TERRA DE SANTA CRUZ - 2
--E foi isso... -- Najla contava sua história -- Eu dei minha vida inteira por ele... -- falava com mágoa -- e meu marido acabou me trocando por uma garotinha! Vendeu nossa fazenda pro Mike Ametista sem me consultar, na base dos artifícios sujos, sabe como? Usando os mesmos cambalachos vendeu todo nosso patrimônio bem debaixo do meu nariz... A fazenda foi só o grande finale! -- suspirou -- Daí foi embora nem sei pra onde... Acho que pra fora do país! -- balançou a cabeça contrariada -- Aisha e eu ficamos sem nada! -- pausou brevemente -- Ibn il-Homaar!! (Filho de um burro!)
(Nota da autora: expressão grosseira)
--Minha Nossa! -- exclamou horrorizada -- E como pode isso? Pelo menos Aisha, na condição de filha dele, deveria ter direito a alguma coisa!
--João Cezário e a mahdia (prostituta) dele armaram um plano perfeito. Cuidaram de tudo às escondidas e sem que esperássemos, levamos um golpe daqueles! No final da maracutaia toda, o salafrário se aproveitou que eu iria numa festa em Gyn e ainda me disse pra esperar por ele lá! -- lembrava-se de cara feia -- "Daqui a três dias estarei com você!”, ele disse... Quando vi que ele não aparecia e nem me ligava decidi voltar e daí a surpresa: -- gesticulou -- não havia mais nada dele dentro de casa, só uma cartinha em cima de um edredom pra me contar o tamanho do prejuízo! -- esfregou as mãos nervosamente -- Aisha estava em Godwetrust viajando com duas amigas. Quando voltou e soube de tudo ficou louca!
--É uma história incrível! Nunca pensei... -- estava pasma -- Eu sabia que ele era saliente, mas não pensei que faria algo assim!
--Xajlaan... (Vergonha...) -- abaixou a cabeça -- Fiquei pobre rapidamente, porque o dinheiro que tinha no banco não duraria a vida toda, né? E a conta era conjunta... O cachorro ainda levou a maior parte consigo!
--E Aisha? Onde ela está? -- olhava para a tia
--Aisha... -- suspirou -- Ela ficou muito revoltada com tudo e... Largou a faculdade, met*u-se com drogas... Não a vejo há um bom tempo... -- pausou brevemente -- Por sorte, no auge da minha desgraça, conheci este lugar e pedi abrigo. -- mordeu os lábios -- Quem diria que a Miss Cedro 68 acabaria assim? -- olhou para Zinara -- Pobre, doente do coração e abandonada num asilo no cú de Guaiás!
A morena ficou pensando em como a vida é imprevisível e todas as coisas são transitórias. Quem diria que o futuro de Najla seria aquele? Novas lembranças vieram a sua mente...
“--Zinara, sua peste! -- a mulher vinha revoltada -- Você não sabe que hoje é dia de ordenha? E os ovos, por que não foi buscar? -- parou diante das crianças de cara feia -- Vá fazer seus serviços e leve esse seu irmão cego e inútil junto contigo! Pelo menos pode te ajudar em alguma coisa!
Youssef abaixou a cabeça com tristeza.
--Akhuuya (meu irmão) não é inútil! -- respondeu revoltada
Khaled olhou para a tia com ódio no olhar.
--O que foi, ya Hayawaan (seu animal)? -- olhou para o menino -- Vá cuidar dos cavalos! -- ordenou -- HuSun! (Cavalos!) -- repetiu na língua de Cedro e partiu
--Yaalah, Ya aini? (Vamos lá, Meus olhos?) -- Youssef disse com tristeza -- Tem que trabalhar...”
--Eu fui muito egoísta, orgulhosa e cruel! -- admitia -- O modo como lhes tratava... -- derramou uma lágrima -- A falta de humanidade em ter expulsado vocês daqui por acreditar em João Cezário... Usritii... (Minha família...) -- pausou brevemente -- Minha vida é... -- abriu os braços -- naadim! (cheia de arrependimentos!)
A morena ouvia aquele relato em choque. Incrível como todas as coisas nos são emprestadas. O que temos hoje, pode nos escapar pelos dedos no dia seguinte.
“--Raed! -- Najla aproximou-se montada em seu cavalo -- Isso não é hora de descanso! -- olhava para ele com a cara feia -- Será que bastam duas sacas dessas pra te deixar arriado?
Ele não entendeu e olhou para a irmã desconfiado. No entanto ainda respondeu: -- Achcur bi-tacb... (Sinto-me cansado...)
Balançou a cabeça contrariada. -- Maluuš zobr... (Ele não tem um pau...) -- zombou
(Nota da autora: expressão muito vulgar e ofensiva para um homem)
Raed ficou escandalizado e olhou rapidamente para Zinara, que juntava as folhas secas em um montinho. Esperava que a filha não estivesse ouvindo, mas ela escutava tudo. -- Ana akhuuik! (Sou seu irmão!) Deve respeito! -- falou magoado
--VOCÊ, -- frisou a palavra -- me deve respeito! E muitos favores! -- sorriu altiva -- Aqui não é Cedro, querido irmão. Não me curvo a você por ser mulher. Eu sou rica e poderosa e assim serei pela vida toda, goste ou não! -- aproximou-se com o animal -- Você me deve e muito, então cale a boca e trabalhe!
--“Não comas o pão servido por alguém que depois irá te lembrar da oferta.” -- recitou um provérbio de Cedro na língua pátria lembrando de coisas que seu pai lhes ensinava
Najla fez uma cara feia e respondeu antes de partir: -- De hoje em diante, tratem de aprender o idioma daqui o mais rápido! Não quero ouvir palavra na língua de Cedro!
Zinara olhou para o pai e percebeu que ele discretamente chorava.”
--É passado, camma Najla... -- falava mais para si mesma do que para a outra -- Entregue pra Deus porque não há mais o que fazer!
--Não consigo! -- chorava contidamente -- Quando João Cezário se aproximou de mim eu estava no meu auge: bonita, desejada, cheia de possibilidades... -- sorriu -- e cega pela vaidade! -- pausou brevemente -- Eu tinha certeza que a guerra civil explodiria em Cedro e não pensei duas vezes quando aquele estrangeiro rico me ofereceu vida de rainha se saísse de lá. Eu nada sabia sobre Terra de Santa Cruz, mas me pareceu um porto seguro, a melhor opção que poderia ter... -- mirou um ponto perdido no horizonte -- Larguei tudo e vim com ele... Nunca pensei na família! -- passou a mão sobre os olhos -- Quando maama se foi eu não vi mais sentido em viver em Cedro, entende isso? -- olhou para a outra -- Mas ainda havia baba e tantos irmãos... Desprezei todos eles! -- gastou uns segundos calada -- Acabei amando aquele homem com todas as forças e desprezei usritii (minha família). Dei tudo pra Aisha, fiz tudo por ela... -- abaixou a cabeça -- E os dois me abandonaram...
A professora gastou uns segundos calada e percebeu que o mal estar havia passado. Aos poucos conseguia desvincular a mulher de ontem da mulher de hoje. Najla parecia-lhe mais humana e bastante modificada em sua postura diante da vida. Teria aprendido com a dor? -- Giddu Raja -- tentava consolá-la -- falava com carinho da única filha mulher que ele teve. Ele não lhe tinha mágoas ou rancor. Na verdade parecia feliz em saber que estava longe do que se passava por lá.
--Zinara, -- segurou as mãos dela -- por favor, eu preciso saber! Fale dele, o que quiser falar! -- pedia aflita -- Conte-me como foram os últimos dias de abuuya (meu pai)! Min fadlik, habibi! (Por favor, querida!) Eu preciso ouvir... Mesmo que seja uma dor em meu peito!
A astrônoma respirou fundo e gastou uns segundos pensando antes de responder. Não estava preparada para tamanha imersão no passado naquele momento. Bastavam-lhe as lembranças que espontaneamente reanimaram-se diante de si. -- Há quantos anos vive aqui? -- perguntou mudando de assunto
Najla olhou para a morena sem entender o propósito da pergunta. -- Há cinco, por que?
--Não tem mesmo a menor idéia de onde Aisha esteja vivendo? -- continuou perguntando
--Bem... -- estava intrigada -- não saberia te explicar porque, mas algo dentro de mim diz que ela mora em Gyn... -- olhava atentamente para a outra -- Mas por que essas perguntas?
Ponderou antes de responder, mas decidiu dizer o que lhe ia no coração. -- Gostaria de fazer uma viagem? -- propôs -- Posso trazê-la de volta quando quiser.
--Como?? -- não entendia
--Estou de licença por tempo indeterminado no trabalho e não tenho data pra voltar pra casa. -- explicava -- Imagino que não seja fácil tirá-la daqui, não sei se tem taxa pra manter sua vaga na espera e sei que é uma proposta louca beirando à irresponsabilidade, mas... -- abriu os braços -- acho que há lugares e pessoas que gostaria de rever, não?
A mulher ficou sem palavras.
--Posso lhe dar dois dias pra pensar, não mais que isso. Aviso que não tô com dinheiro sobrando e que meus planos são ficar em Guaiás até o final deste mês, no máximo. -- pausou brevemente -- Ainda tenho outros lugares pra visitar.
Os olhos de Najla sorriram junto com seus lábios. -- Como se diz na nossa terra... Yaalah! (Vamos lá!)
***
Clarice analisava os dados obtidos pela equipe que coordenava. Eram estudos referentes à circulação termohalina dos oceanos.
