O presente em meio ao juízo final
Iniciamos a reunião infelizmente o desgraçado estava a par de tudo, enquanto encobria o ódio em seus olhos, em todos os momentos Gabriela apertava minha mão que estava fria.
Duas horas depois a reunião acabou, me retirei indo pra minha sala e ligando pro setor da segurança.
-Hajam tranquilamente
Ao desligar o celular minha esposa entra e me olha preocupada e receosa.
-Não me olhe assim Gabriela.
-Só me diga o que quero ouvir.
Se aproximou com cuidado, apesar de nosso amor ser enorme ainda contem ódio correndo em minhas veias.
-Não fui eu.
Ela me abraçou forte e senti seus músculos relaxarem me meus braços.
-Um dia terá que contar pra ela.
Disse olhando em meus olhos enquanto selava nossos lábios.
Ouvimos batidas na porta e nos afastamos, era Aline entrando estava mais nervosa que todos nós. Ela sim e uma pessoa fundamental em minha vida, mas ter contado pra ela sobre o Jorge a deixou com os nervos à flor da pele.
-Desculpe atrapalhar só que... não consigo ficar calma.
Gabriela pegou um copo de água e lhe deu enquanto se sentava ao seu lado.
-Não se preocupe Aline tomei minhas providencias, os seguranças vão tira-lo daqui.
Enquanto ela bebia tremia visivelmente.
-Não é com isso que estou preocupada, e sim com Samanta.
-Não está pensando em ir embora está ?
Levantei-me indo em sua direção.
-E muito difícil é se ele tentar algo.
Olhei em seus olhos tentando acalma-la, mas de nada serviu.
-E se fossemos pra outro lugar ?
-Que isso meu amor, não estamos fugindo dele.
Olhei pela janela e vi os seguranças o tirando delicadamente da minha empresa.
-Não é questão de fugir seja lá quem for que, pois fogo em sua boate o deixou com mais raiva. E até explicar que um mais um e dois será tarde demais.
-Tudo bem, iremos pra outra casa.
A porta fora aberta bruscamente e meus olhos se encontraram com o da minha filha, que não estava nada feliz com minha decisão.
-Por que despediu o meu empregado!
-Vamos deixar vocês s sós.
Meu amor levou Aline embora enquanto me sentava em minha cadeira.
-Vamos diga!
-Primeiro fale baixo comigo, segundo eu sou a dona desta empresa.
-Mas fui eu que o contratei, quando você estava se divertindo pôr aí.
-Por favor Sofia, ele é só um empregado podemos substitui-lo.
-Pra você é fácil, não é mesmo Rafaela Villela.
Fechei os olhos por um momento, não era mais minha filha ali é sim Jorge em sua postura, olhar e palavras desafiadoras.
-Já acabou ?
A encarei com sua postura inabalável.
-Eu te odeio!
E deixou minha sala da mesma maneira que entrou, recostei em minha cadeira contando os dias pra que ela nunca mais olhasse em meu rosto novamente.
Apesar de todo o caos existente naquele momento não podia deixar aquela princesa mercê de toda essa sujeira.
Na volta pra casa nos arrumamos e a levamos ao parque de diversão, seus olhos brilharam diante dos brinquedos.
Nos sentamos enquanto olhávamos Aline e Samanta ao longe no carrossel, sorri pra minha esposa que estava majestosamente linda naquele vestido azul rei.
-Amanhã iremos pra casa de campo.
Suas mãos me acalentavam e seu sorriso me deixava mais tranquila.
Pedi umas bobagens dessas de parque entre elas uma pizza gigante, Aline voltava com Samanta no mesmo instante que a pizza chegou, a pequena veio correndo e se jogou em meu colo.
-Está com fome princesa ?
-Muitaaaaa.
Todos rimos, e comemos em meio as suas brincadeiras.
-Tenho uma surpresa pra você amanhã.
-E o que é ?
-Se contar não será surpresa.
Ela ria enquanto fazia cosquinhas em sua barriga, antes de irmos Aline e Gabriela foram ao banheiro enquanto segurava a pequena em meus braços.
-Que rostinho triste é esse.
Samanta fez bico e falou manhosa em meu ouvido que queria ter um irmãozinho.
Sorri com sua ingenuidade.
Minutos depois as duas mulheres da minha vida voltaram, e seguimos pra casa.
Ao chegarmos Aline nos deu boa noite enquanto Samanta dormia em seus braços.
Ao entramos no quarto nossas malas estavam prontas, mas o cheiro doce chamou minha atenção vinha do banheiro.
Ao entrar o encontrei decorado com velas uma música suave e uma deusa a minha espera.
-Vem cá.
Sorri tirando minha roupa e me aproximando da banheira com pétalas de rosas e sais.
-E alguma data comemorativa ?
Entrei me sentando de costas pra mesma que me fazia uma massagem relaxante e me enchia de beijos no ombro.
-Não preciso de datas comemorativas pra demonstra meu amor por você.
-Estou deixando a desejar não é ?
Seus dedos percorriam minhas costas me dando um leve arrepio.
