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Encontros Da Noite por Rafa Justi

Ver comentários: 1

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Palavras: 3110
Acessos: 978   |  Postado em: 24/08/2018

Notas iniciais:

Neste capítulo eu cito Peter Gundry, que é um australiano multi-instrumentista, compositor de músicas estilo new age. Tenho me inspirado bastante nas músicas dele para escrever. Recomendo que escutem Heart of the forest e The dragon charmer, que são duas de suas composições, que embalam a cena ao final desse capítulo.

Capítulo 7 - Caça e Caçadora

Capítulo 7 - Caça e Caçadora

 

Elis acordou um pouco confusa, demorou alguns segundos para entender onde estava e o que tinha acontecido. Chegou a pensar que tudo não passara de um pesadelo, até se lembrar de que aquele era o apartamento de Natasha e, de toda a história que a fez parar ali. Só não se lembrava de como havia dormido. Devia estar muito cansada psicologicamente que nem sentiu que havia pegado no sono. Reparou em volta e nenhum sinal da presença de Natasha. Procurou seu celular, estava perto dela, em cima da cama. Levou um susto, já passava das três da tarde. Como havia dormido tanto? E se Natasha não estava no apartamento, aonde ela estaria? Não podia estar lá fora, na luz do dia, podia? Elis se levantou e caminhou até a porta do banheiro, que estava fechada. Aproximou-se e tentou escutar qualquer barulho que pudesse indicar que Natasha estivesse ali. Nada. Bateu duas vezes na porta e não ouviu nenhuma resposta.

- Natasha?

Esperou mais um momento e, então, girou a maçaneta, torcendo para que, se Natasha estivesse ali, não visse nenhuma cena embaraçosa e que a vampira não ficasse furiosa com sua invasão. Abriu a porta devagar e foi espiando para dentro, até ter a visão completa do banheiro. Nenhum sinal de Natasha por ali também. Será que havia ído atrás da tal Cordélia? Aquela assustadora mulher. Vampira. Elis foi até a porta de entrada e conferiu. Estava trancada e não havia chave. Natasha devia tê-la trancado imaginando que ela pudesse querer ir embora. Mas, mesmo que a chave estivesse na porta e, Elis pudesse sair dali, ela não se arriscaria com aquela outra vampira podendo estar à sua espreita, pronta para lhe atacar. Afinal, como Natasha já havia dito, se fosse para mata-la, já o teria feito. Inclusive, tirando o lance da mordida, Natasha havia salvado a sua vida quando o carro quase a atingiu na calçada e, contra a sede de sangue de Cordélia, no dia anterior. Então, a única coisa que podia fazer agora, era esperar por Natasha, e torcer para que ela tivesse mesmo ído atrás da temível vampira, acertar a sua paz. Elis voltou-se para o apartamento, olhou para a cama bagunçada, então começou a se dar conta de que ali, onde acabara de passar horas dormindo, foi o palco de uma noite de amor entre ela e Natasha. Ela fez amor com uma v-a-m-p-i-r-a. Vampiros existem e ela fez amor com uma deles. Era surreal demais. Sentiu-se arrepiar, não sabia se era de medo ou excitação. Ou seriam os dois? Definitivamente ela tinha medo, afinal ela estava descobrindo a existência de criaturas extremamente temidas, perigosas. E, definitivamente, aquelas tórridas cenas em sua mente, com a vampira, lhe proporcionavam sensações intensas, por assim dizer. Afinal, Natasha era linda, sedutora e, haviam se dado tão bem naquele dia na biblioteca. Elis precisava afastar esses pensamentos luxuriosos de sua cabeça, eram perturbadores ao mesmo tempo. Precisava se distrair. Seus olhos desviaram para a parede logo atrás da cabeceira da cama. Havia uma espécie de guarda-roupa embutido. Seguiu até ele. Haviam três prateleiras. A primeira e a segunda, de cima para baixo, eram recheadas de livros, na de baixo haviam alguns objetos antigos, um pequeno baú de madeira escura, estatuetas de morcego, lobo e lagarto, e o que pareceu ser uma estaca de madeira. Estacas de madeira não eram perigosas para vampiros? Natasha pretendia se matar, ou aquilo era para outro vampiro? Ou, talvez, ela havia deixado o objeto lá para o caso de Elis precisar se defender? Aquela ideia lhe avivou o medo.

