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Maktub por Sam King

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Palavras: 2464
Acessos: 3832   |  Postado em: 08/05/2018

Capítulo 4

 

Pietra


Borboletas batem asas no meu estomago, estou ansiosa para encontrá-la. O resto da semana passou voando, tivemos mais dois encontros para terminar de fazer o trabalho e talvez porque iriamos sair ,Clara estava mais aberta.

É por isso que estou esperançosa, talvez possamos tentar retomar a amizade, as borboletas se rebelam com essa ideia, elas querem mais, mas tento tirar isso da cabeça. Meu livro hoje é Sob a Redoma de Stephen King, para no caso de Clara voltar ao seu estado de mudez, pelo menos teria Mr.King como companhia.

Desço as escadas correndo, nem paro para tomar café, meu pai estava viajando, então pego a chaves do Honda Civic e saio para garagem. Seu João, nosso motorista, estava lendo o jornal encostado no carro, eu paro em frente a ele e explico:

- bom dia, meu pai me deixou sair com o carro, vou dar uma volta na cidade, mas não sei que horas volto.

Ele me dá um sorriso e assente, realmente tinha pedido o carro para papai.  Fiquei de me encontrar com a meninas alguns quilômetros depois da saída da cidade, assim se meu pai soubesse que descumprir suas ordens de apenas dirigir dentro do limites do município, só me daria uma bronca, mas não saberia das minhas caronas clandestinas.

Viro em uma rua de terra que fica paralela a rodovia, alguns metros à frente estão as duas me esperando. Ana está muito bonita, com roupas que valorizam suas curvas, mas é a Clara que me arranca um suspiro, está linda, e a primeira vez que a vejo sem o uniforme da escola ou do trabalho, veste uma camisa de alguma banda de rock , uma camiseta xadrez preta e vermelha de manga comprida por cima , uma calça skinny preta. Mas minha surpresa acontece quando ela ergue o óculos de sol estilo aviador todo espelhado e me olha, está sem maquiagem pesada, apenas um lápis de olho e um batom rosado. Sinceramente a combinação me faz ter um aperto no baixo ventre, as duas parecem discutir alguma coisa, até que Ana faz uma expressão de desalento e as duas vem para o carro, Clara passa a porta do carona e entra na de trás, não posso esconder minha decepção, mas ninguém nota. Ela grunhe um bom dia, depois encosta a cabeça na janela, coloca o óculos de volta e os fones de ouvido. Agradeço o livro pesado na minha bolsa, Ana entra logo depois, eu digo:

- está linda Ana.

Ela fica vermelha mas agradece, voltamos para estrada, um tempo depois dou uma espiada em Clara, parece que está ferrada no sono. Ana nota que estou observando e diz:

- ela não dormiu muito á noite.

- porque?

- trabalhou até a tarde.

Reparo que ela foge do meu olhar, então lembro que Clara ficava insuportável se não conseguisse ter suas amadas oitos horas de sono, e digo ao mesmo tempo que Ana:

- mal humor matinal

- fica uma fera se não dorme direito.

Nos olhamos, Ana pergunta séria:

- você conhecia a Clara?

Se eu tivesse soltado o "mal humor", poderia apenas desconversar e dizer que tinha adivinhado. Mas eu soltei "o fera", isso é muito pessoal, volto a minha atenção para a rodovia que está deserta e respondo escolhendo minhas palavras:

- quando éramos crianças.

Ana parece que gostaria de perguntar mais, mas aumento o volume do rádio, e isso acaba com qualquer dialogo.

Passo o resto da viagem com se tivesse pedras no meu estomago, esmagando todas as borboletas, Clara não contara nem para melhor amiga sobre nós, definitivamente me queria fora da sua vida.


