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S.O.S. Carolina por Cris Lane

Ver comentários: 6

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Palavras: 4145
Acessos: 3709   |  Postado em: 13/10/2018

Capítulo 5 - Vícios e dúvidas

O sol já estava castigando Samantha dentro do carro, ela acordou suada, sentindo a pele queimar, desnorteada com relação ao horário, o dia já havia amanhecido, sentiu o pescoço reclamar pela posição que adormeceu.

            Coçou os olhos e olhou ao redor, lembrou que estava no pátio do hospital onde Carolina estava internada. Saiu do carro e caminhou em direção à recepção novamente, os cabelos estavam amassados, os sapatos de salto deram lugar a um par de havaianas.

            Chegou na recepção e não viu Roberta com o namorado. Foi até a atendente e tentou notícias sobre Carolina.

 

-- Bom dia, eu gostaria de saber sobre Carolina Andrade, por favor. Ela sofreu um acidente ontem.

 

-- A senhora Carolina acabou de ser transferida para o hospital Matriz. A ambulância saiu tem dez minutos. – A atendente nem olhou para Samantha –

 

Samantha saiu do hospital decepcionada, resolveu ir para casa, pois no hospital Matriz, não iriam deixá-la ver Carolina. Dirigiu até o apartamento luxuoso em Niterói, onde mora com sua mulher.

            Samantha leva a vida sem nenhuma responsabilidade, sempre tentando se dar bem sobre as pessoas, enganando e manipulando quem for para conseguir seus objetivos. Desde a adolescência permanece nessa mesma dinâmica autodestrutiva. Entre tantos acontecimentos lembrou-se de uma passagem na época da escola com Carolina.

 

Novembro de 1996

 

Carolina saiu de mais uma aula com Roberta, as duas caminhavam pelo corredor em meio às outras alunas, ambas tiveram uma manhã tranquila, Samantha faltara à escola, e quando ela não estava presente, Lucia e Gabriela nem conversavam entre si, sequer com as outras meninas.

Precisavam preparar um trabalho para o dia seguinte, e foram direto para a biblioteca da escola, para isso, precisavam atravessar o ginásio do colégio, pois a biblioteca fica localizada na parte de trás das instalações do convento.

Enquanto conversavam, sobre o trabalho, Carolina avistou uma pessoa caída debaixo das arquibancadas do ginásio, e chamou Roberta para ver o que estava acontecendo.

 

-- Roberta, olha ali. – Apontou para as arquibancadas – Tem alguém caído ali embaixo!

 

-- Onde? – Roberta apertou os olhos – Não estou vendo nada.

 

-- Vem. – Puxou a amiga pelo braço –

 

Chegando perto, tomaram um grande susto ao perceber que quem estava ali era Samantha.

 

-- Roberta, é Samantha! – largou o material no chão e foi até a menina – O que houve com ela?

 

-- Ai Carol, eu não acredito que você vai perder tempo com essa aí, alguma ela deve ter aprontado, com certeza! – aproximou-se e abaixou ao lado da amiga –

 

-- Roberta não importa quem seja, temos que ajudar, ela pode ter passado mal.

 

Carolina sempre teve motivação para ajudar as pessoas, e seu sonho era tornar-se uma boa médica para isso. Abaixou ao lado de Samantha e segurou sua cabeça. A garota estava desacordada.

 

-- Samantha! Acorda! – chamava a garota – Samantha!

 

            Roberta apenas olhava, não tinha a mesma compaixão que a amiga pela garota mimada que tanto as humilhava e por ela, deixaria Samantha ali para ela aprender uma lição. Carolina olhou para a amiga e pediu que ela buscasse ajuda.

 

-- Beta, vai na secretaria, chama dona Carmelita, ela precisa ir para a enfermaria.

 

-- Ai Carol, jura que você vai ajudar essa nojenta? Ela não merece sua compaixão. – levantou contrariada –

 

-- Roberta, ela é uma metida, mas é uma pessoa como eu e você, e está em dificuldades, não posso deixar que aconteça algo com ela.

 

Roberta bufou e revirou os olhos, mesmo contra vontade, foi fazer o que a amiga pediu.

Carolina retirou a mochila das costas de Samantha e acomodou a cabeça da colega sobre a mochila. Ficou tentando acordar a menina para saber o que estava acontecendo. A outra foi recobrando os sentidos aos poucos, tentando se situar.

 

-- Samantha!