(Nota da autora: isso quer dizer, a circulação oceânica global movida pelas diferenças de densidade das águas devido à variações de temperatura ou salinidade em alguma região oceânica superficial)
--Em épocas de aquecimento e calor como agora, -- falava para si mesma -- as geleiras derretem, diminuindo a salinidade da água e causando uma reorganização na circulação termohalina. -- olhava atentamente para a tela do computador -- Essa reorganização causa o esfriamento das águas e pode propiciar as condições pra um novo período glacial a longo prazo... -- sorriu -- Bingo! Hora de ligar pra Zinara! -- pegou o telefone e discou. Após alguns segundos de espera desistiu -- Fora de área...
--Professora! -- um de seus alunos chegava com folhas impressas nas mãos -- Vê se ficou bom agora, por favor! -- estava empolgado -- Posso ler? -- perguntou
--Pode, querido. -- respondeu sorrindo
--Oceanos e atmosfera são interligados e qualquer mudança na circulação oceânica causa mudança na atmosfera. -- lia orgulhoso -- Os oceanos têm dupla atuação: funcionam como uma fonte de calor para a atmosfera, através da liberação do CO2, e são seqüestradores de calor através da condução de águas superficiais para o fundo. Como exemplo, podemos citar que a água aquecida do oceano de Atlas do norte auxilia a derreter o gelo do Pólo Sul. -- olhou para a professora esperando uma resposta
--Está bom e correto mas precisa situar seu exemplo no contexto de um modo mais coerente. Faltam informações aí. -- falava com gentileza -- Antes de explicar que o derretimento do gelo polar é causado, inclusive, pela circulação das águas, deve deixar esse mecanismo claro pro leitor.
--Tá, eu vou trabalhar mais nisso! -- concordou -- Pensando bem, achei que ficou uma coisa meio sem contexto mesmo. -- balançou a cabeça -- Daqui a pouco volto com outra versão. -- sorriu
--Aguardo você, Bruno. -- sorriu também
O rapaz saiu da sala de Clarice rapidamente.
--Namastê! -- Chandra apareceu na porta e saudou a orientadora com as mãos postas como se fosse rezar
--Namastê! -- repetiu o cumprimento e o gesto da moça -- Please, have a sit, my darling! (Por favor, sente-se, minha querida!) -- pediu
Reclinou o tronco brevemente em agradecimento e se sentou. -- Após tanto tempo de estudos e análises, creio que minha pesquisa está praticamente concluída. Basta-me sua revisão e aprovação para que eu solicite a data da defesa. -- falava na língua dos saxões -- Já lhe enviei o texto por e-mail e aqui está uma versão impressa. -- colocou o material sobre a mesa da professora
--Muito bom. -- pegou a cópia e começou a folhear -- Mas, vamos recapitular. -- olhou para a jovem -- Vou ler com muita atenção e cuidado, mas quero ouvir de você. Quais seriam os pontos mais importantes que você teria a me salientar? -- cruzou as pernas aguardando uma resposta
--Considero que vivemos um paradoxo climático. -- a doutoranda começou a falar -- Aquecimento global versus escurecimento global.
--Explique melhor, por favor. -- pediu
--Em 1950, o senhor Gerard Stanhill mediu em Dar-ulharb a incidência de radiação solar no solo para a construção de canais de irrigação. -- explicava -- Na década de 90, ele resolveu medir novamente para ver se os números ainda eram válidos e viu que a incidência era menor. -- pausou brevemente --. Isso alarmou os pesquisadores e várias medições foram feitas no mundo inteiro. A conclusão foi que o nível da radiação solar no planeta está diminuindo... Isso é o que se chama de escurecimento global.
--O escurecimento global está nos protegendo do aquecimento? -- Clarice perguntou pensativa
--Ou será que o aquecimento global nos protege do escurecimento? -- Chandra devolveu a pergunta -- Este é o paradoxo!
--Interessante... Muito interessante... Isso concorda com o que Zinara e outros pesquisadores já publicaram diversas vezes: o sol está em um período de mínimo que atingirá seu ponto de inflexão entre 2020 e 2032.
--E quanto às variações na superfície de albedo (Nota da autora: quantidade de neve e gelo planetários), a conclusão mais óbvia é que o degelo do gelo marinho, que gera água doce, influencia a circulação de calor do planeta; esfriamos novamente!
--Isso concorda com o que estou analisando nesse momento. -- apontou para a tela do computador
(Nota da autora: baseado nos trabalhos do professor doutor Felipe Toledo da USP)
--O nível dos mares vai subir gradualmente, segundo um processo cíclico e normal do planeta. Não é a primeira vez que acontece, mas agora há uma concentração absurda de pessoas vivendo no litoral. -- cruzou as pernas -- Penso em Ganarajya... Meu país é super populoso e não temos qualquer plano nacional que coordene uma migração de pessoas para o interior...
--Acha que aqui existe tal plano? -- Clarice perguntou sorrindo -- Nem em Ganarajya, em Terra de Santa Cruz, em Godwetrust ou em qualquer outro país do mundo!
--Tic, por que as pessoas não estão focadas no que realmente interessa, professora? -- Chandra perguntou consternada -- Viveremos um período de falta de água doce, ao mesmo tempo em que as águas nos forçarão a mudar tudo em nossas vidas. Por que parece que ninguém vê isso? E por que aqueles que vêem permanecem calados? -- fazia movimentos de pescoço típicos do povo de seu país
--Porque os interesses deste capitalismo podre que nos governa só enxergam à curto prazo, minha querida. As transformações à longo prazo são negligenciadas como se isso as impedisse de acontecer... Mas, vamos fazer o nosso trabalho, divulgar nossos resultados, denunciar tudo que pudermos e confiar que Deus nos ajudará na busca de soluções. -- olhou para o texto em suas mãos -- Pode deixar que logo na segunda-feira terá seu texto revisado e comentado. -- olhou novamente para Chandra
--Obrigada! -- fez um gesto de reverência e se levantou -- Chandra pede licença para se retirar.
--À vontade, querida. -- sorriu e observou a moça partir. Pegou o telefone novamente e ligou para a astrônoma -- Ai, Zinara, cadê você? -- ouviu a mensagem de fora de área e desistiu -- Por que será que eu não acreditei naquela sua história de tirar licença por causa da família? -- cruzou os braços -- Acho que você me esconde alguma coisa... -- levantou-se
Nos últimos tempos Clarice vinha mantendo contato com uma geofísica que conheceu em uma defesa de tese. Percebeu que a mulher estava interessada nela, já haviam saído por duas vezes, mas não deixava que nada acontecesse por estar na dúvida. Sentia-se balançada por Zinara, mas acreditava que a astrônoma não tinha o menor interesse nela. Essa sensação era ainda mais forte por conta do distanciamento que percebeu da outra. Elas haviam adquirido o hábito de conversar pelo talk do Êmail ou via Skype quase que diariamente, sendo que de vez em quando se falavam ao telefone. Porém, desde o começo de dezembro a morena progressivamente se afastava. Em 2013 ainda não tinham se falado.
“Esqueça essa mulher, Clarice...” -- pensava -- "Ela é uma pesquisadora experiente, estabelecida, conhecida, uma mulher viajada, cheia dos contatos... Jamais perderia tempo com uma iniciante como você...” -- passou a mão nos cabelos e olhou para o relógio -- É melhor eu cuidar de almoçar! -- pegou a bolsa e saiu fechando a sala
***
Cláudia saía de seu consultório quando deu de cara com Jamila, que nitidamente a esperava. -- Ih, meu Deus, quem vejo...? -- resmungou consigo mesma -- Ô danação! -- revirou os olhos
--Precisamos conversar. -- aproximou-se da outra -- Dah mistagcil! (É urgente!)
--Precisamos?! Jura? -- perguntou com deboche -- E já chega dando ordem, nem cumprimenta? Educação zero, né, bicha?
--Sei que não sou a pessoa que você mais admira no momento, mas preciso saber de Zinara. -- passou a mão nos cabelos -- Telefono pra ela e não me atende, escrevo e-mail e não me responde, conversei com ya Ritinha e ela me disse que Zinara tirou uma licença! -- falava seriamente -- Isso não tá me cheirando bem e tenho certeza que se alguém sabe da verdade, essa pessoa é você!
--Também saberia se tivesse maturidade condizente com sua idade. -- olhava nos olhos da outra -- Se fosse companheira, ou pelo menos uma pessoa grata, certamente Zinara não tiraria uma licença; estaria apenas curtindo as férias... -- sorriu sarcasticamente -- com você! -- preparou-se para ir embora
--Cláudia, min faldik (por favor)... -- insistiu e não a deixou partir
--Garota, olha só! -- respondeu com impaciência -- Que Zinara use termos perdidos da língua de Cedro no meio da fala eu até aceito, porque ela é estrangeira, mas você? -- perguntou indignada -- Tu é nascida aqui e foi alimentada à base do feijão com rapadura, que eu sei! Só teus tataravós é que vieram de longe, então me poupe, tá?
--Por favor, Cláudia! -- não respondeu ao desaforo -- O que tá acontecendo, porque Zinara tirou essa licença?
--Usa tua cabeça de geógrafa e advogada, que você mata a charada! Afinal de contas vocês ficaram juntas por cinco anos e não é possível que seja tão lesa!
Sentiu um aperto no peito. -- Ela tá com câncer? -- segurou a outra pelos braços -- O nódulo virou câncer? Fala Cláudia!! -- pediu aflita -- Eu li no Yoom Kitaab que a avó dela morreu de câncer no pâncreas!!
