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  • Capítulo 6 - O amor está no ar

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S.O.S. Carolina por Cris Lane

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Palavras: 5314
Acessos: 4017   |  Postado em: 18/10/2018

Capítulo 6 - O amor está no ar

Carolina seguia de ambulância para o hospital matriz, onde sua própria equipe aguardava para recebê-la. Roberta estava com Lucas no carro, os dois seguiam para o mesmo destino, deixariam a médica aos cuidados de sua mentora e depois pensavam ir para casa para descansar.

            Chegando ao hospital, Izabel estava esperando no estacionamento pela ambulância. Os paramédicos abriram as portas e a chefe de cirurgia ajudou a descer a maca, levando Carolina para dentro das instalações do Hospital Matriz.

            Ela olhou o semblante da moça jovem, que viu crescer como profissional dentro daquelas paredes, e sentiu pena e dor. Carolina parecia dormir, um sono pesado, assim como tinha sido sua vida inteira, tinha dois soros pendurados em um cateter em seu braço, um tubo em sua boca e um dreno saindo de uma faixa que rodeava sua cabeça indicando a delicadeza de seu estado.

            Foi informada pelos paramédicos os sinais vitais da amiga e recebeu o prontuário com as informações do hospital que a recepcionou para os primeiros socorros. Instalou Carolina na UTI e pediu para preparar a sala de exames de imagem para se certificar que não tinha mais nenhuma surpresa com o estado de Carolina.

            Roberta chegou logo em seguida e procurou por Izabel, ela veio até a recepção e viu no rosto da amiga o cansaço de passar a noite na recepção do outro hospital. O casal estava abatido e com olheiras e ela estava triste por não trazer boas notícias.

 

-- Izabel. – Abraçou a amiga –

 

-- Oi Roberta, como você está? – afagou suas costas –

 

-- Cansada, Bel. – afastou-se – Muito cansada. Passamos a madrugada inteira lá no pronto socorro. Esperando alguma notícia. E depois ficamos esperando a ambulância. – Prendeu os cabelos – Como ela está? Já dá para saber?

 

-- Olha Roberta, o quadro dela não é bom. – Balançou a cabeça negativamente – Ela está com inchaço no cérebro devido ao traumatismo craniano. A cirurgia que ela precisou fazer foi muito delicada, pelo que eu vi no prontuário que me mandaram ela perdeu muito sangue, precisou receber uma transfusão, mas vamos fazer uma ressonância para confirmar se não existe nenhum outro ponto com hemorragia ou fraturas que passaram despercebidas por conta da urgência da cirurgia do pulmão.

 

-- Caramba, e tem alguma expectativa?

 

-- Ainda não. – Pausou – Você sabe o que aconteceu?

 

-- Eu não sei. – Gesticulava – Eu não sei se ela estava de carro, ou se foi atropelada. Ela tinha uma festa para ir ontem. A escola ia fazer uma homenagem à mãe dela, eu não fui, minha avó passou mal e eu tive que levá-la ao hospital.

 

-- Nossa, mas que noite! E como ela está?

 

-- Fraca, mas melhorou. Minha mãe ficou lá com ela, quando eu soube do acidente de Carol eu fui para o Geral, senão não teria ninguém com ela por lá.

 

-- Obrigada por isso Roberta. Eu vou voltar para levar Carol para a ressonância, assim que eu tiver algum resultado mais conclusivo eu te ligo. – Segurou a mão da amiga – Vai para casa e descansa, agora só o que temos a fazer é esperar.

 

-- Obrigada Izabel. – Beijou o rosto da amiga –

 

A médica voltou para os corredores movimentados do hospital e Roberta saiu com Lucas para casa.

 

-- Amor, você não vai ligar para o irmão dela?

 

-- Vou. – Fez um carinho no rosto do rapaz e suspirou –

 

            Estava com os pertences de Carolina que os paramédicos haviam entregue no hospital geral e procurou o celular da amiga, ela não tinha o telefone de Carlos, teria que pegar na agenda do celular da médica. Sabia a senha para desbloquear o aparelho tamanha era a intimidade das duas, discou o código e acessou a agenda.

Olhou para aquele nome e internamente sentiu saudades do único homem que ela amou com todas as suas forças e que a amou do jeito que ela era, depois de tantos anos iria ouvi-lo novamente e não sabia como se sentiria.

 Pegou o telefone e ligou para o rapaz, tanto tempo que não falava com Carlos, sentiu um calafrio ao pensar em ouvir sua voz novamente. Sempre que podia perguntava a Carol sobre o rapaz que no passado fez parte de sua vida de uma maneira forte e intensa.

