Capítulo 15
Já tinha mais de uma semana desde a última conversa que tiveram e a situação entre as duas continuava a mesma.
- Se vocês se gostam, por que complicam tanto as coisas? - perguntava Sílvia, enquanto servia Beatriz com uma xícara de café e um pedaço de bolo.
- Tia, eu não fiz nada. Mesmo que ela tenha ficado desconfortável com o pessoal, não era pra tanto. Só que eu não posso e nem quero mais, viver dentro de uma bolha, é como se quando a gente saísse pro mundo, ela se transformasse. Eu nunca pedi que ela abandonasse as amizades dela, por mais que eu não vá com a cara de nenhuma delas, mas são amigas dela, ela que teria de conviver com elas, não eu.
- Quer que eu converse com ela?
- Não, tia. Melhor não, é capaz dela dizer que estou me escondendo atrás da senhora. Vamos ver se essa turbulência passa e ela volta ao normal. - no meio da conversa Roberto entra na cozinha.
- Bom dia, dona – Beatriz o olha com ar de reprovação – Beatriz! - recebe um sorriso sincero. - Eu vim lhe fazer um pedido, mas pelo visto você não está tendo um bom dia.
- Se for autorização pra casar com tia Sílvia, precisa nem pedir e pode deixar que o casório e a festa quem banca sou eu! - recebeu um tapa no ombro da tia.
- Mas é muito abusada essa menina, vê se pode! E eu lá preciso da sua autorização pra casar?!
- Não era isso não. - Roberto pigarreou. - Você lembra da minha sobrinha, a Viviane?
- E como vou esquecer aquela pentelha? Vivia me arengando quando eu era mais nova. Como ela está? - Roberto ficou rodando o chapéu na mão, até Sílvia intervir.
- Desembucha, homem! Beatriz não morde.
- Ela está bem. Se formou em veterinária, queria saber se ela poderia vir estagiar aqui por uns tempos, aprender umas coisas com Moisés…
- Façamos melhor. Peça pra ela reunir toda documentação dela, eu vou integrá-la ao grupo de funcionários da fazenda, caso ela não se adapte, pelo menos terá experiência para arrumar trabalho em outro lugar. E sei que Moisés, anda precisando de ajuda. O que me diz?
- Eu não tenho palavras! Ela vai ficar feliz demais. O sonho dela sempre foi vir trabalhar aqui. Muito obrigado!
- Imagina, Roberto! Assim que ela reunir toda documentação, peça pra ela me procurar no meu apartamento, que agilizo tudo com Sara. Agora deixa eu ir embora que estrada é longa, pode passar meu número pessoal pra ela. - deu um beijo na testa da tia e um abraço em Roberto, antes de pegar a estrada.
No dia seguinte, no escritório da empresa.
- Bom dia! Em que posso ajudá-la? - Beatriz estranhou a presença daquela pessoa ali.
- Rebeca?! O que você está fazendo aqui?
- Eu sou assistente pessoal de Priscila. Como eu ia dizendo: em que posso ajudá-la?
- Em nada, eu vim falar com Priscila…
- Você tem hora marcada? - Beatriz sorriu com seu pior sorriso.
- Desde quando eu preciso marcar hora para falar com meus funcionários? Sabe esse sobrenome do seu crachá? Magalhães? É meu, o que significa que a dona de tudo isso aqui, sou eu. Inclusive, sou eu que pago seu salário, então, me dê licença. - Beatriz deu duas batidas na porta de Priscila e foi seguida por Rebeca, que repetia que ela não poderia entrar ali sem autorização prévia.
- Dona Priscila, eu tentei evitar, mas antes que eu pudesse chamar os seguranças, ela entrou. - Beatriz estava de pé diante de Priscila, que a olhava sem graça.
- Chamar os seguranças, para me tirar da minha própria empresa, é sério? - Beatriz falava pausadamente, enquanto se acomodava em uma das poltronas.
- Desculpe, dona Beatriz. Rebeca é nova na empresa e não sabia que a senhora era a presidente, isso não voltará a acontecer. - Beatriz não falou nada, até que Rebeca saísse da sala.
- Que novidade é essa?
- Eu estava precisando de alguém para me assessorar, as vezes não consigo dar conta de tudo…
- Não é sobre isso que estou falando, até porque já havia lhe dito, várias vezes, que contratasse alguém para cuidar da sua agenda… Mas precisava ser ela?