 

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 

Quilômetros fora da cidade, a floresta silenciosa - não fosse pequenos sons de insetos - era iluminada apenas pela pálida lua. À espreita, solitária, por entre as árvores, ela procurava por um cervo, um javali, ou um coelho que fosse. Precisava de sangue, e não podia se arriscar a sentir tamanha necessidade na presença de Elis. Preferia, sem nenhuma dúvida, caçar criminosos do que animais, mas não podia ser atiçada por sangue humano novamente, não quando Elis estava em sua casa, ao seu alcance. Já havia bebido na noite anterior um pouco do sangue de uma jovem que, muito provavelmente, não merecia aquele destino. Elis não podia ser, de forma alguma, uma vítima sua.

Com a mão apoiada no tronco da árvore ao seu lado, ela podia sentir o musgo que ali se formara. Sua respiração era controlada, seus olhos estavam atentos, sua audição e seu olfato aguçados. Entre a mistura de cheiros, terra, troncos, folhas, flores e frutos, distinguiu o cheiro de um animal, um pouco mais afastado de onde estava. Deslocou-se furtivamente até o local onde se encontrava o ser que emanava o cheiro que sentia. Um exemplar adulto da espécie dos cervos, com galhadas altas, comendo algumas folhas caídas pelo chão. Sentiu compaixão pelo animal, porém tinha que ser assim. Precisava se alimentar. Daria uma morte rápida a ele, quase sem dor. Abriu sua boca, enquanto suas presas se alongaram e suas unhas cresceram alguns centímetros. O pobre animal não teve tempo de percebê-la e, muito menos, de tentar correr. Natasha já havia pulado em cima dele como um ágil tigre feroz - e com a força de um - , quebrando-lhe o pescoço para, então, servir-se de seu sangue.

 

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 

As mãos delicadas seguravam o livro com cuidado, quase como se a cada página que virasse, pudesse saltar dentre as folhas algo que lhe causasse terror. A capa de um tom de vermelho envelhecido, com margens douradas, no centro um grandioso castelo no topo de uma montanha, atrás dele a lua cheia. No lado de dentro, Elis mantinha os olhos focados em cada palavra que lia. Queria enxergar a conexão daquela história, tão famosa, com a realidade. A sua nova incrível realidade. Nunca havia lido este livro - apesar de bastante conhecido -, pois terror não era o seu gênero favorito. Preferia os romances, as aventuras e, quando ansiava por isso na vida real, era algo bem diferente do estilo gótico que estava presenciando. Embora, fosse sedutor. Estava tão envolvida com a leitura, apesar de estar atenta pelo medo que esta lhe causava, que não percebeu que estava sendo observada. Mas levou um tremendo susto quando a janela de repente se abriu e Natasha apareceu em pé no peitoril da janela. Sua reação foi jogar-se para trás na poltrona onde estava sentada.

- Meu Deus, você ainda vai me matar de susto! - quase não conseguiu pronunciar as palavras, seu coração estava na boca.

Natasha surpreendeu-se com o susto de Elis, não esperava assustá-la daquela forma, apesar que poderia ter imaginado. Ainda assim, conteve um sorriso.

- Me desculpe, não tive a intenção. - ela notou no livro aberto, pressionado contra o peito de Elis. - Drácula de Bram Stoker. Se soubesse não tinha entrado desse jeito. Você não achou nada melhor para ler?

A hóspede de Natasha ainda se recuperava do susto.

- Na verdade, sim, mas...

- A curiosidade falou mais alto. - Natasha completou, alcançando o chão ao lado da cama.

- Sim. - admitiu, fechando o livro em suas mãos. - Quando eu acordei, você tinha sumido.

- Sim. Desculpe por isso. Eu precisava me certificar de que Cordélia não viria atrás de você.

- Você a encontrou? - Elis precisava logo saber se estava livre daquela ameaça.

- Encontrei. Ela não vai mais lhe incomodar, Elis.

- O que você fez? - perguntou, curiosa, com o semblante fechado.

Natasha não titubeou, apenas falou o que tinha que falar.

- Disse a ela que eu tinha te matado. Cordélia pode ser insistente. No pior sentido. Assim ela vai te deixar em paz.