 

Escutava alguém chamando seu nome longe, e sem saber onde estava nem como foi parar ali, reconheceu Carolina que segurava sua cabeça com todo cuidado. A imagem do rosto doce da morena parecia desfigurada para a menina mimada que fazia um esforço descomunal para tentar focalizar Carolina.

 Sem nenhuma palavra ou provocação Samantha levantou-se lentamente apoiando o braço no chão cambaleando e encarou a colega. Carolina não entendeu nada. Samantha parecia estar em outra dimensão, estava devagar, com o olhar perdido, fixo sobre si, ficou com medo da colega lhe agredir como da outra vez que se encontraram sozinhas, mas para sua surpresa, o que Samantha fez foi mais inesperado ainda.

 

-- Samantha, o que você tem? – olhava para a colega assustada – Você está passando mal?

 

            As palavras entravam pelos seus ouvidos como uma câmera lenta, distorcidas e sem nexo. Mas no auge da sua falta de senso e noção do que era seguro ou não, sem responder nada, Samantha segurou o pescoço de Carolina e a puxou para um beijo apaixonado. Carolina pensou em fugir, mas os lábios macios da colega lhe enfeitiçaram, sentiu o mesmo tremor que sentira com a proximidade do último encontro no banheiro. Retribuiu o beijo segurando o rosto de sua inimiga.

Perdidas em seus próprios devaneios, cada uma ao seu modo, não perceberam quanto tempo ficaram envolvidas naquele beijo, que ninguém parecia querer interromper. Apenas quando Samantha parecia entrar novamente naquele estado de letargia e foi diminuindo a intensidade com a qual segurava Carolina ela se desprendeu de sua boca.

Carolina olhava incrédula para a colega, mais ainda por ter sido atingida por aquele beijo, sentiu seu corpo dar sinais com aquele contato tão íntimo, tão delas, levou os dedos aos lábios como se quisesse ter certeza que aquilo realmente aconteceu. Samantha parecia não perceber o que acontecia à sua volta, estava muito drogada para ter noção do que acabou de fazer.

A menina ainda tentou se levantar, mas não conseguia, Carolina percebeu que ela iria desmaiar novamente e segurou sua cabeça.

 

-- Samantha, o que houve com você? – segurou a garota que caiu novamente em seu colo –

 

-- Carol! – Roberta chegou chamando pela amiga –

 

-- Ainda estou aqui!

 

-- O que houve? – Carmelita chegou assustada – Minha nossa! O que essa menina fez dessa vez?

 

-- Dona Carmelita, ela precisa de um médico, acho que ela está drogada. – Disse Carol --

 

-- Eu chamei a enfermaria, já devem estar vindo para cá. – Abaixou-se ao lado das meninas – Graças a Deus vocês a encontraram, ela poderia ter morrido caída aqui.

 

Duas enfermeiras chegaram para ver o que estava acontecendo, e encontraram Samantha desmaiada novamente. Carolina deixou as duas fazerem seu trabalho e ficou assistindo à realização dos procedimentos. Colocaram Samantha em uma maca e a levaram para o ambulatório.

Depois de assistir as enfermeiras se afastando, Carolina e Roberta seguiram seu caminho até a biblioteca para preparar o trabalho, mas Carol estava com a cabeça em outro lugar. Roberta percebeu que a amiga não estava bem, pois Carolina não conseguiu se concentrar e estava totalmente aérea com relação à pesquisa.

 

-- Carol, o que houve com você? Você não está conseguindo escrever uma linha. Temos que entregar isso amanhã e você não está concentrada, eu não consigo pensar sozinha, você é a “CDF” aqui minha filha!

 

-- Desculpe Roberta, eu não estou conseguindo me concentrar mesmo. – Balançou a cabeça negativamente –

 

Carolina não parava de pensar no beijo que Samantha lhe deu, primeiro por ser outra garota e segundo por ser Samantha, ela gostou da sensação, ela sentiu o corpo reagir de desejo, e depois de querer rejeitar aquela investida, acabou adorando a boca carnuda da menina rica. Ao mesmo tempo, pensava se ela se lembraria do que aconteceu, pois Samantha estava visivelmente dopada de drogas.

 preocupada, não apenas pela saúde de Samantha, mas também por sua reação ao beijo que insistia em permanecer em sua memória, inclusive corporal, sentia aquele frio na barriga intenso toda vez que lembrava daquela sensação. Não queria, não poderia permitir que isso a abalasse tanto, mas já era tarde demais.