--Leu onde?! -- não entendeu
--Fala, droga!! -- repetiu em tom mais alto
--O que é que você acha, hein, mulher? -- desvencilhou-se da advogada com raiva -- Raciocina, o que é que você acha? -- emocionou-se -- Ela sofreu muito durante a vida! Passou por coisas terríveis e você ainda fez questão de dar sua parcela de contribuição na merd* toda!
--Mas eu não sabia... -- começou a chorar -- Juro que não sabia... -- levou uma das mãos aos lábios
--Não é preciso saber do histórico de uma pessoa pra entender que ninguém deve ferir um coração e brincar com os sentimentos alheios! -- passou a mão nos olhos -- Você tem o direito de não querer manter um relacionamento com ela, mas não tinha o direito de ser cruel!
Jamila nada respondeu, apenas chorava.
--Zinara não foi pra casa dos pais, se quer saber. Pelo menos não somente. Ela vai em busca de respostas, em busca de coisas que ficaram lá atrás e precisam ser resolvidas... -- pausou brevemente -- Em busca do caminho, do Tao que ela procurou a vida toda. -- tirou as chaves do carro de dentro da bolsa -- Agora com licença que eu tenho uma família me esperando em casa. Passar bem! -- foi embora em passos firmes
A geógrafa absolutamente não sabia o que fazer. Seus sentimentos estavam confusos e uma sensação de remorso lhe castigou dentro da alma. Caminhou em direção a seu carro, chorando e desnorteada, invadida por lembranças desconexas no tempo e no espaço.
“--Ai, chega. -- foi até a pia com um copo na mão -- Não quero mais beber esse leite. -- virou o copo para esvaziá-lo
--LAA!!! (NÃO!!!!) -- Zinara correu desesperada até Jamila e a impediu de derramar o leite -- Você não pode fazer isso, não pode!!! -- falou com severidade -- Não se estraga comida! Nem comida e muito menos água!! -- estava nervosa -- Muito menos água!! -- quase berrava
--Que é isso? Você parece descontrolada! -- reclamou estranhando a atitude -- AHHa! (expressão de raiva; vulgar)
--Não se estraga comida e muito menos água! Atshana! (Estou com sede!) -- tomou o copo da mão da outra e bebeu o leite -- Jamais faça isso de jogar fora o que outros matariam pra ter! -- advertiu com um olhar enérgico
--Cruzes, que horror! -- afastou-se da namorada -- Era só metade de um copo! -- fez cara feia -- Ya hamagi! (Sua mal educada!)
--Metade de um copo é o suficiente pra muita gente! -- respondeu de imediato
--Shoo sarlake? (O que acontece com você?) Eu odeio essas suas reações exageradas por besteira! -- pôs as mãos na cintura -- Vá embora, não quero mais que durma aqui!
A astrônoma abaixou a cabeça e ficou mexendo na roupa. -- Não manda eu ir embora... -- pediu em voz baixa -- Perdoa... Deixa eu ficar?
--Eu não admito grosseria comigo, viu, Zinara? Não admito! -- respondeu enérgica -- Pensei até que fosse me matar, eu, hein? -- fez cara feia
--Eu jamais faria isso... -- continuava de cabeça baixa -- Behebbik ia, Jamila... (Eu te amo, Jamila...)
--Vá embora! -- ordenou -- Outro dia a gente conversa!
A morena ficou calada e foi para a sala pegar sua bolsa. Foi embora nitidamente agoniada.”
--Ai, hayati (minha vida), eu não sabia... -- Jamila chorava
“--Habibit? -- a geógrafa despertou com a voz Zinara que chegava no hospital
--Hayati? -- levantou-se surpreendida e abraçou a namorada com força -- Você vai pegar qual vôo? -- olhou para ela -- Kam as-saagha? (Que horas são?) -- olhou para o relógio -- Não deveria estar em Paulicéia a essa hora? -- perguntou preocupada -- E a premiação?
--É só um troféu que eu posso pegar depois. -- beijou a testa da jovem -- Outras pessoas serão premiadas em suas respectivas áreas, então a cerimônia não vai deixar de acontecer por minha causa! -- segurou o rosto dela -- Como sua mãe está? Kifel haal? (Como vão as coisas?) -- perguntou
--Agora tá estável, mas eu quis ficar pra dormir aqui porque o quadro dela ainda inspira cuidados. -- segurou as mãos da professora -- Criatura, você devia tá lá pra receber seu prêmio! Você merece, não podia perder a cerimônia!
--É só uma glória temporal, Jamila, não é o que mais me move. -- olhava para ela -- Quero ficar com você, cuidar de você! Eu sei que tá sofrendo e não vou te deixar sozinha nessa! -- beijou a testa dela novamente
--Ai, hayati... Você me deixa tão emocionada quando fala assim... -- sorriu embevecida -- Ana behebbik!! (Eu te amo!!) Nunca vou esquecer que abriu mão de uma cerimônia tão importante pra ficar comigo aqui! -- beijou o rosto da amante
--Eu não abandono, Jamila. -- olhava nos olhos dela -- Abadan! (Nunca!)”
Abriu a porta do carro e entrou desanimada. Não conseguia partir.
“--Eu devia deixar você de castigo, sabia? -- fazia curativo no joelho da morena -- Isso é coisa que se faça, nem parece uma mulher adulta! Só apronta, como é que pode? -- balançou a cabeça negativamente -- Ya majnuun! (Sua doida!)
Zinara não respondeu e fez beicinho. -- Não briga... -- fingia que estava triste
--Safada! -- riu -- Você é muito da safada, viu? -- deu um tapinha na perna dela -- Da próxima vez vai ficar de castigo por... -- pensou -- waaHid chahr (um mês)!! -- ameaçou brincando
--Gosto quando você cuida de mim... -- falou com humildade -- Dah jayed! (É bom!) -- seu olhar era como de criança
--Até parece que não tá acostumada com isso, behebbik! Aposto que você teve um monte de gente pra te mimar! -- terminou o curativo
--Se você soubesse... -- respondeu pensativamente”
--Onde é que você se met*u, mulher? -- a advogada falava sozinha -- Desde vinte de dezembro você desapareceu da minha vida! -- secava as lágrimas com as mãos, mas não parava de chorar -- Ma tirjaa’ kifaya? (Por que você não volta?)
***
Zinara e Najla contemplavam a natureza sentadas em um banquinho de madeira na beira do rio. Ficaram caladas por um tempo até que a mulher mais velha decide quebrar o silêncio. -- Eu precisava muito voltar aqui... -- olhava para um ponto no horizonte -- Não sabe o quanto que eu amo essas terras... -- suspirou -- E esse rio... -- sorriu nostálgica -- dá uma saudade...
“Imagino o quanto ela deve ter sofrido quando perdeu tudo! E era tão esnobe, tão metida... dever ter sido um choque absurdo!” -- pensou -- Eu também precisava voltar aqui e dar uma olhada com calma. -- sorriu -- Quando chegamos nessa fazenda, acreditamos de verdade que estávamos no paraíso! -- lembrava -- Al dar es-salaam! (É a casa da paz!) -- repetiu o que dissera no passado
--E bem que poderia ter sido um paraíso se João Cezário e eu tivéssemos facilitado as coisas... -- olhou para a sobrinha -- Sabe... se eu não tivesse expulsado vocês daqui, certamente aquele cachorro não teria conseguido fazer o que fez! Deixei vocês sem um lar e fiquei sem nada anos mais tarde... -- pensou um pouco -- A vida deu o que eu merecia, né?
Zinara não respondeu. Aquele comentário trouxe-lhe um certo desconforto. -- Como pôde não ter percebido nada? -- perguntou curiosa -- Nem Aisha viu o que tava acontecendo?
--Estávamos preocupadas demais com futilidades pra nos envolver nos negócios daquele ibn kalbi! (filho de um cachorro) -- voltou a contemplar o rio -- Deu no que deu...
--Pois é... -- não sabia o que dizer -- Olha, camma Najla, temos que sair daqui a pouco. Úrsula disse que não poderíamos ficar mais que uma hora circulando pela fazenda.
--Tudo bem. -- concordou -- Aliás, que gracinha de moça aquela Úrsula! Tão gentil, tão educada, fina... -- comentou olhando para a professora
--Ah, é, finíssima! -- respondeu revirando os olhos -- "A boca mais suja do centro do país!” -- pensou
--E que criatura caprichosa, né? Tudo dela é tão limpinho, tão impecável! Imagino como deve ser a casa onde mora! -- sorriu -- Uma verdadeira casinha de boneca!
“De boneca vudú! E das magias mais punks!” -- pensou -- "Até galinha comedora de pizza tem naquela bodega!” -- controlou-se para não rir
--Eu tenho bom olho pra perceber certas coisas. Uma menina daquelas é a meiguice em pessoa!
--Agora eu entendo como seu marido lhe deu uma pernada fácil! -- resmungou
--O que é, filha? -- não entendeu
--Eu disse que é hora de ir! -- mentiu ao se levantar -- Hora de voltar pro carro e met*r o pé na estrada. -- sorriu -- Yaalah?
--Pra onde vamos agora? -- perguntou excitada -- Pra casa de Raed e Amina? Tenho tanto a dizer a eles...
