Luiza

“MERDA! MERDA! PUTA QUE LOS PARIU! O que foi que eu fiz?”. Olhava meu reflexo no espelho e não conseguia entender como eu fui deixar isso acontecer. Eu tava surtando. Precisava falar com alguém, mas o celular ficou no quarto. Já fazia mais de uma hora que eu tava trancada ali. “Como eu vou encarar a AnaLu? Gente do céu! Luiza Nadge você tem quarenta anos! Como foi deixar isso acontecer!!”. PUTA QUE LOS PARIU! PUTA QUE LOS PARIU!

Abri a porta do banheiro e coloquei a minha cabeça para fora procurando AnaLu e suspirei aliviada quando eu não a encontrei. Fui até o criado mudo e peguei meu celular. Eram quatro horas da manhã, mas eu tava tão surtada que liguei para o Fê.

— Ai Caralh* EXU! O que você quer a essa hora!

— Fê to surtando... pode falar?

— Mona você já me tirou de um sonho erótico maravilhoooooso com o Kiko do KLB, na época em que era um bofe gostoso.

— Para viado me escuta! Aconteceu um desastre! Fê, aconteceu algo que nunca deveria ter acontecido!

— Já sei! Tá gravida mona? Vou ser dindooooo!

— Só se for do espírito santo... se bem que fazia tanto tempo que talvez hoje em dia dedos engravidem. Não duvido nada.

— Diva Vitaminada do Céu! Me conta esse babado? Deu um trato na periquita? Tirou as teias de aranha da ppk? Brincou de bate-palminha com a amiguinha?

— Cala boca Fê! Me escuta... eu... eu... eu... meioquedeipraAnaLuhoje...

— MAZOQUÊEEEEE!

Fiquei uma hora falando com o meu melhor amigo dando graças a Deus que AnaLu não voltou para o quarto. Acho que ela foi para casa dela. Primeiro Fê surtou, mas logo depois achou fofo e que a gente era um lindo casal! Fê me aconselhou a deixar rolar e ver no que dá. Como se fosse fácil. A minha cabeça rodava e pensava em como era errado... Porr* ela tem 17 anos! Ela namora, ta certo que era aquela tanajura ridícula que quer dar pra todo mundo, mas ficar com a minha menina. Ela é a minha afilhada! É errado! É totalmente errado... mas foi tão maravilhoso, tão bom.... Imagina que se apenas com as mãos ela me fez ir aos céus... imagina com a boca.... PARÁ LUIZA!!!

Deitei na cama fechando os olhos e senti o perfume da minha afilhada nos lençóis. Gemi baixinho e afundei o nariz na cama aspirando aquele perfume como se a minha vida dependesse disso. Meu sex* pulsou e eu tive certeza que essa menina seria meu fim.

— Caraca Lu! Se eu soubesse que essa bunda maravilhosa estava apontando pro céu só para eu poder ficar apreciando eu teria vindo mais cedo. – me assusto ao ver AnaLu de biquíni e descalça com uma bandeja de café da manhã.

AnaLu

Eu estava deitada lambendo meus dedos e prevendo que a Lu não sairia daquele banheiro tão cedo. Sei muito bem como a cabeça dela funciona. Ela deve estar surtando. Provavelmente vai me evitar por meses. Eu não posso deixar isso acontecer.

“CARACA MULEQUE! EU COMI A LUIZAAAAAAAAA!”. Peguei o travesseiro com o perfume dela e abracei apertado. Eu tô morrendo de tesão e acho que poderia correr uma maratona de tanta energia que há dentro de mim. Fiquei lembrando de cada instante, cada respiração, cada gemido, cada tremilico nas pernas e da sensação da bucet* dela molhada nas minhas mãos.

Velho que vontade eu tinha de dar um trato direito naquela mulher. Pegar ela e virar do avesso. Ch*par aqueles mamilos perfeitos, porque sim... eu tenho fotos da tia Alex... todas....  Velho aquele corpo fenomenal... eu seria a mulher mais feliz do mundo se a tivesse só pra mim.

Comecei a me masturbar vagarosamente ainda lembrando das reações dela. Com a outra mão eu agarro meu mamilo esquerdo apertando forte.

— Caraca Lu... você é muito gostosa... – sussurro baixinho e aumento meus movimentos. Eu estava tão excitada, tão cheia de tesão que o gozo veio rápido. Me acalmei deitada na sua cama e fiquei pensando no que fazer agora, porque além das neuras da Lu tem a Aline, e eu vou contar pra ela.

Sorri e limpei as mãos meladas no lençol dela pra deixar uma lembrancinha e fui pra minha casa. Vi que eram cinco horas da manhã então vou surfar e decidir o que fazer. Fui para o meu quarto e tomei uma ducha rápida para tirar o suor. A única tristeza é ficar sem o cheiro dela nas minhas mãos.

Coloquei um biquíni comportado e fui ver se o Jorge queria ir comigo. Abro a porta do quarto da AnaBea e reparo que os dois estão dormindo. Vou até a cama e me enfio entre os dois.

— AnaBea acorda... mana... acorda... manaaaaaaaaaaa

— Porr* AnaLu vai a merd*!

— AnaLu sai daqui to pelado! – meu cunhado fala.

— Como se eu nunca tivesse visto essa piroca né Jorge me poupe. Sai pra lá que eu quero conversar com a minha mana... ah, bora pegar umas ondas?

— Que horas sãos?

— Umas cinco e pouco.