            Esperou quase sem respirar os três toques que pareceram uma eternidade e estremeceu ao ouvir sua voz.

 

-- Alô.

 

-- Alô, Carlos? – não deu tempo de o rapaz responder -- Roberta, tudo bem? Desculpe te ligar cedo assim, mas é que Carol sofreu um acidente e está internada no Hospital Matriz.

 

Roberta não deu tempo de Carlos fazer qualquer pergunta sobre ela, pois sabia que poderia falhar na resposta, quando ouviu o nome de Roberta o rapaz estremeceu inteiro, mas não teve tempo de sentir saudades, pois o que ela disse sobre Carolina tirou totalmente o seu foco para a irmã.

 

-- Roberta, o que houve com ela? – perguntou assustado –

 

Roberta fechou os olhos absorvendo aquela voz firme, mas carinhosa que ela tanto amou, ou ama, tentando manter um mínimo de normalidade enquanto o namorado dirigia para casa. Sabia que precisava dar explicações a Carlos, mas não queria estender muito aquela conversa, não naquela hora, ela estava cansada e aquele esforço para não se derreter na frente de Lucas estava minando suas forças.

 

-- Acidente de carro. Ela está na UTI. – Fechou os olhos com pesar --

 

-- Eu estou indo agora. – Desligou o celular –

 

Roberta tentou manter-se calma ao ouvir a voz do rapaz, lembrou-se da época que os dois namoravam e sentiu um arrepio na pele, tentou não transparecer para o namorado que Carlos ainda mexia tanto com ela.

Os dois ficaram nostálgicos, passado o susto por saber sobre o acidente de Carolina Carlos percebeu que finalmente depois de tantos anos de mágoa e distância, ele estaria frente a frente com Roberta novamente.

Fechou os olhos tentando controlar a ansiedade tanto por ver a irmã e saber se ela estaria bem, quanto a de ver Roberta novamente. Tentou se situar e controlar a emoção do medo que estava sentindo e começou a arrumar a mala que tinha acabado de desfazer. Havia desembarcado naquela noite, por isso não foi à homenagem feita a sua mãe no colégio onde ela trabalhou sua vida inteira.

Separou roupas limpas colocou de qualquer jeito na mala, tomou um banho e pegou a estrada o mais rápido que pôde.

As lembranças eram inevitáveis, tanto em Carlos como em Roberta, aqueles pensamentos invadiam suas mentes sem pedir licença, sentimentos confusos os inundavam, aquele amor ainda estava lá, guardado como um presente caro e intocável, e doía como uma ferida aberta que nunca cicatrizou.

 

Janeiro de 1997

 

            As meninas se preparavam para o último ano na escola, seria um ano muito puxado para quem iria prestar o vestibular, Carolina estava muito focada, tinha uma meta a cumprir e não pretendia falhar. Inscreveu-se em um curso pré-vestibular social que havia em seu bairro para estudar nas férias.

Não falou com Samantha sobre o ocorrido debaixo daquelas arquibancadas, preferiu esquecer aquela sensação, o que foi quase impossível, as duas se olhavam na escola, cada uma com a sua curiosidade, mas nenhuma delas quis avançar um passo e falar sobre o que aconteceu.

            Roberta tentava acompanhar o ritmo da amiga, mas não conseguia. Além de estar desinteressada pelos estudos, por achar que não tinha a menor chance contra outros estudantes como Carolina, estava desiludida com os garotos que não queriam namorá-la devido sua aparência.

            Nesse período Roberta passou a frequentar mais a casa da amiga e a conviver mais com a família de Carol, Carlos, o mais velho, gostava de conversar com a amiga da irmã quando estava em casa, ele é um rapaz pacato, caseiro, trabalhava para ajudar a mãe a criar os dois irmãos menores, e tentava a todo custo manter Caio em casa, o que já era um grande desafio.

            Carlos sempre foi muito carinhoso e educado, sempre que chegava em casa ele ia conferir se os irmãos estavam em casa, Carolina sempre o recebia com um lindo sorriso, Caio já estava perdido na vida, mas eles sempre mantinham a esperança do rapaz sair daquela vida triste que ele escolheu.

 

-- E aí Roberta, tudo bem? -- Beijou o rosto da moça – Carol. – Beijou a irmã –

 

-- Oi Carlos. – Roberta abriu um grande sorriso –

 

-- Oi irmão. – Sorria --

 

Carolina percebia um ar de interesse em Roberta, seu irmão é um rapaz bonito, alto, muito parecido com a mãe, tornou-se um homem de bom caráter e honesto. Ficava pensando como seria bom se o irmão e a colega de escola se entendessem.