- E o que tem de mais?
- O que tem de mais? Essa mulher passou boa parte da vida dela me atormentando e dando em cima de você…
- Beatriz, não somos mais adolescentes. Ela ser ou não competente não tem nada a ver com seus problemas do passado. E ela vem desenvolvendo um excelente trabalho…
- Na sua cama também? - pela primeira vez, desde que Beatriz havia entrado na sala, Priscila tirou os olhos do computador para encará-la.
- Nós estamos no nosso ambiente de trabalho. Assuntos pessoais, a gente trata em casa.
- Tem razão! Não vim aqui pra isso. Até porque pelo visto, sua vida pessoal já não é mais da minha conta. Eu vou aguardar na sala de reuniões, falta meia hora apenas. - Beatriz levantou sem dizer mais nada e se dirigiu para a sala de reuniões. Não demorou muito e Priscila foi atrás.
- O que você quis dizer quando falou que minha vida pessoal não lhe diz mais respeito? - perguntou após fechar a porta, para não serem interrompidas.
- Eu achei que aqui não era lugar nem hora pra tratarmos de assuntos pessoais.
- Quer continuar nesse joguinho? Fique à vontade então! - Beatriz a segurou pelo braço, evitando que ela destrancasse a porta e saísse.
- Eu nunca fui mulher de “joguinhos” e você sabe muito bem disso. Se tem alguém aqui jogando com o sentimento da outra, não sou eu.
- Nunca é você! - falou se desvencilhando de Beatriz. - Hoje a noite conversaremos sobre isso. A reunião já vai começar e temos que agir profissionalmente.
A reunião começou, Mauro e os advogados colocavam todos os prós e contras das propostas recebidas relacionadas a venda das fazendas. Beatriz parecia alheia a tudo. Não prestava atenção em nada, nem mesmo em Priscila, que em vez de sentar ao lado dela, ficou ao lado de Rebeca.
- E então, Beatriz, o que nos diz? - Beatriz foi tirada de seus devaneios, respirou fundo, para então responder a Mauro.
- Eu não prestei atenção em porr* nenhuma do que vocês me disseram. Então, façam o que vocês acharem melhor, afinal de contas é pra isso que pago e confio em cada um de vocês. Agora se me dão licença, eu preciso sair daqui. - todos presentes na sala ficaram surpresos com a atitude de Beatriz. Mauro sabia que havia algo errado, e muito errado, ele também não engolia Rebeca, pelos mesmos motivos que Beatriz. Assim que a amiga saiu da sala, ele pediu licença e também se retirou.
- Bia, espera! Espera, Bia! - Beatriz se virou pra ele com cara de poucos amigos. - Pode me explicar o que está acontecendo?
- Não, porque nem eu sei o que está acontecendo! Em dois dias eu vejo a completa e total transformação da mulher que disse que me amava, em uma megera que parece ter me odiado a vida inteira. E agora depois de quase quinze dias sem olhar na minha cara, atender meus telefonemas, ela me aparece com uma das pessoas que mais abomino, a tira colo.
- Vamos almoçar?! Vai te fazer bem. Comida sempre faz bem. - pra surpresa de Mauro, Beatriz não relutou, combinaram o restaurante e cada um foi no seu carro, a última coisa que ela queria, era voltar pra empresa e dar de cara com Rebeca se insinuando para Priscila.
Durante o almoço.
- E isso foi do nada?
- Ela alega que não está disposta a me ver voltando a velha vida de sempre, de noitadas e tudo mais. Só porque eu quis passar a virada do ano com vocês e ela. Ela quer que a gente viva numa bolha, está sempre com “medo” ou sei lá o que é isso, da gente sair em público, ficar perto de pessoas conhecidas.
- Ciúmes?
- De você, bicha?! Tá louca?!
- Vai saber! Se ela não é do tipo que quer a pessoa só pra ela.
- Não sei, não acredito que seja isso. Acho que é uma desculpa… como explicar Rebeca? Ela sabe que eu odeio essa mulher, ela sabe disso, todo mundo sabe disso. Até minha tia sabe disso!
- É, achei bem estranho, mas não quis ser a bicha fofoqueira e imaginei que você soubesse. Mas, vá conversar com ela hoje a noite. Veja o que ela tem a dizer, desarme-se, tentem se entender. Vocês vinham numa vibe tão boa, eu estava até começando a gostar dela.
