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ACONTECEU VOCÊ por contosdamel

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Palavras: 3694
Acessos: 5942   |  Postado em: 23/11/2017

Capítulo 14: MAIS UM FIM?

Passamos meses tranqüilos, impus-me um limite nas tais investigações, qualquer coisa da origem, do passado de minha namorada, não era mais importante do que a história que estávamos construindo juntas no presente.

Fernanda e Artur andavam às voltas armando o tal flagrante que concluiria a reportagem investigativa que prometia alavancar o jornal que agora era distribuído para toda região, e as nossas carreiras.

Meu pai mantinha contato, a última vez ligou para avisar que estava mais uma vez se preparando para uma viagem com minha mãe, dessa vez para uma estação de esqui em Bariloche, não se esqueceu de comentar que dona Angelina vez por outra perguntava se eu estava bem e se continuava com a palhaçada de namorar a doutora, e ele respondia que continuava, assim como ela continuava com a palhaçada de rejeitar a filha.

Meu web romance estava concluído, minha leitora apaixonada enchia as páginas do site com declarações apaixonadas e cada vez mais eu tinha certeza que se tratava de Marisa. Inspirada pelo amor que vivia, já escrevia outro romance, dessa vez com o intuito de publicar, já que recebi proposta de uma editora especializada em livros lésbicos.

Marisa apesar de tentar disfarçar, mas, estava tensa, atendia telefonemas que eu deduzia que fosse de Larissa, por vezes seu sono era agitado, em algumas noites acalmei-a em meus braços quando ela acordava banhada de suor com pesadelos. Esses episódios ficaram cada vez mais frequentes, o que reativava a curiosidade e a vontade de ajudar Marisa descobrindo a verdade sobre sua história.

Em uma de nossas saídas noturnas com nossos amigos, para variar no Chica’s, Marisa me surpreendeu, nunca tinha a vistoela beber tanto, empolgada desafiando Diego em viradas de copos com doses de tequila, em pouco tempo já não pronunciava as palavras com clareza, os olhos vermelhos denunciavam a alteração de seu estado. Antes que ela caísse de vez, levei-a para sua casa, mas foi difícil chegar ao destino, Marisa estava com um fogo insaciável.

Suas mãos não paravam. Hora estava por baixo da minha blusa, hora estava entre minhas coxas, e não adiantava eu apelar para o bom senso:

- Meu amor, estou dirigindo... Ai amor...

Meu corpo reagia às investidas de Marisa, que não perdeu a destreza manual para o álcool, desabotoou os botões e o zíper de minha calça, e com seus dedos massageou meu clit*ris por cima da calcinha encharcando-me quase que instantaneamente.

- Amor...

- Pára esse carro então... Quero te comer agora...

Não discuti, parei o carro no caminho da casa dela, estrada de terra, ignorei qualquer perigo, tomada de tesão, desafivelei o cinto de segurança e invadi a boca de Marisa com minha língua enquanto ela abria espaço entre minhas pernas, penetrando seus dedos no meu sex* pulsante e ensopado.

- Vai amor, não pára, sou sua.

- Minha mulher, quero você inteira...

Marisa sussurrava ao meu ouvido, descendo sua boca até meus mamilos, sugando-os, lambendo, num ritmo alucinante intensificava as estocadas, baixei o banco e assim Marisa ficou sobre mim introduzindo ainda mais seus dedos, forçando o peso de seu corpo no meu sex* acelerou meu gozo. Numa excitação desenfreada, praticamente rasgou minha blusa e forçou a retirada de minha calça, pouco se importou com as buzinadas que inevitavelmente e acidentalmente disparavam com seus movimentos, subiu meu corpo no banco de maneira que pode alcançar meu sex* com sua boca, mergulhando sua boca, despertando em mim gemidos roucos e altos enquanto eu arranhava suas costas, os vidros embaçados do carro tinham as marcas de nossas mãos, o nossos corpos as marcas de um prazer inenarrável.