Ela torcia para que Roberta encontrasse alguém que a valorizasse por quem ela era e não para conseguirem favores ou desmoralizar a garota.

 

-- Meu irmão é lindo, não é? – deitou ao lado da amiga na cama –

 

-- É. – Suspirou, mas repensou a resposta – Não é não, quer dizer, é. Mas e daí? – sentou nervosa–

 

Carolina deu uma gargalhada e sentou também. Olhou para a amiga que estava sem graça, com o rosto vermelho.

 

-- Beta, eu estava te sacaneando, -- Bateu ombro com ombro -- mas você mordeu a isca. Ele é lindo sim. – Olhou a amiga – E eu acho que ele gosta de você.

 

-- Que bobagem Carol. Nenhum garoto gosta de mim. – Seu olhar ficou triste – Eu sou gorda e feia.

 

-- Ei, nada disso! Você é uma pessoa linda! Tem o coração enorme. Quem não consegue ver além de uns quilos a mais não te merece. – Franziu a testa --

 

-- Você fala isso porque é magrinha, bonita, todos os garotos se derretem por você, e eu não entendo como você não se interessa por nenhum deles.

 

Carolina deitou novamente na cama de barriga para cima e colocou os braços atrás da cabeça. Olhando para o teto e também se fez a mesma pergunta mentalmente. Apesar de ter a resposta automática para esse questionamento, ela sentia que nenhum rapaz a interessava, nada neles lhe chamava a atenção, em compensação estava cada dia mais interessada em Samantha, sentimento que ela lutava com todas as forças inibir.

 

-- Eu não ligo para isso, eu já te falei que namorar é perda de tempo. Não serve para mim. – Deu sua resposta automática -- Eu tenho que estudar e me tornar médica. Depois eu penso nisso.

 

-- Você é muito estranha! Eu só queria que alguém me enxergasse como eu sou, e gostasse de mim desse jeito.

 

-- Roberta você tem duas opções, se o seu corpo não está te agradando, faz alguma coisa, faz uma dieta, vai malhar e muda sua realidade. Você tem o rosto lindo, se perder alguns quilos, tudo muda. Ou não faz nada pra mudar o corpo, mas muda sua mente, aprende a se valorizar como você é. Aceita esses quilos a mais e melhora essa autoestima.

 

-- Você tem razão, eu só sei reclamar, mas isso não vai resolver nada, não é? – Olhou para a amiga --

 

-- Isso mesmo. Quando você se amar do jeito que você é, as pessoas vão começar a te olhar de outra maneira e mesmo assim, mais gordinha, como você tanto reclama, os garotos vão te olhar de maneira diferente.

 

-- Você acha? – olhou para a amiga –

 

-- Eu tenho certeza disso! Compra umas roupas diferentes, pelo menos do seu tamanho, você fica se escondendo debaixo dessas roupas que parecem que cabem três de você. Você não precisa disso. Está na hora de mostrar o que você tem escondido aí debaixo desse monte de pano.

 

Aquela conversa com Carolina, mudou a forma como Roberta pensava, ao invés de ficar apenas se lamentando e reclamando das atitudes dos rapazes, ela resolveu mudar o pensamento e percebeu que a maior responsável por ser rejeitada era ela com aquela imagem que ela tentava forçar para esconder o corpo. Roberta tinha os olhos azuis como o mar, os cabelos castanhos bem claros, quase se confundiam com algum tom de loiro, o rosto bonito, ficava quase redondo por conta do excesso de peso. Apesar de estar acima do peso ela tinha curvas bem definidas, quadril largo com a cintura um pouco mais fina, seios bem fartos, mudando alguns hábitos na hora de escolher as roupas, ela ficaria uma linda e atraente mulher.

Com o tempo, Roberta começou a se olhar de maneira diferente, mudou as roupas que usava, mesmo acima do peso, começou a usar roupas mais justas, que valorizavam suas curvas ao invés de usar as roupas largas que comprava para se esconder, aprendeu a se maquiar e usar brincos e colares mais estilosos. E acabou se tornando uma linda adolescente que estava descobrindo que estar acima do peso não significa que não pode se sentir bonita ou atraente sem ser vulgar.

Os garotos que antes a desprezavam, passaram a olhar para ela de outra maneira, inclusive Carlos. O rapaz foi percebendo que ali tão perto via crescer uma linda mulher, que era inteligente, carinhosa e bonita.

