dois dedos pra dentro de Priscila, enquanto a ch*pava, o gozo veio automaticamente, não precisou mais que duas estocadas para Priscila se derreter nos dedos e boca de Beatriz.
Priscila voltou a ficar sentada sobre a mesa, forçou o corpo de Beatriz pra trás, fazendo-a sentar na cadeira, desceu da mesa e se ajoelhou entre as pernas dela, que jogou a cabeça pra trás e fechou os olhos ao sentir aquela boca macia e habilidosa em seu sex* latejante. Segurou os cabelos de Priscila e movimentava os quadris como se estivesse “fodendo” a boca de Priscila, que ao perceber a aproximação do orgasmo da parceira, sentou em seu colo e num fio de voz, exigiu.
- Dentro de mim! Eu quero tudo isso dentro de mim. - Beatriz não se fez de rogada, voltou a deslizar seus dedos para dentro de Priscila que com uma de suas mãos estimulava o clítoris de Beatriz, que estava em brasa. Em poucos minutos estavam em total sintonia, Beatriz sentia as unhas de Priscila cravada em suas costas, enquanto os gemidos das duas ecoavam pela sala.
- Priscila…
- Não segura, Bia. Solta tudo vai! - ao escutar os gemidos de Beatriz se intensificarem e o corpo dela começar a tremer, assim como as estocadas em seu sex*, feitas pelos dedos de Beatriz que estavam incansáveis, acelerarem ainda mais, foi Priscila que não conseguiu segurar. Goz*ram juntas, com os corpos colados, as bocas unidas, abafando os gemidos uma da outra. Se olhavam ainda ofegantes, com as testas encostadas.
- Essa conversa não acaba aqui! - falou Beatriz com a respiração entrecortada. - Avisa a Sara que está saindo, que ela remarque tudo para amanhã, mês que vem, próximo século. - Priscila apenas balançava a cabeça em concordância. Ajeitaram a roupa como podia, desceram até o subsolo onde ficavam os carros sem dizerem uma palavra, entraram no carro de Beatriz. Dirigiu um pouco até chegarem a um motel de luxo. O resto da tarde, noite e madrugada foram regadas a muito sex*. Estavam insaciáveis, incansáveis. O dia já estava amanhecendo quando finalmente caíram exaustas nos braços uma da outra.
Fim do capítulo
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