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Fotografias em Preto e Branco por GLeonard

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Palavras: 1613
Acessos: 1858   |  Postado em: 30/06/2018

Capítulo 22

Durante os primeiros dias Luana ainda conseguiu se concentrar parte do tempo, e escrever quase um capítulo, mas com o passar dos dias a ausência da mulher cobrou seu preço, e a preocupação, embora se falassem todos os dias, ao invés de diminuir só aumentava. Já a conhecia pela voz, então sabia que o impacto da realidade que resolvera registrar estava sendo enorme, por mais que Camille tentasse disfarçar.

Quando finalmente Camille desembarcou de volta, o sofrimento estava marcado em seu corpo e em seu rosto. Emagrecera visivelmente, estava bronzeada de tanto sol, com a pele e o cabelo ressecados, e parecia ter o sorriso desbotado. Ao cruzar a sala de desembarque, deixou as bagagens caírem e procurou o abraço de Luana, ficando alguns minutos encolhida em seus braços.

- Amo você. Não aguentava mais de saudade. Foi tudo que Luana conseguiu dizer porque embargou a voz, percebendo a fragilidade da mulher, refugiada em seu peito.

- Também amo você... me leva pra casa... e pelo menos hoje, só me faz esquecer... Finalmente olhou nos fundo dos olhos da escritora, se permitindo desmoronar. E oferecendo os lábios para um beijo suave e doce.

 

Ao chegarem em casa Luana preparou a banheira com sais de banho, enquanto Camille soltava em seu escritório parte do material que levara. E enquanto a mulher mergulhava na água quente e perfumada, a outra se ocupava em ir lhe buscar uma boa taça de vinho, para depois servir-lhe o jantar, que deixara pronto antes de buscá-la.

Luana diminuiu a luz no banheiro, estendeu à Camille a taça que servira e acomodou-se próximo a borda da banheira, fazendo massagem com óleo nos ombros e pescoço da mulher.

- Esse é o paraíso... Estava no inferno... Disse de olhos fechados, sorvendo quase todo o vinho e voltando a se calar.

- Amor, sei que foi horrível, mas agora você está em casa... Vou cuidar de você.

- É tudo que eu preciso...

Não trocaram mais nenhuma palavra. Passado algum tempo, Luana fez um gesto para que a outra abrisse os olhos e saísse da banheira. Enrolou-a na toalha e a levou pela mão para a cama, para onde, pouco depois, trouxe a bandeja com o jantar e uma nova taça de vinho. Jantaram em silêncio. E sabendo que o cansaço da mulher era muito mais psicológico que físico, retirou a bandeja levando-a para a cozinha, e retornando rapidamente. E mesmo sem tirar a roupa e tomar banho, se deitou ao seu lado, puxou-a para o ombro.

Camille aconchegou-se à outra e, depois de muitos suspiros pesados, finalmente desabou no choro, fazendo com que Luana ficasse profundamente triste também por não saber, mais uma vez, como acalentá-la com palavras.

Nos dias seguintes pouco conversaram. Luana não voltou a escrever, sem querer se afastar da mulher, mas quando falavam era sobre assuntos corriqueiros. Camille passa o tempo ou na cama, ou atirada em algum dos sofás.

Eleonora fizera menção de vir visitá-la, mas a fotógrafa delicadamente adiara o encontro, dizendo que assim que pudesse iria ao encontro da mãe.

Sem saber o que fazer, Luana preparava-lhe os pratos prediletos, buscava algo interessante e leve para assistirem, tocava músicas que sabia que a outra gostava, e a colocava entre os braços todas as noites. Algumas das quais, Camille acordava no meio da madrugada transpirando muito, resultado dos pesadelos. Para que ela pudesse voltar a dormir não a levava para um banho, diminuía ainda mais a temperatura do quarto, para que em breve adormecesse novamente, e a mantinha encostada ao corpo, muitas vezes fazendo carinho em seu cabelo, até pegar no sono também.

Muito lentamente a fotógrafa foi ganhando ar de vitalidade, e resolveu finalmente passar algum tempo em seu estúdio, agora separando o material produzido. Seu sorriso, encantador, aos poucos voltava a aparecer, e os dias passaram sem grandes novidades. Luana pôde então voltar ao trabalho do enredo do livro e, gradualmente, a vida do casal voltou ao normal. As noites de insônia foram substituídas por noites de prazer e de diversão, e voltaram a dialogar como antes.

Dois meses depois seria aberta a nova mostra. A proprietária da galeria de arte, marchand renomada e filantropa, contratou uma equipe especializada para cuidar da divulgação do evento, e na noite do vernissage a galeria estava repleta de personalidades, colecionadores e membros da imprensa.

As mais de cinquenta obras, dentre painéis, pôsteres e fotografias em tamanho 30 x 45 foram muito elogiadas pelo público presente. Camille fez questão que a mulher estivesse quase todo o tempo a seu lado. Algumas vezes a enlaçava pela cintura, outras trocavam pequenos gestos de carinho, Luana já acostumada às demonstrações de afetos da companheira.

