Vigésimo Nono Capítulo
Quando abri os olhos fui agraciada com uma bunda toda empinada e nua, Silvana está em pé em frente ao guarda roupa, usava apenas minha camisa que nela ficava um vestido curto. Despertei melhor e percebi que está na ponta dos pés à procura de algo.
Na hora meu coração disparou e minha boca secou, as borboletas não estavam apenas no meu estomago e sim em todo o meu corpo o deixando mole, porque sabia o que ela procurava.
Trêmula me ergui até sentar na cama, mas Silvana na sua busca não percebeu, me inclinei e abri a gaveta do criado mudo. Finalmente ela me encara com um sorriso tímido, mas sua expressão logo muda para a surpresa, pois na minha mão está a caixinha em formato de coração. Ela cautelosa vem até mim e senta-se na minha frente, com um sorriso sem graça diz:
- você achou.
- na verdade ele quase me arrancou um olho.
Dou uma risada fraca, a situação estava tensa, Silvana estica a mão e pega as alianças, toma fôlego e começa sem nunca tirar os olhos dos meus:
- quando comprei essas alianças tinha certeza que passaríamos o resto da vida e além dela juntas, te amo e sempre vou amar. Mas cometi o maior erro da minha vida e não digo isso pela minha filha, mas sim pelo modo que ela foi gerada e te perdi.
Eu estou tão emocionada que o nó na minha garganta não me deixa falar, apenas nossos olhos estão rasos de lágrimas, aperto sua mão e ela continua com a voz embargada:
- você é iluminada Flower, me sinto honrada de merecer seu amor, me acolheu, me perdoou e ama as minhas filhas. Sei que posso não ser a mulher certa para você, mas pode ter certeza que vou me esforçar para te fazer feliz.
Ela ajoelha-se e nessa hora estou chorando feito manteiga derretida:
- estava esperando o momento certo para fazer isso, mas aprendi que o melhor momento é o agora. Flower Maria dos Santos, aceita se casar comigo?
A levanto do chão e fito seus cabelos enrolados parecendo um ninho de pássaro quando acorda, seus olhos estreitos e castanhos mel vermelhos de tanto chorar, sua silhueta redonda e arrebatadora, apreciava cada qualidade dela, aprendi a superar seus defeitos. Não é nisso que consiste o amor? Em aceitar o todo da pessoa e ama-la ainda assim? Bom não sei para vocês, mas para mim era isso. Portanto só tinha uma resposta para Silvana:
- aceito.
Ela abriu o sorriso, aquele que era só meu, me beijou longamente. Depois que colocou as alianças em nossos dedos, falei:
- você e a única mulher para mim, vocês são minha família, são minha vida.
Ela encostou nossas testas:
- eu te amo.
- também te amo.
Meu coração retumbou, iriamos nos casar.
Acordei primeiro que minha noiva, estava deitada as suas costas, alisei devagarinho sua barriga e cheirei gostoso seu pescoço. Hoje fazia uma semana do pedido, e com a pressão do nossos amigos, decidimos fazer um churrasco para comemorar o noivado. Olhei o relógio e ainda estava cedo para começar a preparação das coisas.
Minha mão saliente saiu da sua barriga e agarrou um seio que estava nu, na verdade nos duas estávamos nuas. Descobri que a gravidez deixou Silvana com mais fogo, mas como a médica pediu, fazíamos com moderação.
Ela despertou com um gemidinho que foi me deixando molhada, manipulei bem devagar os seios e Silvana empurrou a bunda para encostar no meu sex*, dessa vez fui eu que gemi. Arrastei minha mão para o meio da suas pernas e deslizei meus dedos com facilidade. Silvana gem*u mais alto, mas falei no seu ouvido:
- vida , a Lala ta em casa.
Ela apenas balançou a cabeça e tentou conter o gemidos que agora saiam sussurrados e ofegantes. A masturbei por um tempo, quando percebi que estava pronta, a penetrei por trás, sabia que o sex* daquele jeito era mais confortável para mulheres grávidas. Silvana ofegou e colou a boca no travesseiro, sabia que se estivéssemos só teria gritado. Meti bem devagar os dedos e depois tirei, fazia tudo com cuidado e paciência, mas minha gata selvagem nunca foi dada a lentidão, virou a cabeça para trás e pediu:
- mais forte amor...
