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O Amor Não Existe por Endless

Ver comentários: 4

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Palavras: 2162
Acessos: 3849   |  Postado em: 15/08/2017

Notas iniciais:

Olá, caras leitoras. Um dos capítulos que mais me emocionou. Espero que gostem.

Um abraço e boa sorte.

Capítulo 8

Oito dias de molho e estava de volta à escola. O braço ainda engessado chamava a atenção de alunos e funcionários que me cumprimentavam curiosos, gente com quem nunca tinha trocado uma palavra. Meu coração estava anestesiado, mas ainda persistia aquela dorzinha incômoda me lembrando o tempo todo de minha má sina.

-- Guii!!

Apesar do susto, abri um sorriso triste e esperei pelo abraço de coala habitual que se fez cuidadoso por causa do gesso. Aquele abraço que sempre me era insosso, desnecessário, agora era bem vindo, e extremamente querido.

-- Amandinha maluquinha, bom dia... -- beijei-lhe o topo da cabeça. E me deixei ficar um tempo naquele conforto.

-- Já estava morrendo pra te dar esse abraço todos os dias... Olha... Eu copiei todas as matérias pra você. -- e retirou um caderno da bolsa me entregando logo em seguida.

Não sei se foi minha emoção à flor da pele, ou a dedicação carinhosa daquela florzinha de jardim, delicada e amorosa, mas de repente senti uma vontade de chorar e foi o que fiz. Agarrei-me a ela em prantos sem me importar com quem estivesse vendo. Ela era, depois de minha mãe, a melhor coisa da minha vida diante dos fatos presentes. E eu a via de forma diferente neste momento. Eu precisava dela como nunca tinha precisado de ninguém.

-- Que foi, amiga? -- as mãos pequenas afagavam as mechas escuras vagarosamente. -- Tá acontecendo alguma coisa com você, Guilhermina... Eu sinto isso... Quando você quiser desabafar, conta comigo, viu? Seja o que for... Vou estar aqui pra você... Sempre. -- segurou minha mão com força.

Em profundo silêncio, retornamos a andar sem largarmos as mãos e, logo de cara, dei de cara com uma Lílian nos olhando atentamente.

-- Como vai, Guilhermina? -- o cumprimento impessoal era como uma agulha entrando profundamente em meu peito.  Não via ali o olhar terno e carinhoso, muito menos a paixão que ela dizia sentir por mim. E isso me quebrou mais ainda. Hora de começar a levantar o muro.

-- Pronta para outra, professora... -- forcei um sorriso e ele saiu cínico e seco. -- A propósito, gostaria de lhe agradecer por ter me socorrido. Um leve balançar das sobrancelhas castanhas e um brilho temeroso passou por seus olhos rapidamente.

-- Teve sorte de eu estar chegando naquele momento, não precisa agradecer... Faria por qualquer pessoa. Bom dia...

E se afastou em direção ao prédio da administração sem que houvesse chance de eu respondê-la. Amanda apertou mais ainda minha mão me fazendo olhá-la quebrando meu transe que acompanhava a professora.

-- Quer me falar sobre isso? -- Os olhos de minha amiga estavam solícitos, mas um tanto tristes.

-- Quem sabe um dia, coala... Vamos, estamos quase atrasadas.

Ela agarrou-se em meu braço bom encostando a cabeleira loura nele e continuamos nosso caminho.

 

No intervalo, recebi o chamado da diretora. Mais uma daquelas babações? De saco cheio como eu estava, a conversa não ia prestar não. Sem nenhuma animação me dirigi ao prédio da administração. Chegando à sala da diretoria, avistei Lílian sentada numa cadeira falando com Goretão.

-- Entre, Guilhermina... Sente-se. -- com certa seriedade, mostrou-me a cadeira vazia ao lado da professora que nem me olhava.

-- Chamei as duas aqui porque recebi uma denúncia muito desagradável... -- pigarreou enquanto se acomodava melhor na sua poltrona. -- Não vou entrar em detalhes, já que o assunto é por demais sórdido para ser relatado. Só vou fazer uma pergunta a você, Lílian, que, neste caso, é a adulta na história... Dependendo da sua resposta, terei que tomar providências drásticas em relação a sua permanência nesta escola. -- Respirou fundo como se fizesse grande esforço para continuar. -- Você e Guilhermina mantêm um relacionamento amoroso dentro ou fora deste estabelecimento?

Agora era o momento no conto lésbico em que a professora diria orgulhosa na cara da mal amada diretora que amava a aluna e que se danasse o emprego. Elas se dariam as mãos e sairiam dali mais ricas de si, mesmas, e muito mais apaixonadas. Meu coração queria saltar pra fora do peito, tamanha era a expectativa pela resposta. Enfim o último capítulo daquele romance. O desfecho tão esperado por mim, que já via o grande futuro ao lado da mulher que amava. Sim. Eu tinha certeza de que tudo ficaria bem.

Lílian sem expressão alguma no rosto começou a falar.

