-- Bom dia, bom dia. -- Amanda desejou entrando na cozinha, vendo Cida e Janaína conversando divertidas. 

-- Bom dia, querida. -- Cida a fitou sorrindo.

Amanda sorriu pondo seu notebook sobre a mesa. -- Tudo bem com vocês? -- Indagou sentando à mesa para tomar seu café da manhã. -- Quais as novidades? -- Sorriu as olhando. 

-- Ah o mesmo de sempre, trabalho, faculdade, trabalho, faculdade... -- Janaína descreveu e logo elas riram divertidas. 

-- Sei bem. -- Amanda riu enquanto dava atenção a tela do aparelho. 

 -- Menina larga isso e toma seu café primeiro. -- Cida pediu desgostosa. 

-- Humm. -- Amanda proferiu após ingerir um gole de suco. -- Não Cida, obrigada. Tenho que trabalhar. -- Advertiu fazendo seu desjejum enquanto mexia no computador. 

-- Depois você trabalha querida. -- A mulher insistiu a observando. -- Passa o dia todo nesses relatórios. 

-- Ah Cida, não exagera. -- Amanda a olhou rindo. 

-- Não é Jana? Diz pra ela. -- Cida pediu ajuda a outra. 

-- Eu não estou aqui. -- Janaína disse começando a assoviar e depois riu seguida por Amanda. 

-- Eu mereço mesmo. -- Cida falou em negação. 

-- Cidinha meu amor, relaxa porque esse trabalho aqui você vai gostar. -- Amanda declarou e sorriu. -- Estou trabalhando no casamento. -- Revelou.

-- Ah não acredito. -- Cida falou em surpresa. -- Verdade? -- Questionou correndo para frente do computador. 

-- Olha ai... -- Janaína sorriu em agrado também se aproximando. 

-- Sam e eu conversamos e decidimos começar os preparativos. Estou vendo algumas empresas de organização e buffet pra agendar uma visita. -- Amanda sorriu em empolgação.

-- Essa aqui é ótima, ela faz praticamente tudo. Parece que foi essa que organizou o casamento do seu Murilo. -- Cida lembrou.

-- Mesmo? -- Amanda se interessou.

-- Parece que sim. 

-- Ótimo, vou marcar essa é ver com a Sam. -- Sorriu animada e anotou o nome e número para contato. 

-- Amanda essa bem aqui é só decoração, mas é ótima, fica a coisa mais linda que já vi. -- Janaína avisou em empolgação. 

-- Já estou anotando. -- Amanda sorriu realmente anotando. 

-- Já pensaram em como vai ser, querida? -- Cida questionou animada e feliz. 

-- Ainda não, Cida. -- Amanda respondeu calma. -- Apenas decidimos que seria no máximo em três meses e que tínhamos que começar a organizar tudo... 

-- Ah isso é verdade, três meses passa rápido. 

-- Ideias são bem vinda.  -- Amanda sorriu as olhando. 

-- Posso dar minha opinião sim, mas acho que vocês têm que planejar algo pra vocês, afinal será um dia especial para você e a Samantha. -- Cida falou sincera. 

-- Ah Cida ela falou que ideias são bem vinda, não custa nada. Não estrague o meu momento. -- Janaína avisou em empolgação e Amanda riu enquanto Cida balançava a cabeça em negação. -- Amanda que tal num domingo a tardezinha, assim com o sol se pondo no horizonte você é a Samantha fazendo os votos no altar... -- Janaína descrevia a cena enquanto dramatizava o momento em gestos. -- Eu juro te amar e respeitar, até o final de minha vida... Não, isso é triste. -- Janaína notou. -- Você foi a coisa mais linda que a vida me trouxe... -- Janaína tentava montar um tipo de voto enquanto Amanda ria divertida e Cida a fitava em desaprovação. -- Ah ainda precisa ser trabalhado. 

-- Ah Jana você é demais. -- Amanda ria. 

-- Demais saliente isso sim. -- Cida avisou. 

-- São tantas coisas que precisa ser feita. -- Amanda falou em observação. -- No meu casamento com o Fabrício quem organizou tudo foram nossos pais. De todas as formas. -- Amanda suspirou relembrando o passado. -- Mas agora é diferente. -- Sorriu voltada ao presente e nesse sim estava verdadeiramente feliz e empolgada. 

-- Isso aí querida, logo vocês vão organizando e tudo vai se encaminhando. -- Cida falou em ajuda. 

-- Ei vocês podem delegar tarefas para as madrinhas também. -- Janaína advertiu.

-- É... -- Amanda proferiu gostando da ideia. 

-- Geralmente elas são mais requisitadas com coisas que se é feita um dia antes ou no dia do casamento, mas sempre ajuda e muito. -- Cida completou. 

-- Isso é uma ótima ideia. -- Amanda sorriu em acordo. -- Vou anotar. 

-- Quem vai ser a sua madrinha? -- Cida indagou curiosa. 

-- Decisão difícil. -- Amanda confessou em uma careta indecisa. 

-- Porque você não convida todas que quer? Vai ficar bem legal mais de uma no altar a seu lado. -- Janaína sugeriu. -- Ai a Samantha faz o mesmo. 

-- É querida, Jana tem razão e assim ninguém fica de fora. -- Cida argumentou em acordo. 

-- Ai vocês são ótimas. -- Amanda declarou as abraçando, amando as ideias. -- Ai o celular. -- Amanda ouviu o celular tocar e soltou as duas mulheres.

-- Ah deixa eu cuidar. -- Janaína lembrou retornando as seus afazeres.

-- Eu também. -- Cida falou lembrando. 

-- Vão pensando em mais ideias. -- Amanda pediu.

-- Pode deixar. -- Janaina concordou em animação. 

-- Oi Má. -- Amanda atendeu em um sorriso. 

-- Oi linda, bom dia. -- A voz da outra soou risonha do outro lado da linha. 

-- Bom dia, meu bem. -- Amanda desejou sincera. -- Então? Boas notícias? -- Questionou curiosa e alegre.  

-- Ótimas notícias. -- Marina confessou para alegria da amiga.

-- Ah não acredito! -- Amanda proferiu em empolgação. -- Conseguiu mesmo? --Perguntou querendo ouvir a resposta. 

-- Lógico que sim. -- Afirmou convicta. -- Falei que conseguia e rápido não falei!? -- Sorria em orgulho. 

-- Ah Má, obrigada, muito obrigada mesmo. -- Amanda agradeceu em enorme felicidade. -- Era importante pra mim. -- Confessou risonha. 

-- Eu sei meu anjo, por isso fiz tudo pra conseguir. -- Sorriu sincera do outro lado. -- Agora só ir no cartório daí mesmo fazer como te expliquei e marcar o casamento da forma que desejarem. -- Advertiu.