 

-- O que houve? Foi o que aconteceu com Samantha? – olhou para a amiga –

 

Carolina gelou, por um momento pensou que Roberta poderia ter visto algo, mas ela sabia que Samantha desmaiou antes dela voltar.

 

-- Foi, eu não entendi o que houve Beta. O que ela aprontou dessa vez? – passou a mão nos cabelos – Eu estou preocupada.

 

-- Ela está muito encrencada, disso eu tenho certeza, acho que ela teve que ir para o hospital. – Voltou a escrever – Deve estar se drogando.

 

Carolina ficou atordoada, conseguiu preparar o trabalho aos trancos e barrancos, ainda podia sentir o gosto da boca da colega. Sua cabeça girava, uma grande confusão de sentimentos se instalou em seu peito.

 

************************

 

Samantha acordava atordoada, estava tonta e enjoada, tentou se localizar, mas a primeira imagem que veio à sua cabeça foi Carolina, linda morena de olhos marcantes que ela beijou debaixo da arquibancada da escola. Fechou os olhos novamente, e tornou a abrir acostumando-se com a luz do ambiente. Pensou assustada, se aquela lembrança foi real ou apenas um delírio decorrente do entorpecente que ela experimentou.

Lembrando-se da boca gostosa da colega, desejou que fosse verdade, mas balançou a cabeça em reprovação. Em seus pensamentos, rejeitou essa possibilidade, já conhecia seu gosto por mulheres, mas Carolina não. Seu objeto de ódio e desdém não poderia ter se rendido a um beijo.

Olhou em sua volta e percebeu que estava com soro no braço quando sentiu a pontada da agulha ao tentar se mexer, acordou em um quarto de hospital e não se lembrava como fora parar ali. Estava sozinha, sentia a cabeça latejar, enquanto seu estômago parecia uma montanha russa.

Alguns flashes vinham em sua memória, lembrou-se das pílulas que tomou, pensando que teria uma “viagem” apenas para curtir, mas tudo saiu do controle. Recordou-se da tentativa de chegar ao pátio quando o efeito ficou mais forte, e ela não conseguia mais andar, novamente vieram os pensamentos em Carolina, lembrava de ter acordado com a voz doce e macia da colega lhe chamando, mas as imagens estavam uma bagunça em sua cabeça, lembrou-se do seu impulso de beijá-la. Novamente um apagão e acordara ali no hospital.

A porta do quarto bateu, tirando Samantha de seus pensamentos. A menina olhou para a coordenadora do colégio que entrava para ver se ela havia acordado. Carmelita estava com a expressão preocupada, mas ao ver que a aluna estava desperta abriu um pequeno sorriso de alívio.

 

-- Samantha, o que você fez, menina? Eu fiquei muito preocupada com você! – aproximou-se –

 

A visão da aluna estava embaçada, sentia-se tonta e um pouco enjoada ainda.

 

-- Professora, eu não sei. Onde eu estou? – tentava se ajeitar –

 

-- Você está no hospital. Nós trouxemos você para cá, você estava desmaiada no ginásio, a sorte foi que Carolina e Roberta te encontraram, você poderia ter morrido.

 

Alguns flashes voltavam em sua mente confusa, novamente lembrou-se da presença de Carolina, o beijo e o sentimento que invadiu o seu corpo, não sabia se por causa das drogas ou por pura atração.

 

-- Eu acho que passei mal. – Falava baixo –

 

-- Você precisou de uma lavagem estomacal, você tomou muitos remédios Samantha, onde você conseguiu isso? – puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da cama –

 

-- Eu peguei na minha casa, minha mãe usa esses remédios. Alguém me disse que eles dão onda. – Esfregou os olhos --

 

-- Mas que onda? Samantha, você poderia ter morrido! Não faça mais isso.

 

-- Onde estão meus pais? Minha mãe vai me matar. – Encolheu-se na cama --

 

-- Eu liguei para sua casa, seu pai está na empresa, e sua mãe não estava em casa, eu deixei recado com sua empregada. Mas ninguém apareceu ainda.

 

Samantha sentiu uma frustração por estar sozinha no hospital, mais uma vez era apenas ela. Seus pais nunca ligavam para a garota, estavam sempre trabalhando ou fazendo compras no shopping. Muito de seu comportamento era para tentar chamar atenção, mas todas as tentativas acabavam em vão.