 

 

Março de 1997

 

-- Carol, Roberta vem aqui hoje? – Carlos perguntou interessado –

 

-- Vem sim, por que? – olhou desconfiada –

 

-- Não, por nada. – Saiu e foi para o banheiro –

 

Carolina percebeu que o irmão estava gostando da amiga, ele passava muito tempo conversando com as duas e estava se vestindo melhor nos dias que Roberta passava na casa da amiga, mas percebeu que ele estava inseguro sobre convidar a menina para sair e resolveu encorajá-lo. Quando Carlos saiu do banho, ela foi até o quarto dos meninos. Viu o rapaz se olhando no espelho, parecia que travava alguma guerra com o cabelo.

 

-- Uau! Nossa, você vai sair? Eu achei que você estava de folga hoje. – Cruzou os braços e encostou-se na porta –

 

Carlos estava vestindo uma bermuda jeans, camisa de gola polo branca e estava de tênis.

 

-- Não, eu só quis colocar essa roupa. – Tentava pentear os cabelos –

 

            Carolina aproximou-se do irmão e cochichou em seu ouvido.

 

-- Ela gosta daquele perfume azul que você tem. E não coloca topete porque fica muito estranho. – Piscou e saiu do quarto –

 

            Carlos sorriu e aceitou a sugestão da irmã. Ficou ansioso esperando por Roberta, tinha decidido que iria se declarar.

 

-- Oh de casa! – Roberta chegava na casa de Carolina – Carol!

 

-- Oi. – Carolina veio abrir a porta – Oi Beta. – Beijou o rosto da amiga – Entra aí.

 

A garota percebeu que a amiga estava indo mais arrumada para sua casa, estava com os cabelos molhados e o perfume podia ser percebido com uma boa distância. Ela queria que a amiga fosse feliz, e ver Roberta mudando de atitude foi maravilhoso.

 

-- Carol, seu irmão já chegou da farmácia? – seguia a amiga até o quarto –

 

Carolina sorriu para Roberta, ela também estava interessada em Carlos, mas até aquele momento nenhum dos dois teve coragem de se declarar. Carol achou por bem tentar dar um empurrão nos dois.

 

-- Ele hoje não trabalhou, ele está no quarto. – Apontou para o corredor – Vai lá.

 

-- Ah, mas eu não vou não. – Ficou vermelha –

 

-- Vai só dar um oi. – Encorajou – Não tem mal nenhum. – Deu de ombros --

 

            Roberta olhou para a amiga e sorriu, percebeu que algo estava diferente. Pensou que não faria mal nenhum ir até o quarto para falar com Carlos. Ela queria ver o rapaz.

 

-- Só um oi, não é? – Sorriu amarelo --

 

-- É. – ria –

 

Roberta foi receosa pelo corredor, e quando chegou à porta do quarto, avistou Carlos ouvindo música no walkman, sentado na cama. Sorriu e ele fez o mesmo quando percebeu sua presença. Retirou o fone dos ouvidos e levantou de imediato. Foi até a porta e a cumprimentou com beijos no rosto.

 

-- Oi. – Sorriu envergonhada –

 

-- Oi. – Não sabia o que dizer – Roberta, você está linda! – Dizia sinceramente –

 

Ela vestia uma bermuda preta, uma blusa azul claro gola canoa e sandália rasteira. Os olhos estavam bem marcantes com a maquiagem que ela usava.

 

-- Obrigada! – sorriu largo –

 

-- Eu estava pensando. – Desviou o olhar –

 

            Roberta estava ansiosa para que Carlos a convidasse para sair, e ele não sabia como fazer, estava tentando formar uma frase, mas as palavras não saiam. Eles se olhavam em expectativa, e o nervosismo estava vencendo.

 

-- Pode falar Carlos. – Seus olhos brilhavam em expectativa –

 

-- É que... – suas mãos estavam suadas –

 

Mais uma vez, os olhares não se separavam, mas as palavras teimavam em faltar, Carlos limpava as mãos na bermuda, e Roberta parecia que tinha esquecido de respirar, tamanho seu nervosismo.

 

-- Vamos resolver logo isso! – Carolina entrou no meio dos dois – Ele quer saber se você quer sair com ele – olhava para Roberta -- e ela aceita – olhou de volta para o irmão – agora vocês podem ir na pizzaria da esquina e conversem. – Mandou um beijo no ar para os dois --. Viu, nem doeu!