Queria mais de Marisa, ainda com o corpo dela sobre o meu, deslizei meus dedos até seu sex*, provocando-a, ela remexeu-se sobre mim, com um sorriso safado nos lábios, a massagem dos meus dedos no clit*ris dela deu lugar a um vai e vem que gradualmente se intensificou e enfim o gozo de Marisa se derramou em minhas mãos.

Levei-a para casa, Marisa quase entregue ao sono, me olhava com os olhos pequenos, balbuciando algo quase incompreensível:

- Minha... Mulher... Amo demais...

Sorri com a expressão dela, e seu esforço para se declarar a mim naquele estado:

- Também te amo muito meu amor.

Esforcei-me para levá-la para cama, uma vez que Marisa praticamente dormia em pé despi-a com carinho, e com uma voz manhosa ela pediu:

- Agora vem e me abraça.

Assim o fiz, nem mesmo o hálito de álcool me fazia não desejar dormir agarrada com Marisa. O corpo dela era delicioso também assim.  Tratei de acordar antes dela, sabia que ela acordaria com uma baita ressaca e precisaria de meus cuidados. Preparei um banho quente, um café forte (a única coisa que eu sabia fazer na cozinha), algumas torradas e a custa de alguns cortes nos dedos, algumas piquei algumas frutas joguei aveia por cima, me impressionando com a beleza da bandeja que preparei.

Como supunha, Marisa acordou com aquela dor de cabeça, mal conseguia abrir os olhos:

- Bom dia meu amor.

Beijei seus lábios suavemente.

- Quem mandou você acender a luz?

Sorri do seu mau humor:

- O dia meu amor... É a luz do sol...

Enquanto ela se sentava na cama, mostrei-lhe a bandeja bem preparada:

- Preparei para você, que tal um banho bem gostoso antes?

- Nossa, de onde veio tanta disposição? Minha cozinha está inteira dessa vez?

- Deixa de ser chata!

Joguei um travesseiro na sua cara.

- Desculpa amor... Mas me faz um favor, antes de qualquer coisa, pega no armário do banheiro um analgésico pra mim, um engov.

- Tudo bem.

Depois de prestar os devidos cuidados à minha doutora, nos deitamos na cama abraçadas, quando Marisa me pediu:

- Abre essa gaveta pra mim?

Pediu apontando para o criado mudo ao lado da cama. Abri a gaveta e ela orientou:

- Está vendo uma caixinha?

- Sim.

- Pegue-a e abra, é sua.

Ansiosa, abri imaginando encontrar algo do tipo, anel, aliança... Qual não foi minha surpresa quando vi apenas um maço com três chaves. Minha cara de interrogação antecipou a explicação de Marisa:

- São as chaves daqui de casa. Pra você não correr o risco de ser presa de novo invadindo-a. O código do alarme está nesse cartãozinho dentro da caixa.

Fiquei completamente embasbacada, sem ação. Não era uma aliança, ou anel de brilhante, mas o valor era igualmente importante.

- Mah... Mah... Meu amor... Eu... Eu...

- Amor... Calma... São só chaves... Da porta da frente, da porta dos fundos, e do cadeado do portão.

Pulei em cima dela cobrindo-a de beijos:

- Nossa, não sabia que você gostava tanto de chaves. - Marisa disse divertida.

- Eu te amo.

Beijei-a e ela sorriu:

- Também amo você minha trapalhada...

No mesmo dia dei a Marisa a cópia da chave de minha casa também. Estávamos mais apaixonadas do que nunca, ela me apoiava em tudo, me aconselhava, me consolava tantas vezes quando sofria pela rejeição de minha mãe, me incentivava na escrita, cuidava de mim, e eu tentava retribuir à altura me desdobrando em dedicação, carinho e dando-lhe o voto de confiança, esperando o momento que ela se abriria para mim sobre seu passado, sua família.

Certa noite, depois de discutir com alguém ao telefone, Marisa voltou à sala de sua casa, onde assistíamos a um filme, desabafando:

- Não agüento mais isso!

- Aconteceu alguma coisa amor?

- Alex... Eu preciso de te falar tanta coisa... - Marisa suspirou.