-- Gorete, você sabe que eu tenho um noivo e vou me casar com ele daqui a um mês. -- abriu a bolsa e retirou de lá um envelope. --... Tome, aqui está seu convite. -- entregou o convite a diretora e esta o abriu imediatamente. -- Espero que compareça. Quanto a sua pergunta estapafúrdia, minha resposta é não. Não tenho envolvimento nenhum com nenhuma aluna desta escola ou de outra qualquer. Tenho a ética como fundamento, sempre tive... -- olhou pra mim com olhos injetados. -- Talvez Guilhermina tenha feito uma confusão de sentimentos. Na idade dela é muito normal isso acontecer.

Ergui-me imediatamente e Goretão, já prevendo o drama, perguntou.

-- Tem algo a falar, Guilhermina?

Olhei fixamente para os olhos de Lílian. Aqueles olhos que me levaram a lugares inimagináveis, que me prometeram a felicidade quando estavam nos meus, despejando o prazer por mim proporcionado. Agora, o que pude ver dentro deles era o terror, o pânico de que eu desmentisse o que ela dissera tão habilmente. A covardia. Um pedido tão lastimável de que eu a ajudasse que me causou náuseas.

-- A professora tem razão, Gorete mal amada! -- fuzilei a mulher gorda com raiva. -- Eu devo ter feito confusão de sentimentos! -- voltei a fitar a mulher sem cor a minha frente e continuei meu discurso sem nenhuma piedade. -- Pensei ter encontrado alguém para amar que valesse a pena, mas me enganei! -- de volta para a diretora continuei meu discurso. -- E você, Goretão, não vai mais precisar se preocupar comigo! Estou deixando seu antro de preconceito e desumanidade agora mesmo!

A mulher rechonchuda levantou-se aflita.

-- Guilhermina! O que pensa estar fazendo?! O final do ano é daqui a um mês apenas. Não pode abandonar...

Girei nos calcanhares, dando uma pequena olhada naquele ser diminuto na cadeira, petrificada, de cabeça baixa, antes de responder:

-- Não pode me dizer o que tenho direito ou não de fazer, gorda! Minhas notas são altas o suficiente para não precisar das provas finais! E, fora essa semana abonada por motivo de saúde, nenhuma falta mancha meu currículo! Quero que se danem você e toda a sua falsa moral! Nesta escola, eu só pisarei novamente se for nos escombros, quando eu mesma a demolir!

A mulher foi sentando devagar como se tivesse passando mal.

-- Quanto a você! -- a professora tremia nitidamente. -- Aproveite! Está vendo as lágrimas que estou derramando?! Vão ser as últimas que derramo por você!!  Uma mulher que se rebaixa a um macho que lhe bate!! Case com ele, professora!! Lhe dê um filho que possa ver sua mãe ser agredida pelo pai todos os dias até vê-lo matá-la na sua frente!!! Faça da sua vida essa maravilha e seja muito feliz!!! E faça-me um importantíssimo favor... Nunca mais se atreva a chegar perto de mim!!!

Antes de sair olhei para a mulher refestelada na cadeira, prestes a ter um enfarto.

-- Um dia terá notícias minhas, diretora!

Bati a porta com toda a força. Saí dali com uma fúria incontrolável. Passei na sala e peguei minhas coisas. Amanda se aproximou com receio.

-- Gui...

-- Agora, não Amanda! -- gritei e percebi-lhe o susto.

 Arrependi-me imediatamente. Envolvi-a em meus braços, beijando seu rosto. Nada me faria magoá-la nessa vida.

-- Desculpe, Coala. -- apertei-a mais no abraço e beijei-lhe a testa quando a soltei. -- Quando eu estiver mais calma ligo pra você... Não se preocupa...

Ao passar pelo portão daquela pocilga, me senti imediatamente diferente. Não olhei para trás. Nada ali, fora a maluquinha, me dizia alguma coisa e, para não virar estátua de sal, caminhei com força em frente com uma sensação forte de liberdade.

 

-- Mãe?!! Mãe?!!

A mulher trazia um pano nas mãos enxugando-as.

-- O que foi, filha? Aconteceu alguma coisa? -- a preocupação transbordava daqueles olhos amados.

Eu nunca abandonaria aquela mulher. Peguei-a pela mão e fiz com que se sentasse comigo no sofá. O sangue quente nas veias me proporcionava uma das reações mais incríveis de minha vida.

-- Preciso muito de você agora, mãe... -- vi em seus olhos que estava pronta para fazê-lo e o carinho em minhas mãos me deixava mais confortável quanto a isso. -- Vou para os Estados Unidos... Mas preciso ir já...

-- Eu sabia que tomaria a decisão certa, minha filha... Conte comigo...

-- Mas preciso que venha comigo, mãe... Por favor, eu preciso.

Suspirei profundamente pedindo a quem quer que fosse que comandasse esse barco que era a vida que ela concordasse. Senti sua compreensão me dando forças para suportar o insuportável.

-- Ela já decidiu, não é, Guilhermina? Não conseguiu enfrentar os obstáculos... -- puxou-me para seu colo.