No shopping Ana nos conta que marcara com Artur na praça de alimentação, que eles se conheciam por fotos , mesmo assim ele estaria esperando com uma rosa. E dito e feito, assim que entramos na praça, tem um menino que parece um varapau na entrada com a rosa na mão e olhando para todos os lados. Clara olha para amiga e depois a empurra para encontrar o menino, nós ficamos atrás de uma pilastra como duas espiãs de quinta categoria. Observamos os dois ficarem sem jeito, depois o menino a leva para o Mc Donald's, então algo surpreendente acontece, Clara segura meu pulso e começa a me puxar para o mesmo local que eles, paramos atrás de algumas pessoas na fila que eles estão para fazermos nossos pedidos, solta meu braço. Ainda que eu estivesse exultante com o contato tão simples, ela não parece nem que se deu conta que havia me tocado, seus olhos como gavião na amiga. Um incomodo me invade, será que Clara poderia estar sentindo mais que amizade por Ana? Pegamos nossos pedidos e nos sentamos de modo que não podíamos ouvir a conversa do casal, mas ficássemos de olho.

Clara fita tudo menos a mim, seus olhos estão inchados do cochilo no carro, mas continua linda. Algumas borboleta ressurgem, tento me controlar. Enquanto como devagar, Clara devora o lanche dela, não aguento de aflição e peço:

- come mais devagar, se não vai passar mal.

Ela finalmente me olha, não diz nada, mas acata meu pedido.


O casal parece que já superaram a timidez, agora riem muito e Artur já está com a mão na de Ana. Meu olhos caem na mão de Clara, queria também pega-la, queria sentir o calor e a maciez dela novamente. Noto que ela me encara, abaixo a cabeça e puxo o livro para minha frente, os lanches já terminados, não sabia o que fazer. Ela coloca o dedo na capa e diz:

- esse deve ser interessante.

A capa mostra uma cidade dentro de uma redoma, eu me atrevo a encara-la, percebo que seus olhos estão sem armaduras, quase vulneráveis, respondo:

- comecei ontem, está bem interessante.

- gostei muito do Iluminado.

Dou um sorriso zombeteiro:

- o filme.

Ela sorri sem travas, percebo que sentia tanta falta desse sorriso dirigido a mim, ela ainda tem dois dentes laterais que são cavalados que eu amo. Fala em tom brincalhão:

- acertou - depois fica séria novamente e seu olhar recai no casal - muito obrigada por nos trazer, Ana é maravilhosa, esse cara parece gente boa, quero muito vê-la feliz.

- você é uma boa amiga.

Ela me fita com saudade no olhar:

- quando me deixam ser.

E antes que pudesse dizer qualquer coisa , ela se levanta :

- eles parecem ótimos, vou dar uma volta no shopping.

Solto um:

- ah.. tudo bem

Volto a abrir o livro, não quero que ela veja a minha decepção, mas ela não foi ainda e ouço sua voz hesitante:

- quer ir comigo?

Abro um sorriso que rasga minhas bochechas.

 

 

 

Clara



Andamos lado a lado olhando as vitrines, tenho que ressaltar que ela estava linda, usava um vestido rosa claro com estampas de flores, o perfume doce me embriagando, uma sandália de salto que a deixa um pouquinho mais alta que eu. Quando peguei na mão dela mais cedo, foi sem pensar, tudo o que queria era não perder Ana de vista, mas assim que dei conta me senti eletrizada, senti vontade de entrelaçar meus dedos aos seus e nunca mais largar. Enquanto comíamos em nenhum momento criei coragem para fita-la, mesmo com anos de treinamento em não demostrar minhas emoções, ela veria a verdade, que nunca a esqueci.

Você deve se perguntar o que diabos estou fazendo passeando com ela se tudo o que disse até agora e que não queria me envolver.

Não sei!

Talvez seja culpa da minha mente embotada de sono ainda, já que rolei a noite toda sem dormir porque estava ansiosa com hoje ou pode ser porque que estou longe daquela cidade maldita e aqui somos eu e Pietra apenas.

Mas seja qual for a desculpa esfarrapada que invente , tudo que sei com certeza e que o sorriso encantador que ela me deu quando a convidei me fez ganhar o dia.