--Vamos vê-los, se Deus quiser, mas antes temos que passar em outro lugar. -- deu a mão para ajudar a tia a se levantar
--Onde? -- levantou-se com dificuldade -- Ui! -- gem*u
--Gyn! -- respondeu decidida -- Vamos ver se encontramos Aisha por lá. Vai que dá certo, né? -- piscou
Najla sentiu o coração acelerar. -- Mas eu não sei nem onde procurar direito! E se não der certo? Eu não me lembro mais como andar por lá e... -- pôs a mão sobre o peito -- Fiquei nervosa! -- sorriu
--Durante a viagem vá recapitulando e pensando sobre onde ela poderia estar. -- andavam em direção ao carro -- Pense com calma e me diga o que sabe. No mais... -- pausou brevemente -- itrouk el baqi a’alateh. (deixe o resto comigo)
***
Zinara havia sentido algumas dores enquanto dirigia e por isso achou melhor parar para pernoitar e se recuperar antes de seguirem para Gyn. Encontraram uma pensão muito simples na beira da estrada e ficaram em um quarto sem porta, no qual somente uma cortina de plástico as separava do corredor. Por medidas de segurança, usaram sua bagagem como travesseiro.
Najla pegou no sono rapidamente, mas a morena ainda sofreu com cólicas e diarréia. Depois de tomar um chá e alguns remédios que trazia consigo, buscou se tranqüilizar com orações e acabou dormindo.
Sonhou com Jamila e seu passado em comum...
“--Ah, mas que droga! -- reclamava diante do computador -- Pensa no que você tá fazendo errado, Zinara! Não é possível que esse modelo não vá convergir! -- falava consigo mesma -- AHHa! -- socou a mesa
--Não acha que é hora... -- envolveu a amante com os braços -- de esquecer do trabalho, hayati? -- mordeu-lhe a orelha -- Já tomei banho, sequei o cabelo, passei hidratante... -- beijou-lhe o rosto -- queria atenção... -- sussurrou no ouvido e se afastou rapidamente
--Atenção total! -- levantou-se da cadeira e viu que a jovem usava um roupão sexy -- Uau! -- sorriu olhando para a namorada de cima a baixo com desejo -- Gamiila... (Linda...) -- aproximava-se devagar
--cawza? (Quer?) -- sorriu insinuante e correu para o quarto
--Dayman! (Sempre!) -- seguiu na mesma direção
--Mas hoje eu quero de outro jeito... -- falou dengosa ao se deitar na cama de barriga para cima -- Quero que você seja bem má comigo! -- abriu o roupão -- Quero que me machuque... -- sorriu mordendo os lábios -- Pode bater... Ana mahdia... (Sou prostituta...) -- arremessou o roupão para longe
Zinara estranhou o pedido. Não sabia que a jovem gostava daquele tipo de tratamento. -- Se quer algo diferente, -- começou a se despir -- tenho proposta melhor pra você, habibit. -- ajoelhou-se na cama -- O limite entre dor e prazer é muito tênue, um fio de navalha, uma linha de faca. -- pegou um dos pés da amante -- Caminhar sobre essa linha pode ser gostoso. -- beijou-o -- Tudo depende do toque. -- apertou um ponto logo abaixo do dedão e sentiu que a mulher estremeceu -- Hal a’jabaki? (Gosta disso?) -- beijou o pé dela novamente
--Senti um choque... -- sorriu -- Até levei um susto...
--Hum... -- apoiou o pé dela sobre seu ombro -- Ficaria surpresa... -- deslizou a mão até o joelho da outra -- se soubesse como as partes do corpo... -- seguiu beijando e mordendo a perna dela -- estão interligadas... -- apertou fortemente um ponto atrás do joelho
--Ahahahah!!! -- gem*u surpreendida
--Hal a’jabaki? (Gosta disso?) -- apertou novamente enquanto arranhava-lhe a outra perna -- Ainda não me respondeu. -- sorriu
--A’jabani haqqan! (Eu gosto muito!) -- respondeu excitada
--Mesmo? -- ainda de joelhos posicionou-se entre as pernas da amante. Arranhava suas coxas lentamente em direção ao sex* -- Vejamos, ya behebbik (minha amada)... -- abaixou-se para excitá-la com a língua
--Ai, hayati... -- gem*u -- Ai... -- sorriu
Zinara colocou os dedos na virilha da outra em posições estratégicas e interrompeu o que fazia no mesmo instante em que apertou com relativa força.
--AHAHAHAH!!! -- gem*u alto agarrando-se nos lençóis
--A sensação é diferente, não, ya helu (linda)? -- manteve uma das mãos no mesmo lugar e deslizou a outra para um dos seios -- Você mal consegue se mexer pra fazê-la parar... -- provocava suavemente o mamilo da namorada -- Quer que eu continue, habibit? -- mergulhou entre as pernas dela brincando com a língua. Novamente apertou-lhe a virilha
--AHAHAHAH!!!! -- contorceu-se -- AHAHAH!!! -- continuava gem*ndo sem conseguir responder
A professora gastou uns segundos torturando sua amada com suaves carícias no seio e intermitentes pressões na virilha, enquanto provocava-lhe o sex* durante as compressões.
--Tá bom pra você, habibit? -- segurou-a pela cintura e mordeu-lhe a barriga -- Ou quer mais? -- beijava, mordia e sugava a pele de sua mulher
--Oh, hayati... -- respirava com sofreguidão -- Mais... dii khayyala... (é uma fantasia...) -- sentia seus seios sendo devorados -- Ai...
Zinara deslizou uma das mãos para a nuca da amante e apertou dois pontos específicos com força, um de cada lado do pescoço. Jamila gem*u alto e espontaneamente elevou um pouco o tronco. A astrônoma impôs seu peso sobre ela e beijou-a, segurando-a pelos cabelos da nuca. Pegou uma de suas coxas e apertou em um local que sabia provocar uma espécie de choque.
--Ahhhh!!! -- soltou um gemid* abafado pelos beijos
--Diz pra mim... -- sussurrava no ouvido -- se o prazer não é muito melhor... -- esfregavam-se sex* contra sex* cadenciadamente -- que a dor? -- continuava segurando-a pelos cabelos -- Hein? -- mordeu-lhe o lábio inferior
--Ah!! Hada shay'un jameel... (Isso é tão bom...) -- gemia”
Nesse momento, enquanto Zinara e Najla dormiam, a cadela de estimação da dona da pousada entra faceira no quarto delas.
“--Yiniik!! (expressão do tipo fuck me) -- Jamila pediu
Penetrou-a com os dedos inesperadamente e mordeu-lhe um mamilo, soltando-lhe os cabelos. Segurou-a na base do queixo e apertou com cuidado perto das têmporas.
--Ah... ah... ah... ah!!! -- gemia sofregamente sentindo a pressão na cabeça e a intensidade das penet*ações rápidas”
Excitada com o sonho, a astrônoma virou-se de barriga para cima e remexeu-se um pouco. A cadela se aproximou e começou a cheirar seu corpo.
“Sentindo que a parceira beirava o orgasm*, Zinara interrompeu as penet*ações e segurou-a pelas coxas, novamente roçando-se contra ela. Rebolavam como se dançassem. Testas coladas, olhavam-se nos olhos.
--Hayati... -- cravou as unhas nas costas da professora -- Ahahah!!!!
--Ahahah!!! -- goz*ram juntas e se abraçaram
Deitaram-se de lado, uma de frente para a outra, e permaneceram abraçadas, deixando que a respiração se acalmasse.
--Ya bajat al-rouh... (Prazer da minha alma...) -- deslizou o dedo pelo rosto da morena -- Você não me machucou... -- beijou-a -- mas eu gostei... -- sorriu -- Adorei sua tortura...
--Não poderia machucar você. -- acariciava o rosto da outra -- Não faço isso. -- beijou-a
--Mas sabe ser má o suficiente... -- mudou as posições e sentou-se sobre a astrônoma -- Agora eu vou lamber você todinha, Zinara... -- deslizou as mãos até os seios dela
--Walaw! (O prazer é meu!) -- sorriu"
A cadela começou a lamber o pé da professora, que inconscientemente sorriu sem acordar.
“--Vou te deixar louca! -- mordeu-lhe o queixo
--Você me enlouquece sem esforço... -- sentia os beijos e lambidas da advogada ao longo de seu pescoço”
E na vida real, o animal vinha lambendo as pernas da morena.
“Jamila é incrível!” -- pensava durante o sonho -- "Parece até que ela me lambe em todas as partes ao mesmo tempo!”
O bicho pulou sobre a barriga da professora e prosseguia seu reconhecimento, cheirando e lambendo. Chegou no pescoço.
“Adoro sentir esse calor!” -- continuava sonhando -- "Mulher incrível...” -- e as lambidas seguiam em direção a boca -- "Os toques suaves das quatro mãozinhas sobre a minha pele...” -- uma confusão mental se estabeleceu -- "Quatro?!”
Sem entender o que se passava, Zinara despertou meio zonza e abriu os olhos. A primeira imagem que viu foi uma cara peluda. -- AHAHAHAHAHAHAH!!!!! -- gritou apavorada caindo da cama
Caim!!! -- o bicho gritou e também caiu no chão -- Caim, caim, caim... Arrr!
--Mas que peste!! -- reclamou -- Dah JaHiim! (É um inferno!) -- passou a mão nos cabelos revoltada e se sentou na beirada da cama
--Gente, deixa eu te perguntar, -- a dona da pensão invadiu o quarto correndo -- o que foi? -- olhou espantada para a cadela -- Ximbica?! -- pôs as mãos na cintura -- Que faz aqui, muiézinha?
--Ô, dona, leva tua Ximbica pra longe daqui! -- pediu revoltada -- Acordei com esse bicho me lambendo, poxa! -- olhava para a mulher -- Que baixaria, viu?