 

            Os dois se olharam e começaram a rir, balançaram a cabeça e assistiram Carolina entrar no quarto. Os dois agradeceram mentalmente por ter Carolina por perto. Deram as mãos e caminharam até a pizzaria como Carolina sugeriu. Conversaram a noite inteira e Carlos levou Roberta em sua casa, selando o primeiro encontro com um beijo demorado.

            Os dias foram passando e o envolvimento dos dois ficou mais forte e mais intenso, completamente apaixonados, os dois engataram um namoro cheio de amor e carinho.

Roberta finalmente se sentiu amada, e Carlos fazia de tudo para que ela soubesse o quanto ele a amava.

 

**********************

 

Junho de 1997

 

-- Ai Carol, o que será que eu dou de presente para o seu irmão de dia dos namorados?

 

-- Eu não sei Beta. – Escrevia no caderno – Compra uma camisa. – Deu de ombros –

 

-- É uma boa. O que será que ele vai me dar? Você sabe? – olhou para a colega –

 

-- Eu não. – Fingiu que não sabia –

 

            Carolina ajudou o irmão a comprar o presente da amiga, sugeriu uma sandália que ela disse que havia gostado um dia que estavam no shopping.

 

-- Você está me enrolando Carol, eu sei muito bem que você não me encara quando está mentindo. – Tirou o caderno de Carolina – Desembucha!

 

-- Ei, meu caderno! Roberta, eu não sei! – esticou a mão para pegar o caderno de volta – Não estou te olhando porque estou escrevendo. – Riu --

 

-- Eu vou fingir que eu acredito, já que você é tão teimosa quanto ele. – Recostou na cama – Você não para de estudar não? Vai ficar maluca desse jeito! – fez uma careta –

 

-- Não Roberta, esse ano tem vestibular, preciso entrar focada e bem preparada. – Continuava escrevendo – Não posso dar mole.

 

-- Você acha que vai conseguir passar direto? – folheava uma revista –

 

-- Vou tentar de tudo para conseguir, se não der esse ano, ano que vem eu tento de novo.

 

-- Eu estou com fome, não quer parar para lanchar um pouco? – levantou –

 

Carolina estava cansada mesmo, já estava estudando a horas. Resolveu aceitar o convite da amiga.

 

-- Talvez seja uma boa, eu estou com fome também. – Descansou o caderno sobre a cama – Vamos para a cozinha.

 

-- Não, vamos lá na pastelaria. Eu quero comer uma coxinha.

 

-- Roberta, e a sua dieta? – colocou as mãos na cintura – Durou só dois dias? – Acabou rindo --

 

-- Ah, você sabe que eu não sou muito de dietas, não é? – Ficou sem graça – Mas será somente essa, vamos, por favor! – piscou os olhos várias vezes como um desenho animado –

 

-- Só você mesmo. – Balançou a cabeça negativamente – Vamos, eu vou ter que tentar pegar umas moedas no cofre.

 

-- Deixa que eu pago, minha avó me deu dinheiro ontem. Deixa o seu cofre aí.

 

            Carolina guardava um cofre com moedas que ela juntava desde pequena com o intuito de se manter por um tempo na faculdade com passagem e lanches, já tinha mais de cinco porquinhos guardados cheios de moedas que ela ganhava dos irmãos e da mãe e de algumas pessoas conhecidas que sempre que podiam guardavam alguns centavos para a menina.

            Por último, sem ter mais como guardar porquinhos, Carlos fez um cofre maior com um galão pequeno de plástico, Carolina o mantinha próximo de sua cama e sempre depositava todas as moedas que lhe sobrava. Até Roberta a ajudava catando as moedas de sua casa.

            Enquanto terminavam de lanchar, Carlos subia a ladeira chegando do trabalho e encontrou com as duas moças na pastelaria.

 

-- Oi meninas. – Beijou Roberta e abraçou a irmã – Isso aí está com uma “cara” ótima hein! – olhou com interesse na vitrine – Oh “China”! Eu quero uma coxinha também, com catupiry.

 

-- Está deliciosa mesmo! – Roberta limpava a boca –

 

-- E aí irmão, muito trabalho? – bebia o refresco –

 

-- O dia foi bom, eu fiz muitas entregas, ganhei até uma boa gorjeta hoje, inclusive é com ela que eu vou pagar o lanche de vocês.

 

-- Não precisa, amor, eu disse que ia pagar o lanche hoje. – Roberta protestou –

 

Carlos se arrepiou quando ouviu Roberta o chamando de amor, abriu o seu melhor sorriso e insistiu em fazer a gentileza para as meninas.