Pela primeira vez senti a dor de verdade... O choque, desde a sala da diretora, havia passado e a ficha caiu sem dó na minha cabeça. Apenas me aconcheguei a ela e me deixei ficar sem me preocupar com mais nada. Apenas com aquele refúgio só meu. O meu único e verdadeiro amor. E vi passar toda a minha vida diante de meus olhos. A primeira surra que meu pai deu em minha mãe. As primeiras bordoadas que levei dele ao me intrometer na briga para ajudá-la. A primeira vez que a vi trans*ndo com um amante sem se importar com minha presença, achando que eu era pequena demais para entender. O cheiro da bebida que ele tomava anunciando o terror. O coma alcoólico em que entrei com sete anos depois beber escondido deles, curiosa para saber o sabor. A cor do sangue que saía dela enquanto estrebuchava no chão, agonizando e a trilha sonora dos palavrões soltos por ele, erguendo a faca no ar como prova de sua honra lavada. As sirenes. Os vizinhos chegando tarde demais, para assistir ao espetáculo bizarro. Os “coitadinhas”. Os “ai, meu Deus que judiação!”. As mãos ásperas dos guardas me levando para não sei onde. Os olhares de piedade. O corpo de minha mãe colocado num saco. O homem, a quem chamava de pai, sendo algemado. O frio. O medo. Uma dor que só viria a entender muito depois. E, quando me vi tão perdida e completamente só, as mãos negras e o cheiro de flor que nunca tinha sentido. O calor do colo macio e carinhoso. A voz lenta e calma a me dizer que, mesmo depois de tudo aquilo, tudo iria ficar bem. Eu estava ali de novo. Naquele mar de amor puro devolvendo-me uma paz que nunca foi minha, mas que encontrei nos braços daquela mulher que me acolheu como sua filha. Que me ensinou a ser verdadeira com meus sentimentos. Que me ensinou o valor da verdade e que agora me levava, mais uma vez, a entender que toda a dor seria apaziguada e, fosse o que fosse, incondicionalmente, ela nunca me abandonaria.

 

xxxx

 

Em uma semana eu e minha mãe conseguimos tirar o passaporte. Um amigo antigo de papai que trabalhava na embaixada conseguiu, o que não foi muito difícil, pois eu tinha a bolsa para Harvard. Comprei as passagens minha e de minha mãe para duas semanas depois. Tinha convencido ela com muito esforço dizendo que não sobreviveria lá sem sua presença divina e eu sabia que ela jamais me deixaria ir sozinha. Compramos roupas de frio. Alguns livros. Fiz uma conta no MSN e no Skype para falar com minha Coala.

Minha coala. Que me ajudou tanto em um momento tão ruim. Levei-a ao cinema e, apesar do efeito “Lílian”, nunca me diverti tanto. Percebia, de vez em quando, seus olhares emocionados para mim, aproveitava qualquer desculpa para me abraçar, beijar minha mão, e eu permiti cada gesto numa maneira de compensá-la pela distância que eu iria colocar entre nós. Por fim nos despedimos quando a deixei em casa e segui para a minha. Estava cansada, mas profundamente determinada em executar meus planos para o futuro. Eu estava no controle de minha vida agora. Eu faria acontecer tudo o que fosse possível para a minha felicidade e de minha mãe. Minha mulher maravilha. Dentro do UBER, eu sorria com a lembrança dela. Apostava que estaria na sala cochilando com a TV ligada, provavelmente me esperando.

 

Chegando em casa estranhei o silêncio. Ainda eram oito horas da noite. Ela deveria ter ido dormir. Fui direto lá verificar. Abri a porta com cuidado para não acordá-la, mas não a encontrei na cama. Quando visualizei melhor o quarto vi o corpo esticado no chão.

-- Mãe!!!! -- meu grito de pavor saiu desgovernado da garganta.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capítulo 8:
Lea
Lea

Em: 09/07/2022

Que garota forte,apesar de ter sofrido tanto nesse pouco tempo de vida.

Fiquei apreensiva com esse final.

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rhina
rhina

Em: 31/03/2019

 

Eu estou assim.....perdida por esta moça Guilhermina.

Uma heroína. ....de fato. 

So pauladas.....sofrimentos....motivos para odiar o mundo.

A professora recuou.....

Noucateando a Gui naquilo Que Ela tem de melhor.....agora a mãe. ....ela entra de vez na escuridão ou como singular que é. ...da um pelo chute nesta merda toda....e se refaz.?

Rhina

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patty-321
patty-321

Em: 15/08/2017

Mais um baque no coração de nossa heroína. Que estória de vida desta moça. A prof covarde, fdp, se deixando ser usada por um canalha, falar aquelas palavras cruéis para pessoa a quem declarou amar. Caraca. Ela ainda vai dar a volta por cima. Bj

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Iza
Iza

Em: 15/08/2017

Mas que história de vida tem a Gui! :'(

Esse capítulo realmente é doloroso para a Guilhermina, mas estou torcendo por dias melhores na vida dela. 

Beijos 

 

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