--Ah, mas coitada... -- pegou o animal no colo -- Minha Ximbica tem essa mania mesmo! Num pode ver uma hóspede nova que vem em cima... -- sorriu
--Não me diga que é cadela lésbica? -- lembrou-se de Úrsula e sua galinha
--Cumé?? -- não entendeu
--Ah, deixa pra lá... -- respondeu passando as mãos sobre o rosto -- Por favor, vá embora e prende tua Ximbica, por gentileza! -- levantou-se para ir ao banheiro -- Não quero mais saber de assédio canino!
--Tem base isso? -- fez cara feia -- Mal humorada, eu, hein? -- saiu do quarto levando o animal
--E camma Najla não acordou! -- olhou admirada para a tia -- Benza-te Deus, que sono de pedra! -- foi para o banheiro e se olhou no espelho -- É, mulher... -- balançou a cabeça -- aceita a realidade que só quem te quer é cadela tarada e olhe lá! -- acabou achando graça -- Ô finalzinho de carreira ingrato, viu? -- abriu a torneira para lavar o rosto
***
Najla conversava com algumas senhoras na portaria de um edifício humilde. Buscava notícias de Aisha, pois recordava que um antigo capataz da fazenda tinha parentes ali. Enquanto isso, Zinara voltava de um mercadinho de esquina. Havia ido comprar água e frutas para ambas. Estavam na cidade de Gyn.
Caminhando na direção da tia, sentiu uma criança esbarrar em suas pernas.
--Ih! -- o menino exclamou encabulado -- Desculpa!
--Tudo bem, queridinho! -- reparou que ele era cego e se abaixou para beijar-lhe a cabeça -- Tudo bem! -- sorriu
--Juninho!! -- ouviu uma mulher chamar -- Ai, meu Deus! -- estava preocupada -- Que perigo, podia morrer atropelado, Deus me livre!! -- aproximou-se e pegou o menino no colo -- Ai, moça, desculpa! -- olhou para a morena -- Meu filho não nasceu assim e de vez em quando me dá esses sustos... -- comentou como se lamentasse -- Tá se acostumando ainda!
--Sei como é, não se preocupe. Tive um irmão que ficou cego também quanto tava com oito anos. -- acariciou a cabeça do garoto -- Quantos anos você tem, Juninho? -- perguntou à criança
--Cinco! -- respondeu de pronto -- Mas logo faço seis! -- informou
--Eita, que já tá um homem! -- brincou
--Ele tava andando de bicicleta quando uma peste de um rojão, sei lá o que era aquilo, caiu quase em cima dele. Com a explosão acabou ficando assim. -- contou a história -- Não se queimou, mas em compensação... Parecia até que era coisa mandada pro menino ficar cego!
--Foram os estilhaços, né?
--Pois é! -- respondeu de cara feia -- Pode imaginar coisa mais estúpida? -- perguntou indignada
“Posso...” -- respondeu mentalmente -- É, foi uma pena. Mas isso não vai impedir o Juninho de ser muito feliz! Ele vai aprender a se virar e vai fazer tudo que sempre gostou! -- respondeu otimista
--Deus te ouça. -- respondeu descrente -- Bom, a gente vai indo... -- anunciou -- Dá tchau pra tia, meu filho! -- olhou para o garoto
--Tchau! -- ele falou sorrindo
--Tchau, querido! Que Deus o abençoe e que você seja muito feliz!
A mulher se afastou com o filho e a astrônoma os acompanhou com o olhar. Sem perceber colocou as bolsas no chão e as memórias viajaram longe...
“--Ana xaafa, Zinara! (Estou com medo, Zinara!) -- Youssef disse -- Quando baba souber que Khaled sumiu ele vai nos bater! -- olhava para a irmã -- E mais ainda no pobre Khaled! -- cruzou os braços -- Logo escurecerá e já faz frio.
--Ele foi procurar mais daquelas pedras que Zahirah disse que se chamam ímãs naturais. -- apostou -- Huwa walhanaih! (Ele está fascinado!) -- caminhavam escondidos dos adultos
Ao chegar no topo de uma pequena colina, os dois irmãos avistaram o garoto abaixado no chão catando as pedras.
--Khaled!!! -- Zinara gritou e ele olhou -- Tacaalii! (Vem!) -- acenou
--Baba qatala naHnu! (Papai mata nós!) -- Youssef gritou para apressá-lo
Khaled se levantou abraçado à algumas pedras e veio caminhando na direção dos irmãos. Youssef desceu a colina para ajudar a carregar o peso mas Zinara paralisou; havia algo estranho no ar, podia sentir.
A menina percebeu um movimento estranho por dentro de uns sulcos que a erosão cavara no solo e de repente alguma coisa foi lançada para cima.
--Youssef, Khaled, corre!!!! -- gritou desesperada -- Qunbula!!! Qunbula!!! (Granada!!! Granada!!!) -- seu corpo tremia em pânico
Khaled correu apavorado na direção da irmã e Youssef paralisou olhando para trás. Em questão de segundos a granada caiu a cerca de 100m do menino e explodiu, fazendo com que os garotos fossem jogados no chão.
A morena protegeu o rosto e gritou: -- Laa!!!!!!!!!!!!!!!!! (Nãoooooooooooooo!!!)
--Zinara!!!!!!! Zinara!!!!!!! Ahahahahah!!!!!! -- Youssef gritava e chorava
Khaled se levantou e olhou para o irmão. Começou a gritar descontrolado. -- AHAHAHAHAHAH!!!
A menina desceu a colina e se aproximou do irmão caído no chão. Percebeu que algo havia resvalado nos olhos dele, que sangravam bastante. Juntando forças de onde não tinha, colocou-o por sobre seus ombros e se levantou. -- Corre, Khaled!! -- ordenou furiosa -- CORRE!! -- subia a colina com dificuldade -- Chame por baba, corre!! Alaan!! (Agora!!!)
Khaled estava nitidamente perturbado, mas correu em direção ao acampamento fazendo muito escândalo. Zinara vinha com Youssef e o choro do garoto era enlouquecedor. Não entendia o que havia acontecido, quem eram aqueles homens e porque arremessaram a granada. Seu coração era um caldeirão onde medo, angústia, tristeza e ódio se misturavam.
“Eu podia ouvir que Youssef gritava “Corre, Zinara!”, mas até hoje não sei se ele gritava mesmo ou se eram vozes dentro da minha mente. Minhas pernas doíam, Kitaabii, e os braços tremiam como galhos secos ao sabor do vento. Eu seguia em frente sem ter idéia do que viria depois e olhava sem ver o caminho diante de mim. Não estava lá, estava no inferno...”
Os homens do acampamento apareceram com armas em punho e Raed subitamente tomou o filho nos braços. Dali para diante, a menina sentiu-se no limite de suas forças e tudo ficou escuro.”
--Filha? -- a voz de Najla despertou a astrônoma de suas lembranças -- Tá tudo bem? -- perguntou preocupada
--Tá! -- balançou a cabeça como se espanasse as lembranças -- É que eu me distraí e...
--Aquele menino te lembrou Youssef, não foi? -- falou com delicadeza
--Lembrou... -- passou a mão sobre os olhos -- E então, eles sabem de Aisha? -- olhou para a tia
--Não... -- cruzou os braços e ficou analisando a professora -- Nunca tinha visto você chorar, Zinara. -- insistiu no assunto
--Mas eu não chorei! -- retrucou -- Eu só lembrei de akhuuya (meu irmão) e...
--E chorou! -- complementou a fala da outra -- Não há mal nenhum nisso, habibi! Não precisa ser forte o tempo todo, você não tem mais porque se defender. -- acariciava o rosto dela -- Eu entendo que a guerra tenha te endurecido e que as ignorâncias de Raed tenham lhe tirado a infância prematuramente, mas isso acabou... -- olhava carinhosamente para ela -- Sei que também fui mais uma a te agredir, -- Zinara derramou uma lágrima -- mas é que eu morria de inveja de Amina. -- confessou -- Ela podia ser mais simples e menos bela do que eu, mas tinha um marido fiel e a filha que sempre quis ter. -- emocionou-se -- Você chorou quando Youssef se foi?
--Não. -- respondeu simplesmente
--Por que não se permite fazer isso agora? -- também derramou uma lágrima
--Porque não é hora e nem lugar. -- olhou desconcertada para o ambiente -- Estamos paradas no meio da calçada e estamos procurando Aisha. -- sentia-se perdida
--Sempre é hora de desabafar quando o coração pede, habibi, e você tem uma tia! -- abriu os braços -- Confie em mim? -- pediu com humildade -- As coisas hoje são bem diferentes e aquela mulher que você conheceu, já morreu há anos.
Sem conseguir mais se conter, Zinara lançou-se nos braços da mulher mais velha, fechou os olhos e chorou de saudades do irmão. Chorou as tristezas e mágoas abafadas por tanto tempo dentro de si.
“camma Najla tinha razão, Kitaabii. Não havia mais motivos para que eu sufocasse meus sentimentos de tristeza e dor como vinha fazendo ao longo da vida. É inacreditável, às vezes me pego pensando... Não se foge da guerra porque ela segue junto com você. É preciso que você aprenda a encontrar a paz em bases seguras, permanentes, não transitórias... é preciso que se tenha esperança e se acredite na vitória de uma forma de vida! De VIDA e não de morte...”