 

-- Eles não vão aparecer. – disse com mágoa – Eles nunca estão quando eu preciso. – Lágrimas surgiram em seus olhos –

 

Carmelita aproximou-se e acariciou os cabelos da menina. A garota sempre tão arrogante e fria, estava ali tão frágil, com lágrimas nos olhos, sentida com a rejeição de seus pais, a coordenadora percebeu que toda aquela capa de frieza é apenas para disfarçar toda mágoa e dor do abandono.

 

-- Eles não devem ter recebido o recado ainda, querida.

 

-- Já receberam sim. Eu sei. – Olhou para o outro lado –

 

Batidas na porta do quarto, e quem entrou foi a empregada da casa de Samantha, dona Maria trabalhava com a família Monte Alto há mais de vinte anos, antes da menina nascer, foi ela quem criou a garota na ausência dos pais. E era a única pessoa que conseguia algum respeito por parte da menina mimada.

 

-- Tia! -- Samantha a chamava carinhosamente –

 

-- Oh minha filha, o que aconteceu com você? – abraçou a garota –

 

A garota começou a chorar nos braços da única pessoa que a acolhia e tentava lhe dar algum amor. Por toda a sua vida tudo o que conhecia de carinho era através de Maria, a doméstica que cuidava da mansão dos Monte Alto, sua mãe só vivia em rodas sociais, seu pai trabalhava o tempo inteiro e quando tinham folga os dois estavam sempre em algum evento importante e nunca deram atenção para aquela menina pequena que foi crescendo em meio a recompensas materiais pela falta de amor.

Com isso, Samantha aprendeu que tudo que desejava lhe era dado sem o menor esforço e a frieza que via em sua mãe, tomou como sua carapuça para se relacionar com suas amigas, ou não, já que as meninas sempre se aproximavam com algum tipo de interesse. E assim, aquela menina cresceu sabendo apenas o que era ser solitária.

 

-- Bom, já que a senhora está aqui, eu preciso voltar para o colégio, e Samantha, nós teremos uma conversa quando você voltar. – disse seriamente –

 

A menina apenas balançou a cabeça e despediu-se da coordenadora. Ficou com dona Maria até ser liberada para voltar para casa. A previsão de Samantha se concretizou e seus pais não apareceram no hospital, nem para buscá-la, as duas voltaram de taxi.

Chegou em casa achando que receberia uma bronca por ter feito a besteira de se drogar, mas na verdade a ira de sua mãe se deu por outro motivo.

Estava deitada no quarto dormindo, quando sua mãe entrou escancarando a porta furiosa, batendo na garota para acordá-la.

 

-- Samantha, acorda! O que deu em você? – Segurava seu ombro a sacudindo --

 

-- Oi mãe. – disse sonolenta – Desculpe.

 

-- Agora você quer se desculpar? Quem te deu ordem para mexer nas minhas coisas? Que ideia foi essa de pegar o meu remédio? Ele é muito caro! Não é para você ficar brincando por aí. – Cruzou os braços – Se quer se drogar, compre algo mais barato.

 

-- Mãe! – olhou espantada --

 

-- O melhor é que você não faça mais isso, -- Tentou consertar o que tinha dito -- não vou sair daqui para ir te buscar caída em nenhum hospital, entendeu? Não quero meu rosto estampado nas colunas sociais por causa de uma filha drogada. – Só piorou as coisas com a filha –

 

Samantha sentiu o gosto amargo da falta de interesse de sua mãe, nem perguntar se ela estava bem ela o fez. No fundo a menina mimada queria um pouco de amor, assim, sua personalidade forte acabava sendo moldada da maneira errada, espelhada por um poço de frieza e desdém.

 

-- Você não quer nem saber como eu estou? Ou por que eu fiz isso? – sentou-se na cama –

 

-- Para que? Eu já sei a resposta, você quer chamar atenção, eu sinto muito te avisar que não vai funcionar. Seu pai está furioso, pois Maria ligou para ele no meio de uma reunião com os americanos. Eu não tenho tempo para isso Samantha! Trate de parar com isso!

 

-- Eu não acredito que vocês só se preocupam com dinheiro e com os jornais! – começou a se exaltar – Eu sou sua filha, você nunca ligou para mim, por que engravidou então? Você nunca quis ter filhos de verdade, não é?