-- Obrigada, Má. -- Amanda disse mais uma vez. 

-- Falta a outra notícia. -- Declarou. -- Fui na revendedora e fiz o que me pediu, o dinheiro do carro já está na sua conta. -- Avisou para mais uma alegria de Amanda.

-- Uau. -- Amanda proferiu em admiração. -- Mulher eficiente em meus pedidos. -- Amanda disse sorrindo grata. -- Muito, muito obrigada novamente, eu não queria e também nem podia trazer meu carro pra cá agora. -- Amanda esclareceu. -- Obrigada mesmo meu anjo. 

-- Para de me agradecer e marca logo esse casório que quero festa pra ir, estou mais parada que água de poço. -- Riu. 

-- Besta. -- Amanda riu. -- Na verdade já estamos trabalhando nisso, começamos hoje a pensar em como será tudo, estou pesquisando algumas coisas. -- Amanda confessou animada.

-- Olha ai, mais uma excelente notícia. -- Advertiu animada pela amiga.

-- Sim... Mas me conta, como você está com o seu... rolo? -- Amanda questionou deveras curiosa. 

-- Meu rolo? -- Marina riu devido ao modo que Amanda dissera. -- Bem, nada mudou desde aquilo que te falei. -- Marina avisou calma, sabia que Amanda precisava de tempo para realmente entender as coisas referente aquele assunto. 

-- Humm. -- Amanda proferiu. 

-- Eloá, eu sei que...

-- Má. -- Amanda a interrompeu. -- Me desculpa, está bem? -- Suspirou decidida. -- Meus encontros com essa mulher... com a Marcela. -- Corrigiu. -- Não foram dos mais agradáveis, tenho medo que você sofra, mas também quero que você seja feliz, e se ela te faz feliz, eu só posso torcer para que dê certo e... -- Deu uma pequena pausa e continuou. -- E eu notei que você está feliz, sendo assim eu estou feliz por você, de verdade. -- Sorriu sincera. -- Nossa quantos felizes. -- Amanda notou e as duas riram divertidas. -- Mas de verdade Má, se é isso que realmente quer, vá em frente. -- Completou para alegria de sua amiga que estava emocionada do outro lado da linha. 

-- Ouu. -- Marina sorriu em reação. -- Obrigada. -- Disse realmente motivada e agradecida. -- Significou muito ouvir isso de você. -- Confessou. 

-- E foi importante para eu dizer tudo isso, eu amo você, quero que seja feliz, então... Enfim, que ela saiba valorizar seus sentimentos. -- Sorriu realmente sincera e aliviada por finalmente dizer de fato o que era importante para a amiga. 

-- Obrigada.

-- Então... quando pretende movimentar a água desse poço? -- Amanda questionou para uma gargalhada de Marina. 

-- Certo. -- Mariana ainda ria. -- Estou tentando, mas ela ainda está num processo de mudança de vida, digamos assim. -- Explicou calma. -- Acredito que na hora certa, nos encontraremos para... você sabe, movimentar as águas. -- Riu mediante as palavras. 

-- Safada. -- Amanda riu. -- Acho que agora estou com uma leve pena dessa mulher. -- Falou divertida 

-- Sério? -- Marina indagou 

-- Não, mentira! -- Amanda confessou para um riso alto da amiga do outro lado da linha. 

-- Ei preciso desligar. -- Advertiu. 

-- Está bem. Brigadão e se cuida. -- Amanda pediu. 

-- Você também, beijo. -- A promotora de despediu e desligou. 

 

* * * * 

 

-- Por hoje é só. -- Samantha falou dispensando a turma de estagiários. Estes, rapidamente iniciaram a saída da sala. 

-- Doutora, posso falar com você? -- Isis indagou posicionada logo atrás da médica que, arrumava algumas coisas sobre a mesa.

-- Diga! -- Samantha virou dando atenção a jovem. 

-- Estou com uma dúvida em um assunto, será que poderia me ajudar? -- Questionou com expressão séria em seguida sorriu. -- Vai ser rápido. -- Acrescentou.  

Samantha a encarava avaliativa, estava encostada na mesa com os braços cruzados. Olhou a hora.

-- Tudo bem. -- Concordou.

-- Ótimo. -- A garota sorriu contente a olhando.

-- Sim? -- Samantha questionou ao notar que ela não falava nem fazia nada.

-- Ah sim. -- Ela abriu a bolsa e tirou um papel o entregando para Samantha. -- Questão três eu acho que está certa. 

Samantha olhou a questão indicada e passou a ler. -- Aqui oh... -- A estagiária se posicionou ficando ao lado de Samantha deixando seu corpo encostar no dela enquanto mostrava com o dedo indicador o possível erro. -- O que você acha? -- Questionou a olhando.

Samantha ainda analisava a questão concentrada, não notava o sorriso cheio de malícia da jovem a seu lado. 

-- Seu professor está certo, você realmente errou essa questão. -- Samantha avisou a fitando.

-- Certeza? -- Ela insistiu levando propositalmente sua mão para entre os seios a olhando com um falso semblante sério. Sorriu animada ao notar que Samantha encarou o lugar onde sua mão estava em leve carícia. 

Samantha instintivamente seguiu a mão da jovem com olhar. Mas ao contrário do que a garota pensava, Samantha não o fitava com desejo e sim com irritação por não se dá conta antes da real intenção estagiária. 

-- Gostou? -- Ela questionou com um sorrisinho prepotente. 

Aquilo irritou mais ainda a médica que, pegou o papel e o espalmou sobre o peito da estagiária a afastando de perto dela. 

-- Ei!? -- Isis falou ao se desequilibrar. Fitou Samantha que pegava suas coisas apressadamente. -- Não finja que não gostou do que viu. -- Sorriu ao obter o olhar de Samantha, aproximou-se mais um pouco. 

-- Escuta aqui garota, qual o teu problema? -- Samantha segurou o pulso dela impedindo a intensão da jovem de tocar seu rosto, a encarava com fúria enquanto apertava o antebraço dela.

-- Está me machucando. -- A menina falou assustada. 

-- Calada! -- Samantha advertiu em voz moderada e firme. -- Está demitida! -- Advertiu em bom tom e a soltou com repulsa se afastando rapidamente em direção a saída. 

-- Não! -- Isis disse agora apavorada com a ideia, correu atrás de Samantha pondo-se na frente dela. -- Não, por favor, me deixa ficar. -- Pediu em agonia. -- Eu juro, juro que nunca mais tento te seduzir. -- Avisou a olhando com desespero. -- Se eu perder esse estágio meus pais me matam, vão querer saber o motivo. -- Explicou aflita. -- Por favor, me deixa ficar!? -- Insistiu.