- Mas é justamente isso que me deixa mais irritada, Mauro! Não há motivo algum, que a gente tivesse tido uma briguinha, sei lá. Ela me deixou sozinha depois que saímos da festa e desde então só nos vimos uma única vez, assim mesmo pra ela falar um monte de coisa sem nexo… - o celular de Beatriz toca, era Priscila.
- Respire e tente tratá-la bem.
“- Oi!” - o “oi” são tão seco, que fez Mauro revirar os olhos.
“- Estou indo pra casa, precisamos conversar.”
“- Sério?”
“- Beatriz, sem ironias, por favor!”
“- Tudo bem. Vou terminar de almoçar e daqui a pouco lhe encontro lá.”
“- Está almoçando com quem?”
“- Com Mauro.”
“- Bom apetite!” - Priscila desligou o telefone na cara de Beatriz.
- Essa mulher que me enlouquecer, não é possível! Desligou o telefone na minha cara!
- Estou me sentindo a bicha mais poderosa da galáxia! Fazendo uma mulher ter ciúmes de mim! - Mauro batia palmas de forma bem afetada.
- Tu não vale nada mesmo! Ainda consegue fazer graça com uma situação dessas!
- Estou tentando amenizar a situação. Pega leve. Você está muito alterada, não vai falar besteira, nem fazer besteira.
- Não se preocupe! Eu não sou mais tão egoísta a ponto de pensar apenas em mim. Tem muita gente que não merece sofrer pelas minhas besteiras, você é uma delas, apesar de, as vezes, eu ter vontade de torcer seu pescoço! - sorriram e terminaram o almoço de forma tranquila. Beatriz não se apressou em comer, não cederia aos caprichos de Priscila.
- Entra! - falou de forma ríspida, Beatriz nem estranhou, havia virado rotina. - Que palhaçada foi aquela?
- Foi pra isso que você me chamou aqui? Então eu não vou nem sentar, e nem precisa fechar a porta, porque eu já estou de saída.
- Fugir das responsabilidades é mais fácil, não é mesmo? Você deve está mestre isso, foi o que fez durante toda vida.
- Eu não estou fugindo. Só não quero mais ouvir suas agressões gratuitas e muito menos falar algo que eu venha me arrepender depois. - Priscila soltou um sorriso irônico.
- Traduzindo: fugindo! Quer dizer então que eu estou solteira e não fui comunicada?!
- Não entendi.
- Você mesma disse que não tem mais nada a ver com minha vida pessoal.
- Claro! Você me expulsou dela e pra completar ainda ficou de gracinha com Rebeca na minha frente. Pensa que eu não percebi o alisado de mãos de vocês duas? Imagina quando estão sozinhas! Por que você não me contou que havia contratado ela? - Priscila gargalhou o que fez a irritação de Beatriz triplicar.
- Sabe aquele ditado: o corno é sempre o último a saber? Então… - Priscila deu de ombros. As palavras de Mauro ecoavam na mente de Beatriz: “não faça nenhuma besteira”.
- Se era só isso. Felicidades ao casal! É a única coisa que posso dizer no momento. - Beatriz já estava de pé quando Priscila se colocou a sua frente.
- Você não se importa, mesmo! Nunca vai sair dessa zona de conforto do desapego. Acho que está sendo até um alívio pra você saber que estou com outra pessoa.
- O que você quer que eu faça? Que eu dê um escândalo? Que me ajoelhe a seus pés e peça pra você voltar pra mim? Não sou eu que decido com quem você vai ficar, isso é uma escolha sua. E, se tudo que aconteceu, se tudo que eu já fiz ou disse, não foi o suficiente pra lhe convencer do que eu sinto por você, não é um showzinho de quinta, que será. Você quer jogar no lixo o que a gente construiu, o que a gente significou na vida uma da outra esse último ano? Jogue! Agora não venha me culpar por isso! - Priscila segurou o rosto de Beatriz entre as mãos e a beijou de forma urgente. Não sentiu qualquer tipo de retribuição.
- Foi tão fácil assim, me esquecer?
- Você acabou de me chamar de corna, de afirmar que está com outra, você quer que eu sinta o que? - a voz de Beatriz saiu embargada, cheia de mágoa, nesse instante, Priscila percebeu que tinha ido longe demais.