Segurei suas mãos e disse:

- Estou te escutando amor.

Marisa respirou fundo e prosseguiu:

- Existem algumas coisas sobre mim que você precisa saber, eu te amo, e quero você saiba tudo sobre mim, sobre meu passado por que... Quero você no meu futuro também.

Emocionei-me, foi inevitável. Apertei ainda mais suas mãos incentivando-a a continuar seu desabafo:

- Eu menti para você quando falei sobre minha família, na verdade omiti algumas coisas, mas meu intuito era te proteger.

O telefone tocou interrompendo aquela conversa que eu tanto esperei.

- Oi Elaine. O quê? Mas como isso aconteceu? Estou indo, tente ficar calma.

- O que aconteceu Mah?

- Fábio, sofreu um acidente, precisa ser operado imediatamente, Elaine não está em condições, preciso ir meu amor.

- Claro meu amor! Vou com você.

Segui com Marisa para o hospital, ela se dirigiu para o centro cirúrgico imediatamente, e eu fiquei ao lado de Elaine tentando acalmá-la. A cirurgia durou horas, chegando até a madrugada, quando Marisa finalmente saiu do centro cirúrgico comunicando o sucesso da intervenção:

- Conseguimos controlar a hemorragia, mas não conseguimos salvar o baço, mas está fora de perigo.

Elaine respirou aliviada, abraçando Marisa.

- Ele ainda está na recuperação pós-anestésica, achei mais prudente transferi-lo para a terapia intensiva depois, assim que ele for transferido, você pode vê-lo Elaine.

- Obrigada amiga.

Eu sorria para minha namorada orgulhosa da sua competência.

- Meu amor, vá para casa, eu vou ficar aqui o resto da noite, quero acompanhar as primeiras horas do pós-operatório do meu amigo, você se incomoda?

- Claro que não meu amor, nos vemos mais tarde então.

Beijei seu rosto e vim para casa, aproveitei a falta de sono para escrever mais um capítulo do meu novo romance, nem lembro em qual momento peguei no sono com o notebook aberto na minha cama.

O dia seguinte foi um dia que eu sinceramente gostaria muito de me esquecer. Nem sei ao certo que horas acordei, ao abrir meus olhos avistei Marisa sentada na escrivaninha à frente da minha cama. Sorri, me espreguicei e levantei-me, abraçando-a por trás, beijando seu pescoço, quando ergui minha cabeça, notando Marisa imune aos meus carinhos, vi na tela do meu notebook os arquivos de minha investigação sobre a morte de Alcides Muniz e sua família.

Afastei-me de Marisa, pálida. Minha voz me abandonou por segundos, não sabia o que dizer. Marisa continuava imóvel, quando eu falei:

- Meu amor, eu posso explicar... Eu...

Marisa se levantou, lentamente virou-se e vi seu rosto com uma expressão de profunda tristeza, seus olhos não me olhavam mais com brilho, mas com decepção, as lágrimas rolavam fácil por sua face, e aquilo rasgou minha alma.

- Mah, eu comecei essa pesquisa há algum tempo, mas parei...

- Pesquisa? Você chama isso de pesquisa? O que eu sou para você afinal Alexandra? Uma pauta de reportagem?

- Não! Claro que não meu amor! Eu só queria conhecer mais de você, e depois, te ajudar...

- Ajudar? Alexandra me poupa dessa hipocrisia... Você é uma jornalista, louca pra dar um furo jornalístico e passar na cara de sua antiga chefe seu potencial não é? Diga-me, quando você planejou tudo isso? Você veio para Nova Esperança seguindo qual pista? Aliás, como você teve acesso a essas informações? São confidenciais!

- Planejei? Não Mah você está enganada... Eu não planejei nada, é verdade fiquei curiosa, mas principalmente interessada em te conhecer melhor.

- Sei... Você costuma investigar assim todas as mulheres as quais te interessam? Invadindo arquivos confidenciais?

- Todas as mulheres? Marisa você é a minha primeira mulher e será a única!