Samantha a encarava, notava a aflição dela, o olhar seguro e malicioso de instantes atrás deu lugar a um medo, agora ela lhe parecia uma menina assustada e indefesa, passou a mão direita sobre os cabelos em irritação e dúvida diante do pedido de sua aluna. 

-- Por favor, prometo que vou parar, juro que vou. – Insistiu novamente.  

-- Ok. -- Samantha proferiu a olhando séria.

-- Ah muito obrigada! -- Isis quis abraçá-la de tão aliviada que se sentiu. No entanto, Samantha a impediu com um gesto ríspido da mão.

-- Mas preste bastante atenção. -- Samantha falou com o dedo em riste próximo ao rosto dela. -- Se você tentar fazer isso novamente, não terá volta e nem acordo nenhum, será demitida imediatamente. Fui clara!? -- As palavras foram proferidas de forma objetiva e sincera. 

-- Si... Sim. -- A voz dela quase não saiu.

-- O quê? -- Samantha questionou séria.

-- Sim, foi clara. -- A estagiária falou abaixando a cabeça. 

-- Ótimo! -- Samantha avisou. -- Caso contrário já sabe e farei questão de explicar pessoalmente para seus pais o motivo. -- Completou e saiu a deixando sozinha. -- Droga! -- Samantha proferiu assim que alcançou o corredor. Não era a primeira vez que a menina tentava aproximação de alguma forma, porém, não chegava a ser ousada como fora há instantes, estava irritada consigo mesmo por ter notado as intenções dela e não tê-la impedido antes, fora muito ingênuo de sua parte achar que ela pararia ao se cansar de ser tratada com indiferença. 

-- Oi, Sam. -- Sheila sorriu vendo a amiga se aproximando. 

-- Na minha sala, Sheila. -- A morena falou seguindo para a mesma e entrando. 

Sheila nem protestou e quase correu a seguindo.

-- Nossa o que houve? -- Sheila foi logo questionando.

-- Isis tentou de novo. -- Falou de jogando em sua cadeira. -- Só que dessa vez foi descaradamente.

-- Que atrevida. -- Sheila também sentou-se. -- O que você fez?

-- Eu quase a demite! -- Samantha suspirou. 

-- Ela bem que merecia. -- Sheila observou. -- Como foi dessa fez?

-- Ela se insinuou claramente dessa vez, em seguida quis tocar meu rosto o que viria depois sabe Deus. Mas é fácil de deduzir. -- Samantha falou olhando a amiga. 

-- Verdade... Ela conseguiu te fazer sentir algo? -- Indagou curiosa 

-- Raiva. -- Samantha avisou entendendo perfeitamente a perguntada da loira. -- Acho que a machuquei. -- Confessou. 

-- Você bateu nela? -- Sheila perguntou agora preocupada e assustada. 

-- Tá doida, Sheila? -- Samantha disse a olhando. -- Claro que não! -- Falou mais calma. 

-- Então? -- Sheila quis saber.

-- Na hora eu peguei o braço dela e apertei. -- Explicou. -- Ela me irritou tanto. Sei lá, acho que vinha acumulando, perdi o controle. 

-- Por isso voltou atrás na demissão? 

-- Não, claro que não... Ela implorou pra ficar e jurou não fazer nada. Me pareceu sincera. -- Disse pensativa e suspirou forte. -- Ao menos me passou isso. Mas adverti que se tentasse novamente seria demitida imediatamente e sem volta. 

-- Fez o certo. -- Sheila concordou. -- Não vou com a cara dessa menina. Mas pra ser bem sincera eu acho que ela quis se mostrar, não sei, ela tem um ar superior, prepotente, se acha melhor que todos, viu em você a chance de testar a si mesmo, seu ego é maior que seu raciocínio. O que ela não esperava era uma Samantha da vida. -- Sheila falou rindo e fazendo a amiga rir. 

-- Ela ficou com medo da demissão, acho que agora ela acordou desse sonho impossível. Eu devia ter feito algo bem antes. -- Samantha notou. 

-- Fez agora. Isso que importa. Agora é com ela. Não foi por falta de aviso, eu mesmo cheguei a adverti-la sobre isso. -- Lembrou. 

-- É, pode ser. -- Samantha disse e sorriu, encarava a foto de Amanda sobre a mesa, estava em um porta retrato ao lado do de Agatha. 

-- Vai contar a ela? -- Sheila inquiriu. 

-- Acha que devo? -- Fitou a amiga em dúvida. 

-- Não sei, linda. -- Confessou. -- Faça o que seu coração mandar. -- Sugeriu e sorriu. 

-- Ela ficaria chateada caso descobrisse isso sem eu ter contado nada. -- Samantha disse encarando o porta retrato da noiva. -- E vai ficar chateada por eu não ter falado e nem ter feito nada antes. -- Observou. -- Já dei um basta, não vou preocupá-la atoa. -- Olhou para a amiga sincera. 

-- É, faz sentido. -- Sheila disse em entendimento. -- Acha que a Isis realmente vai parar? 

-- Ela está avisada. -- Samantha ajeitou-se na cadeira. -- Creio que não acontecerá mais nada a respeito e ficarei de olho, qualquer passo fora da linha ela será punida, assim como todos os outros. -- Explicou calma e séria. -- Caso aconteça de novo, por menor que seja, não terá volta, Sheila é demissão certa! -- Afirmou sincera. 

-- Eu sei que sim. -- Sheila observou em acordo. -- Que horas pretende ir pra casa? 

-- Hoje não vou em casa. -- Samantha confessou. -- Tenho algumas coisas pra resolver por aqui. Tenho até que avisar a Amanda. -- Samantha lembrou pegando seu celular e logo viu que tinha várias mensagens de sua noiva, sorriu abrindo. -- Amanda realmente está empenhada. -- Samantha sorriu satisfeita mostrando a tela para a loira que sorriu pegando o celular e observando as mensagens. Amanda avisava sobre cada detalhes e ideias para o casamento. 

-- Não é para menos, vocês só tem três meses para organizar tudo. -- Sheila lembrou entregando o aparelho de volta para a médica. -- Isso dá um trabalho. -- Avisou sorrindo. 

-- Eu sei. -- Samantha concordou enquanto colocava o contato da namorada para chamar. -- Oi amor. -- Samantha sorriu ao ouvir a voz de sua amada. -- Pelo que notei se depender de você, nos casamos semana que vem. -- Samantha disse e sorriu ao escutar o riso da outra mulher. 

-- Semana que vem, mês que vem, daqui três meses, mas quero que seja lindo meu amor. -- Amanda confessou em tom meigo. 

-- Eu também, amor. -- Samantha concordou da mesma forma. -- Já almoçou? 