 

-- Pare com isso! Claro que eu quis, só que minha vida corrida não me deixa tempo para ficar te paparicando, você tem tudo o que quer, não te falta nada! Está reclamando por que? – Apoiou as mãos na cintura --

 

-- Sua vida corrida? Você não faz nada, não trabalha. E eu tenho tudo que o dinheiro pode comprar, mas não tenho o que eu preciso de verdade, uma mãe que esteja presente. Sai daqui. – Apontou a porta –

 

-- Samantha, olha como você fala comigo! Eu exijo respeito!

 

-- Respeito não é exigido Senhora Monte Alto! Respeito se conquista! E você nunca tentou conquistar o meu. – levantou da cama e foi para o banheiro –

 

Samantha bateu a porta com força e a trancou por dentro, assim como estava se sentindo, trancada dentro de si.

 

-- Samantha, não me deixe falando sozinha! – batia na porta do banheiro –

 

A garota não respondeu, apenas ficou sentada sobre o sanitário olhando para seu rosto abatido e pálido no espelho. Depois desse acontecimento percebeu que ela poderia fazer qualquer coisa que nunca teria o amor de seus pais como gostaria.

Lembrou-se de Carmem com Carolina, ela podia ver o cuidado e o amor que Carmem tinha com a filha e sentia inveja. As provocações e implicâncias começaram por conta desse sentimento que era tão destrutivo. Mas naquele momento ela já não sabia se era apenas isso, ou tudo evoluiu para uma atração maior que ela queria manter distante.

Apoiou a cabeça nas mãos e deixou as lágrimas caírem. Sentidas, sofridas, doloridas. Lágrimas de desgosto e desapontamento. Sabia que apesar das condições financeiras de sua família, estava sozinha no mundo, sem apoio ou suporte. Nem sempre ter muito dinheiro significa ter felicidade.

 

**************

 

Carolina estava em casa, inquieta, não conseguia se concentrar em nada. Seu pensamento não saía daquele ginásio. Samantha indefesa, caída no chão, o beijo que aconteceu. Sua reação.

 

-- Caramba! O que está acontecendo comigo? – sentou na cama – Isso está muito errado! – falava sozinha – Ela é uma menina! Meninas não namoram outras meninas. – Balançou a cabeça negativamente – E o pior de tudo, ela é Samantha!

 

Caminhou até a janela, só via paredes e concreto, um corredor enorme que levava para outras casas na comunidade que vivia. Ficava ali imaginando que via uma praia, o mar batendo, fechava os olhos e quase podia ouvir o barulho das ondas, imaginava um céu limpo e cheio de estrelas com a luz da lua cheia iluminando a noite e refletindo no mar. Esse pensamento a acalmava.

Carolina sempre foi sonhadora, e tinha como meta principal tornar-se médica, seu maior desejo era salvar vidas. E seu segundo sonho era morar perto do mar.

Mesmo tentando manter sua mente naquele estado de paz que ela conseguia quando se imaginava na frente do mar, naquele dia não estava funcionando. A visão da colega sempre vinha em sua mente.

Voltou para a cama e deitou novamente tentando dormir. Só foi vencida pelo cansaço depois de pensar por muito tempo durante a madrugada.

 

**************

 

No dia seguinte, no colégio, a morena foi atrás de notícias da colega. Procurou Carmelita na secretaria.

 

-- Bom dia, dona Carmelita, tudo bem? – estava aflita –

 

-- Bom dia Carol! Em que eu posso ajudar?

 

-- Eu vim saber se a senhora tem notícias da Samantha. Ela está bem?

 

-- Sim, está. Ela teve que ir para o hospital, mas já está em casa, ela não deve vir essa semana. Foi um susto e tanto, muito obrigada por você nos chamar, mais um pouco e ela corria o risco de não sobreviver.

 

            Carolina sorriu sinceramente para a coordenadora e despediu-se para sair da secretaria.

 

-- Entendi, não foi nada, eu só quis ajudar. Obrigada.

 

-- Disponha meu anjo.

 

Carolina foi para a sala e encontrou com Roberta na escada, conversaram e ela disse que foi saber da menina, Roberta espantou-se, não acreditava que Carolina ainda nutria algum tipo de preocupação pela garota mimada.

 

-- Eu não acredito que você foi saber dela, ela te odeia, faz tudo para tornar sua vida um inferno e você ainda se preocupa com ela! – revirou os olhos –

 

-- Ela é uma pessoa como nós duas, Beta, eu me preocupo com as pessoas.