- Bia…
- Eu preciso ir, Priscila, essa conversa já deu o que tinha que dar. - mesmo tentando conter Beatriz, foi inútil, ela foi embora sem nem olhar para trás.
Ao chegar no apartamento, foi pra baixo do chuveiro e chorou o que vinha se negando a dias, precisava deixar tudo aquilo ir embora junto com água. Quando saiu do banho, pegou o celular e viu várias ligações perdidas da namorada, ou seria ex? Não retornaria, não naquele momento. Estava muito desgastada, não tinha mais ânimo pra nada. Em meio a tantas ligações de Priscila, havia duas de um número desconhecido. Sem saber porque, retornou.
“- Boa tarde! Tenho duas ligações desse número em meu celular, gostaria de saber do que se trata.”
“- Se eu não reconhecesse sua voz, duvidaria que realmente estou falando com Beatriz Magalhães! Quando você ficou tão educada? - aquela voz, o cérebro de Beatriz estava tentando associar aquela voz a dona dela. Diante do silêncio de Beatriz. - Sou eu, Bia, Viviane, tio Carlos me deu seu número, disse que eu ligasse quando estivesse com toda documentação e já estou ela.”
“- Eu sabia que conhecia esse tom implicante de algum lugar! Faz tempo que não lhe vejo, mas posso perceber que continua a mesma.”
“- Talvez você se surpreenda ao me ver pessoalmente, mas deixando de conversa fiada. Quando posso assinar meu contrato?”
“- Mas é muito abusada mesmo! Vou te passar minha localização e amanhã as oito, passa aqui que te levo no escritório pra acertar tudo, se der tempo de fazer o exame admissional amanhã mesmo, podemos ir direto pro haras.”
“- Sim senhora! Pontualmente as oito estarei aí. Até amanhã e muito obrigada pela oportunidade!”
“- Agora eu que estou te estranhando! Até amanhã, sua maluca!”
Enquanto falava com Viviane, o celular tocou várias vezes, sempre que olhava para o visor, o mesmo nome piscava: Priscila.
Na manhã seguinte.
- Pede pra ela subir, Messias, por favor! Estou terminando de me arrumar. - ao abrir a porta, Beatriz se surpreendeu com a mulher que apareceu a sua frente.
- Viviane?!
- É, ela mesmo. Beatriz?! - retornou em tom de brincadeira.
- Nossa! Você mudou! Entra. Estou terminando de me arrumar.
- Você esperava uma menina de dezesseis anos? - perguntou num tom debochado, elas se provocavam o tempo todo, desde pequenas.
- Bom, o corpo realmente evoluiu, mas a cabeça, pelo visto continua oca. - Viviane revirou os olhos. - Senta aí, mala sem alça. Daqui a pouco saímos.
- Espero que você não trate todos seus funcionários assim, ou então você estará bem encrencada.
- Você ainda não é minha funcionária. - falou colocando apenas a cabeça para fora do quarto.
- Então acho melhor me calar, vai que eu perco o cargo antes mesmo de ser contratada.
- Besta! Vamos?
- Pelo visto continua com o bom gosto para perfumes. - Beatriz arqueou uma das sobrancelhas “flertando comigo, sério?”
Ao chegar no escritório procurou por Sara, com Viviane sempre no seu rastro.
- Nossa! Isso aqui é enorme! Você realmente levou a sério a missão.
- As pessoas precisam estar bem, para trabalhar bem. Então, nada melhor que começar pelo ambiente… - foram interrompidas pela chegada de Sara.
- Bom dia, Beatriz! Tudo bem? Em que posso te ajudar?
- Bom dia, Sara! Tudo bem sim. E as meninas como estão?
- Nossa, numa expectativa imensa pelo início das aulas, não param de olhar e cheirar os materiais escolares novos! Luís também está muito feliz na oficina. A localização do prédio que você cedeu é excelente!
- Que bom, Sara! Nossa fico muito feliz com isso! Só não me abandone!
- Jamais!
- Então, pra não tomar muito do seu tempo. Tenho uma nova funcionária pra você incorporar no nosso quadro. Esta é Viviane, sobrinha de Roberto, vai trabalhar lá no haras como veterinária, ajudando Moisés.
- Prazer, Viviane! Me chamo Sara, trabalho no administrativo, mais especificamente no RH.