 

-- Não, nada disso, hoje é por minha conta. – Recebeu o lanche e o refresco—China, quanto deu tudo? O meu e o das meninas.

 

-- Tudo deu dez “leais”. “Quatlo salgados e tlês leflescos”.

 

            Carlos puxou o dinheiro do bolso e pagou o lanche, terminou de comer e seguiu para casa com as meninas. Abraçado a Roberta ia conversando com sua irmã sobre Caio que não estava em casa.

O rapaz foi tomar banho e Roberta ficou conversando com a amiga.

 

-- Amiga, vamos ao shopping amanhã comprar o presente do seu irmão? – Sussurrou --

 

-- Vamos, depois da aula. – Voltou a estudar –

 

-- Carlos é tão fofo! Um gentleman! – Suspirou --

 

-- Carolina riu da amiga – Meu irmão um gentleman? Só rindo mesmo!

 

-- Ele é, Carol, ele sempre me trata com o maior carinho! É tão atencioso, e bondoso comigo. – Olhava para um ponto fixo na parede –

 

-- Roberta, você está mesmo apaixonada! – olhou para a amiga –

 

-- Ai Carol, eu estou mesmo, apaixonada demais por ele.

 

-- Já está até chamando de “amor”!

 

As duas acabaram rindo depois que Roberta jogou uma almofada na amiga. Carlos chegou ao quarto de Carolina arrumado para levar Roberta em casa.

 

-- Vamos, Beta? Amanhã vocês têm aula e eu não quero que sua avó me dê bronca porque eu te levei para casa tarde.

 

-- Vamos, tchau Carol, até amanhã. – Pegou sua mochila –

 

-- Tchau.

 

*****************

 

            No dia seguinte as meninas foram ao shopping para comprar o presente de Carlos e foram avistadas pelas rivais do colégio.

            Desde o episódio da overdose de Samantha, a garota nunca mais implicou com Carolina, a filha de dona Carmem que estava gostando, pela primeira vez em toda sua vida escolar teve paz para estudar e se preparar para o seu objetivo.

            Na escola, as duas ainda se olhavam com desconfiança, cada uma com suas dúvidas e sentimentos confusos, mas ninguém dava o braço a torcer. E assim, naquele trato silencioso, cada uma seguia com sua vida.

            Lucia olhava para as duas passando e sempre se perguntava por que Samantha desistira de perseguir Carolina. Samantha estava mais calada, passava muito tempo sozinha, evitando as amigas e mais ainda Carolina, ficava olhando para a morena de cabelos cacheados de sua mesa na sala de aula, tentando se lembrar com mais clareza do beijo que dera nela debaixo das arquibancadas.

            Sabia que Carolina se lembrava de tudo, e sentia vergonha e ao mesmo tempo sentia-se grata por não ter sido exposta pela colega. Quando voltou às aulas depois que foi liberada pelo médico, achou que a escola inteira saberia do que ela tinha feito, já foi preparada para dar mil desculpas e humilhar Carolina ainda mais para tirar o foco de si. Surpreendeu-se ao perceber que a morena não tinha dito nada para ninguém, seria a oportunidade perfeita que teve de desmoralizar Samantha, mas ela não fez.

            O que fazia Samantha se remoer por dentro é que se fosse o contrário com certeza ela teria feito a fofoca sobre Carolina. E pela primeira vez em sua vida ela sentiu remorso.

 

-- Olha as duas sonsas lá do outro lado, Samantha!

 

-- Deixa elas. – Deu de ombros –

 

-- O que deu em você Samantha? – Lucia inquiriu – Você está muito estranha desde o que aconteceu no banheiro e você nunca quis contar para mim e Gabriela. Depois da sua overdose, piorou. – Rodopiou o dedo no ar --

 

-- Cala a boca Lucia! – bateu na mesa – Mas que saco! Eu não posso nem ter um pouco de sossego?

 

-- Samantha, você nunca quis sossego. Sua maior diversão era humilhar a cdf, e de repente, do nada você não faz mais, o que houve?

 

-- Lucia deixa ela. – Gabriela ponderou – Se ela não está com vontade de falar, “foda-se”, é problema de Samantha.

 

-- Gabriela, você é outra, que deve estar feliz por terem acabado as implicâncias, você nunca gostou dos joguinhos, só participava para se manter na aba de Samantha. – Acusou --

 

Uma discussão acalorada começou na mesa das meninas, algumas pessoas olhavam, outras apenas ignoravam, mas uma coisa era certa, o grupo estava se dissolvendo.