-- Daqui a pouco, esperando a Agatha sair do banho, chegamos agora a pouco. -- Amanda avisou. 

-- Está tudo bem com vocês? -- Samantha indagou interessada. 

-- Sim, doutora. -- Amanda disse. -- Não vai dá de vir mesmo? -- Inquiriu. 

-- Não amor. Tenho que resolver algumas coisas antes das consultas que tenho agora a tarde, mas vou tentar sair mais cedo, está bem? -- Samantha advertiu em um acordo. 

-- Tudo bem amor. -- Amanda falou e riu.

-- Pronto chegou. -- Samantha riu escutando a voz da filha chamando Amanda para comer. 

-- Sim, espera... -- Amanda pediu. 

-- Oi manhêe. -- A voz de Agatha soou divertida ao celular. -- Já vamos comer. -- Avisou.

-- Que ótimo filha assim que gosto, meu bebê comendo direitinho. -- Samantha advertiu rindo. 

-- Tá. -- Agatha sorriu. -- Beijo mãe te amo e não vem só de noitão. -- Completou.

-- Tá bom. -- Samantha riu. -- Também te amo muito meu amor. 

-- Já foi. -- Amanda foi quem falou ao celular.  

-- Tudo bem, vá também. -- Samantha sugeriu.

-- Vou sim. E você já que não vem almoçar em casa procure almoçar por aí e logo. -- Amanda advertiu em cuidado.

-- Prometo que como algo assim que der. 

-- Agora Samantha, depois você resolve o que tem pra resolver. -- Amanda disse calma, mas séria.  

-- Está bem, vou assim que desligar. -- Samantha riu. 

-- Muito bem. Eu te amo, até mais tarde.

-- Te amo. -- Samantha sorriu e desligou. 

-- Já que eu também não vou sair agora, vamos almoçar. -- Sheila levantou já chamando por Samantha. -- Pelo que ouvi Amanda te mandou comer. -- Sorriu. 

-- Assim com supervisão dobrada o jeito é eu obedecer. -- Samantha Informou acompanhando Sheila. 

-- Isso aí. -- Sheila disse sorrindo. 

Após o almoço Samantha retornou à sua sala, precisava ler alguns documentos e assinar, isto tomava um pouquinho do seu tempo, mas conseguiu agilizar tudo dentro da normalidade. 

-- Alex? -- Samantha chamou a atenção da irmã após abrir a porta do consultório dela. -- Comigo. -- Advertiu para o desgosto da outra morena que suspirou levantando-se. 

-- Fazer o quê? Tenho que ver se tenho consulta. -- Gritou, pois Samantha já havia desaparecido por entre a porta. 

-- Não tem. -- Samantha advertiu colocando novamente a cara na porta. -- Vem logo! -- Insistiu. Após realizar algumas consultas resolveu aproveitar seu tempo livre para inspecionar algumas áreas, e como Alexsandra agora era responsável pela metade da direção do hospital precisava conhecer a tudo mais de perto. 

-- Que foi que eu fiz agora? -- Alexsandra Indagou olhando Samantha de forma entediada e desgostosa. 

-- Eu hein, que cara é essa? -- Samantha questionou olhando a irmã sair da sala. 

-- Cara de irritada e estressada. -- Advertiu com certa irritação. -- E tudo é culpa sua. -- Alegou. -- Saco. -- Proferiu realmente irritada. -- Sam administração não é pra mim não. -- Confessou cansada. 

Samantha riu fitando Alexsandra, sua irmã parecia realmente muito estressada, não fora preparada para receber o trabalho que recebeu de uma hora para outra, e mesmo diante de suas limitações pessoais como o desgosto por aquele tipo de trabalho mais burocrático, Samantha sabia que ela vinha fazendo o melhor que podia, resultado disso, todo aquele estresse visível. 

-- Vem, quero que veja algumas coisas. -- Samantha falou seguindo na frente a chamando para acompanhá-la. -- Alex você sabe que foi necessário, Eu...

-- Estava sobrecarregada. -- Alexsandra completou. -- É, eu sei. -- Suspirou resignada. 

-- Oi  tudo bem!? -- Samantha parou para falar com uma senhora. -- E esse pé como está? Já está correndo bastante? -- Questionou com simpatia.

-- Ah sim, bastante. -- Disse e elas riram. -- Minha filha estou bem melhor, estou tomando os remédios tudo direitinho e hoje já tenho outro exercícios daqueles. -- A senhora que estava acompanhada da filha sorriu agrado. 

-- Ótimo. A fisioterapia ajuda muito sim. -- Samantha sorriu satisfeita. 

-- Sim doutora, muito obrigada. -- A senhora agradeceu com um sorriso leve. 

-- Ah que isso. Agora vai lá pra fisioterapia, não vou lhe atrasar. -- Samantha sorriu em aviso. 

-- Está bem. Tchau querida. Obrigada. -- A senhora se despediu e junto da filha saiu. 

-- O caso dela era de cirurgia, mas os exames não foram nada bons. -- Samantha disse para a irmã. -- Seria muito arriscado, a melhor opção foi medicar e fisioterapia. -- Informou olhando Alexsandra que prestava atenção. 

-- Entendo. -- Disse sincera. -- Para aonde vamos? -- Indagou curiosa.

-- Passeio. -- Samantha sorriu em aviso.

-- Ah não Sam, inspeção? Sério? -- Parou em contrariedade.

-- Eu falei passeio. -- Samantha avisou. -- Alex relaxa, está bem!? -- Samantha pediu sincera e calma. -- Eu sei a responsabilidade que te dei de uma hora pra outra e sei que é bem difícil. -- Advertiu a olhando em entendimento. -- Mas eu preciso de suporte e só posso contar com você. -- Avisou sincera encarando-a. -- Eu sei que sou dura às vezes...

-- Sempre. -- Alexsandra consertou.

-- Ok. -- Samantha não evitou o riso. -- Eu sei que sempre sou dura, cobro muito. Mas é preciso e se eu não faço isso, nem você nem ninguém vai levar a sério tudo isso aqui. -- Gesticulou em aviso. -- Estou errada? -- Indagou. 

-- Tá bom, vamos logo pra esse... passeio. -- Alexsandra disse a chamando enquanto concordava mentalmente com a irmã. 

-- Espera. -- Samantha a fez parar e a olhar. -- Alex eu sou dura quando precisa. -- Declarou sincera. -- Mas também sei reconhecer quando se merece. -- Sorriu. -- Você está se saindo muito bem. -- Afirmou em aviso para surpresa de Alexsandra.

-- Não acredito. -- Riu ainda digerindo a informação. -- Sério? -- Indagou realmente feliz. 

