~ POV CAMILA ~

 

 

A noite estava muito agradável, não conseguia acreditar que eu estava conseguindo me abrir ao mundo da Alicia, eu não queria que essa noite acabasse jamais, estava tão boa a presença dela, o seu jeito meigo de falar, seu jeito tímido de me olhar, a sua face sempre era estampado com sorrisos, mas ainda sim, depois de muita conversa ela ainda não tinha se aberto pra mim referente ao que ocorreu com seu pulso e pescoço, mas estou disposta a aguarda o seu tempo.

E com esses pensamentos retornei para mesa, mas antes de chegar avistei a Alicia com uma cara desesperada e chorando, apressei meus passos até chegar à mesa.

 

- Ei gatinha, o que houve? – Puxei a cadeira para o lado dela, segurando carinhosamente suas mãos.

 

- Foi ele... – Ela abriu a sua outra mão e pude perceber um bilhete amassado.

 

Peguei depressa o bilhete e abrir.

 

“Vejo que está muito feliz, já esqueceu o que aconteceu sábado, né? Mas eu vim aqui te relembrar, quero você longe dela, quero você longe de qualquer pessoa que venha te deixar com esses brilhos nos olhos, eu já te disse, eu te mato e mato quem estiver com você, veja bem Alicia qual rumo você vai tomar pra sua vida... passar bem”

 

Eu já estava nervosa antes de começar a ler, e depois que li fiquei mais ainda, sentia meu corpo tremer de raiva, eu só sentia vontade de ir atrás desse cara e matá-lo, quem ele pensa que é, mas confesso que em uma parte do bilhete fez meu coração disparar, só em saber que havia brilhos em seus olhares, então não foi apenas eu quem percebeu, mas isso eu deixaria para me gabar depois, agora o problema está mais sério do que eu imaginei, esse cara estava sendo capaz de fazer qualquer coisa e fora que evidentemente ele está seguindo ela.

 

- Ei, calma! Não chora nos vamos resolver isso. – A abracei encostando sua cabeça em meu ombro.

 

- Nos? Não Camila, esse é um problema só meu, eu não quero te envolver nisso, e fora que ele me ameaçou por esta perto de você, quero você longe disso, por favor. – Ela falava entre soluços.

 

- Eu falei nós, esse problema agora é nosso, não deixaria você sozinha nisso. – Falei bem firme mostrando que eu não estava pra brincadeira.

 

- Obr... Obrigada... Porque você esta fazendo isso? – Nessa hora levantou a cabeça, me olhando nos olhos.

 

- É... Eu não sei Alicia, eu não sei... – Eu não sabia por que eu queria protegê-la, nem eu estava me reconhecendo.

 

- Como assim Camila você não sabe?

 

- Não sei, só me deixa cuidar de você, posso? – Retribuía os seus olhares, a minha frase saiu como um sussurro.

 

- Pode. – Ela passou a mão em meu rosto e logo me abraçou, voltando a chorar em meu pescoço.

 

Eu estava desesperada, sem saber o que fazer, sem saber como agir, sem saber qual primeiro passo a da, decidi deixá-la se acalmar, chorar o que tivesse pra chorar, e quando estivesse mais calma eu conversaria com ela pra entender melhor o que fazer, e se possível for ate da uma queixa desse desgraçado, mas eu realmente eu sabia o que havia se passado entre eles... Então esperei ela se acalmar, e comecei a relembrar o nosso dia como foi até estarmos aqui, abraçadas na praça de alimentação do shopping.

 

Flashback

Praticamente o dia todo contando os minutos, eis que o tão esperado horário chegou, estou aqui sentada na mesa da cafeteria à espera da Alicia, agora a pergunta que faz meu coração quase parar, será que ela vem?