 

-- Lucia, você é maluca ou o que? – Gabriela voltou a falar – Essa fase de idiotices passou, não percebe que isso é coisa de criança pirracenta! Estamos nos tornando mulheres, e está na hora de amadurecer, ou você vai passar a vida inteira humilhando as pessoas?

 

-- Provavelmente sim! É divertido. – Deu de ombros –

 

            Gabriela ficou espantada, apesar de saber que Samantha mudara apenas com Carolina, ela tinha esperanças que ela poderia ser uma pessoa melhor, ela seria uma pessoa melhor, tinha certeza disso, mas a afirmação de Lucia a fez sentir repulsa.

 

-- Humilhar as pessoas não é divertido. É covardia. – Gabriela pegou sua bandeja e levantou-se – Quer saber, não perdi nada aqui, não vou ser uma adulta mesquinha e arrogante como vocês, eu não sei o que me fez passar tanto tempo com vocês. – Saiu andando –

 

-- Eu sei. – Lucia gritou – Tudo foi por status, nós não precisamos de você!

 

-- Para de gritar Lucia! – Samantha interrompeu – Minha cabeça está doendo.

 

-- Agora desembucha Samantha. O que aconteceu com você? Estamos só nós duas, não tem porque mentir para mim. O que fez você mudar tanto com essa filha de cozinheira.

 

-- Não viaja Lucia, eu só cansei dela. – Mentia – Acabou a graça, não viu que eu comecei a implicar com outras meninas?

 

-- Você não me engana! – pôs o dedo em riste – Alguma coisa aconteceu. Ou ela te ameaçou com algum podre que ela descobriu, ou te cobrou o favor de ter salvo sua vida.

 

-- Você acha que todo mundo é como você e eu? – olhou séria – Você acha que todas as meninas daquela escola são esnobes, arrogantes e vingativas como nós duas?

 

Lucia ficou observando a colega, não entendia onde ela queria chegar.

 

-- Até Gabriela cansou de ficar fingindo que curtia nosso comportamento. – Segurava o copo de refrigerante apontando para onde a outra tinha saído – Existem pessoas boas lá fora, em um mundo que não podemos alcançar e não nos pertence.

 

            Colocou o copo sobre a mesa com rispidez e olhou para a amiga com o semblante fechado, amargurado e cheio de rancor.

 

-- Lucia, pessoas como nós vivem à sombra da felicidade alheia, por isso nos incomodamos tanto com quem é realmente feliz.

 

-- Eu hein, resolveu ler livro de auto ajuda? Samantha, pessoas como nós podem fazer e ter tudo o que querem, e isso causa inveja por aí, não podemos deixar qualquer um pensar que pode nos atingir, eu não aceito.

 

-- Esse que é o problema, -- Riu sarcástica -- nós não aceitamos, e vamos viver solitárias para o resto de nossas vidas fúteis e desagradáveis. – Dizia com desdém --

 

-- Ih, sai dessa depressão, você com baixo astral fica insuportável. Vamos, eu quero comprar alguma coisa nova hoje. – levantou –

 

-- Eu vou para casa. – levantou também –

 

-- Porr*, você está muito chata. Então vai para casa, e vê se melhora dessa TPM. – Gesticulava – Despacha esse encosto depressivo que baixou em você. Eu hein!

 

Lucia virou as costas e se misturou na multidão, Samantha caminhou para o lado oposto, pensava se estava certa, tinha mudado parcialmente seu comportamento, o seu modo de ver as pessoas, ainda tinha aquele lado opressor, que implicava com as meninas mais novas ou mais tímidas, ainda nutria a mesma indiferença pelas colegas, mas algo havia mudado dentro de si.

Sentia-se incapaz de amar alguém, mas sabia que estava apaixonada por Carolina. Dentro de seu íntimo percebeu que sua atitude de beijar a morena enquanto estava drogada foi por sempre ter desejado aquele momento. O pior é que ela mal lembrava-se do beijo, não lembrava do gosto, nem do toque ou do cheiro de Carolina.

Sabia que suas lembranças cortadas tiveram algum significado para Carolina, percebeu a garota a observando algumas vezes de longe, e a garota nunca mais a olhou com rancor ou raiva, seu olhar de desconfiança mudou para um olhar de curiosidade.