-- Sério Alex. -- Samantha insistiu. -- Está fazendo um ótimo trabalho, parabéns. -- Sorriu a convencendo. 

-- Ah que legal! -- Alexsandra deu um pulinho em animação enquanto sorria feliz. -- Valeu grandona. -- Disse abraçando Samantha que retribuiu com carinho. 

-- Só precisa parar de reclamar por tudo, diminuir esse estresse por coisas bestas e circular um pouco mais pelo hospital. -- Samantha advertiu. -- Pra começar. -- Completou rindo. 

-- Ah tava muito bom pra ser verdade. -- Alexsandra notou as separando. -- Sam!? -- Reclamou para um riso de Samantha. 

-- Você consegue. -- A morena afirmou. -- Vamos. -- Seguiu na frente. 

-- Como que você consegue não se irritar com isso? – Alexsandra perguntou interessada.

-- Alex eu me irrito e me estresso todos os dias com alguma coisa. -- Samantha confessou e a olhou. -- A questão é que tento não deixar isso influenciar de forma negativa no meu trabalho. -- Explicou. -- Explodo algumas vezes, sim. -- Disse e ambas riram. -- Mas enfim, tento ver tudo pelo lado bom, eu amo meu trabalho e o estresse que me causa é por coisas temporárias. -- Deu de ombros. -- Faz parte, só não deixar ele tomar conta completamente da gente. -- Sorriu. -- Deveria tentar. Aceite que esse é o seu dever agora, faça com dedicação, se errar veja o que errou e conserte, a gente se irrita, claro, mas depois volte para a calma e busque resolver. -- Falou com serenidade. 

-- Arh! Isso é difícil. -- Alexsandra confessou sincera. 

As duas andavam distraídas pelos corredores do hospital e naquela conversar sincera e distraída, elas eram alheias aos olhares diversos sobre si. As irmãs Coopers sempre despertavam a admiração, respeito, receio, autoridade, assim como outros mais ousados... Mas ainda assim, em maldades. E além disso a beleza notória delas também despertava comentários dos mais variados tanto de pacientes como funcionários. 

-- Bom dia. -- Samantha cumprimentou um rapaz na recepção. 

-- Bom dia, Doutora Samantha. -- Ele sorriu em simpática, em seguida fitou Alexsandra. -- Doutora Maria Alexsandra!? -- Proferiu com um sorriso surpreso.  

-- Oi. -- Alexsandra meou um sorriso o cumprimentando. -- Me chama de Alex. – Pediu. 

-- Tudo bem, como preferir. -- Ele falou sorrindo. 

-- Como estamos por aqui? -- Samantha questionou olhando a sua volta, estavam na ala do laboratório de exames. 

-- Ah no momento está tudo bem. -- Ele avisou calmo e sorridente. -- Alguns estoques de materiais precisam ser renovados, mas ontem mesmo já enviamos os relatórios com a demanda dos pedidos, como você ordenou. -- Ele esclareceu prontamente. -- Aqui está a lista de pedidos. -- Ele pegou uma planilha e entregou a Samantha, e sorriu a observando. 

-- Materiais que são bastante usados. -- Samantha observou olhando a lista. -- Se foi enviando ontem provavelmente amanhã mesmo já chega. -- Disse entregando o papel para ele.

-- Assinei a liberação ontem mesmo, hoje à tarde chega. -- Alexsandra advertiu entrando na conversa.  

-- Oh, muito obrigada doutora. -- Sorria divinamente grato. 

-- Ótimo. -- Samantha sorriu satisfeita, buscou o olhar do rapaz. -- Ouviu a doutora Alexsandra. Ela quem está cuidando disso agora, no entanto , continua nos mesmos trâmites. Qualquer pedido extra ou antes do dia estipulado, já sabe. -- Samantha avisou e sorriu. 

-- Sim doutora. -- Ele sorriu em acordo. 

-- Bem, se está tudo certo, vamos indo. Bom trabalho. -- Samantha desejou se despedindo. 

-- Obrigada. 

-- Falou, valeu, fui. -- Alexsandra disse em despedida fazendo o outro rir. 

-- Viu só? -- Samantha questionou a olhando. 

-- Ele fazendo comercial do sorriso colgate!? Vi sim. -- Alexsandra disse rindo.

-- Alex! -- Samantha a repreendeu, porém não conteve o riso. -- Não falei disso. -- Avisou. 

-- Então o que exatamente o brilho do sorriso dele me ofuscou? -- Alexsandra rebateu rindo.

-- Para Alex. -- Samantha pediu rindo. 

-- Tá, parei. 

-- Eu quero dizer que, se não lermos os relatórios "chatos". -- Fez aspas com o dedo e Alexsandra riu em negação. -- E assinar toda semana, o hospital fica sem material, sem suporte, sem nada é um caos. -- Samantha avisou em explicação. 

-- Saquei Sam, tudo aqui passa por nossas mãos. -- Notou. 

-- Agora sim, mas antes era só pelas minhas. -- Fez questão de lembrar a irmã que a fitou séria em reação. -- Cada um tem que fazer seu trabalho para que no final dê tudo certo. E Além de você ter que assinar para liberar tudo, tem que ir lá, olhar e verificar se realmente está tudo certo, se precisa mudar algo, enfim... -- Concluiu.

-- Ok! Ler os relatórios chatos, rabiscar com a caneta e vez e outra visitar a ala do cara sorridente. -- Alexsandra descreveu em seguida deu dois tapinhas na costa da irmã a seu lado. -- Copiado. -- Sorriu fazendo Samantha rir. 

-- Ele sorrir demais mesmo né!? -- Samantha observou para logo escutar uma gargalhada de Alexsandra. -- Não exagera Alex. -- Samantha avisou olhando para os lados. 

-- Cara eu parei de olhar pra ele porque eu já estava ficando com câimbra no queixo só de olhar. -- Alexsandra confessou para um riso alto de Samantha e mais uma de suas gargalhadas. 

-- Cala boca. -- Samantha pediu parando de andar e colocando a mão na boca da irmã, elas riam com espontaneidade e para azar delas, estavam sendo observadas por algumas pessoas. 

-- Bom dia. -- Samantha falou soltando a irmã e fazendo um esforço para se conter e soar séria o bastante para impor autoridade. 

-- Bom dia... ao trabalho. -- Alexsandra falou no mesmo intuito... Elas dobraram encontrando um corredor vazio e novamente ambas caíram na gargalhada após olharem uma para outra. 

-- Ele parecia está fazendo um comercial de creme dental. -- Alexsandra falou ainda rindo. -- "Obrigada doutora Samantha" ah sem esquecer o sorriso, olha só. -- Alexsandra disse e abriu uma careta mostrando os dentes alvos.