De repente a vejo entrando pela porta da cafeteria, meu coração parecia pipoca, de tanto que pulava dentro do meu peito, eu não estava acreditando que ela estava lá, mas o seu olhar ainda era triste e isso fazia meu coração se aperta. Ela sentou na minha mesa, silenciosa, apenas trocamos olhares, sentia que a sua respiração estava descompassada, parecia que nossas almas estavam entregues uma para a outra, só faltava nosso corpo. Sinto que ela ficou sem jeito com nossas trocas de olhares e começou a olhar o mar, eu ainda continuava a olhá-la, era como se fosse combustível para o meu corpo... Não me fiz de inocente e comecei a procurar por suas mãos, e parei no seu pulso machucado, e comecei a passar as pontas dos dedos em cima, até que ela fez a menção de tirar.

 

- Deixa. – Tentei transmitir a maior suavidade possível.

Continuei a passar as pontas dos dedos por seu pulso a olhando firmemente, comecei a sentir meu corpo em chamas por esta tocando, meu corpo começou a desejá-la, eu já estava perdendo todo o controle, até que preferir intervir meus pensamentos antes que eu fizesse algo que pudesse me arrepender.

 

- Te liguei... – A encarava, sem desviar meu olhar.

 

- Meu celular quebrou. – Sua voz saiu no sussurro.

 

- Foi ele? – Fui direta ao ponto.

 

- É... – Comecei a ver suas lagrimas caírem insistentemente.

 

Vê-la ali diante de mim tão indefesa, tão vulnerável, não se preocupou em se manter firme diante de mim, só me fez sentir muita raiva de quem fez isso com ela, afastei minhas mãos rapidamente tentando manter o controle, primeiro que eu não sabia o que fazer com ela chorando ali perto de mim, e segundo eu não sabia o que estava acontecendo, só sabia que foi o inútil do ex dela, pois a sua atitude respondeu todas as minhas perguntas.

Dei um murro em cima da mesa, para eliminar um pouco a minha raiva, respirava descontroladamente, comecei a olhar o mar tentando me acalmar, mas tudo foi em vão, estava decidida a sair dali e ir atrás desse canalha para matá-lo.

 

- Eu vou matar ele. – Me apoiei na mesa para levantar.

 

- Camila, por favor, senta. – Sua voz era de desespero, assustada com a minha reação, puxou meu braço para que eu viesse a me sentar novamente.

 

- Porque ele fez isso em você, Alicia, por quê? – Eu já tinha perdido a paciência com essa historia.

 

- Camila, por favor, fica calma, não estou entendendo a sua reação, porque se importa? – Porque eu não quero vê ninguém te machucando, lerda!

 

- Eu te fiz uma pergunta Alicia, eu exijo uma resposta.

 

- Ei, ei calma ai, porque eu deveria lhe da essa resposta? Eu realmente não estou entendendo o porquê da sua revolta com isso, tudo bem que pode esta preocupada por eu esta roxa e tudo mais, porém... 

 

- Alicia, me desculpe, eu me descontrolei. Mas por favor, me diga, porque ele fez isso com você? – Eu estava impaciente, nem entendia minha postura diante isso tudo, comecei a passar minhas mãos a cada segundo por meu rosto e nuca.

 

- Camila, é complicado. Você não sabe nada sobre mim, nada sobre a minha vida e meu relacionamento. – Meu mundo caiu nesse momento, ele ainda era o relacionamento dela, e porque eu estou me importando com alguém que quer esta nesse relacionamento.

 

- Então ele ainda é “seu relacionamento”? – Meu tom era de decepção, eu queria sumir dali.

 

- Não foi isso que quis dizer, não tenho mais nada com ele, eu quis dizer referente a você não saber nada a meu respeito.

 

- Então me diz, me conta as coisas sobre o teu respeito. – Um pequeno alívio invadiu o meu ser.

 

- Porque esta tão interessada assim em saber sobre a minha vida?- Porque eu quero fazer parte da sua vida, será que é difícil entender?

 

- Porque não para de me responder com perguntas, acho que seria melhor para a nossa comunicação, não acha? – Que garota difícil, viu.