- Mais uma mentira então? Você me disse que esteve com outras mulheres antes de mim.

- Eu fiquei com vergonha, idiotice minha!

- Então aquela Renatinha não foi sua namorada?

- Não! Ela é uma grande amiga, que antes de vir para cá era totalmente hetero!

- Mais uma mentira então! O que mais você inventou? Todas aquelas trapalhadas eram pura armação sua pra me conquistar não era?

- Meu Deus! Não! Eu achei que aquelas trapalhadas só serviam para me depreciar, nunca para conquistar alguém!

- Eu não sei quem é você Alexandra...

- Meu amor sou eu, a mulher que te ama!

Não contive minhas lágrimas, aproximando-me dela que recuou como se tivesse aversão ao meu toque:

- Não me toque... Eu não te conheço!

- Meu amor... Não faz isso... Eu me apaixonei por você, quando percebi o mistério que te envolvia, a sua relação com Larissa, fiquei intrigada, curiosa, precisava saber mais de você... Vi aqueles recortes de reportagem na sua casa sobre a morte do embaixador e com sua reação fiquei ainda mais curiosa, depois ouvi aquela sua conversa com Larissa...

- Chega, chega Alexandra! Nada justifica essa invasão, além de ferir minha confiança, você colocou em risco minha vida, anos de sacrifício, você não sabe o que está envolvido nisso!

- Não sei por que você não confiou em mim para me dizer a verdade, eu namoro quem afinal Lisa ou Marisa?

- Então você também descobriu isso... Você não namora nenhuma das duas, por que nossa história acabou.

- Não meu amor... Não faz isso...

Tentei aproximar-me mais uma vez em vão. Marisa estava inconsolável, enxugava as lágrimas enquanto eu reunia forças para continuar argumentando, não suportando sequer imaginar minha vida sem ela:

- Mah, você precisa me ouvir, eu te amo... Eu parei com essa investigação, há meses abandonei esses arquivos...

- Como você conseguiu isso? Se você é mesmo tão trapalhada, para conseguir essas informações deve ter deixado um rastro de bagunças...

- Pesquisei reportagens da época do assassinato, e o Dan conhece alguém do ministério das relações exteriores...

- Espera aí! Então tem mais gente envolvida nisso? Meu Deus! Você é muito pior do que eu imaginava! Irresponsável! Quem mais sabe? A Berta? Por que só falta mesmo a fofoqueira da cidade saber!

- Mah... Não exagera...

- Alexandra, só o fato de ter gente fuçando arquivos, fazendo perguntas sobre o assunto já levanta suspeitas, atrai atenção... Você colocou a vida de muita gente em risco sua louca! Inclusive a sua!

- Como assim?

- Ai Alexandra... Você acha que mudei meu nome por quê? Por que cansei do meu nome de batismo? Você tinha que supor que minha vida estava em risco não é?

- Eu suspeitava, mas...

- Mas não achou que fosse importante não é? Mais importante era satisfazer sua curiosidade e fazer uma grande reportagem não é? E eu que confiei em você... Estava fazendo planos pro nosso futuro... Queria casar com você...

- Mas eu também quero isso meu amor! Enfrentei minha mãe por nossa causa, até hoje ela não fala comigo, você acha que fiz isso por uma reportagem?

- Sinceramente não sei não te conheço Alexandra. Eu ia te contar tudo ontem, acreditando que você tinha respeitado meu pedido de apenas confiar em mim... Mas você não só não confiou, como traiu minha confiança, não esperava isso, passei tanto tempo da minha vida esperando alguém que eu pudesse amar, confiar, achava que tinha encontrado como me enganei...

- Mah... Mas você pode confiar em mim...

- Eu abri minha vida para você, meu coração, minha casa...

- Não, você não se abriu, sempre impôs essa barreira, você acha que é fácil confiar em alguém assim cegamente? Você cheia de mistérios, se quer seu nome era verdadeiro...

- Eu estava fazendo isso para me proteger, proteger outras pessoas e a você também, mas isso não interessa mais.

- Proteger-me de que? Eu tenho direito de saber!