Então entrei num jogo perigoso , comecei a imaginar que estava em um encontro , pensei no que gostaria de mostrar para impressiona-la , imediatamente a ideia surgiu, que dizer era mais uma coisa que eu e meu pai fazíamos. Ele adora lojas de discos, meu amor pela música herdei dele, lembro da única vez que falou com amor na voz sobre minha mãe , que ela havia se encantado por ele porque tocava violão. Meu pai é bem eclético, mas rock é o que mais escutamos em casa.

Guio Pietra até minha loja preferida ali.

Lembro da primeira vez que a vi, fiquei embasbacada com tanta música em um só lugar, meu pai me levou até o meio da loja e disse que eu teria alguns minutos para escolher um disco e que ele escolheria um também, depois nos encontraríamos e teria que convence-lo a comprar o meu álbum ou ele levaria o dele. Eu tinha doze anos, e não conhecia tanto de música, mas lembro que demorou poucos minutos para achar o "disco", a primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa com o bebê nadando nu em uma piscina , ele perseguia uma nota de um dólar, o peguei e corri até papai. Ele olhou e disse que contra Nirvana não tinha o que discutir. Levamos o disco e quando ouvi Nevermind pela primeira vez, sabia que tinha achado minha tribo.


Pietra admira a loja e diz entusiasmada:

- nossa que linda.

A loja havia mudado com o passar dos anos, o vinil foi relegado para as estantes do fundo e agora custava muito caro, os cds que tomavam conta. Muitas capas de álbuns antigos decorava as paredes da loja , a deixando com uma ar nostálgico e despojado ao mesmo tempo. Be yourself do Audislave toca baixinho nos auto falantes, a levo até o meio da loja e imito meu pai:

- e o seguinte , vamos brincar.

- ta bom.

- vamos escolher um cd cada , quem convencer que o seu álbum é o melhor ganha, a perdedora presenteia a ganhadora com o cd escolhido.

Ela me fita com brilho no olhar , nesse momento me recordo que Pietra adora debater, solto convencida:

- nem adiante fica com esse sorrisinho, sei que você é pior que político em época de eleição, mas de música entendo eu.

Ela dá uma risada alta e parte para a busca, não perco tempo, começo a garimpar nas estantes. Até encontrar uma coletânea do Aerosmith, me felicito porque duvido que ela poderá refutar contra as melhores músicas deles em um só álbum. Espio o que ela está fazendo, ainda está a procura, a admiro por um tempo. Até que seu olhar recai sobre o meu e ela sorri tímida, meu rosto arde, vergonha de ter sido pega. Pietra então me chama, nos encontramos entre as estantes de axé music e sertanejo, mostramos os cds juntas.

Ela diz rindo:

- acho que o argumento de melhores músicas em um só lugar caíram.

Dou risada também, porque ela estava com uma coletânea do Caetano Veloso, ela pensa um momento e começa:

- ele é brasileiro, acho muito importante apoiar a música brasileira.

Rebato:

- não tem como discutir o solos de guitarras do Joey.

Então entramos em uma luta feroz de quem é melhor, ela diz que praticamente o Caetano fundou o tropicalismo, eu falo que a voz do Tyler é de outro mundo. Ficamos no debate por bastante tempo, observo cada nuance dela, como fica vermelha quando parece contrariada, agita as mãos para dar ênfase em algum argumento, morde os lábios quando fica pensativa. Pietra olha ao redor, tem muitas pessoas na loja, lança a ideia:

- tudo bem, vamos de pesquisa.

Pega na minha mão, o que adoro e começamos a perguntar para as pessoas, quando elas dizem que não gostam de nenhum dos dois cds, apelamos para qual melhor capa e por ai vai. Rimos como loucas, há muito tempo que não me sentia tão leve. A minha coletânea ganha, ela relutante acaba comprando o cd. Saímos da loja e já sinto saudades, ela quer ir até o banheiro, mas digo que a espero na porta do estabelecimento, volto para dentro assim que ela sai de vista e compro o cd dela.