-- Porr* Alex! -- Samantha proferiu tentando inutilmente parar de rir. -- Eu vou lá há anos e nunca dei bola pra isso e basta tu ir uma vez e acontece isso. -- Samantha confessou levando a mão barriga. 

-- Ué, agora a culpa é minha? Que culpa eu tenho pelo cacoete do homem sorriso? 

-- Para Alex, minha barriga está doendo. -- Samantha avisou se afastando da irmã. 

-- Ei? Espera. -- Alexsandra disse a seguindo.

-- Para de rir. -- Samantha pediu sem a olhar, pois sabia que iria rir se olhasse. 

-- Mas diz aí, o rolê pelo hospital está mais divertido comigo, né!? -- Alexsandra questionou já ao lado da irmã que apenas balançou a cabeça em negação rindo. 

-- Tá. Vamos trabalhar. -- Samantha avisou, mantinha o sorriso descontraído, Alexsandra era daquele jeito e isso a fazia diferente, do jeito dela ela conquistava as pessoas e Samantha não podia negar que uma descontração às vezes era muito bom. Samantha pensou que aquele passeio de inspeção seria algo difícil para Alexsandra, mas se enganara, a jovem mulher mesmo não curtindo tais burocracias sempre dava um jeitinho de ver algo divertido em tudo, não seria diferente no trabalho. E naquele mesmo clima descontraído misturado a momentos sérios e brincadeiras elas visitaram vários setores do hospital, principalmente os que haviam ficado agora na responsabilidade de Alexsandra. Samantha queria que a mastologista conhecesse de perto todos eles, se fazendo mais presente e mostrando dedicação aos outros colaboradores do hospital. Queria que ela entendesse que a parte burocrática era extremamente importante para todo o funcionamento daquele enorme hospital, quem sabe assim ela entenderia tudo facilitando o seu trabalho, assim como também ver aquele trabalho com mais humanidade e dedicação.  

-- Certo. Faça como pedi que logo resolvo isso. -- Samantha finalizou uma conversa com a pessoa responsável daquela última ala que visitavam.

-- Sim doutora, farei isso agora mesmo. -- Afirmou se retirando. 

-- Alex? -- Samantha chamou pela irmã. -- Alex? -- Chamou novamente ao virar e notar que ela não estava mais ali. -- Pra aonde ele foi agora. -- Samantha questionou observando a sua volta. 

-- Falou comigo, doutora? -- O homem que a morena conversava indagou. 

-- Não, não, obrigada. -- Samantha sorriu e decidiu sair a procura da irmã. 

Alexsandra caminhou calmamente pelo corredor, logo alcançou uma sala grande. Havia várias pessoas ali, homens, idosos, mulheres, crianças. Pareciam esperar sua vez de atendimento... Alexsandra olhava a tudo com curiosidade e surpresa, aquele ambiente, embora no mesmo hospital era bem diferente de todo o resto, diferente do qual estava habituada a lidar, as pessoas eram de origem mais simples, bastante notável ao olhar, sorriu e disse um oi para algumas pessoas que lhe retribuíram o carinho, já outras a ignoraram, apenas riu em negação, mas sem deixar de sentir-se incomodada por alguma coisa, não sabia ao certo, apenas uma sensação estranha...  Diferente do qual sempre frequentava, as salas de espera era quase sempre vazias e silenciosas, aquele lugar não, pessoas falavam alto, riam, algumas crianças choravam, funcionários chamando os pacientes e tudo virava uma confusão aos seus ouvidos. O local era bem estruturado claro, mas a realidade daquelas pessoas era muito distante das quais estava acostumada a atender em seu consultório. Alexsandra andou devagar até a porta de entrada dali e encontrou mais algumas pessoas por ali, sorriu as cumprimentando educadamente, entretanto, nem metade lhe deu atenção, riu não deixando de comparar aquele ambiente com o qual estava acostumada a atender, voltou para dentro. Por incrível que parecesse, era a primeira vez desde que fora trabalhar ali, que ia naquela parte do hospital. Sabia que existia, no entanto, nunca tivera a curiosidade nem a decência de ir ali.

-- Dona a senhora sabe onde que eu faço isso? -- Uma mulher de meia idade a abordou lhe entregando um papel. 

Alexsandra pegou o papel e a fitou em curiosidade, sorriu e voltou a olhar o papel procurando saber do que se tratava. Era um encaminhamento para mastologia devidamente marcado naquele dia e horário. Riu da ironia daquilo, em seguida levantou o olhar e viu duas mulheres numa sala atrás de uma grande janela de vidro. Ali era a recepção.

-- Entregue bem ali, vão lhe dizer o que fazer. -- Alexsandra informou entregando o papel de volta a senhora. 

-- Obrigada menina. -- Sorriu e seguiu para o local indicado. 

Alexsandra apenas sorriu passando a observa mais aquele lugar com o olhar atento. Após alguns minutos notou a mulher se dirigir para onde ficava os acentos e gentilmente uma moça lhe ceder a cadeira. 

-- Ao menos ainda existe gente educada nesse mundo. -- Alexsandra disse para si mesmo. 

-- Poucas pessoas. -- Alexsandra tivera um pequeno susto, buscou a origem daquelas palavras vinda atrás de si. -- Essas atendentes aí só trabalham quando tem algum médico circulando por aqui. -- Uma mulher continuou em declaração enquanto mostrava um médico que circulava por ali. Alexsandra olhou na direção mostrada e viu um homem já idoso de jaleco todo simpático. -- Quando não, elas meio que ignoram entram pra lá e só voltam quando querem, se acham no direito de esnobar os pobres só porque elas se acham superior. -- Completou. 

-- Como sabe? É sempre assim? -- Alexsandra indagou a olhando curiosa. 

-- É sim, eu vejo, já fiquei esperando e comigo já foram ignorantes algumas vezes. -- Confessou olhando Alexsandra. -- Veio consultar ou está acompanhando alguém? -- A mulher mudou de assunto deixando Alexsandra sem saber o que responder. 

-- Acompanhando. -- A morena disse em seguida. 

-- Ah eu também, trouxe a minha mãe, ela precisa fazer alguns exames. -- A mulher revelou agora mais descontraída. 

-- Entendo. -- Alexsandra disse e sorriu fraco, ainda estava confusa com a colocação dela. 

-- Ah a vez dela, deixa eu ir. -- Disse e saiu.

Alexsandra a olhou acompanhar uma senhora e entrar em uma sala. Mas logo sua atenção foi desviada novamente para a recepção onde uma outra mulher discutia algo com uma das recepcionista. 

-- Aff! -- Alexsandra proferiu já seguindo para lá. -- Qual o problema? -- Questionou para a mulher que insistia em falar alto. 