- Pra quê? Para colocar no seu novo livro? Ou publicar na próxima edição do jornal?

- Você está sendo tão injusta...

Sentei-me enxugando minhas lágrimas, experimentando um sentimento de impotência e perda.

- Não há mais nada a dizer... Aliás, há uma coisa: se alguma informação dessas que você tem vazar, se qualquer coisa for publicada, te garanto que farei de tudo para que você pague por isso. Hoje mesmo avisarei sobre o furo da confidencialidade desses arquivos, se sua irresponsabilidade, curiosidade, essa invasão da minha vida prejudicar anos dessa operação, eu te acho no inferno, mas te faço pagar por isso.

O tom ameaçador de Marisa me feriu de maneira absurda, não me senti amedrontada, até mesmo por que há tempos desisti daquela investigação, o que me doeu foi não reconhecer mais nos olhos de Marisa, o brilho apaixonado por mim, no lugar do encantamento, eu via ódio, e pela primeira vez, não reconheci a mulher que eu amava.

- Marisa, espera...

- Não Alexandra, não há mais nada a dizer, fique longe de mim, nunca mais me procure, esqueça meu endereço, telefone, nem me cumprimente... Finja que nunca me conheceu.

- Eu não posso fazer isso... Você é minha vida...

Marisa fechou os olhos, uma lágrima solitária, amarga desceu por sua face e com a voz embargada, disse:

- Então é hora de você começar outra vida... Adeus Alexandra.

Marisa saiu pela porta com passos rápidos, ignorando meus gritos pelo seu nome.

- Marisa! Marisa não! Espera!

Tentei alcançá-la, mas foi inútil. De repente eu estava na porta de minha casa, trajando apenas uma camisola, descabelada, com uma aparência de desespero com o rosto já inchado e banhado de lágrimas.

Fechei a porta, encostando-me e escorregando até o chão, abraçando meu próprio corpo, soluçando experimentando uma dor inédita, indescritível, não acreditava que alma doía, mas o sentimento de perda que me assolou era tão absurdo, que senti a dor física sufocando meu peito lembrando-me da última frase de Marisa que ecoava em minha mente: É hora de começar outra vida, adeus Alexandra.

Não tinha forças sequer para levantar-me do chão, que diria ter ânimo para lutar por Marisa, conquistá-la mais uma vez. Não sei ao certo por quanto tempo fiquei ali no chão junto à porta, depois de relutar muito atendi o meu celular que tocava insistentemente:

- Oi Dan.

- Sardenta, o que aconteceu? Estou te ligando há horas! Estou atrapalhando alguma coisa?

- Não Dan, atrapalhando nada...

- Que voz é essa? Você está chorando amiga?

- Ai Dan...

Não agüentei e desabei mais uma vez chorando compulsivamente.

- Sardenta, pelo amor de Deus o que aconteceu?

Não consegui falar, não conseguia controlar meu choro.

- Estou indo agora para sua casa!

Daniel não deve ter demorado nem dez minutos, e já estava batendo à minha porta impaciente:

- Alex abra essa porta!

Sem forças, andei até a porta, e quando a abri, as lágrimas verteram facilmente, sem nada dizer, abracei meu amigo que me acolheu com carinho:

- Ow sardentinha... O que aconteceu minha amiga?

Passei alguns minutos abraçada ao meu amigo sem nada conseguir dizer, até ele me conduzir até o sofá, nos sentamos, e com muito carinho ele enxugou as lágrimas do meu rosto, e perguntou:

- O que aconteceu entre você e Marisa?

Respirei fundo, sentindo meu corpo ainda trêmulo e respondi:

- Ela terminou tudo comigo, descobriu que eu investiguei a vida dela... Ficou transtornada, foi horrível Dan.

Voltei a chorar e Daniel como se não estivesse surpreso, calmamente comentou:

- Eu imagino minha amiga... Até demorou para isso acontecer... Marisa iria descobrir isso uma hora ou outra.

- Mas justo agora que eu tinha desistido dessa porcaria de investigação? Agora que ela confiava em mim para me contar tudo?