— Vou tomar um banho e a gente vai. Se eu for assim é capaz de dormir em cima da prancha.

— Vai lá negão, mas vamos sair umas seis e meia tá? Vou conversar com a AnaBea e depois te chamo. – olhei pro Jorge indo pro banheiro com uma toalha enrolada. – Que bunda gostosa eihno AnaBea. Conta aqui pra mana, Nego Jorge tá comparecendo direitinho? Sabe que se ele não te tratar bem eu pego ele na esquina!

— Será que dá pra vocês dois saírem e me deixar em paz.

— Mana, agora é sério preciso falar com você.

— Fala chata. – AnaBea me olha. – Você não ia dormir na dinda Lu.

— É que aconteceu umas paradas ai...

— O que você fez Ana Luiza?

— Eu comi a Lu.

— NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

— SIMMMMMMMMMMMMMMMMMM!

— Me conta isso direito maluca!

Conversei com a AnaBea e contei tudo como foi. Ela concorda comigo que eu devo falar com a Aline e que eu não devo dar descanso para a Lu. Se eu me afastar ela finge que nada vai acontecer.

— Mana, você sabe que a Aline pode falar que ta tudo bem e que não se importa.

— Eu sei Beazinha, a merd* é que eu não sou volátil.

— Não seria volúvel?

— Não mana volátil mesmo, qualquer coisinha e pega fogo. – AnaBea gargalhou. – Então essa conversa com a Aline tem que ser séria... eu não quero ficar com ela por ficar. Não quero esse relacionamento assim desse jeito. Vazio. Raso.

— Então vai lá e se embrenhe em águas profundas....

— Uiiiiiiiiiii “embrenhe”....

— Palhaça. Agora tira tua bunda daqui para eu poder dormir.

Sai do quarto e fui até a cozinha. Tia Edy sempre acordava a essa hora, passava um café e ficava escutando rádio AM.

— Oi gatosa!

— Gatosa menina?

— Gata idosa! Só você tá de pé?

— Só eu sim. Quer alguma coisa filha?

— Faz aquelas panquecas com morango e chantilly que só você sabe fazer? Que eu vou levar pra Lu. O resto pego lá da casa dela mesmo.

— Vai indo que levo pra você daqui a pouco.

— Não quer que eu espere tia?

— Vai menina!

Fui pra casa da Lu e comecei a mexer na cozinha. Cortei algumas frutas e coloquei em um potinho com mel e granola. Fiz limonada suíça que ela adora e passei um cafezão bem forte. Porque mesmo ela tendo essas maquinas cheias de frescura que passam café e só faltam te dar um beijo na boca, eu sei que ela prefere café passado. Tia Edy chegou e me entregou as panquecas. Dei um beijão nela e apertei as gordurinhas fazendo cocégas, sendo recebida pelo “Para menina, para menina”.

Organizei uma bandeja linda e fui até o quarto dela achando que a encontraria dormindo. Ela estava deitada de bruços cheirando o lençol no mesmo lugar que eu havia secado... por assim dizer.... as minhas mãos. Mordi o lábio cheia de tesão em ver aquela bunda empinadinha. “Ahhh se eu pudesse cair de boca....”.

— Caraca Lu! Se eu soubesse que essa bunda maravilhosa estava apontando pro céu só para eu poder ficar apreciando eu teria vindo mais cedo. – falo alto e ela salta como se estivesse sido pega com a “boca na butija”, comendo biscoito antes do jantar, ch*pando picolé no inverno.... – Olha o que eu fiz pra você.

— Ju a gente precisa conversar...

— Sei, mas primeiro você precisa comer que eu lembro do dia que você ficou sem comer e desmaiou. Vamos comer olha tudo o que eu fiz para você, tá menos as panquecas que a tia Edy que fez, ela tava acordada escutando aqueles programas que falam só de morte na rádio, não sei como ela gosta dessas coisas, mas as frutas eu cortei e coloquei aquele mel orgânico que você gosta, eu não sei como eles tem certeza que o mel é orgânico porque as abelhas não andam de coleiras né? Tipo o cara fala que é orgânico mas vai que a abelha dele dá uma banda no quintal do vizinho que usa agrotóxico....

— Cala a boca um pouquinho AnaLu, por favor!!! – eu fiz bico e ela suspirou. – Isso não devia ter acontecido.

— Isso o que Lu? Não aconteceu nada demais, eu só fui dar um conferes no teu parquinho... que alias Luuuuu...

— Puta Que Los Pariu garota! Por favor.... dá pra gente conversar como adultas? – ela falou irritada.

— Desculpe.

— Isso tudo é muito errado AnaLu. Primeiro eu tenho idade pra ser sua mãe. – eu fui falar algo mas ela não deixou. – Segundo eu sou sua madrinha. Terceiro... você é menor de idade! Quarto, eu namorei a sua mãe. Isso tudo é muito errado, muito...

— Lu, desculpe por eu ser zueira 90% do tempo. Mas deixa eu te falar algumas coisas... primeiro você NÃO é a minha mãe, segundo: você é minha madrinha e qual o problema disso... terceiro: em menos de um mês eu terei 18 anos.... quarto: isso foi antes de você me conhecer, não importa...

— Mas.... mas

— Responde a uma única pergunta... – disse e ela me olhou quieta. – Você gostou?

— Muito... – ela fala quase sussurrando.

— Era só o que eu precisava saber. – servi a limonada para ela sorrindo – O resto Lu... a gente vê com o tempo.

Fim do capítulo