Aproveitei e beijei sua boca, nossas línguas bailaram enquanto atendia o seu pedido, meus dedos começaram a penetra-la rápido. Silvana levantou uma das pernas me dando mais espaço:
- ta gostoso vida?
- ta ... ai Flower ta... ai...mais amor.. mais...
E começou a jogar o quadril para trás e me aproveitando , me esfregava toda nela, senti suas paredes começarem a comprimir. Parei a penetração arrancado um choramingo da minha noiva, mas a virei e desci para o meio das suas pernas, queria o sabor dela em minha boca. Endureci a língua e arrastei pelo seu clit*ris inchado, Silvana chegou a morder o antebraço para não gritar, dobrou as pernas e impulsionou o quadril pedindo mais e eu dei. A ch*pei toda e voltei a meter bem gostoso, dessa vez seu orgasmo veio.
Me deitei ao seu lado e esperei se acalmar, depois acarinhei seu rosto, lhe dei um beijinho:
- bom dia vida.
- bom dia maravilhoso amor
Ela voltou a me beijar daquele jeito que me deixava a ponto de bala:
- amor ,vira de bruços.
Fiz o que foi pedido, ela sentou na minha bunda me fazendo quase ter um orgasmo só ao sentir seu sex* molhado. Começou a se arrastar em cima de mim me lambuzando toda, até que sua língua encontrou minha entrada por trás. Agora era minha vez de enfiar o rosto no travesseiro para não gritar. Ela brincou um pouco com minha entrada, depois enfiou dois dedos sem deixar de me masturbar, empurrei meu quadril em direção a sua boca. Não demorou muito e explodi deliciosamente.
Depois nos entrelaçamos e ficamos nos acarinhado, ela mordiscou meu lóbulo e falou:
- quero acordar todo dia assim.
- posso colocar nos meu votos.
Ela sorriu alegre, acariciou meu rosto e disse emocionada:
- nunca achei que teria essa chance com você novamente.
- esquece o passado Sil, vamos viver o agora e planejar o futuro.
A beijei e continuei:
- e por falar nisso, sei que nosso casamento terá que esperar um pouco.
Isso era verdade, com o nascimento de Tatiana, nosso orçamento apertaria, e queria proporcionar a nós um casamento com direito a festa e cerimonia.
- não tem importância amor, vamos esperar o tempo que for.
- e sobre isso que quero falar, porque não moramos juntas?
- sério?
- sim, vamos mudar lá para casa. Economizamos no aluguel, o que acha?
- acho perfeito Flower, o que mais quero é acordar e dormir todos os dias da minha vida ao seu lado.
Tentando disfarçar a emoção que me tomara, brinquei:
- só para ter múltiplos orgasmos pela manhã, sua interesseira.
-ai amor, descobriu o meu segredo.
Sorrimos felizes e nos beijamos novamente, a coisa estava começando a esquentar de novo, mas Lavínia bateu na porta:
- hellowww... vamos acordar suas taradas, temos um churrasco a preparar.
Dei risada e Silvana vermelha falou alto:
- já vamos filha.
E baixo para mim:
- será que ela escutou algo?
A abracei brincando com seus cachos a acalmei:
- não, e a primeira mudança lá em casa vai ser parede com acústica, para minha gata selvagem gritar muito.
Ela bateu em meu ombro:
- Flower... não sou escandalosa.
- e não, vida - falei sarcástica.
Ela me deu aquele olhar estreito e levantou me presenteando com sua esplendorosa nudez, que mulher gostosa da porr* essa minha. Vestiu o roupão e começou a separar a roupa para depois do banho, eu ainda fiquei de preguiça na cama. As vezes seus olhos caiam nos meus seios desnudos e a via morder os lábios cheia de lascívia. Dei um sorrisinho sacana sabendo muito bem onde iam seus pensamentos indecorosos, ela para se vingar me tirou toda a libido:
- preparada para conhecer seu genro?
Pois é, hoje seriamos apresentados oficialmente para o namorado de Lavínia, tenho que dizer que eu e Carlos estávamos unidos, o menino iria ter que passar por nossa aprovação.
- obrigada por me lembrar.
Falei azeda e vesti meu roupão também, Silvana me abraça e diz séria:
- não vai tratar mal o menino Flower e vou avisar o Carlos também, vocês tem que parar com essa ciumeira da menina.
Me dá um tapinha na bunda e começa a sair do quarto, apenas resmungo:
- não é ciúmes e cuidado.