 

-- Ela não é como nós duas, ela é egoísta, preconceituosa, rica e mimada. – Bateu com as mãos na lateral do corpo –

 

-- Mas ainda assim é uma pessoa. Ou você está me dizendo que eu como médica teria que fazer distinção dos meus pacientes? – cruzou os braços -- Se ela for minha paciente daqui a alguns anos, eu tenho que me recusar a atendê-la?

 

-- Sim.

 

-- Não é assim Roberta. – Balançou a cabeça –

 

-- E quem garante que você vai mesmo ser médica Carol? – olhou para a amiga – E se você conseguir, será que vai atender gente rica como Samantha Monte alto? – disse com deboche –

 

-- Você está duvidando de mim, Roberta? – olhou com mágoa para a amiga – Está dizendo que eu não vou conseguir realizar meu sonho?

 

-- Carol, não digo que eu não acredito em você, mas pensa um pouco e olha para nós duas. – Apontou para si mesma – não temos dinheiro, nossas famílias não têm condições de bancar uma faculdade particular. – Olhou para a amiga – mesmo tentando a faculdade pública, podemos levar anos para passar, e vamos viver de que nesse tempo?

 

Carolina sentiu o coração apertar, seus olhos marejaram, e sentiu o sonho que tinha de salvar vidas, escorrendo pelos seus dedos. Já pensara naquele cenário, mas nunca quis acreditar que não poderia vencer as estatísticas e conseguir alcançar seus objetivos. Ouvir a melhor amiga duvidando de si foi um golpe muito duro.

 

-- Carol, não acredito no sistema, não creio que você consiga se formar médica nesse tempo que você está fantasiando. – Disse com um pouco de descrença --

 

-- Roberta, nem que leve minha vida inteira, eu vou entrar na faculdade de medicina e eu vou fazer o que eu quero. – disse entre os dentes --

 

Antes que a menina pudesse se retratar, a professora entrou na sala e iniciou sua aula. Carolina estava convencida que não deixaria que as circunstâncias em que vivia pudessem atrapalhar seus planos, decidiu empenhar-se ainda mais para passar no vestibular e cursar medicina na Universidade Federal.

Depois da aula, não esperou por Roberta e foi direto para a biblioteca, a amiga percebeu que ela ficara ressentida com o que disse e foi em busca de minimizar o problema.

 

-- Carol, posso sentar? – apontou para a cadeira vazia –

 

-- Pode. – Deu de ombros – A biblioteca é pública.

 

-- Olha só, desculpa pelo que eu falei, eu não acho que você não seja capaz de passar, eu só quis dizer que parece tudo muito difícil quando eu penso em passar para a Federal.

 

-- Tudo bem Roberta, eu entendo. – Parou e a encarou – Mas eu não aceito. – Voltou a olhar para os livros –

 

Roberta se sentiu mal, mas preferiu não insistir, conhecia a amiga e quando Carol ficava chateada ela se fechava para o mundo. Preferiu deixá-la estudando e foi para casa.

Carolina parou por um momento o que estava lendo e voltou o seu pensamento para Samantha, o que foi que aconteceu com a menina rica? Por que aquele beijo? Ela não teria coragem de confrontar a colega, sabia que Samantha nunca falaria sobre isso novamente, e nem sabia se ela lembraria do que houve.

Decidiu enterrar esse assunto e nunca mais pensaria nisso novamente. Infelizmente não foi tão fácil assim, nada que envolvia Samantha Monte Alto era fácil.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá meninas.

E agora? Samantha no alto de um devaneio beijou Carolina que acabou cedendo e aceitou o beijo. Como será que nossa Carol irá digerir isso?

E Samantha, dá pra perceber o motivo de sua soberba, não é mesmo? Será que ela vai se recuperar?

Roberta pisou na bola com a amiga hein! 

Estou curtindo a interação de vocês, espero que gostem de mais esse capítulo.

Ótimo fim de semana a todas!

Beijos

Cris Lane


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Comentários para 5 - Capítulo 5 - Vícios e dúvidas:
Lea
Lea

Em: 10/01/2023

Nada justifica esse comportamento da Samantha,em relação a maltratar os demais.

 

Responder

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Zaha
Zaha

Em: 15/10/2018

Oieee!!