-- O problema é que eu estou aqui a duas horas esperando pro meu filho ser atendido e agora que essa daí vem dizer que o médico não vai entender mais. -- Falou para Alexsandra e logo virou para a atendente. -- Tu acha que eu não tenho o que fazer não!? Eu tenho trabalho minha filha. Se sabia que o médico não iria me atender por que não avisou logo? -- A mulher fez questão de gritar para todos ouvirem.

-- Senhora se acalma, está bem. -- Alexsandra pediu tentando manter a sua própria calma. 

-- Que calma nada. E essa daí em vez de ajudar, não, deixa a gente esperar igual besta aqui. -- Reclamou sendo apoiada por outros ali em espera. 

-- A senhora vai ter que retornar amanhã para que...

-- Que amanhã que nada, aqui a marcação. -- Mostrou o papel para a atendente. -- Está marcado pra hoje, que falta de respeito com as pessoas. 

-- Se está marcado por que que ela não vai ser atendida? -- Alexsandra questionou para a recepcionista. 

-- Houve algum erro e foi marcado a mais e agora o pediatra não quer atender, não posso fazer nada, só sigo ordens. -- Explicou em resposta para Alexsandra. 

-- Quem marca isso? -- Alexsandra questionou pegando o papel da mão da mulher ao lado dela. Já estava irritada com aquela situação toda. 

-- Senhora é marcado aqui mesmo com a gente, Mas...

-- Quer dizer que vocês erraram e agora simplesmente está a mandando para casa com o filho doente é isso? -- Alexsandra indagou em um tom mais elevado.  

-- Senhora se acalme também ou serei obrigada a tomar medidas maiores. -- Argumentou também já com certa irritação e superioridade. 

-- Senhora porcaria nenhuma. -- Alexsandra perdeu a pouco paciência que tinha. -- Vai lá e fala pro médico que ele vai atender sim. -- Alexsandra revidou agora totalmente descontrolada enquanto batia no vidro e se não fosse ele as separando já tinha perdido mais ainda seu autocontrole se é que ainda existia algum.

-- Tudo bem eu vou embora. -- A mulher informou ao notar que nada ali se resolveria. 

-- Não vai não. -- Alexsandra a impediu. -- Escuta aqui. -- Alexsandra voltou sua atenção a mulher atrás do vidro. -- Vocês marcaram esse atendimento então deem um jeito de atendê-la ou eu...

-- Senhora por favor queira nos acompanhar. -- Dois homens se posicionaram um de cada lado de Alexsandra. Esta os fitou com evidente raiva e riu nervosa sem acreditar no que estava passando. 

-- Em primeiro lugar a Senhora está no céu, em segundo, vão se danar! -- Alexsandra gritou a última frase com verdadeira irritação. A cena seguinte foi a dela sendo agarrada pelos dois seguranças um em cada braço. 

-- Me larga! -- Gritou se debatendo sem sucesso. Eles tentavam a levar para fora enquanto ela resistia. 

-- Alex!? -- Samantha proferiu assustada ao ver a irmã sendo praticamente arrastada. -- O que pensam que estão fazendo? -- Samantha indagou irritada com os dois seguranças. -- Soltem ela agora! -- Ordenou séria. 

-- Idiotas! -- Alexsandra proferiu após ser solta e rapidamente ter seus braços inspecionados por Samantha, estavam vermelhos. 

-- Estavam a machucando. -- Samantha advertiu com raiva. 

-- Desculpe doutora, Mas ela estava tumultuando e... 

-- Calados! -- Samantha esbravejou. -- Não admito que vocês tratem qualquer pessoa que seja da forma que eu vi aqui. -- Advertiu em tom alto. 

-- Desculpe Doutora, não vai mais acontecer. -- Um deles advertiu com receio e vergonha. 

-- Assim espero! -- Samantha advertiu olhando de um a outro. 

-- Eu deveria demitir vocês! -- Alexsandra advertiu com raiva, sentia seus braços arder, entretanto, era mais pelo sangue quente. A vontade que tinha era de voar nos dois homens. Já estes a olhavam com certa confusão.  -- Vai valentões me arrastem agora. -- Alexsandra provocou, sabia que eles não revidariam.

-- Alex depois conversamos. -- Samantha advertiu a olhando por uns instantes. 

-- Aff. -- Alexsandra proferiu em desgostos. 

-- Quero os dois e o chefe de vocês na minha sala em 10 minutos, agora vão. -- Samantha advertiu os dispensando. 

-- Sim senhora. -- Falaram e saíram às pressas. 

-- Alex o que que você fez? -- Samantha questionou olhando a irmã. 

-- Eu!? -- Alexsandra indagou. -- Por que tudo tem que ser culpa minha? -- Indagou revoltada. 

Samantha suspirou tentando voltar a calma. -- Você está bem? -- Indagou olhando os braços dela, Alexsandra na metade das visitas aos outros setores retirou o jaleco ficando apenas com a regata e a calça jeans.  

-- Ah, estou bem, não se preocupe. -- Afirmou sincera. 

-- Certo. -- Samantha disse satisfeita. -- Afinal o que aconteceu? -- Samantha indagou olhando a sua volta, as coisas já tinha voltado ao normal.  

-- É... Desculpa por tudo. -- Elas foram interrompidas pela mãe da criança que não fora atendida. -- Ela só estava tentando ajudar doutora. -- Afirmou olhando Samantha. -- Obrigada, e... desculpa. -- Disse agora para Alexsandra. 

-- Não, tudo bem. -- Alexsandra falou. 

-- Alex? -- Samantha indagou querendo respostas. 

-- O médico não quis atender o bebê dela eu fui perguntar ali e o que disseram foi que o médico não ia atender, parece que já tinha excedido os atendimentos e a mandaram embora. -- Alexsandra explicou.

-- Verdade doutora. -- A mulher que ainda estava ali concordou. 

-- E você claro, partiu para a ignorância? -- Samantha quis entender. 

 -- Elas erraram e simplesmente a mandaram pra casa o que você queria que eu fizesse? -- Alexsandra questionou. 

-- Conversasse? -- Samantha disse e Alexsandra riu balançando a cabeça em negação. -- Alex você poderia simplesmente ter tentando resolver o problema conversando. 

-- Tá chega de sermão agora, ela vai ser atendida ou não? -- Alexsandra questionou olhando a irmã. 

-- Olha não vai brigar com a Doutora, também por minha causa, senão vão te expulsar de novo. -- A mulher argumentou em preocupação para Alexsandra. -- Eu resolvo isso outro dia. -- Completou.

-- Não se preocupe. -- Alexsandra sorriu. -- Vai Sam, resolve lá com aquela criatura, pois se eu for lá eu bato nela. -- Alexsandra advertiu sincera. 