Ela se volta e me olha na expectativa, então digo a contra gosto:
- ta legal, vou ser a simpatia em pessoa.
- que bom amor - me olha safada e completa - se comporta direitinho, que mais tarde vai ter muito mais disso.
Engoli e seco e apenas acenei a cabeça obedientemente.
O churrasco eram para poucos amigos nossos, infelizmente os pais de Silvana não compareceriam, já que estava mais que chocados com o iminente casamento da sua filha com outra mulher e ainda gravida de outro. Mas ela estava bem, achava que com o nascimento de Tatiana, tudo melhoria.
Eu e Carlos tentávamos acender a churrasqueira, mas eu ficava flertando pela janela com minha loira que estava na pia arrumando as carnes do que ajudando o pai de Lavínia. Ela me encara cheia de amor e tesão e diz sem palavras que me ama , correspondo. Foi assim que vi Lavínia chegando por trás dela com o "muleque" a tiracolo, cutuco Carlos que estava com a cabeça enfiada dentro da churrasqueira e digo séria:
- ele chegou.
Carlos esquece tudo e também olha para os dois que vinha atrás de Silvana em nossa direção, ela nos encarava com aviso nos olhos. Então ficamos lado a lado e cruzamos os braços, sinceramente não queria ser o "muleque", porque Carlos é tão alto quanto eu, mais forte e tem cara de mau. Silvana fica ao me lado e diz leve:
- gente, esse e o Eduardo, namorado da Lavínia.
O menino ganhou um pouco do meu respeito pois nos encarou e falou simpático:
- prazer.
Esticou a mão na minha direção primeiro, Silvana me belisca discreta nas costas, descruzo os braços e aperto a mão dele, depois ele se vira para Carlos no mesmo gesto, que demora um pouco mas aperta a mão dele, quase posso ouvir os ossos do menino sendo esmagados, mas Eduardo ficou firme.
Lavínia nos encara um tanto assustada, fico consternada, sei que o garoto é importante para ela e digo amena:
- sabe acender uma churrasqueira, guri?
Eduardo assente e começa a tentar acender o fogo, Carlos me olha em dúvida, mas apenas dou de ombros, se não pode com ele se junte a ele. Ele faz uma expressão conformada e vai ajudar o menino. Sinto os braços de Lavínia sobre minha cintura e ela diz baixinho:
- obrigada Flor.
Dou um beijo na cabeça dela, quando ela se junta ao namorado e ao pai, minha noiva me abraça pela cintura e diz feliz:
- te amo muito.
Me curvo e digo sussurrando no seu ouvido:
- quero meu prêmio, viu?
Ela me rouba um beijinho e sai rebol*ndo aquela bunda gostosa, para na porta e seus olhos me dizem que vou ser muito feliz mais tarde. Assim que Silvana some para dentro, minha amiga aparece na porta. Percebo na hora que tem algo estranho com Alexia, ela sempre chega gritando e mexendo com todos, mas hoje parecia perdida.
Me aproximei dela e a cumprimentei:
- oi gata.
- Flor, parabéns.
E me abraça ao que correspondo, mas então sinto as lagrimas de Alexia molharem meu pescoço, a encaro preocupada:
- o que houve Alê?
- preciso muito conversar Flor, mas não quero te atrapalhar.
- larga de bobagem, vem.
Em alguns minutos já estávamos na sala da minha casa, Alexia desabara no sofá , eu seguro sua mão esperando ela se recompor. Assim que o faz ,o que fala me deixa boquiaberta:
- dormi com a Camila.
- mas e o que? Como assim amiga?
Ela não me encara e morde a bochecha por dentro, depois com um suspiro audível solta:
- caralh* Flor, trepei a noite toda com a Camila e foi ótimo. Mas agora estou confusa, sabe que sou uma mulher trans hétero. Nunca me vi com uma mulher!
Estava atordoada, nunca vi Alexia desse jeito, ela não era do tipo que se apegava, ou mesmo ficava confusa:
- me conta direito Alexia.
Ela me encara nervosa e começa o relato:
- estava dando uma força para ela essas semanas, sabe que ela estava triste por conta de como as coisas terminaram entre vocês, saímos quase sempre, primeiro para baladas, depois ela começou a me chamar para barzinhos, a coisa logo evoluiu para cinema e jantares.