-Não, você é perfeita, nós somos perfeitas.
Foram os minutos mais relaxantes e calmos da minha vida, ao saímos da banheira fomos pro quarto.
Liguei a lareira automática enquanto sentia sua mão por dentro do meu robe preto.
-Está ficando boa nisso, mas sabe que se eu te pegar as coisas vão ficar serias.
Brinquei enquanto ouvia seu risinho perto do meu ouvido, me virei pra beija-la e senti-la cada vez mais perto, intensifiquei o beijo enquanto nossas línguas serpenteavam. Suas mãos desciam com as minhas até a sua barriga e lá ficou por um bom tempo.
Beijei seu pescoço o mordendo, não estava mais conseguindo me controlar a queria de corpo de alma novamente.
-Preciso de você...
Sussurrei em seu ouvido.
-Nós precisamos de você.
Me afastei um pouco olhando em seus olhos que brilhavam como o da Samanta no parque.
-Nós ?
-Estou gravida, Rafaela.
Meu corpo todo paralisou na hora meus olhos marejaram desci meus olhos pelo seu corpo, aonde minhas mãos ainda estavam pousadas em sua barriga.
-Vamos ter um bebe?
Minhas mãos tremiam enquanto alisava sua barriga, me ajoelhei e a abracei deixando as lagrimas rolarem à vontade pelo meu rosto.
-Vamos ter um Villela.
Me levantei a abracei a enchi de beijos e a peguei no colo girando pelo quarto.
-Vamos ter um filho!!
-Amor, assim vou vomitar.
Parei em seguida a colocando no chão novamente, tomado seu rosto em minhas mãos.
-Você me faz feliz, e agora mais ainda, ele ou ela vai ser muito amado.
Aquela noite não me permitir dormir estava eufórica e animada demais pro sono vim, enchi minha esposa de perguntas. Uma delas a mais importante -quando foi que tomou essa decisão?
-Foi quando estava internada, parecia que o mundo estava caindo em nossas cabeças, a muito tempo sentia o desejo de ter um filho, cheguei a comentar com uma enfermeira que me ajudou a falar com a medica, o resto foi fácil.
-Quantos meses ?
Tentava ouvir alguma coisa, enquanto ouvia seus risos baixinho.
-Um mês.
-Eu vou cuidar de você, prometo.
No dia seguinte descemos pra tomar café antes de irmos, estávamos quase todos reunidos menos a Sofia.
-Tenho um comunicado a fazer, estou gravida.
-Eu não acredito, parabéns! Vou ser titia.
Glória foi a primeira a abraçar seguida da Samanta que estava eufórica, e pôr fim a Aline.
-Parabéns Gabriela, será uma ótima mãe.
-Seremos.
-Como disse ?
-Isso mesmo, afinal quem melhor que você pra me ensinar e me ajudar a ser uma mãe dedicada. Vou precisar muito da ajuda de vocês duas.
Estávamos em harmonia até minha filha entrar de porta a dentro e me fuzilar com o olhar frio e repleto de ódio como nunca tinha visto, todas nós paramos pra vê-la.
-Amor temos uma notícia ótima.
Glória foi ao encontro da minha filha que não estava muito amável.
-Pegue suas coisas vamos embora.
-Mais amor...
-Eu disse agora!! Não me faça agredir você.
Ao ouvir suas palavras possesivas me levantei rapidamente, Aline pegou Samanta no colo enquanto Gabriela se juntou a mim.
-Você não vai agredir ninguém, Glória vai com a gente pra casa de campo.
-Quem é você pra querer mandar em minha noiva me diz quem!
Sofia se aproximou ainda mais, apenas a mesa nos separava.
-Está muito valentona não acha.
-E mesmo, devo ter puxado isso do meu Pai!
Meu coração essa hora bateu acelerado no peito, o ar me faltou por uns segundos senti uma vertigem precisei me apoiar na mesa, sendo amparada por minha esposa que me perguntava o que estava sentindo.
-Vai fazer seu teatro agora, já sei quem é o meu pai é o Jorge!!
-Não quero ouvir o nome desse bandido na sua boca!
-Bandido ? Olha quem fala uma puta descarada.
Parti pra cima da Sofia enquanto ela me segurava pela gola da blusa, cuspindo palavras de ódio e rancor.
-Me solta sua desgraçada!
-Eu vou te ensinar a me respeitar!
Glória e Gabriela tentavam nos separar, mas estávamos engalfinhadas que precisaria de quatro homens pra nos separar.
-Vai acreditando nas palavras de qualquer um, você me respeita sua fedelha.
-Vai a merd*, se antes já te odiava agora odeio mais ainda.
Os seguranças entraram e nos separaram a tempo, enquanto Sofia gritava aos berros que não era mais nada minha.
-Cuidados com suas palavras você vai se arrepender!
-Me arrepender nada gostaria que estivesse morta e enterrada! Me solta!
Só foi o tempo deles a soltarem pra pegar na mão da sua noiva e a arrastar pra fora.
-Amor tá tudo bem.... amor ..... amor...Rafaelaaa!!
Fim do capítulo
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