Foi decretado estamos todos mortos
Na manhã seguinte eu e Gabriela estávamos tomando café, evitávamos tocar no assunto do Jorge Aline também manteve discrição. O plano era manter ele na empresa até reunir provas pra afasta-lo, ou manda-lo pra cadeia novamente, mas não abriria mão de nada. Sofia e Glória desceram serias cada uma na sua se servia, olhei pra minha esposa e ela pareceu entender.
-Filha estou pensando em outra linha de cosméticos, mas preciso da sua ajuda.
Minhas palavras não surtiram nenhum efeito, e isso me deixou muito chateada.
-Sofia sua mãe está conversando com você.
-Eu sei.
Seu tom agressivo para Gabriela me tirou do sério aquela manhã.
-Escute aqui Sofia, você pode ter seus problemas pessoais, mas não vou tolera que trate a Gabriela assim, está me ouvindo.
Ela riu debochada aquele mesmo sorriso do início do ano, sua namorada tentou amenizar a situação, mas não deu certo.
-Tolera que engraçado, você mesma foi a primeira a me agredir e a tratar mal a Gabriela, agora vem com esse papo de boa mãe preocupada.
Levantei-me jogando o guardanapo em cima da mesa fitando aquela menina, que se levantou logo em seguida.
-O que deu em você ?
-Nada estou apenas tomando controle da minha própria vida, vamos Glória.
As duas deixaram a mesa e foram pra empresa, sentei-me em seguida preocupada.
-Acha que ele está envolvido nisso ?
Olhei pra minha esposa não queria preocupa-la ainda mais agora com sua formatura chegando.
-Se estiver tomarei minhas medidas.
Sua mão pousou sobre a minha estava gelada.
-Calma meu amor, não vou me estressar novamente o pior já passou.
Beijei sua mão e depois voltamos a comer, Aline desceu com Samanta que veio correndo até a onde estava, se queixando que estava muito pressa no castelo.
-Isso é verdade princesa, por tanto hoje iremos sair.
-Oba!
A pequena bateu palmas eufórica em meu colo, mas disse que seria mais a noite assim ela poderá ver como a cidade e estrelada.
-A Sofia já foi ?
-Sim, mas está irredutível.
Falava enquanto colocava Samanta sentada na cadeira, e voltando pro meu lugar.
-Essa nova campanha ela se refere a que amor ?
-Pra ginastas, e um produto pra refrescar o corpo durante as provas, mas servira como ajuda do que como estética.
-Incrível.
-Obrigada Aline, vocês duas possuem dois seguranças, e a casa estará protegida.
-Há algum plano ?
-Bem Aline estou pensando em deixa-lo solto na empresa, mas ele só falara algo se sentir ameaçado, por outro lado estaremos seguras.
Antônio apareceu pra ficar com Samanta, mas Gabriela foi falar com ele sobre o almoço antes de irmos.
-Sabe de alguma coisa Antonio ?
O senhor estava cansado e preocupado com a Sofia me revelou que ela chega tarde, e a maioria das vezes bêbada.
-Tudo bem, cuide da Samanta.
Deixamos a mansão por volta das 9:00 horas fui em outro carro pra faculdade, enquanto Rafaela e Aline foram pra empresa.
Ao chegar na empresa fui direto pra minha sala e glória pra sua, ao entrar me sentei ligando o tablete, em seguida escuto o telefone minha secretaria me avisava que Jorge quer falar comigo, liberei sua passagem.
-Bom dia chefa.
-Bom dia Jorge, por favor sem isso saber que é meu braço direito aqui.
-Fico grato pela minha colocação.
Falávamos sobre os novos eventos da empresa, dentre uma conversa e outra mudamos de assunto para o bar que fomos semana passada.
-Teve chance de ficar com aquela loirinha.
-Há não, pelo menos nisso procuro ter o pé no chão.
-Venhamos que ela estava aos seus pés.
Aproveitamos pra tomar um wisque e relaxar, após algumas horas deixou minha sala.
Eu e Aline chegamos na empresa e entramos pela porta da frente, entrando no primeiro elevador vago, estava me preparando emocionalmente e fisicamente quando a porta se abriu revelando Jorge, que ao nos ver sorriu majestosamente antes de entrar.
-Bom dia!
Ficamos lado a lado, evitei contato visual enquanto fechava a mão.
-Soube da nova campanha, a Sofia é muito inteligente, teve a quem puxar.
Aline olhou-me pelo reflexo do espelho suplicando pra me acalmar, assim o fiz.
Não demorou muito pra ele chegar em seu andar, mas antes de passar por mim esbarrou de proposito em meu ombro.
-Cuidado Dona Rafaela.