 

- É porque realmente eu não consigo lhe entender, mal olha na minha cara, na cara das outras pessoas e agora essa preocupação. Primeiro aquele piti no bar, beleza, sou grata pelo que fez por mim, e agora me exigindo dessa forma uma explicação, eu estou começando a ficar assustada com isso.

 

- Desculpe-me, não sou boa com pessoas. – Nunca vou conseguir ter pessoas associáveis ao meu lado, nem isso eu sou, melhor desistir agora enquanto é cedo...

 

- Ufs, tudo bem, eu que te peço desculpas agora. 

 

- Hum. – Não estava mais a fim de papo, voltei a minha atenção total para o mar.

 

Ficamos um bom tempo em silencio, cada uma com seu pensamento, até que ouço ela me convidar pro shopping, aproveitei a deixa e falei que primeiro me tratava mal e depois me convida pra shopping, mas no final eu topei HAHAHA, lembrei do dia da carona, que ela brigava por eu ter tratado ela daquela forma e quando perguntei se ela queria voltar pro bar ela me pediu carona, vai entender as mulheres, essa então é imprevisível!

Fui para o escritório desligar as coisas e pegar a minha bolsa, logo atrás vi que a Alicia vinha e fez a mesma coisa, quando saio da minha sala a vejo aérea me olhando, ate que tiro ela do seu transe perguntando se iria ficar me olhando, ela me chama de grossa e logo vem atrás de mim, abrir meio sorriso, estava gostando de chamar a atenção dela, e eu claro aproveitei a situação e sai rebol*ndo em sua frente na maior pose possível. Fomos no meu carro, nem houve questionamentos em que carro iríamos, não sabia nem se ela tinha um, logo após nos acomodarmos, o silencio era nosso melhor amigo naquele momento, até que ela me pede licença e coloca a sua play list para tocar, que garota abusada viu... Quando começa a música, sinto meu coração parar, a musica era perfeita, e eu com meu inglês avançado eu traduzia ela sem nenhum esforço, senti que nossas vidas estavam presas naquele musica, cada refrão, cada palavra dita era como se eu ouvisse a Alicia dizendo isso pra mim, comecei a lembrar como minha vida tinha mudado em apenas duas semanas desde que ela apareceu naquele bar, não fazia idéia que trabalharia comigo, mesmo com nossa pouca aproximação eu sentia que minha vida seria ali, em seus braços... Só senti né, agora vamos vê se isso será real...

Chegamos ao shopping ela logo tratou de pedir a minha opinião, falei sobre a Apple, ela se mostrou um pouco receosa, mas logo cedeu a minha indicação, claro que aproveitei a oportunidade quando ela disse que nunca havia mexido por isso não queria, pois não sabia como usá-lo, eu disse que era a oportunidade dela aprender usando, percebi que ela estava aberta para novas coisas, e insinuei com uma segunda intenção também...

 Estava tudo lindo, eu me sentia mais aberta, conversamos muito, porém apenas sobre o celular em como ele seria útil para ela, expliquei todos os detalhes de tudo que ela iria aproveitar nele, em nenhum momento entramos em assuntos particulares, e assim seguimos nossa noite, resolvemos comer algo no shopping, até eu sair da mesa e retorna com ela aqui em meus ombros, ainda sinto lagrimas rolando por seu rosto, não sei se é a hora que eu faço alguma coisa... Ah que se dane, vou fazer.

 Flashback Off.

 

- Você se sente melhor? Quer conversa sobre isso? – Falei puxando o queixo dela para olhar pra mim.

 

- Não consigo acreditar no que o Luan esta fazendo sabe, todos esses anos ele nunca se mostrou ser uma pessoa possessa ou capaz de fazer tudo isso que ele ameaçou. – È, acho que ela está se abrindo.

 

- Nunca sabemos quem são as pessoas de verdade, sabe Alicia, coisas acontecem em nossas vidas que fazem a gente mudar ou ser quem somos hoje. – Mais porque eu estava falando isso gente...

 

 - É, você está certa, talvez esse termino pode ter mexido demais com ele, por isso esse descontrole todo. – Ela já estava mais calma e arrumava os cabelos.