Hora e meia depois de terem chegado, Érika, a dona do espaço de arte, anunciou ao microfone que todos os presentes estavam sendo convidados a dirigirem-se ao salão principal, a fim de assistirem ao documentário gravado durante a viagem da fotógrafa durante a incursão pelos dois países africanos. O resultado final desse trabalho não era conhecido nem mesmo por Camille, que entregara à Érika o material bruto trazido, e deixara a cargo do dela e de seu staff a edição e a finalização.

Durante doze minutos, mais de cem pessoas assistiram atônitas as cenas fortes gravadas pelo cinegrafista que acompanhou a fotógrafa pela incursão. Então Luana pôde entender exatamente o porquê da mulher ter retornado tão deprimida e fragilizada. Durante a projeção, Camille acomodou-se entre os braços da escritora.  Pouco antes do audiovisual terminar a fotógrafa virou-se para a mulher e enlaçando-a pelo pescoço, ofereceu os lábios para um beijo cálido mas apaixonado. Nesse exato momento as luzes foram acessas e a cena foi vista por grande parte dos presentes.

Érika mais uma vez fez uso do microfone, agora para anunciar que algo completamente inusitado seria feito.

- Como vocês puderam ver, todos nós aqui somos afortunados, e há muito que podemos e devemos fazer para minimizar flagelos como os que assistimos, e que estão registrados no trabalho de Camille. Em sendo assim, a partir de agora daremos início a um leilão do acervo da mostra de hoje... A marchand aguardou um pouco o burburinho que se seguiu e voltou a falar. – Evidentemente os fundos angariados com o leilão serão integralmente revertidos a duas das mais conceituadas organizações humanitárias, a Médicos Sem Fronteiras e a Action Aid. Houve uma ovação de alguns minutos, e um verdadeiro frisson, pois os repórteres fotógrafos disparavam seus flashes ferozmente.

- A única obra que não será leiloada é a que abre a exposição, uma vez que o painel foi arrematado antes do leilão pelo valor de cento e cinquenta mil reais. Anunciou a dona da galeria. Nova agitação percorreu o salão.

- Quem arrematou??? – Perguntaram, em uníssono, alguns repórteres.

- O comprador prefere não ser identificado. Sinto muito... Seu nome não é de conhecimento nem mesmo de Camille.

Mediante novo burburinho, Érika anunciou que na tela onde antes fora projetado o documentário, a partir daquele momento apareceriam as imagens das obras a serem leiloadas, dando início aos lances. E que, encerrado o leilão, Camille gostaria de fazer uma manifestação.

Quase duas horas depois regadas a vinho, o leilão foi encerrado, e a cifra arrecadada ultrapassou em muito qualquer expectativa, entretanto nenhuma das obras alcançou o valor da arrematada antes da hasta.

Érika então anunciou que a partir da noite seguinte a artista estaria expondo outras obras, parte do mesmo trabalho. E convidou Camille a se pronunciar. O público recebeu a fotógrafa com calorosos aplausos.

- Boa noite... quero, inicialmente, agradecer a todos vocês que, atendendo ao nosso convite, vieram prestigiar a mostra desta noite. E agradecer mais ainda aos que, sensibilizados pela causa, ofereceram lances e contribuíram substancialmente para que as instituições que receberão a doação possam, com seu trabalho, minimizar um pouco tanto sofrimento. Creio que essa é a minha, a nossa função social... Foi interrompida por novos aplausos. – Quero agradecer à Érika, e seu staff , que organizaram e viabilizaram essa noite. E quero agradecer especialmente a uma pessoa que me incentivou, apoiou e esteve a me lado, sendo e me dando  motivos para que eu pudesse seguir caminhando... Luana Hays... Obrigada, amor, por fazer parte da minha vida.

Novos aplausos, olhares de admiração para uma e outra, e a certeza de que a escritora era bastante modesta e reservada, pois ficou ruborizada e tentou conter o sorriso largo e a emoção. Camille atravessou o espaço que as separava e beijou a mulher, sem reservas. Pouco depois, Luana dirigia o mais rápido possível para que pudessem chegar logo em casa, onde cena semelhante a da primeira noite que passaram juntas, se seguiu.

Ao adentrarem no apartamento, mãos e bocas se confundiam, e na pressa em se verem livres das roupas e satisfazerem o desejo, despiam-se a caminho do quarto. Os sentidos aguçados e a vontade latejante explodiram assim que alcançaram a cama. Confundindo sabores e perfumes, goz*ram juntas. Mas, ainda desejosas, mudaram de posição e saciaram a fome e a sede uma da outra, alternadamente. Bem mais tarde, como de costume, dormiram abraçadas, completamente exaustas e felizes.

Desta vez, ao acordarem conectaram para ler as críticas dos veículos de imprensa que haviam feito a cobertura do evento da noite anterior, mas mais uma vez puderam comprovar que a mostra fora sucesso de público e crítica. E as notas teciam elogios rasgados também à iniciativa de realização do leilão para que os lucros fossem transformados em doação aos organismos humanitários. Em mais de um dos noticiários eletrônicos, ao invés de Camille aparecer sozinha, como seria de praxe, havia fotos do casal, e mesmo pequenas notas, dando a publicidade ao agradecimento feito por Camille à escritora.

Fim do capítulo


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