Demorei, nem vinha hj, mas fiz um grande esforço rs. Meus olhos ardem de sono..meu comentário vai tá fraquinho hj!

Vejo que tem mais gente por aqui(eu n vi, é pelo q vc disse aí kkkk)

Essa Roberta é meio pessimista. Ela fica insegura e quer jogar a outra no negativismo junta kkkk. Um pouco mais de amor e compaixão Taria bom, dona Roberta. Nem tudo o que parece é e as pessoas n mostram quem são de verdade, algumas se notam mais que outras. Samantha tem  a melhor parte dela bem guardada ,nem ela sabe q existe, viveu tanto tempo criando outra personalidade pra sobreviver ao meio social q cresceu que realmente acredita ser essa menina mimada, egoísta e supérflua, mas ela tem MT sentimento, muito ainda pra mostrar. A mãe dela vive de aparências pq o meio onde eles vivem se importa com isso , assim vivem, n importa o sentimento, mas mostrar o q n são, a diferença é que alguns n se importam de fingir, prefere a vida q tem.

Samantha é escrava de tudo que nutre e q  faz perder sua libertade, sua realização pessoal. Escrava dessas ações,q faz ela parecer que tem algo q outros n tem. Necessita de destacar dos outros pra suprir o q n tem em casa...em algum lugar ela necessita ser vista..existir. O problema é que ela se considera algo que n é! Ela é alguém que n é..uma mera fantasia, personagem criada, só que pra ser um outro tem q se desfazer do que um é. O problema que qndo vc tenta trocar de novo n pode tão facilmente, acho q por isso se passaram anos e Samy n pode deixar certas atitudes que prejudicam mais ela q outros ,pois deixa ela envolta c essa gente a ela odeia. Ela n odeia as pessoas sem dinheiro, odeia o círculo dela, os pais  e tq "fez ela ser obrigada "a escolher ser isso. Mas espero que Carol possa vê-la de verdade... ( Acho q ai tá sua resposta, tentei ao menos rs).

Carol vai levar anos pra digerir?Ainda tá ?Tadinha de Carol, vai sofrer, sofrer, sofrer...mas eu tenho mais pena de Samy que de Carol. Acho q ela sofre mais...esconderder-se de um mesmo é MT sofrimento...

É isso, desculpa pelo comentário desorganizado, mas tenho sono e nem sei se existo ainda hahahahaahaha

Beijoooo, Palomita!!!

Linda semana!!

 


Resposta do autor:

Oi Lai.

Nossa, aceitou o desafio mesmo né. Ótima observação sobre a Samantha, agora é só esperar o restante do conto para ver em qual parte da sua análise ela vai se encaixar.

Roberta é apenas uma moça romântica e sem muitas ambições, aí acaba deixando a realidade difícil virar uma desculpa para suas próprias fraquezas.

Viver de aparências é um peso enorme mesmo, muito difícil de manter a máscara por muito tempo, uma hora ela cai, vamos esperar.

Obrigada pelo esforço minha amiga, imagino o tamanho do seu sono.

Espero você para mais uma resenha literária no próximo capítulo. kkkkk

Beijo

Cris

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 16/10/2018

Oi Cris. Legal q vc lembra de mim. Quando vi q a estória e sua vim conferir e estou amando. Duas personagens fortes, Samantha toda errada, pobre menina rica. Tô ansiosa para ler o desenrolar. Bjs


Resposta do autor:

Oi Patty

Claro que eu lembro, foram inúmeras trocas de ideias naqueles comentários.

Que bom que você veio ler mais essa, espero que esteja gostando.

Sempre gosto de escrever sobre mulheres fortes, né, essa é nossa hora.

Espero por você nos próximos capítulos.

Beijo

Cris Lane

Responder

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 15/10/2018

Oieee!!

Demorei, nem vinha hj, mas fiz um grande esforço rs. Meus olhos ardem de sono..meu comentário vai tá fraquinho hj!

Vejo que tem mais gente por aqui(eu n vi, é pelo q vc disse aí kkkk)

Essa Roberta é meio pessimista. Ela fica insegura e quer jogar a outra no negativismo junta kkkk. Um pouco mais de amor e compaixão Taria bom, dona Roberta. Nem tudo o que parece é e as pessoas n mostram quem são de verdade, algumas se notam mais que outras. Samantha tem  a melhor parte dela bem guardada ,nem ela sabe q existe, viveu tanto tempo criando outra personalidade pra sobreviver ao meio social q cresceu que realmente acredita ser essa menina mimada, egoísta e supérflua, mas ela tem MT sentimento, muito ainda pra mostrar. A mãe dela vive de aparências pq o meio onde eles vivem se importa com isso , assim vivem, n importa o sentimento, mas mostrar o q n são, a diferença é que alguns n se importam de fingir, prefere a vida q tem.