***
--Zinara não respondeu meu e-mail até agora! -- Clarice conferia a caixa de correio -- Tem alguma coisa errada acontecendo ou então ela tem andado por lugares sem acesso a internet. -- falava consigo mesma -- Mas ela também usa o celular pra acessar a rede... -- conjecturava -- Ou será que também anda perdendo cobertura? -- cruzou -- Como vive dizendo, é só em presídio que o sinal não cai! -- achou graça
--Falando sozinha, Clarice? -- Magali, sua colega de departamento, apareceu na porta -- Sei não, hein? É assim que começa! -- brincou
--É que eu tô intrigada com umas situações aí... -- pausou brevemente -- Hora de almoçar, né? -- deduziu e começou a arrumar as coisas para sair
--Sim, eu vim aqui pra te chamar, porque senão você esquece! -- entrou na sala da outra -- Vamos só nós duas porque acho que temos coisas pra conversar. -- olhava para a amiga
--Temos? -- não sabia do que se tratava -- E sobre o que seria?
--Que tal... -- aproximou-se para poder falar mais baixo -- sobre essa quedinha que você desenvolveu pela astrônoma de Cidade Restinga? -- cruzou os braços -- Há tempos que venho notando como se derrete quando me fala sobre ela.
Clarice ficou sem graça e corou um pouco. -- É tão óbvio assim? -- pegou a bolsa e se levantou olhando para a outra que balançou a cabeça positivamente -- Então acho que você tem razão. Temos que conversar...
***
--E aí ela me disse que tiraria uma licença por conta de problemas de família, mas que continuaria resolvendo os assuntos de trabalho via internet. -- contava -- Só que desde a véspera do natal ela não se comunica. Apenas mandou um e-mail de boas festas e nada mais. -- deu a última garfada
--Zinara é do nosso tipo, que gosta de trabalhar? -- perguntou curiosa ao limpar os lábios com o guardanapo
--O que? -- riu -- Quem dava um freio nela era a ex namorada. -- limpou os lábios também -- Por essa época ela me disse que costuma a tirar férias, mas mesmo assim sempre dá uma olhada nos e-mails. Acho estranho que não tem feito isso.
--E agora ela tá de férias ou de licença?
--De férias, mas a licença vai começar em fevereiro, logo que elas terminarem -- olhava para Magali -- Algo me diz que ela mente, que há mais coisa aí. Acho que tá muito mal de saúde mas esconde isso. -- pausou brevemente -- Sei lá!
--Há quanto tempo vocês interagem mesmo? -- apoiou-se na mesa -- Eu não lembro.
--Em fevereiro faz um ano. -- sorriu -- Mas é engraçado, sabe...? Parece que nos conhecemos há séculos.
--De acordo com suas teorias espíritas pode até ser. -- comentou -- E quanto à geofísica com quem anda saindo? Ela é bem mais concreta e mora na cidade. -- perguntou interessada -- É uma mulher bonita, alta... Por que não dá uma chance a ela ao invés de ficar enrolando a pobre?
--Ah, Magali... -- suspirou -- Cátia é inteligente, interessante, sedutora, mas... Falta alguma coisa! -- passou a mão nos cabelos -- Zinara também é inteligente e interessante, além de ter uma alma super romântica, um senso de humor que me encanta e uma simplicidade que chega a ser inocente. -- sorriu -- Ela é humana, impetuosa, corajosa...
--Ih, meu Deus... -- balançou a cabeça negativamente -- Esse sorriso bobo aí diz tudo! -- fez um bico -- Olha aqui, amiga, vou te dar um conselho que você não pediu: desencanta dessa mulher! -- afirmou enfaticamente -- Zinara tem suas qualidades, mas do que percebo é uma pessoa muito complicada. E mora longe daqui, tem uma ex que viveu com ela por um bom tempo, tá doente... Esse pessoal lá da terra dela é tudo neurótico, terrorista, uma gente esquisita que só!
--Que é isso, Magali? -- fez cara feia -- Que visão distorcida e preconceituosa!
Segurou as mãos da outra -- Preconceituosa ou não, a gente precisa arrumar uma pessoa pra somar e não pra subtrair e criar mais problemas que os nossos! Ouve o que eu tô te dizendo: dá uma chance pra Cátia e sai dessa de gostar de Zinara, que é fria! É roubada!
Clarice não respondeu ao que ouviu, mas não foi abalada em seus sentimentos por coisa alguma que a amiga tivesse lhe falado.
Fim do capítulo
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Samirao
Em: 23/03/2023
E lá vamos nós! Huahuahua
Solitudine
Em: 26/03/2023
Autora da história
Vamos? kkk
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Seyyed
Em: 17/09/2022
Jamila foi cruel e imatura. Agora dá valor? Toma, totoma! Essa história tem uma parte de ciência muito da ora. Tô até gostando. Sabe que apesar das duras lembranças eu gostei da Najla? É outra mulher hoje. Também gostei muito do Youssef e Khaled. As lembranças do passado sempre me doem... Zahira e Farida são lindas
Resposta do autor:
Jamila foi realmente muito imatura e se arrependeu pelo que fez. Pena que parece que foi um tanto tarde demais e um arrependimento que não se manifestou sempre com uma atitude pacífica ou menos provocadora. Mas ela é uma boa pessoa, apenas errou como todos nós, humanos.
Sim, essa história é carregada de ciência! rs
Você está gostando da família de Zinara, que bom! Ela agradece! rs
Beijos,
Sol
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Zaha
Em: 17/01/2018
Saaaa diiii kiii, adorada,idolatrada, salve salve!!(uma tia falava isso pro meu irmao e eu sempre ria)!!!!!!!!!!!!!!! Nao é puxa saco, é pra motivar e alegrar.
Desculpa, tive q postar esse capítulo... senão capaz adoeço, diferente de Zinara eu solto td que abunda no meu peito!! Kkk. Farei isso c alguns, tava pensando em comentar uma visao geral,mas essa estória/história n permite!! E agora que sou próton, cheguei com tudo!
Nossa, que forte esse momento con Naj, a tia de Zinara.
Sabemos que quando não nos comportamos bem com o próximo ou temos atitude que não são as " corretas", isso nos leva a consequências na mesma proporção ou maiores, mas o arrependimento de coração ( ou seja, qndo sai dessa situação n vai voltar a cometer os mesmos erros), as consequências negativas são por pouco tempo. O universo dá o que recebe... Zinara aprendeu q o rancor n leva a nada, Zahira tratou de deixar claro esse ensinamento. Boa atitude de Zinara, tirar a tia daí!E eu n acho que ninguém mereça nada de ruim, é apenas a lei de causa e efeito, n temos como fugir....nem Deus poderia intervir na própria lei que ele criou, é a ordem natural das coisas!
Jamille, que mulher e dizem q só Zinara é complexa....
Agora que sabe das coisas fica com remorso pq isso é remorso, arrependimento por n entender, se n fosde isso, n taria aí querendo voltar. Mas repito, n precisamos saber algo pra entender o comportamento do outro ou ao menos tentar, nem ser psicólogo para usar a lógica de que se uma pessoa grita por algo q vc fez, é só pensar um pouco e se perguntar: Por que isso afetou tanto ela? Ou perguntar diretamente, mesmo q n obtenha resposta,a pessoa vai dizer que existe uma razao para tal reacao.
Vc joga fora um leite: primeiro, c tanta gente passando fome e um faz isso? Questão de consciência e pensar nos q n tem... meu tio, quando era pequena, n gostava q deixasse comida, dizia: Coloque o que vai comer e dps sirva mais.. tem gente q passando fome. Quando abria a geladeira e dizia: n tem nada pra comer: eu pensava, tem gente passando fome, n devo fazer isso...tenho mt pra comer. A geleadeira cheia yorgut, torta, frutas. A dispensa cheia de merenda...agora mais q nunca eu agradeço a criaçao q tive pq qndo cheguei aqui as coisas eram diferentes tb e pude passar o q aprendi tb, n passei fome,mas, porém sempre me adaptei a td,mas eu tinha ujm problema, n comia comida dormida,apenas reciclada, mas n disperdiçava. Mas sempre pensei no próximo.Feijao de outro dia virava sopa, hj já n tenho problema, como sem reciclar e agradeço pela oportunidade q me deram de melhorar já q minha esposa n tema mesma condiçao de minha família. Ainda q n goste de feijao ou de qualquer coisa, se n puder susbtituir, eu como igual. E n acho q foi consequencia de nada, acho q isso foi necessário pra reforçar o que aprendi.
Hj eu faço parte de um projeto tipo " prato cheio", mas daqui da Argentina. Se visse o quanto de verdura e fruta vai por lixo no mercado central, dá pra comer tanta gente, pena q o carro n entra tanto..sempre quis distribuir comida ou sopa, finalmente Mocita encontrou um lugar e me joguei!! Carrego os carrinhos esse c 5 xaixas de verdura.. quem diria: a dondoca patricinha...mas nuinca tive medo de trabaio viu, fi!!! Adoro carregar...a dor das costas vale a pena qndo vc vê o sorriso das crianças e adolescentes e sabe q vao ter pra comer por um tempo...menos gente passando fome!
Segundo: Ela acha q pq Zinara é bem sucedida , quer dizer q n infância tb teve vida boa? Um pensa de acordo c a vida q teve. nem todos! Mas é lógico, assim q entendo, mas 5 anhos vivendo juntas já dá perdoar e relevar, n? 5 anos e n conheceu direito a pessoa..culpa das duas, lógico..n vamos massacrar Jamille pq Zinara tb n é mole!! Parece uma ostra...fechada fechada, n tem quem abra, mas qndo abre vemos seu coracao.. coracao mole..kkkk( n sou boa nessas associacoes,mas blz, dá pra rir rs)
Nunca devemos dizer: grosseria por uma besteira dessa? Sério?Mesmo q Zinara n tenha passado fome..é besteira se retar por jogar fora qndo sabemos q mta passam fome? N acho Entendo q ela fez sem querer pq cresceu de outra forma, mas temos que nos focar e ser mais conscientes de nossas acoes e principalmente, sempre, entender as reações dos outros. Claro que Zinara n precisava ter gritando,mas qndo ela viu isso, imediatamente as emoções de outrora q falaram, dominou ela. Até q q o emocional dela n ficou tão abalado, ela é passiva agressiva e n ativa...é pior, ela explode de dentro pra fora= câncer..mt sentimento ruins reprimidos, mt ódio. Jamile, deve prestar mais atenção, n olhar só pra suas necessidades. Pq é assim q ela atuou c Zinara, n só a deixando dps de fazerem amor antes, mas parece q era costume isso, pelo q leio era assim... Tem que ficar atenta. Legal vc se arrependeu, mas apenas pq soube, por isso n nos é permitido saber coisas de outras vidas, teríamos as mesmas reações q vc teve... livre arbítrio ou estaríamos condicionados pelo que sabemos?