Ela gostaria de conversar com a antiga rival, mas não tinha coragem, não se humilharia a esse ponto, já deixara a garota em paz, como se fosse um brinde por ter lhe ajudado. Isso parecia um mantra que ela repetia tentando se convencer que na verdade não tinha ido conversar com Carol por medo, medo de ser rejeitada pela única garota que mexeu com seus sentimentos de verdade.

Quando se deu conta, estava dentro de um taxi indo para casa. Seus pensamentos não deixavam aquele dia de sua inconsequência, não pelo susto de ter quase morrido, mas pelo sentimento de ter sido resgatada.

 

-- Eu nunca vou saber o que você sentiu. – Murmurou sozinha—

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi meninas

Capítulo novo, não consegui postar ontem, mas mesmo atrasada estou aqui.

Roberta descobrindo sua versão mais sexy e despertando corações, Carlos foi arrebatado por esse novo estilo da estudante.

Carolina conseguiu sossego na escola, pelo visto o coração gelado de Samantha está sendo aquecdo, será que ela muda?

Obrigada pelo carinho de todas que estão tirando um tempinho para ler mais esse trabalho, e agradeço os comentários, são sempre muito bem vindos.

Sábado tem mais meninas.

Divirtam-se

Cris Lane


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Comentários para 6 - Capítulo 6 - O amor está no ar:
Lea
Lea

Em: 10/01/2023

Houve um momento de paz!

*

Carolina sobreviverá ao acidente?

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Zaha
Zaha

Em: 22/10/2018

Oiee, Puminha!!

Hoje vai ser rápido...so  faltan 6 aulas e vc sabe como fico..kkkk

Samantah ainda mudou, mas vai...dps de muitos anos. Essa é orgulhosa, viu!! Kkkk. Deixou a outra em paz ,mas n foi pq a salvou, é q o sentimento q ela n pode controlar a incomoda...melhor se afastar do perigo..rs

A Roberta fez c Carlos?

Caio morreu??

Beijos

PS: qndo puder ler o próx vc postará outra hahahahaha


Resposta do autor:

Oi amiga.

Ressussitou esse apelido, kkkkkk.

Samantha está tentando mudar, será? pelo menos deixou Carolina em paz por um tempo. Esse sentimento vai causar ainda, as duas estão lutando contra ele, será que vão conseguir? Fica a dúvida.

Quanto a Carlos e Roberta, tudo será explicado.... hahaha. To imaginando sua cara agora lendo isso.

Caio até esse capítulo está vivo, não sei nos próximos. .....

Esse foi pequeno hein, estou te estranhando, essas aulas estão te deixando mudada, rsrsrs.

Beijoooo

Cris

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Sem cadastro
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Em: 22/10/2018

Oiee, Puminha!!

Hoje vai ser rápido...so  faltan 6 aulas e vc sabe como fico..kkkk

Samantah ainda mudou, mas vai...dps de muitos anos. Essa é orgulhosa, viu!! Kkkk. Deixou a outra em paz ,mas n foi pq a salvou, é q o sentimento q ela n pode controlar a incomoda...melhor se afastar do perigo..rs

A Roberta fez c Carlos?

Caio morreu??

Beijos

PS: qndo puder ler o próx vc postará outra hahahahaha


Resposta do autor:

Oi amiga.

Ressussitou esse apelido, kkkkkk.

Samantha está tentando mudar, será? pelo menos deixou Carolina em paz por um tempo. Esse sentimento vai causar ainda, as duas estão lutando contra ele, será que vão conseguir? Fica a dúvida.

Quanto a Carlos e Roberta, tudo será explicado.... hahaha. To imaginando sua cara agora lendo isso.

Caio até esse capítulo está vivo, não sei nos próximos. .....

Esse foi pequeno hein, estou te estranhando, essas aulas estão te deixando mudada, rsrsrs.

Beijoooo

Cris

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 19/10/2018

Legal Roberta virar cunhada da carol. Gostei do toque que caroCaro deu nela 

Sam está se apaixonando, mas dúvida que vá mudar seu comportamento.

Acho que Samantha deveria falar com Izabel. Acho que Samantha deve saber o que aconteceu

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Oi Nova.

Carol é uma moça muito sensata, teve que crescer muito rápido, com isso pode-se dizer que ela está um passo a frente das meninas da sua idade.

Carlos é como a irmã, tem a mesma essência e deve ser um bom namorado para a Roberta.

Samantha sabe que tem que fazer mudanças em seu comportamento, o problema é manter essas mudanças, não é. Principalmente com Lúcia por perto para influenciar de forma errada.

Samantha com certeza tem culpa no cartório, não é? Kkkkk

Beijos

Cris Lane

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