Estava prestes a voar em seu pescoço quando Aline me segurou por trás, e a porta se fechou.
-Desgraçado!!
-Calma Rafaela, por favor calma.
Aline me abraçou forte enquanto sentia aquela dor de cabeça chata, não demorou muito pra chegarmos em nosso andar.
Fui pra sala e pedi um analgésico ficamos trabalhando a manhã toda e nenhum sinal da Sofia.
Durante o almoço a encontrei com a namorada, puxei uma cadeira pra me sentar.
-Podemos conversar sobre a campanha ?
-Se quiser.
Não reconhecia mais a minha filha, estaria perdendo pra esse marginal.
Deixei a faculdade por volta de meio dia indo direto pra empresa, ao chegar encontrei Aline e Glória conversando me aproximei dando-lhe apoio a minha amiga\ irmã.
-Não há nenhuma outra mulher em quem a Sofia possa está interessada ?
-Não, na verdade ouve a Gabriela.
Meu nome foi proferido de sua boca com uma hostilidade.
-Que isso Glória tudo que vivi com a Sofia acabou faz tempo.
-Eu sei, mas há sempre vestígios.
-Sabe que ela te ama e não faria nada pra te magoar.
-Eu sei.
Depois daquela conversar conturbada fomos atrás de mãe e filha, o outro papo não estava agradando muito a Sofia, ao nos aproximarmos ela se levantou e foi embora.
-Atrapalhamos ?
-Não meu amor, se tudo fosse só isso, vem cá.
Almoçamos todas nos juntas tentando dissipar todo aquele estresse, Rafaela falava que iriamos a um restaurante novo no centro, que não iria parar sua vida por causa de Jorge. Todas nós concordamos, mas não era certo a participação da Sofia isso a deixou extremamente triste, a tarde teríamos uma reunião a portas fechadas sobre a nova campanha, e claro Jorge estaria lá.
Aproveitei a hora do almoço pra por minhas financias em ordem, contava o dinheiro da noite quando Igor abriu a porta deixando-o entrar.
-Quem é vivo sempre aparece.
Falava enquanto contava as notas de 100.
-Apesar de ser seu pai saiba que é muito difícil está aqui.
-Oh sim muito difícil, qual é seu Antônio já fez coisa muito pior ao meu comando.
-Fiz pra ficar ao lado da minha neta, que dona Rafaela me perdoe por tudo que fiz.
-Fale logo o que quer velho, ainda tenho que voltar pra empresa, no caso minha empresa.
-Sabe muito bem que aquela empresa nunca foi sua, e nunca será.
Contei todas as notas guardando na maleta preta, ficando de pé encarando meu pai dando um de herói.
-Fala logo ao que veio, se for pra me ajudar desembucha.
-Quero que fique longe dela, só pode ser você a mexer com a cabeça dela!
Caminhei em sua direção ficando frente a frente, o olhando de cima a baixo.
-Quem é você velho, pra me dizer como devo ou não tratar minha filha! Tu não mandas em nada aqui, agora coloque o rabo entre as pernas e der o fora daqui, agora.
Senti o gosto do sangue em minha boca e meu corpo sendo jogado contra a mesa.
-Você me respeite seu bandidinho, posso ter contribuído com isso, mas sou seu pai!
Parti pra cima dele o derrubando no chão, a porta foi aberta em seguida Igor me abraçava me tirando de cima dele.
-Seu velho imundo nunca mais toque em mim de novo!
Aproveitei a deixa dando-lhe um chute no estomago, o fazendo se contrair e gem*r de dor.
-Porr* Jorge tá doidão! Ele e seu pai.
-Pode ser o papa, esse decrepito me bateu, é ninguém bate em mim! Tirem ele daqui.
Deixei a boate e parti pra empresa, enquanto a reunião não começava cuidei do machucado, não daria esse gostinho pra vagabunda da Rafaela.
Acabou que a reunião atrasou, pois, dois empresários famosos que iriam participar o voo atrasaram, estávamos todos a sua espera, ao chegarem entrou eles dois e Jorge mais atrás.
Ver ele tão perto da minha filha me subia um ódio enorme, Gabriela tentava me acalmar com suas mãos e seu olhar, pra descontrair Aline ligou a televisão antes da reunião oficialmente começar.
-Boa noite estamos falando diretamente do local do incêndio, a boate pistole acaba de ser incendiada.
Olhei pra Jorge e vi seu rosto pálido enquanto a jornalista continuava a dar a notícia que o fogo se espalhou rápido e que não houve mortos, seus olhos repletos de ódio mirraram os meus a sentença já havia sido decretada ali mesmo, estávamos todos mortos.
Fim do capítulo
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