Vigésimo Sétimo Capítulo
E o tempo passou e o escroto até então estava cumprindo o trato, Silvana fora ao médico novamente, graças aos deuses, ela e o bebê estavam ótimos. Ela ainda não podia abusar, mas estava liberada para fazer alguns exercícios, como caminhadas e hidroginástica.
Nesse momento estou com o carro de Alexia indo a mais uma consulta da obstetra, deixei minha moto com minha amiga e fiquei com seu carro, pelo menos até a bebê nascer. E estava pensando seriamente em trocar minha moto por um carro, sei o que vocês estão pensando, que voltei com Silvana. A resposta é não, ainda não.
Mas confesso que esse mês foi bem difícil, praticamente convivemos inteiro juntas, e estava subindo pelas paredes, vendo minha loira toda sexy e não poder fazer nada. Ela tinha me convidado para dormir no seu quarto, porque o sofá era inviável, mas fugi é claro. Imagina fica perto dela a noite toda, iria ficar doida de tesão e mesmo que pudéssemos fazer algo, não queria sucumbir ao um momento, acabaria nos magoando mais. Fui dormir com a Lala.
Sinceramente ainda não sei o que me segurava, praticamente morávamos juntas, o pingente a todo momento me lembrando que era só esticar a mão e me apropriar da minha família. Mas não o fiz, mesmo que fizesse planos, como trocar minha moto por um carro, pegar tanto trabalho freelance , (pedi até para Alexia voltar as raízes e me ajudar) para ganhar mais, planejar o quartinho da nossa filha, (chama-la de nossa filha).Ainda assim estava temerosa, Pedro podia estar quieto, mas ainda estava lá. Acho que precisava de mais segurança, em que poderia suportao-lo em nossas vidas para realmente me jogar novamente nessa relação. E sei que Silvana estava apenas esperando um passo meu para abrir os braços e me receber, via no olhar dela a todo momento o amor e o desejo.
Estava atrasada já, pois tinha acabado sair de mais um cliente, cheguei esbaforida na sala de espera do consultório, Silvana estava me esperando, logo a enfermeira nos chamou. A médica examinou Silvana e depois fez o ultrassom, sempre me emocionava quando escutava o coraçãozinho batendo forte, como dizendo... quero viver.
Depois ela disse que as duas estavam saudáveis, Silvana poderia continuar nos exercícios físicos, mas que não estava liberada para voltar a trabalhar, e a doutora achava que muito provavelmente só voltaria depois que a criança nascesse. Silvana não estava tão frustrada porque me ajudava a organizar as finanças dos meus empreendimentos, mas sentia falta no salário que diminuíra consideravelmente, mas nada era mais importante que a saúde delas.
Enquanto saímos da sala a médica disse:
- ah meninas...
Nos duas olhamos para a doutora e aguardamos, ela austera continuou:
- ...sex* está liberado, mas com moderação hein.
Eu não sabia onde enfiar a cara, Silvana teve um ataque de tosse tão grande que a médica teve que servir água. Saímos as duas da sala mais vermelhas que tomates maduros e sem graça uma com a outra. Porque aquela noticia incendiava o que já estava pegando fogo, decidimos não tocar no assunto.
Fomos para o shopping, Lavínia nos esperava lá , iriamos comprar o berço finalmente.
Assim que chegamos, abri a porta do carro para Silvana que estava mais pesada e precisava de ajuda, ela entrelaçou nossos dedos e fomos andando assim, o que ultimamente acontecia constantemente, andávamos de mãos dadas. Assim que chegamos a porta do Shopping, estaquei pasmada, Lavínia estava abraçada a um garoto, que agora prestando bem atenção, vivia rodeando o portão da nossa casa. Sem nos notar ainda, deu um selinho nele à guisa de despedida, falei nervosa:
- mas ... o que? - olhei para Silvana e percebi que segurava o riso - o que e isso Silvana?