- Bom, se assim é a melhor forma de garantir a minha segurança. - Elis sentiu-se um pouco impressionada. Um leve arrepio percorreu seu corpo com a ideia de ser morta, mesmo que falsamente.

- Te trouxe algo para comer, você deve estar morrendo de fome. - Natasha mostrou a sacola de um restaurante. - Depois eu te levo para sua casa, e você poderá esquecer que um dia uma vampira cruzou o seu caminho.

Elis deu um pequeno sorriso, meio forçado, sentindo um desconforto em seu peito.

- Só se você apagar a minha mente.

Natasha falou firme, mas com alguma lamentação no fundo dos olhos.

- Se assim você preferir.

A jovem emudeceu por um momento. Seu cérebro levou uns três segundos para processar a frase que ouviu.

- Vampiros podem mesmo fazer isso?

- Vampiros são exímios hipnotizadores. Podem levar as pessoas a fazerem diversas coisas. Como pegar no sono, ou esquecer de algo.

- Ahh - Elis se deu conta -, foi por isso que eu dormi tanto...foi você que me provocou o sono.

- Sim. Eu precisava que você permanecesse aqui, em segurança, enquanto eu ia atrás de Cordélia. E, pelo menos dormindo você não pensaria nas coisas que estavam acontecendo.

Elis pensou por um instante - Acho que foi melhor assim. - constatou.

Natasha assentiu.

- Venha comer, antes que sua janta esfrie. - ela se encaminhou para a bancada da cozinha americana.

Elis colocou o livro, que ainda segurava, em cima da cama, levantou-se da poltrona confortável e deu poucos passos para alcançar a bancada. Ela logo tratou de matar sua curiosidade.

- Então, Drácula existiu mesmo?

Natasha tirava as comidas de dentro da sacola de papel.

- Vlad III, o empalador. Stoker ainda foi gentil com ele. Vlad era muito mais terrível do que no livro.

- Você o conheceu? - Elis estava sedenta por informações.

- Não. Ele morreu, eu era muito nova. - Natasha ajeitou as embalagens de comida na frente de Elis. - Bom, eu lhe trouxe salada de verduras e legumes, macarrão coberto com molho e frango à parmegiana, que pelo cheiro parece maravilhoso. Você é carnívora?

- Na verdade, não. Mas eu como o macarrão e a salada. Obrigada. - ela estava mesmo agradecida por colocar uma comida de verdade no estômago, já que só tinha se servido de um chocolate que tinha em sua bolsa, desde que acordara.

- Sirva-se! - ordenou gentilmente, entregando a ela prato, garfo e faca.

Elis serviu-se da salada primeiro, como sempre fazia nas suas refeições.

- Então, suponho que Vlad tenha morrido mesmo no século XIX, se Bram Stoker seguiu a história verdadeira. E se você já era nascida, você tem mais de cem anos. Cento e cinquenta, talvez.

Natasha sorriu. Seus dentes não pareciam afiados naquele momento.

- Garota, você não sabe que não se deve perguntar ou tentar adivinhar a idade de alguém?

Elis riu com a descontração da vampira.

- Desculpe. - Notou que a comida era, realmente, só para ela, pois Natasha não havia se servido de nada. Claro, Natasha é uma vampira, vampiros supostamente só se alimentam de sangue. Provavelmente era o que ela havia feito pouco antes de estar ali em sua companhia. - Vampiros não podem mesmo comer comida humana?

Natasha estava em pé do outro lado do balcão.

- Não. Pelo menos a maioria de nós passará mal pouco depois de ingerir quaisquer desses alimentos. Iremos vomitar tudo e talvez ficar de cama. - ela se virou e caminhou até uma mini adega climatizada, retirou dela uma garrafa de vinho, pegou duas taças de um suporte de ferro, grudado na parede, com um saca-rolhas abriu a garrafa e serviu as duas taças em cima da pia. - Mas podemos beber um pouco de vinho. - voltou-se para Elis e ofereceu a ela uma taça. - Não mais do que uma taça por dia, senão nos fará mal também.

- Obrigada! - Elis não era mesmo de ingerir bebidas alcoólicas, com a exceção de um pouco de vinho, vez ou outra, no almoço ou na janta. Logo puxou outro assunto. - Desculpe a minha bisbilhotice, mas eu estive dando uma conferida nos livros que você tem e, você vai de Jane Austen a Stephen King. - ela parecia admirada por serem gêneros tão diferentes.