Samantha é escrava de tudo que nutre e q  faz perder sua libertade, sua realização pessoal. Escrava dessas ações,q faz ela parecer que tem algo q outros n tem. Necessita de destacar dos outros pra suprir o q n tem em casa...em algum lugar ela necessita ser vista..existir. O problema é que ela se considera algo que n é! Ela é alguém que n é..uma mera fantasia, personagem criada, só que pra ser um outro tem q se desfazer do que um é. O problema que qndo vc tenta trocar de novo n pode tão facilmente, acho q por isso se passaram anos e Samy n pode deixar certas atitudes que prejudicam mais ela q outros ,pois deixa ela envolta c essa gente a ela odeia. Ela n odeia as pessoas sem dinheiro, odeia o círculo dela, os pais  e tq "fez ela ser obrigada "a escolher ser isso. Mas espero que Carol possa vê-la de verdade... ( Acho q ai tá sua resposta, tentei ao menos rs).

Carol vai levar anos pra digerir?Ainda tá ?Tadinha de Carol, vai sofrer, sofrer, sofrer...mas eu tenho mais pena de Samy que de Carol. Acho q ela sofre mais...esconderder-se de um mesmo é MT sofrimento...

É isso, desculpa pelo comentário desorganizado, mas tenho sono e nem sei se existo ainda hahahahaahaha

Beijoooo, Palomita!!!

Linda semana!!

 


Resposta do autor:

Oi Lai.

Nossa, aceitou o desafio mesmo né. Ótima observação sobre a Samantha, agora é só esperar o restante do conto para ver em qual parte da sua análise ela vai se encaixar.

Roberta é apenas uma moça romântica e sem muitas ambições, aí acaba deixando a realidade difícil virar uma desculpa para suas próprias fraquezas.

Viver de aparências é um peso enorme mesmo, muito difícil de manter a máscara por muito tempo, uma hora ela cai, vamos esperar.

Obrigada pelo esforço minha amiga, imagino o tamanho do seu sono.

Espero você para mais uma resenha literária no próximo capítulo. kkkkk

Beijo

Cris

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Mille
Mille

Em: 14/10/2018

Oi Cris 

Samantha teve sorte e toda essa implicância com a Carol está explicada mais não concordo com suas atitudes mas é o jeito dela encarar as coisas.

Só espero que depois do ocorrido a Sam manere um pouco com a Carolina.

Roberto magoou a amiga e não acreditar em seu sonho quando percebeu já era tarde mais acho que a Beta depois se redime deste dealize.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Oi Mille

Sorte mesmo da Samantha ter sido encontrada a tempo de se recuperar, e sim, o comportamento dela não pode ser desculpado por conta dessa falta dos pais dela, mas depois que a personalidade e o caráter são moldados, é difícil ver mudanças na pessoa.

Mas Samantha pode tentar se esforçar um pouco com Carolina.

Roberta mesmo sem a intenção, acabou magoando a amiga, realmente essa realidade é muito dura e difícil de se concretizar, mas não é impossível, as duas vão se resolver.

Obrigada pelo carinho.

Beijos

Cris Lane

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 14/10/2018

Oi!

Comecei a ler agora e li todos os capítulos de uma vez 

Gostando muito!

Acho que Samantha e Carol vão tentar mamman a relação amigável na escola. Acho que Samantha deveria agradecer Carolina por ajudá-la.

Esses pais de Samantha são uns idiotas

Esse acidente de Carol no futuro tem Samantha envolvida.

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Oi Nova

Bem vinda à estória!

Fico feliz que tenha gostado e espero que continue acompanhando.

Samantha levou um grande baque, com certeza a forma com que ela olha Carolina tende a mudar, mas o orgulho não é algo simples de passar por cima, vamos aguardar.

A relação entre pais e filhos sempre tem suas fases difíceis, mas com certeza a dos pais de Samantha com ela é bem complicada, o dinheiro não compra amor e carinho.

Pode esperar tudo de Samantha!

Obrigada pelo carinho.

Beijos

Cris Lane

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