 

- Preciso entender melhor isso, Alicia, me desculpe. Não quero me intrometer em sua vida, só quero te ajudar... Tudo bem que sou uma pessoa difícil e mais ainda difícil você acreditar que apenas quero te ajudar, mas o que houve para ele esta te ameaçando e ainda dizendo que me quer longe de você? – Eu olhava firme em seus olhos.

 

- Me leva em casa, por favor? – Fugindo novamente, vai ser difícil.

 

- Tudo bem. Vamos! – Levantei em seguida.

 

Seguimos em silencio para o carro, eu não iria pressioná-la de jeito nenhum, esperaria o tempo dela, mas estava muito preocupada com que estava acontecendo, no bilhete ele a ameaçava de matá-la, isso é sério, mas se ela não deu uma queixa ou algo do tipo é porque deve ter a situação sob controle, enfim, espero que tenha mesmo!

No caminho ela não colocou a seu play list, às vezes a olhava de canto de olho, ela estava com a cabeça encostada no vidro, com os olhos fechados e seu semblante era de tristeza, meu coração a cada momento apertava mais e mais, até que ela percebe que eu estava oscilando entre a direção e ela.

 

- Fica tranqüila Camila, não precisa me olhar assim. – Ela deu um sorriso de lado.

 

- Só estou preocupada com você.

 

- Obrigada. – Ela me soltou um olhar mega tímido que mexia com meu corpo inteirinho.

 

Depois desse olhar eu não resistir, acabei passando a mão em sua perna em uma forma de apoio e disse.

 

- Tudo vai ficar bem. – Minha mão ainda repousava em sua perna e pisquei pra ela voltando à direção.

 

Percebi que a Alicia estava tensa com a minha aproximação, eu não queria deixá-la desconfortável e aos poucos fui tirando a minha mão de sua perna, pude vê que ela respirou fundo como se essa minha atitude tivesse mexido com ela de alguma forma, não sei, só sei que em mim mexeu em tudo, do meu sentimental ao meus hormônios que estão a flor da pele.

 

- Chegamos. – Estacionei na frente de seu prédio.

 

- Sobe comigo? – OIIIIIIIIIIIII? COMO ASSIM PRODUÇÃO.

 

- Subir? Como assim? – Pense na cara de idiota que fiquei e totalmente sem ação.

 

- Jure que você não entendeu... – Ela gargalhou com a minha atrapalhação.

 

- É... Desculpa. Melhor eu ir, já esta tarde. – Eu não conseguia nem olhá-la mais.

 

- Pode dormir lá em casa se quiser. – Seu olhar era sapeca, o que de fato ela queria me convidando pra subir.

 

- Melhor não, preciso ir.

 

- Você não queria tanto uma explicação? Eu quero te da, sobe comigo, prometo ser breve. – Ela franzia a sobrancelha.

 

- Tudo bem, mas seremos breve, ta? – Sorri de lado.

 

Nunca havia ficado nervosa em está na presença de alguma mulher, mas essa mulher em especial mexia comigo de todas as formas, eu não conseguia ser eu mesma perto dela, eu só queria ser uma pessoa melhor, ela conseguia me espremer e tirar as melhores coisas de mim, onde na historia da vida que eu estaria com uma gostosa dessa do meu lado sem nem ao menos tentar beijar e quando tive a oportunidade eu fugir, e ainda tentando ajudá-la de um problema que nem é meu, e acabo de perceber que eu entrei nessa historia de gaiata, mas já estou aqui, agora já era.

Eu estava tão distraída com meus pensamentos que nem percebi que já tínhamos saído do elevador e ela tentava abrir a porta de sua casa.

 

- O que houve? É a chave certa? – Eu a olhava fixamente.

 

- É sim, parece que a fechadura está empenada, não entendo. – Ela tentava as outras chaves.

 

- Me deixa tentar. – Peguei as chaves na sua mão.