Natasha dava um gole em seu vinho, enquanto Elis saboreava a sua salada, esperando algum comentário.

- Ao contrário do que você pode imaginar, eu não comecei a gostar de terror depois de me tornar uma vampira. Eu sempre gostei de terror, suspense e romance. - deixou claro, com um sorriso no canto da boca.

- Você chegou algum dia a imaginar em se tornar uma vampira?

- Bom, quando a gente lê uma história, a gente acaba se vendo nos personagens. Eventualmente posso ter me visto como uma vampira, mas nunca desejei realmente isto. - Natasha ficou um pouco pensativa. - Eu lia histórias de terror, porque era curiosa, porque eu queria encarar o medo, não porque queria causá-lo. - falou como se se explicasse.

- Sinto muito. Imagino que não seja nada fácil se tornar um personagem de um livro de terror. - Elis pousou seus olhos em Natasha, sua alma emitia algo de infelicidade em sua voz e em seu olhar, pelo que havia se tornado. - Mas o importante é que você tem lutado para não ser um.

Natasha esboçou um sorriso fraco e triste.

- Não tenho obtido o sucesso que gostaria.

Elis teve que discordar, pois aquilo não era exatamente verdade.

- Bom, até agora, você não me tirou a vida. Então, algum sucesso você tem tido.

A vampira a olhou com alguma concordância.

- Talvez.

As duas permaneceram quietas por um momento. Elis comeu a última garfada do mix de salada e serviu-se do macarrão. O cheiro do molho que o acompanhava era delicioso.

- Você se importa se eu colocar uma música?

- De forma alguma. - respondeu brandamente, movimentando a cabeça.

- Você conhece Peter Gundry? - Natasha deu a volta na bancada e seguiu para a sala, com sua taça de vinho.

- Não. - Elis respondeu com a boca parcialmente cheia.

- Ele é multi-instrumentista, compositor, segue o gênero New Age. - falava já alcançando a sala, aproximando-se de uma mesinha de canto, onde havia um aparelho de som. - Você sabe, aquele estilo instrumental, com sons da natureza, vozes etéreas.

- Hummm - Elis mastigava os fios de macarrão. - New Age, tipo Enya.

- Sim, mas no caso dele, são composições mais sombrias, e outras mais calmas, relacionadas a fantasia. Sons de harpa, flauta, teclado. A orquestração é belíssima. - Natasha ligou o aparelho de som, selecionou o cd e, em seguida, uma música.

Elis ficou atenta, em expectativa. Primeiramente ruídos de trovões, acompanhados pela harmoniosa harpa, segundos depois, o suave som da flauta entrou empolgante. Reparou também em sons como o do violino e de percussão, e no ápice da música, a voz etérea, pronunciando sonidos celestiais. Aquela combinação toda de sons era muito agradável, aprazível. Parecia um encantamento. E foi exatamente assim que Elis, imediatamente, se sentiu, encantada.

- É muito lindo! - disse, com o garfo na mão, virando-se para a direção de Natasha. - É tranquilizante, inspirador, transcendente! - estava arrebatada.

Natasha não escondeu o sorriso com o entusiasmo de Elis.

- Você tinha cara de que iria gostar.

- Sou tão previsível assim? - fingiu-se de ofendida, mas achando interessante a percepção de Natasha.

- Desculpe, é que combina com você. - ela deu de ombros.

Elis sentiu-se aquecer por dentro. Quer dizer que Natasha prestava atenção no que combinava com o seu jeito.

Uma segunda música tocou, enquanto terminava de comer. Natasha permanceu na sala, apreciando o seu vinho e a música. Elis tomou um gole de seu vinho e, quando percebeu, Natasha já estava ao seu lado, deixando a taça de vinho vazia em cima da bancada, estendendo-lhe a mão.

- Aceita uma dança?