- Jura? Ela ia te contar?

- Sim... Ontem... Mas ela precisou sair para operar o Fábio que sofreu um acidente.

- Ah! Eu soube...

- Acordei e ela estava no meu quarto, viu os arquivos no meu notebook...

- Ai Alex... E agora o que você pretende fazer?

- Fazer? Não há o que fazer! Marisa não quer que eu nem mesmo a cumprimente... Até ameaças me fez se eu publicasse algo... Como se eu tivesse essa intenção algum dia...

- Xi... Ela pensou que você estivesse investigando para uma reportagem?

- Hurrum...

- Vai ser difícil então...

- O quê?

- Reconquistá-la oras! Ou você vai desistir assim da mulher que ama?

- Mas Dan...

- Alexandra você vai ficar se debulhando em lágrimas o resto da vida? Vai mesmo dar as costas ao amor que mudou sua vida?

- Dan se você soubesse as coisas que ela me falou... Se visse o olhar dela...

- Ah eu não vou permitir que você se entregue assim. Até deixo você curtir essa forsa hoje, mas não quero ver você infeliz, e também pensando em mim, não quero perder a editora-chefe do meu jornal.

- Como assim?

- Se eu bem te conheço, você vai querer se mandar daqui para esquecer Marisa, e isso não vou deixar!

Daniel sorriu como se isso pudesse me incentivar a lutar pelo meu amor, ficou comigo o resto do dia, Diego trouxe pizza, cuidaram de mim com o carinho que eu precisava, e só saíram do meu lado quando dormi, abraçada ao travesseiro que tinha o perfume de Marisa impregnado.

Os dias que se seguiram foram tenebrosos, se não fosse minha equipe do jornal, a Folha de Nova Esperança não teria novas edições, por que eu não tinha a menor disposição para trabalhar, em compensação passava noites em claro escrevendo os capítulos de meu livro, em menos de um mês concluí. Visitei Fábio no hospital, se Marisa estava lá até hoje não sei, certamente me evitou. Elaine confessou tristeza pelo rompimento de nosso namoro, uma vez que nunca vira a amiga tão feliz.

Ligava todas as noites para Marisa, na esperança que alguma vez ela sentisse a mesma falta de mim como eu sentia dela, e num momento de fragilidade e saudade me atendesse, mas isso não aconteceu. As mensagens de texto, e-mails não tinham resposta. As poucas vezes que Daniel e Diego conseguiram me arrastar para sair, o fiz na esperança de encontrá-la, mas foi inútil. Nova Esperança de repente se tornou uma cidade grande que não me deu a oportunidade do acaso para rever a mulher que eu amava.

Algo me acendia as esperanças, os comentários da minha leitora misteriosa persistiam. Como eu tinha certeza que se tratava de Marisa, eu escolhi acreditar que ela continuava acompanhando meu romance pela web, e não me odiava como deu a entender no nosso rompimento.

 

Enquanto isso, Artur e Fernanda finalmente conseguiram as provas que associavam a madeireira Ramos com a extração e comércio ilegal de madeira e o envolvimento do agora ministro do meio ambiente. Mesmo correndo muitos riscos, assumimos a responsabilidade, divulgamos uma edição especial, e vendemos a reportagem para a revista de maior circulação nacional, assegurando assim um pouco de segurança para nós, além de divulgar o jornal e nosso talento jornalístico nacionalmente.

Fim do capítulo


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Comentários para 14 - Capítulo 14: MAIS UM FIM?:
cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 21/12/2017

No Review

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patty-321
patty-321

Em: 02/12/2017

Chegou  capítulo onde tudobse ferra. Ah maldita curiosidade.  mas a mah  foi bastante cruel com a atrapalhada Alex.

Responder

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Butterfly
Butterfly

Em: 27/11/2017

Minha leitura voltou a ter cor e nome Mel.

Que saudade!

Eu não sei como vc é mas só sei de uma coisa vc não sai dos meus sonhos

Se puder me adiciona (41)991363656

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