 

- Não consegue nenhuma, né? Ai meu Deus, será o que houve... – Ela passava as mãos pelos cabelos. – Eita Camila olha isso. – Ela apontou para a fechadura rachada.

 

- Será que alguém tentou... – Antes de termina a frase ela chutou a porta. Que susto, quem esperava essa atitude de uma coisa tão linda como essa mulher?

 

Para a nossa surpresa, SURPRESA mesmo, o apartamento estava completamente acabado, eu não sei nem descrever a cena que vi, tudo quebrado, televisão toda espatifada no chão, o sofá todo rasgado, havia vidros por todas as partes, os quadros que havia na parede que pude reparar da outra vez que vim aqui, tudo quebrado em pedacinhos, completamente uma zona. Alicia estava cada vez mais pálida, respirando descontroladamente, percebi que ela não estava nada bem, foi questão de minutos e ela deu um ataque de pânico, começou a se tremer toda, com a respiração falhando, suando mais que cuscuz, em questão de segundos ela caiu desmaiada em meus braços.

Para minha sorte, havia vizinhos chegando na hora, pedi por socorro, já queria seguir pro hospital mais próximo, mas os vizinhos me ajudaram a sentá-la e colocaram um ventilador de frente pra ela dando água, e logo ela despertou, seu olhar era assustado, parecia que não sabia onde estava, na maior impulso do mundo eu segurei seu rosto a fazendo olhar pra mim.

 

- Ei, sou eu Camila, está tudo bem, eu estou aqui com você. – Ainda segurando bem firme seu rosto.

 

- Camila... Fica comigo, não me deixa sozinha, por favor. – Via desespero em seu olhar.

 

 - Não vou, eu estou aqui com você, confia em mim. – Depositei um beijo em sua face que acidentalmente agarrou no canto de sua boca.

 

Depois de alguns minutos nossos rostos colados, eu acabei saindo daquele transe, conversando com alguns vizinhos se elas tinham visto algo, descemos para a portaria tentando entender o que poderia ter acontecido, os porteiros relataram que não havia subido ninguém estranho, pedi para puxar as câmeras e para o meu desespero estavam quebradas.

 

- Que inferno, que tipo de lugar como esse trabalha com câmeras quebradas, vocês são uns incompetentes. – Gritei com eles subindo para buscar a Alicia, totalmente transtornada.

 

Voltei ao corredor onde ela estava sentada ainda se acalmando com a vizinha, expliquei que ninguém tinha visto nada e que as câmeras de seguranças não estavam funcionando, tentei pergunta mais uma vez a Alicia o que estava acontecendo à mesma não conseguia falar, perguntei se tinha alguém próximo a ela que morava por ali que poderíamos acionar, ela disse que não tinha ninguém, que sua família morava longe que o único amigo que tinha era o tau do Bernardo. Logo peguei o numero dele e comecei a discar, estava dando caixa de mensagem, tentei mais algumas vezes e sem sucesso. Até que comecei a me desesperar, a garota não me diz o que aconteceu, chego em seu apartamento e esta totalmente revirado, com tudo quebrado, com certeza foi o infeliz do Luan que fez isso, até que me provem ao contrario, porque eu estava perdida nessa historia, não sabia o que pensar sobre o que esta acontecendo, foi muitas emoções durante o dia eu já nem assimilava direito.

Eu estava andando pra lá e pra ca no corredor, quando nossos olhares se cruzavam pareciam que só existam nos duas ali, e comecei a me preocupar no que fazer.

Vou ter que levar essa garota pra minha casa, não posso deixá-la aqui correndo risco, ela não tem ninguém, nem amigos, e só existe eu nesse momento.

Pensa rápido Camila, pensa rápido.

Também não posso levar ela pro meu apartamento da esbórnia, ela não é mulher para que eu a coloque lá naquele lugar que sempre foi meu lugar de bagunça, mas também não posso levá-la pra minha casa, nunca levei ninguém, além da Sara, meu Deus preciso de uma luz, o que devo fazer?

 

 

Fim do capítulo