Quando voltamos para a praça de alimentação não encontramos o casal em nenhum lugar, fico nervosa, mas Pietra segura minha mão novamente e procuramos em alguns lugares. Até que os vejo escondido em um banco que fica entre duas palmeiras artificiais se beijando. Meu rosto fica vermelho, Pietra solta minha mão e nos duas recuamos até a frente de uma loja de brinquedos.

Estou com as mãos suando, porque ver Ana se pegando com Artur, me fez ter ideias loucas também. Claro que nós não teríamos a liberdade de fazer o que eles estavam fazendo em público, mas há muitos cantos escondidos por aqui. Faço esses pensamentos pararem, mas fica difícil com Pietra me encarando e mordendo o benditos lábios. Então aquilo que nos prendeu na biblioteca volta, mais forte dessa vez, quase sinto no ar o desejo. Ela desvia os olhos e fala baixinho:

- meu pai me trouxe de volta porque desconfiou que estava saindo com uma menina.

Meu queixo cai, minhas pernas tremem, e ciúmes me atacam, mas este está em plano de fundo, porque preciso saber:

- é verdade?

Ela me encara agora, os olhos límpidos sem medo:

- sim.

Puta que o pariu, o palavrão soa alto dentro da minha cabeça, não sei o que minha expressão mostra, mas Pietra franze a testa e foge do meu olhar. Seu queixo começa tremer e a culpa me invade. Uma voz implora na minha mente, diga a ela que você também gosta de meninas, diga a ela que você gosta de uma menina específica. Mas minha não consigo falar. Começo a esticar a mão em sua direção, de repente Ana surge do nada e me abraça com tamanha força, que quase nos leva ao chão. E quando olho para Pietra a expressão de serenidade havia voltado.

Ana diz alheia a tensão que existe entre nós:

- aiiiii.. estou apaixonada amiga.

Meu pensamento seguinte... Eu também.


Voltamos como fomos, em silêncio, só que agora não consigo dormir, meus olhos a todo momento no espelho retrovisor, mas o olhar de Pietra não me fitaram mais desde da declaração inusitada. Pego meu lápis de olho e escrevo na capa do cd que comprei para ela e devido a situação não consegui dar pessoalmente:


" preciso conversar com você, me encontre no riacho amanhã, as 10:00, por favor"

Puxo a bolsa dela que está ao meu lado e enfio o cd, espero que ela olhe hoje, porque preciso me encontrar com Pietra e contar que nós duas somos iguais.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá,

Quando eu tiver condições, colocarei capitulos no meio da semana. Mas não se preocupem que sempre terá capitulos finais de semana, promessa de dedinho!


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Comentários para 4 - Capítulo 4:
Lea
Lea

Em: 06/07/2022

Ao menos uma saiu ganhando. Aí da bem que o garoto da Ana não era fake.

Amei esse momento de diversão da Clara com a Pietra.

 

 

 

Responder

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Endless
Endless

Em: 20/06/2018

Eita! Olha eu aqui lendo e me emocionando de novo. Como é bom e difícil amar na adolescência! Continuarei lendo e no final direi o motivo de não ter lido antes.

Até!


Resposta do autor:

Oi,

 

Nem me fala de amor adolescente...hahaha 

Ok, me deixou curiosa ...aguradando o motivo roendo as unhas.. :)

Abraços!

Responder

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perolams
perolams

Em: 08/05/2018

Vou torcer pra que você tenha logo condições de voltar mais vezes, porque estou bem ansiosa pelo desenrolar da história, saber como essas duas vai conseguir ser felizes em meio a tantos fatores negativos.
Resposta do autor:

Ola,

Espero tambem ter condições de voltar mais vezes..haha

E fico bem feliz q minha estoria esteja agradando, as meninas terão um longo caminho a percorrer!

 

Abraços!

Responder

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