Não conseguia acreditar, minha doce e inocente Lala estava aos beijos com um garoto que parecia mais velho que ela ainda por cima, Silvana me incitou a andar e falou sossegada:
- esse que acabou de sair e o namoradinho da Lavínia.
Estaquei novamente e agora fiquei realmente atordoada:
- mas como assim namorado? Que horas foi isso, que não estou sabendo de nada!
- nem você e nem o Carlos, pelo simples fato que nenhum dos dois querem aceitar o fato que Lala e uma adolescente já. Ela vai fazer quinze anos logo.
Abri minha boca para argumentar mais coisas, mas Lavínia finalmente percebeu nossa presença e veio até nós, antes dela chegar Silvana me alerta:
- por favor amor, não envergonha a menina, vamos conversar com mais calma depois.
Travei os dentes mas assenti. Ah iria mesmo conversar mais tarde, que história era essa de "muleque" safado querer pegar minha filha! E tenho certeza que o Carlos estaria ao meu lado.
Passamos uma tarde gostosa no shopping, apesar da surpresa com a Lala, compramos o berço e finalmente decidimos o nome do bebê. Foi no carro que aconteceu, Lavínia começou:
- sério, precisamos parar de chamar minha irmãzinha de bebê e aceitar logo o nome que escolhi, Lorena.
- ai filha, não é que seja um nome feio, mas não sinto que ela terá cara de Lorena.
- mas mãe...
Lavínia insistia nesse nome, mas eu também não curtia, disse:
- nome e um negócio muito sério, eu bem sei disso.
- adoro o seu nome ,Flower. Fiquei encantada por ele desde que ouvi da primeira vez.
Silvana colocou a mão na minha coxa para asseverar, mas ao invés disso, senti o calor dos seus dedos subiram para outro lugar, meu sex* pulsou forte implorando por Silvana. Era assim que eu andava, latejando por essa mulher. Nossos olhos se encontraram e ficaram presos, o desejo estava quase palpável. Ainda bem que estava em um sinal vermelho.
Então Lavínia enfia a cabeça pelo meio dos bancos da frente nos despertando:
- o sinal abriu - e depois falou baixinho - suas taradas, se peguem logo.
Eu ouvi, mas Silvana perguntou inocente:
- o que Lala?
- nada mãe.
Lavínia e eu nos olhamos através do espelho retrovisor, ela me deu uma piscada e não contive o sorriso. Silvana olhou desconfiada para nós questionando:
- o que não estão me contando?
- nada mamys, e se for Matilde?
- credo Lala, que nome feio.
E voltaram a discutir nomes, então joguei tímida:
- que tal Tatiana?
- gostei - falou Lavínia
- esse você não tinha falado, tirou de onde?- perguntou curiosa Silvana.
- e de uma atriz que gosto muito, Tatiana Maslany.
- ah sei... e aquela que você fica babando toda vez que assisti algo dela.
Falou Silvana emburrada, não aguentei e ri alto acompanhada por Lala, Silvana ficou mais enfezada ainda e disse com raiva:
- não vou colocar o nome da minha filha de uma atrizinha que você sente atração.
Lavínia enfiou novamente a cabeça entre nós e disse:
- para de besteira mamãe, a Flor pode até ter atração por ela, mas ela ama é você.
Silvana me olhou desarmada e a fitei com carinho sem corrigir Lavínia, para que se era a mais pura verdade, ela beijou a filha e depois perguntou mais calma:
- você gosta mesmo Flower?
- sim, acho um nome forte, nome de rainha.
- e você Lala?
- achei lindo.
Ela pensou mais um pouco e depois alisou a barriga e falou para ela:
- e ai garotinha, quer se chamar Tatiana?
E um momento depois Silvana sorri largamente e diz contente:
- achamos um nome moças... Ela se mexeu.
Fiquei emocionada, afinal Tatiana não era apenas o nome da atriz, também era o segundo nome da minha mãe. Não disse porque não queria impor isso, toquei a barriga dela e Tatiana se mexeu alegre novamente.
Fim do capítulo
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