Sobre o sonho de Zinara com Jamile onde a mesma provoca ela. Já entendi pq Zinara voltava pra ela.....parece bem o tipo de coisa q Jamile faz..falou em sexo Zinara ja se anima..claro, sempre qndo se trata de alguém q ama!! ;) Lá vem ela dando uma de Xena e Akemi(essa massagista má kkkkkk( pra vc n achar que tô mt séria c os comentários, escrevi um parágrafo só de zuação, ainda q n deixa de ser verdade!!
Ah, Raed, chorou, ninguém é tão frio assim...apenas sofreu e foi criado numa cultural onde demonstração de carinho é sinônimo de fraqueza e outros conceitos distorcidos bem enraizados... a
Que bom q Zinara chorou, n se pode passar uma vida reprimindo dores e n chorar, nem sozinha..mas repetimos comportamentos, condicionada durante anos, tendo q ser forte...perdeu a infância. É normal que,as vezes parece criança e gosta de ser cuidada, tem essa carência que tenta disfarçar...e gosto de aprontar pq ela agora esta viva e quer viver td q pode..ama a natureza deve representar a vida, ama aventuras pq se sente livre, viva, n mais sobrevive.. n vive c medo, tampouvo na paz..momentos de paz qndo sobre montanhas ... se joga Zinara na sua busca espiritual, solta td...esses flashbacks sao bons, cartase com força, ela nunca parou para analisar o q passou e tentar resolver, apenas deixou de lado,mas dentro dela nunca foi esquecido..as reacoes dizem ...
Já vi q vc vai me fazer sofrer aqui, sadiki....mais do q Maya. Mais tenho entendido mais ainda Zinara...isso é bom, mt bom!!! N sabia q era mal humoradinha rsrs
Oxente, escute Magali n, Clarice, que tem a ver o cú com as calças? Desculpa o termpo, n sou de usar,mas queria fazer vc rir. Tudo bem, a pessoa é complicada ou melhor, os sentimentos delas sao e n ela, mal humorada. as vezes, é grossa, as vezes qndo apertam onde n deve, mas se souber como agir c ela, é um trequinho fofo. Roubada, já viu alguém descomplicado, o ser humano é todo trabalhado no erro..kkkk..essa tal de Carla que é perigosa!!!
E que é isso de todo mundo é terrorista.. oxente! Povo generaliza td...se vc n sabe tem gente que morre, os q morrem n sao terrorista e sao a maioria..ou seja, ta exagerando com força!! Minha irma diz q sou a defensora dos fracos e oprimidos(sarcática), tô sempre defendendo, Mocita tb diz( n sendo sarcástica).
Ps1:O filha, avise se for atualizar algo novo pq fico ansiosa cadê vez q posta um cap , penso: agora é novo mesmo, ainda q vc disse q ia demorar, mas ng sabe d enada nessa vida, agora que tem gente comentando, além de mim( me sentia sozinha), talvez teu espírito se liberte e volte a psicografar com força!!!!!! Pq eu acredito fortemente nessa hipótesis, a se acredito! Vem uma alminha e catabum... nem q seja incosciente.
Ps2: Vamos fazer assim: eu comento alguns capítulos ou partes relevantes( vc viu q n fui detalhista dessa vez, te dando um descontao de 90% pq vc n pode aparecer..) e vc apenas ler. No último cspítulo,até onde vc tenha atualizado, vc responde,QUANDO PUDER, afinal vc é boa c resumos,!! rs.
N vou ficar chateada ou te achar desconsiderada ou qualquer coisa negativa. Sou mandona já sabe e caipira é mandada! kkkkkkkk. Mas sempre teimosa, como escutei uma vez: cabeça duraaaa!! Vê se escuta dessa vez... ;)
J: Inteligência A: N tem medo de nada e enfrenta os desafios do momento com inteligência e sabedoria S: Tem certeza de tudo, inclusive quando sabe que tá errada, aceitando. Sabe perder é ganhar um pouco. I: É amável e serviçal, gosta de ajudar sem receber nada em troca. N: Encontra sentido ao que nao lhe deixa dormir, nos livros está as respostas (Kulle muskilla wa-liiha hall). Quando pesquisei sobre o nome, ano retrasado pq me perguntava qual a razao desse codinome, fui buscar. Encaixa perfeito e ainda é uma cidade, como já sabemos, o q é interessante devido a guerra e guerra igual a solidao. Mas tb Jasin represenbta conhecimento e sabedoria e fiquei triste c a combinaçao, achei mais interessante ainda pq as vezes é isso mesmo, devemos sacrificar certas coisas ( sacou ao q me refiro? N sei.. mas junte os nomes, vai ver ao q me refiro, já q adora um enigma, eu tb,mas deixei td fácil....
Continarei fazendoa análise aqui... isso aqui é estágio avançado!!!!! Altos aprendizados com a estória de tia Jasin!!!
Jasin: Sanadora, o senhor é a salvaçao(nome de menino, por isso o senhor q vc discutiu sobre política por aí pensou q vc fosse homem rsrs). N q ele soubesse de onde vinha o siginficado.. kkkkk
Beijos e que Deus esteja sempre em seus pensamentos, titia!!( agora ela pira...).
Resposta do autor:
Algo me diz que a minha grande amiga anda até estudando árabe... será?
Achei lindo tudo que escreveu e ri muito na parte da titia! kkkk
O Tao é mais denso mesmo e como você faz uma verdadeira imersão, creio que ele deve ter te bagunçado o coração mais que Maya pôde fazer. Estes contos têm semelhanças e grandes diferenças.
Você analisou o que significa a junção Jasin Solitudine! Parabéns, dona psicóloga fez um excelente trabalho! E ainda entende de astronomia... como não me orgulhar desta sadikii?
Beijos!!!
Sol
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Gabi2020
Em: 04/05/2020
Oi Sol,
O mundo realmente dá voltas.. Quem diria que a altiva dona Najla fosse passar seus últimos dias num asilo e sozinha e que justo Zinara, a quem tanto humilhou fosse sua tábua de salvação... É a lei do retorno.
Clarice é a insegurança em pessoa.
Jamila correndo atrás do tempo perdido... Ela foi muito cruel com Zinara e nada justifica o que ela fez.
Zinara sofre demais viu? Toda feliz sonhando com Jamila a e cachorra me aparece lambendo ela toda... Kkkkkk....
Eita que a Magali tem cada conselho.
Beijos
Resposta do autor:
Bom dia, Gabinha!
A vida ensina e Najla aprendeu. Ninguém é imune a isso, muda apenas o tempo de cada pessoa.
Clarice e Zinara são muito inseguras. Vai ver é coisa de professora pesquisadora doida. kkk
Jamila é aquele caso que só deu valor depois de perder. Foi quando ela começou a enxergar e ver a pessoa diante de si.
Zinara passa por situações no mínimo curiosas. kkkk
Magali é objetiva demais. E com base nas observações que tem, avalia que Zinara é uma roubada.
Beijos,
Sol
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Sem cadastro
Em: 17/01/2018
Saaaa diiii kiii, adorada,idolatrada, salve salve!!(uma tia falava isso pro meu irmao e eu sempre ria)!!!!!!!!!!!!!!! Nao é puxa saco, é pra motivar e alegrar.
Desculpa, tive q postar esse capítulo... senão capaz adoeço, diferente de Zinara eu solto td que abunda no meu peito!! Kkk. Farei isso c alguns, tava pensando em comentar uma visao geral,mas essa estória/história n permite!! E agora que sou próton, cheguei com tudo!
Nossa, que forte esse momento con Naj, a tia de Zinara.
Sabemos que quando não nos comportamos bem com o próximo ou temos atitude que não são as " corretas", isso nos leva a consequências na mesma proporção ou maiores, mas o arrependimento de coração ( ou seja, qndo sai dessa situação n vai voltar a cometer os mesmos erros), as consequências negativas são por pouco tempo. O universo dá o que recebe... Zinara aprendeu q o rancor n leva a nada, Zahira tratou de deixar claro esse ensinamento. Boa atitude de Zinara, tirar a tia daí!E eu n acho que ninguém mereça nada de ruim, é apenas a lei de causa e efeito, n temos como fugir....nem Deus poderia intervir na própria lei que ele criou, é a ordem natural das coisas!
Jamille, que mulher e dizem q só Zinara é complexa....
Agora que sabe das coisas fica com remorso pq isso é remorso, arrependimento por n entender, se n fosde isso, n taria aí querendo voltar. Mas repito, n precisamos saber algo pra entender o comportamento do outro ou ao menos tentar, nem ser psicólogo para usar a lógica de que se uma pessoa grita por algo q vc fez, é só pensar um pouco e se perguntar: Por que isso afetou tanto ela? Ou perguntar diretamente, mesmo q n obtenha resposta,a pessoa vai dizer que existe uma razao para tal reacao.
