Buscando forças
-Não acha que está bebendo muito ?
Olhava pra minha poetisa, enquanto enxia mais um copo com Rum.
-Não acho, querida.
Aquilo não ficaria assim, me levantei do sofá e fui até o minibar que possui na mansão tirando a garrafa de suas mãos.
-Não vou tolera sarcasmo, em vez de estar apoiando sua mãe está aqui enchendo a cara.
Ela olhou-me com o olhar triste, fazendo um esforço enorme pra não chorar na minha frente.
-Não suportaria ver minha mãe mais um dia naquele leito, ainda mais ela tem duas pessoas que a amam do lado dela.
Suspirei, em vez de esconder a garrafa apenas a abracei forte, confortando-a.
-Eu estou aqui.
Me doía ver a Sofia assim, temos uma cumplicidade enorme e nesses momentos que vemos o quanto somos importantes, uma pra outra.
Subimos as escadas com cuidado e fomos pro quarto, ao entrar a ajudei tirando o tênis e cobrindo-a, evitei ligar pra Gabriela, a última coisa que quero e levar mais um problema pra ela.
Ao deixar o quarto encontrei com Antônio no corredor, estava muito preocupado com ela. Perguntou se podia fazer algo.
-Um café bem forte.
Enquanto isso no hospital.
-Me parece preocupada meu amor.
Rafaela estava distante e inquieta na cama, o médico quis que ela ficasse por dois dias em observação, pro seu desespero. Aline vinha nos ver dia sim dia não trazia uns desenhos da Samanta pra Rafaela ver, até que estava gostando da nossa grande família.
-Quanto mais tempo passo aqui, mais a Sofia se encontra desprotegida.
Rafaela mãe protetora isso sim foi uma grande mudança.
-Ela está com a Glória, tenho certeza que ela cuidará bem dela.
Conhecia muito bem a minha amiga, mas ela poderia se deixar levar por qualquer papo romântico da namorada, no final as duas são como queijo e goiabada.
-Se se estressar será pior, ficara aqui por mais tempo.
Toquei em suas mãos frias, sorri com o resultado.
-Esse sorriso é ?
Olhou-me curiosa sorrindo de lado, seu cabelo estava preso num coque, deixando aquele pescoço amostra, o rosto dava destaque para os óculos Ray Ban de grau.
-Mãos frias coração quente, é o que dizem.
-O que seria de mim sem você, minha Gabriela.
Me aproximei e toquei em seu rosto, Rafaela tinha sido ferida pelos anos e tudo veio se transformando em ódio puro, não seria eu a julgar.
-Eu tratava tão mal as mulheres que passaram pela minha vida, até você.
-Shhh... Não precisa me provar nada, sei que coisas assim não foge de sua cabeça, mas hoje em dia você é outra mulher e isso é o que importa, pra mim pra Sofia é até pra Aline.
Ela sorriu ajeitando os óculos.
-Você não gosta mesmo dela né, minha ciumenta.
Me apertou em seus braços, com sua ação me deu liberdade pra beija-la. O clima estava esquentando e por um momento esquecemos que estávamos num hospital, sua mão apertava minha cintura enquanto subia pelo meu vestido.
Não nós demos conta quando alguém nos observava e pigarreou, ao notar que era o médico logo voltei pro meu lugar, Rafaela em nenhum momento se mostrou com vergonha, encarou o médico com sua pose inabalável de empresária.
-Então quando vou ter alta ?
-Hoje a senhora será libera, olhou pra mim que nesse momento estava tentando disfarçar a situação anterior com uma revista.
-Mas a senhora não vai poder se estressar novamente.
-Tudo bem doutor, vou seguir à risca sua orientação.
Desta vez foi minha vez de pigarrear. Rafaela ergueu sua sobrancelha sem entender nada, no fundo sabíamos que não seguiria nada à risca.
Ao deixarmos o hospital decidi realizar um tour pela cidade como antigamente, isso pareceu acalma-la.
O motorista passou em frente a uma catedral, pedi que ele estacionasse. Em nenhum momento perguntei qual será sua religião, mas nesse momento isso era o que menos importava. Entramos na catedral de mãos dadas o lugar transmitia uma infinita paz, nos aproximamos dos bancos e me ajoelhei primeiro, seguida por ela.
-Precisamos de todas as forças possíveis, pelo que estar por vim.
-Tem razão meu amor.
Ficamos na igreja por uma hora reforçando nossas forças, ao sair andamos um pouco até chegamos numa sorveteria e ficar por lá.
-Vou visitar meus irmãos, ver como estão indo.
-Ira com dois seguranças armados.
-já disse o quanto amo a sua proteção, hoje ?
-Eu acho que não, mas estou ouvindo atentamente.
-Engraçadinha.
Escolhemos dois picolés, a minha era de açaí e o dela de banana.
Caminhamos mais um pouco olhando a vista linda que tínhamos da cidade ao longe.
-Se chamara Ângelo o nosso pequeno.
Toquei em minha barriga, Rafaela sorriu tocando-a logo em seguida.
-Nome lindo, que se pareça com a mãe.
Rir - Se possuir seu gênio, me deixará cheia de orgulho.
Fim do capítulo
Estarei escrevendo o teor de tudo isso, agora que tudo foi revelado, ainda vai existir empecinhos.
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