- Prazer, Sara!
- Está nervosa? - perguntou Sara após apertar a mão de Viviane e percebê-las frias.
- E como! Primeiro emprego e uma responsabilidade dessas!
- Fique tranquila, nós temos uma ótima chefe. Aliás, duvido muito que exista uma melhor que Beatriz!
- Que isso, Sara! E olha, não dá muita corda a essa fedelha não, que isso aí é uma mala. Eu vou ficar aqui fora esperando enquanto vocês cuidam de toda papelada.
- Priscila já chegou. Já foi lá na sala dela? - Beatriz olhou meio de lado.
- Não, não. Vou agilizar logo a contratação dessa encrenqueira, que Moisés anda meio aperriado. Mais tarde eu passo lá. - apesar de estranhar, Sara sorriu e encaminhou Viviane até sua sala. Vinte minutos depois.
- Beatriz, tudo ok com a documentação dela. É só ela fazer o admissional e já pode botar a mão na massa! - Sara sorria gentilmente para Viviane.
- Será que consegue um encaixe pra hoje, lá na clínica, Sara? Queria já levar essa tampinha comigo pra o haras, vou passar o fim de semana lá.
- Já avisei que vocês estariam a caminho, é só passar lá.
- Você dez! - deu um beijo na bochecha de Sara. - Diga as meninas que mandei um beijo pra cada uma. Qualquer dia desses, leva elas lá no haras, pra passar o dia. Tenho certeza que vocês vão adorar.
- Opa! Vou falar com Luís e te aviso. Vão aprontar muito, com certeza!
- Combinado, então! - se virando para Viviane – Vamos, criatura implicante? - Viviane respondeu mostrando a língua. - Lembre-se que agora sou sua chefe! - falou Beatriz, levantando uma das sobrancelhas, o que fez Viviane revirar os olhos. Despediram-se de Sara e foram para clínica. Assim como no escritório, as coisas na clínica foram bem rápidas.
- Vou passar no meu apartamento, pegar minhas coisas, aí a gente almoça, levo você para pegar as suas coisas e vamos para o haras, o que me diz?
- Sim senhora, dona Beatriz! - fez sinal de continência.
- Continua a mesma mala de sempre mesmo!
No escritório.
- Priscila, está acontecendo alguma coisa entre você e Beatriz? Alguma coisa, ruim?
- Por que?
- Ela esteve aqui hoje cedo e não veio falar com você, achei estranho. - Priscila olhou para Sara.
- O que ela veio fazer aqui?
- Trouxe uma menina, Viviane, sobrinha de Roberto, vai trabalhar no haras, como veterinária.
- Faz tempo, isso?
- Foi logo cedo, umas nove horas. Ela disse que depois passaria para falar com você. Ela parecia triste, bem triste, por sinal. - Priscila respirou fundo. Sabia que em Sara podia confiar.
- Nós brigamos e acho que nosso namoro acabou.
- Foi tão sério assim?
- Eu agi como uma idiota. Me senti insegura quando ela preferiu passar a virada do ano com amigos e comigo, do que apenas nós duas. Comecei a fazer uma besteira atrás da outra, a tratando mal e por fim, deixei entender que estou tendo um caso com Rebeca.
- Mas por que você fez isso?
- Não sei! Eu não quero dividir a atenção dela com mais ninguém. Eu não sei o que está acontecendo comigo.
- Sentar e conversar não seria mais fácil?
- Acho que não tem mais nada o que a gente conversar, eu sabotei nosso relacionamento. Disse muita coisa que não devia, nem eu sei se ainda quero continuar com isso.
- Nossa! Vocês pareciam tão bem. A forma que Beatriz te olha, é inegável o amor que ela tem por você. E você por ela…
- Acho que esse é o problema, Sara. Talvez eu não a ame como imaginava amar. Eu não quero pensar nisso agora. - continuaram o almoço em silêncio.
Fim do capítulo
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Socorro
Em: 18/11/2018
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
eu sabia essa Patrícia nunca prestou kkkkkk
tomaaaaaaaaa
Bis, vc é suas escolhas idiotas, toma!!!
Queria tanto a Bia, tomando um chifre daqueles e que ela visse tudo kkkkk
ai aí aí
autora, eu falei smp sobre essa Patrícia kkkk não tava errada
Go Patrícia!!!
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