Vc joga fora um leite: primeiro, c tanta gente passando fome e um faz isso? Questão de consciência e pensar nos q n tem... meu tio, quando era pequena, n gostava q deixasse comida, dizia: Coloque o que vai comer e dps sirva mais.. tem gente q passando fome. Quando abria a geladeira e dizia: n tem nada pra comer: eu pensava, tem gente passando fome, n devo fazer isso...tenho mt pra comer. A geleadeira cheia yorgut, torta, frutas. A dispensa cheia de merenda...agora mais q nunca eu agradeço a criaçao q tive pq qndo cheguei aqui as coisas eram diferentes tb e pude passar o q aprendi tb, n passei fome,mas, porém sempre me adaptei a td,mas eu tinha ujm problema, n comia comida dormida,apenas reciclada, mas n disperdiçava. Mas sempre pensei no próximo.Feijao de outro dia virava sopa, hj já n tenho problema, como sem reciclar e agradeço pela oportunidade q me deram de melhorar já q minha esposa n tema mesma condiçao de minha família. Ainda q n goste de feijao ou de qualquer coisa, se n puder susbtituir, eu como igual. E n acho q foi consequencia de nada, acho q isso foi necessário pra reforçar o que aprendi.
Hj eu faço parte de um projeto tipo " prato cheio", mas daqui da Argentina. Se visse o quanto de verdura e fruta vai por lixo no mercado central, dá pra comer tanta gente, pena q o carro n entra tanto..sempre quis distribuir comida ou sopa, finalmente Mocita encontrou um lugar e me joguei!! Carrego os carrinhos esse c 5 xaixas de verdura.. quem diria: a dondoca patricinha...mas nuinca tive medo de trabaio viu, fi!!! Adoro carregar...a dor das costas vale a pena qndo vc vê o sorriso das crianças e adolescentes e sabe q vao ter pra comer por um tempo...menos gente passando fome!
Segundo: Ela acha q pq Zinara é bem sucedida , quer dizer q n infância tb teve vida boa? Um pensa de acordo c a vida q teve. nem todos! Mas é lógico, assim q entendo, mas 5 anhos vivendo juntas já dá perdoar e relevar, n? 5 anos e n conheceu direito a pessoa..culpa das duas, lógico..n vamos massacrar Jamille pq Zinara tb n é mole!! Parece uma ostra...fechada fechada, n tem quem abra, mas qndo abre vemos seu coracao.. coracao mole..kkkk( n sou boa nessas associacoes,mas blz, dá pra rir rs)
Nunca devemos dizer: grosseria por uma besteira dessa? Sério?Mesmo q Zinara n tenha passado fome..é besteira se retar por jogar fora qndo sabemos q mta passam fome? N acho Entendo q ela fez sem querer pq cresceu de outra forma, mas temos que nos focar e ser mais conscientes de nossas acoes e principalmente, sempre, entender as reações dos outros. Claro que Zinara n precisava ter gritando,mas qndo ela viu isso, imediatamente as emoções de outrora q falaram, dominou ela. Até q q o emocional dela n ficou tão abalado, ela é passiva agressiva e n ativa...é pior, ela explode de dentro pra fora= câncer..mt sentimento ruins reprimidos, mt ódio. Jamile, deve prestar mais atenção, n olhar só pra suas necessidades. Pq é assim q ela atuou c Zinara, n só a deixando dps de fazerem amor antes, mas parece q era costume isso, pelo q leio era assim... Tem que ficar atenta. Legal vc se arrependeu, mas apenas pq soube, por isso n nos é permitido saber coisas de outras vidas, teríamos as mesmas reações q vc teve... livre arbítrio ou estaríamos condicionados pelo que sabemos?
Sobre o sonho de Zinara com Jamile onde a mesma provoca ela. Já entendi pq Zinara voltava pra ela.....parece bem o tipo de coisa q Jamile faz..falou em sexo Zinara ja se anima..claro, sempre qndo se trata de alguém q ama!! ;) Lá vem ela dando uma de Xena e Akemi(essa massagista má kkkkkk( pra vc n achar que tô mt séria c os comentários, escrevi um parágrafo só de zuação, ainda q n deixa de ser verdade!!
Ah, Raed, chorou, ninguém é tão frio assim...apenas sofreu e foi criado numa cultural onde demonstração de carinho é sinônimo de fraqueza e outros conceitos distorcidos bem enraizados... a
Que bom q Zinara chorou, n se pode passar uma vida reprimindo dores e n chorar, nem sozinha..mas repetimos comportamentos, condicionada durante anos, tendo q ser forte...perdeu a infância. É normal que,as vezes parece criança e gosta de ser cuidada, tem essa carência que tenta disfarçar...e gosto de aprontar pq ela agora esta viva e quer viver td q pode..ama a natureza deve representar a vida, ama aventuras pq se sente livre, viva, n mais sobrevive.. n vive c medo, tampouvo na paz..momentos de paz qndo sobre montanhas ... se joga Zinara na sua busca espiritual, solta td...esses flashbacks sao bons, cartase com força, ela nunca parou para analisar o q passou e tentar resolver, apenas deixou de lado,mas dentro dela nunca foi esquecido..as reacoes dizem ...
Já vi q vc vai me fazer sofrer aqui, sadiki....mais do q Maya. Mais tenho entendido mais ainda Zinara...isso é bom, mt bom!!! N sabia q era mal humoradinha rsrs
Oxente, escute Magali n, Clarice, que tem a ver o cú com as calças? Desculpa o termpo, n sou de usar,mas queria fazer vc rir. Tudo bem, a pessoa é complicada ou melhor, os sentimentos delas sao e n ela, mal humorada. as vezes, é grossa, as vezes qndo apertam onde n deve, mas se souber como agir c ela, é um trequinho fofo. Roubada, já viu alguém descomplicado, o ser humano é todo trabalhado no erro..kkkk..essa tal de Carla que é perigosa!!!
E que é isso de todo mundo é terrorista.. oxente! Povo generaliza td...se vc n sabe tem gente que morre, os q morrem n sao terrorista e sao a maioria..ou seja, ta exagerando com força!! Minha irma diz q sou a defensora dos fracos e oprimidos(sarcática), tô sempre defendendo, Mocita tb diz( n sendo sarcástica).
Ps1:O filha, avise se for atualizar algo novo pq fico ansiosa cadê vez q posta um cap , penso: agora é novo mesmo, ainda q vc disse q ia demorar, mas ng sabe d enada nessa vida, agora que tem gente comentando, além de mim( me sentia sozinha), talvez teu espírito se liberte e volte a psicografar com força!!!!!! Pq eu acredito fortemente nessa hipótesis, a se acredito! Vem uma alminha e catabum... nem q seja incosciente.
Ps2: Vamos fazer assim: eu comento alguns capítulos ou partes relevantes( vc viu q n fui detalhista dessa vez, te dando um descontao de 90% pq vc n pode aparecer..) e vc apenas ler. No último cspítulo,até onde vc tenha atualizado, vc responde,QUANDO PUDER, afinal vc é boa c resumos,!! rs.
N vou ficar chateada ou te achar desconsiderada ou qualquer coisa negativa. Sou mandona já sabe e caipira é mandada! kkkkkkkk. Mas sempre teimosa, como escutei uma vez: cabeça duraaaa!! Vê se escuta dessa vez... ;)
J: Inteligência A: N tem medo de nada e enfrenta os desafios do momento com inteligência e sabedoria S: Tem certeza de tudo, inclusive quando sabe que tá errada, aceitando. Sabe perder é ganhar um pouco. I: É amável e serviçal, gosta de ajudar sem receber nada em troca. N: Encontra sentido ao que nao lhe deixa dormir, nos livros está as respostas (Kulle muskilla wa-liiha hall). Quando pesquisei sobre o nome, ano retrasado pq me perguntava qual a razao desse codinome, fui buscar. Encaixa perfeito e ainda é uma cidade, como já sabemos, o q é interessante devido a guerra e guerra igual a solidao. Mas tb Jasin represenbta conhecimento e sabedoria e fiquei triste c a combinaçao, achei mais interessante ainda pq as vezes é isso mesmo, devemos sacrificar certas coisas ( sacou ao q me refiro? N sei.. mas junte os nomes, vai ver ao q me refiro, já q adora um enigma, eu tb,mas deixei td fácil....
Continarei fazendoa análise aqui... isso aqui é estágio avançado!!!!! Altos aprendizados com a estória de tia Jasin!!!
Jasin: Sanadora, o senhor é a salvaçao(nome de menino, por isso o senhor q vc discutiu sobre política por aí pensou q vc fosse homem rsrs). N q ele soubesse de onde vinha o siginficado.. kkkkk
Beijos e que Deus esteja sempre em seus pensamentos, titia!!( agora ela pira...).
Resposta do autor:
Algo me diz que a minha grande amiga anda até estudando árabe... será?
Achei lindo tudo que escreveu e ri muito na parte da titia! kkkk
O Tao é mais denso mesmo e como você faz uma verdadeira imersão, creio que ele deve ter te bagunçado o coração mais que Maya pôde fazer. Estes contos têm semelhanças e grandes diferenças.
Você analisou o que significa a junção Jasin Solitudine! Parabéns, dona psicóloga fez um excelente trabalho! E ainda entende de astronomia... como não me orgulhar desta sadikii?
Beijos!!!
Sol
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Solitudine Em: 11/11/2023 Autora da história
Muito obrigada por ter me ajudado com isso pois sei que exigiu tempo!
Beijos,
Sol