Meus olhos esbugalharam, dei uma risadinha bem inapropriada:
- você fazendo programa de casal? E o fim do mundo e não sabia.
Ela me dá um tapa enfezada, mas logo a sua angustia volta, se levanta e começa a medir o o chão, continua:
- quando me dou conta, estou pensando nela o dia todo, quero dividir algo engraçado, desejar bom dia, que ela seja a última voz a noite que escuto e sei que estou fodida certo?! Porque ela quer você.
Não digo nada, sei que tem um mas vindo ai e logo ele chega:
- mas ontem à noite ela aparece lá em casa, e solta que estou sendo essencial na sua superação, que não para de pensar em mim e está arrasada porque mais um vez está se envolvendo por alguém impossível, não me seguro e simplesmente a beijo, e puta merd*, vejo fogos de artificio!
Alexia me olha desesperada e diz nervosa:
- nunca vi fogos de artifícios beijando ninguém. Então inevitável acontece, estamos arrancando a roupa uma da outra e o fogo nos consumindo - ela começa a chorar novamente e diz emocionada -depois ela deita sobre meu peito, me encara nos olhos e diz que está apaixonada por mim, que o que sentiu por você foi uma ilusão, que nunca tinha querido ninguém como me queria.
Ela senta ao meu lado e coloca a mão sobre o rosto tentando conter o choro, a puxo para abraça-la que se deixa ser consolada por mim, digo:
- mas qual o problema Alê? Camila é especial, linda , inteligente. E claramente você está envolvida por ela, porque não investe?
- porque tenho medo Flor, nunca me apaixonei por ninguém, essa porr* assusta para caramba e também tem o fato que sempre me interessei por homens.
Ergo seu rosto, seco suas lágrimas e falo carinhosa:
- estar apaixonada e ficar vulnerável, é esperar tanto do outro e ter medo de se decepcionar, mas também é maravilhoso, Alexia. A vida tem sentido, porque nós fomos feito para o amor amiga, não importa em qual embalagem ele vem, você obviamente sente tesão por Camila, tem carinho por ela e ao que parece está apaixonada, isso sim é mais importante que o gênero dela.
- está certa Flor. Estou irremediavelmente apaixonada por aquela morena meiga e gostosa.
- meu conselho é ... vai fundo.
Ela sai dos meus braços, seca o restante das lágrimas e abre um sorriso que nunca tinha visto em seu rosto, ele expõe seu coração, resoluta diz:
- vou atrás dela e dizer que a quero. Isso se não for tarde demais - completa preocupada
- porque?
- depois da declaração, fiquei confusa e acabei fazendo merd*, meio que disse que ela estava indo rápido demais, saiu arrasada do meu apê.
Levanto também e a seguro pelos ombros, digo com toda certeza:
- pede perdão, diga a mesma coisa que me contou. Ela vai te perdoar, o amor tem dessas coisas amiga, ninguém é perfeito.
- vou mesmo, se precisar me ajoelho na frente dela.
- tenho certeza que ela vai adorar.
Solto sacana, Alexia me responde com seu sorrisinho característico de safada, depois diz séria:
- Flor não se importa se eu não participar do churras.
- claro que não gata, vai logo atrás da sua mulher.
Ela me beija e sai em dispara pela porta atrás da sua felicidade e eu volto para minha, realizada por saber que duas pessoas que amo vão ficar bem.
Fim do capítulo
Olá,
Estamos entrando na reta final, espero que continuem acompanhando a estória da Flower, muito obrigada pelos comentários , Bellas :)
Otima semana a todas nós.
Abraços!
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Endless
Em: 17/06/2018
Eita que já estamos nas despedidas! Não me aprofundei ainda na questão trans, mas entendo que o amor não escolhe gênero, então... Camila não podia se apaixonar de verdade por pessoa melhor. Coitada da Lavínia!Rsrsrs! Tenho certeza que proteção é sempre bem vinda. E o guri parece ser bem parceiro.
https://www.letras.mus.br/nazareth/27779/ Isso é o mais perto que posso chegar de rock. Tá valendo pro casal!
Boa sorte!
Resposta do autor:
Oi,
Confesso que pesquisei sobre essas questões trans ..ouvi alguns depoimentos tbm!
Mas acredito q qnd o amor acontece..ele ve a alma!
Lavinia e protegida e amada sempre!
Sou do rock..mas nunca tinha ouvido essa banda. Vou escutar!
Abraços!
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