Com aqueles olhos negros, como que nada queriam, invandindo-lhe a alma, não pensou no que era ou não certo, Elis prontamente aceitou. Natasha a conduziu até o espaço que definia a sala, entre a sua cama e a outra parede, onde estava a mesinha de madeira escura, com o aparelho de som. Outra música iniciou e, ao som de harpa, seguido da flauta e percussão, Natasha pegou na mão de Elis, levantando seu braço para o lado, aproximou seus corpos, e sua mão que estava livre colocou na cintura dela. Sentiu o corpo de Elis estremecer ao seu toque. Em passos suaves para lá e para cá, assim como na valsa, só que num ritmo um pouco mais lento, Natasha guiou Elis. Elas se olhavam nos olhos, com os rostos a poucos centímetros um do outro. A primeira parte da música chegou ao fim, para a entrada triunfal do violino. Natasha acelerou um pouco os passos, procurava aproveitar todo o espaço que tinham. Elis mantinha seus olhos fixos nos olhos plácidos e intensos de sua condutora. Natasha a girou gentilmente e a trouxe de volta para si, dando sequência aos movimentos. Aquela macia dança, ao som daquela extasiante música, Elis se sentia como num baile do século retrasado. Parecia que sempre havia dançado aquilo. Era mágico. Sua companheira era mágica, lhe guiava docemente, deslizando sobre o chão do apartamento. A mão de Natasha na sua, e sua outra mão apoiada no ombro da vampira. A música já chegava ao seu fim. Elas foram parando os movimentos, seus corpos ainda em contato, seus rostos ainda muito próximos, os olhares ainda se encontrando, Elis sentiu-se tomada por uma imensa vontade de beijar a boca de Natasha e, assim o fez, tomou os lábios dela nos seus. Sentiu a língua dela na sua, correspondendo. Sentiu impulsos em seu corpo, um calor diferente. Natasha sentiu-se ferver, como ela queria aquilo. Porém, deixou que sua consciência falasse mais alto do que seu desejo. Interrompeu o beijo, num grande esforço, e afastou-se de Elis.

- Eu não posso. - disse com os olhos fechados, tentando se concentrar no que devia fazer.

Elis apenas a olhava, ainda meio tonta, não se podia dizer se pelo beijo ou pela interrupção dele.

- Eu já fiz mal pra muitas pessoas. Não posso correr o risco de fazer mal a você, mais do que já fiz.

Natasha tinha suas razões para ter receios, Elis também tinha, mas sentia o seu corpo dizer o contrário. Ela nunca havia sentido daquela forma. Aquele desejo percorrendo sua pele. Antes que pudesse se manifestar de qualquer jeito, Natasha lhe falou de novo:

- Pegue suas coisas, vou te levar para sua casa. - foi um pedido educado. Ela desligou o aparelho de som, enquanto à Elis restou cumprir o que lhe fora pedido. Não puderam notar que lá fora, através da janela, em cima de algum dos prédios, olhos atentos as observavam.


Fim do capítulo

Notas finais:

Para quem estava esperando a atualização da história, mil perdões pela imensa demora que tive em postar. Muito obrigada pela leitura! Podem comentar, deixar suas opiniões.

Abraços!


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Comentários para 3 - Capítulo 7 - Caça e Caçadora:
Zaha
Zaha

Em: 09/09/2018

Oiee Rafinha!!

Demorei muito, mas cheguei!!1

Nao acredito, sabia que Cordélia ia tá vigiando..Nati deu mole, como vai deixar a janela aberta?Sem uma cortinazinha?Sem falar que a bruxa má já sentiu o cheiro de Lis..

Lis vai ficar sozinha.. espero que Nati sinta o  cheiro da outra...

Sabe que quero no final? Que Lis vire vampirinha assim se salva da bruxa essa!! rs

Beijaooo


Resposta do autor:

 

Oieee!!

 

Natasha anda se deixando distrair por conta de seu encantamento por Elis.

Pois é, Cordélia sentiu o cheiro de Elis e, mesmo de longe, ela não só as viu juntas, como ouviu a conversa delas, com sua superaudição de vampira.

Será que Nati vai sentir a presença de Cordélia? Hummmm, veremos.

Sabe que eu ainda não sei o que fazer com o final. rs Estou pensando a respeito, se transformo Elis em vampira ou sigo por outro caminho.

Vamos ver como elas se saem com Cordélia.

 

Muito obrigada pela sua leitura e sua opinião, migs!! É importante pra mim!

Ahh, e por favoritar!!

 

Beijão!!

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