Samantha fitou a irmã, não havia entendido direito o motivo de tudo aquilo, mas sabia que ela não estava brincando em seguida buscou a mulher ao lado delas e decidiu. 

-- Ok, eu resolvo isso. -- Samantha afirmou seguindo para lá. 

-- Ela é a dona desse hospital você a conhece? -- A mulher indagou curiosa.

-- Ôhh... -- Alexsandra proferiu rindo. -- É minha irmã. -- Confessou deixando a outra surpresa. 

-- E eu pensando que você era paciente, quando na verdade é a dona. 

-- Detalhe. -- Alexsandra riu. -- Cadê o seu filho? -- Indagou curiosa. 

-- Bem ali com a minha mãe. 

Alexsandra olhou na direção mostrada e viu um bebê dormindo no colo de uma senhora. 

-- A febre dele voltou de novo e... Você não é pediatra é? -- Questionou em tom descontraído. 

-- Não, sou mastologista. -- Alexsandra revelou. 

-- Aqui. -- Samantha entregou um prontuário para a mulher.  -- Outro pediatra vai te atender, só seguir esse corredor segunda porta a esquerda, pode ir. -- Samantha explicou. 

-- Obrigada. Muito obrigada mesmo. -- Agradeceu em um sorriso sincero e foi pegar o filho. 

-- E quanto à você, nada disso teria acontecido se estivesse usando isso como te falei. -- Samantha advertiu entregando o jaleco para Alexsandra. -- E também te quero na minha sala daqui a pouco. -- Afirmou para Alexsandra que revirou os olhos. 

-- Saco! -- Alexsandra proferiu, sabia que a irmã estava certa, sempre escolhia o modo mais difícil de resolver as coisas, na verdade só conseguia complicar, precisava trabalhar mais seu lado explosivo, pensou. -- Já que vai brigar comigo eu quero que ela seja advertida também. -- Alexsandra apontou para a mulher da recepção. 

-- O que ela fez exatamente? -- Samantha indagou curiosa. 

-- Além de tirar folguinhas em horário de trabalho? Soube que trata as pessoas com ignorância. -- Alexsandra avisou.

-- Nota agora a importância de se fazer mais presente no hospital!? -- Samantha observou. -- Ela não sabe quem você é Alex. -- Samantha a lembrou. 

 -- E de que importa, Sam? Ou melhor, foi até bom eu parecer "normal" -- Alexsandra fez aspas. -- Se ela me tratou assim por pensar que eu fosse uma paciente ou coisa do tipo, só prova que ela trata todos da mesma maneira e tem mais eu ouvi que isso já acontece sempre. -- Declarou sincera e indignada. -- Eles te tratam sempre bem porque já sabem quem você é. -- Explicou a olhando sincera. -- Elas precisam ter a atenção chamada por esses motivos... Olha só, você quer que eu participe mais não é? Então começa me escutando poxa. -- Completou. 

-- Tem razão. -- Samantha concordou em entendimento. -- Se você acha que precisa eu concordo. Mas você sabe que agiu errado em partir para a ignorância, não é? -- Samantha advertiu. 

-- Parti mesmo, e ainda estou com aquela mulher entalada aqui. -- Alexsandra avisou olhando para lá. 

-- Alex! 

-- Tá, Eu sei que errei. -- Concordou. -- Mas ela também não estava certinha. -- Lembrou. 

-- Você terá sua chance de dizer o que quer, mas não aqui, está bem!? -- Samantha Informou.  

-- Tá bom. -- Alexsandra concordou.   

-- Vamos. -- Samantha a chamou e juntas seguiram para a sala dela. 

-- Sheilinha. -- Alexsandra sorriu e abraçou a loira em cumprimento. 

-- Oi gatona, tudo bem? -- Sheila sorriu em agrado. 

-- Melhor agora com sua ilustre companhia. -- Alexsandra sorriu fazendo Sheila rir. 

-- Humm... 

-- Sheila não da corda. -- Samantha advertiu as olhando. 

-- Sempre a estraga prazer. -- Alexsandra observou rindo.

-- Certo... Agora vamos trabalhar. -- Samantha riu. 

-- Por falar em trabalhar o chefe da segurança esteve a sua procura agora a pouco. -- Sheila avisou. 

-- Sim, os chamei, estão na minha sala? -- Samantha indagou. 

-- Não, achei melhor encaminha-los para a sala de reunião. -- Esclareceu prontamente.

-- Ótimo. -- Samantha sorriu. -- Você é a melhor. -- Afirmou sincera. 

-- Logicamente! -- Sheila sorriu convencida. 

-- Vem cá, onde eu encontro uma Sheila pra mim? -- Alexsandra questionou em interesse. 

-- Sou única, meu bem. -- Disse e todas riram. 

-- Sheila chama a chefe da Ala pública e uma das recepcionistas... -- Samantha falou séria. -- Não lembro o nome...

-- Melhor não tirar ela de lá agora, chama só a chefe mesmo. -- Alexsandra observou.

-- Ok, faça isso e manda pra sala de reunião, por favor. -- Samantha pediu a amiga. 

-- Pelo visto o problema foi sério. -- Sheila observou.

-- Um pouco. -- Samantha concordou. -- Ah, Sheila só deixa ela entrar depois que terminarmos com os seguranças, está bem!? Vamos Alex. -- Chamou pela irmã já se dirigindo para a sala de reunião ali perto. 

-- Está com raiva de mim? -- Alexsandra questionou a acompanhando e riu ao ter o olhar um tanto sério de Samantha. -- Tá bom, desculpa. -- Alexsandra riu, sabia que a irmã estava um pouco irritada em ter que resolver um problema tecnicamente causado por ela. -- Mas se realmente estivesse tudo em ordem não teria tido problemas. -- Argumentou. 

-- Alex não estou com raiva de você. -- Samantha parou para falar. -- Só queria que estivesse me escutado e não estivesse saído sem minha companhia, pelo menos nesse primeiro dia, sei que todos os setores precisam de atenção sempre. -- Lembrou. -- E que as coisas aqui não estão cem porcento, a exemplo o que ocorreu ainda agora. Eu sei que é bem difícil, Mas é principalmente nesses momentos que precisamos ter calma para não chegar ao ponto que você chegou. -- Completou sincera.

-- Está bem, você está certa. Desculpa. -- Alexsandra disse sincera. 

 -- Tudo bem, estou feliz por saber que você está se interessando pelo hospital, mesmo do seu jeito errado de lidar com o que ocorreu, você demonstrou que se importa, é um bom começo. -- Samantha falou para a surpresa da irmã caçula que sorriu em felicidade. -- Agora me obedeça dessa vez e só fale se realmente for resolver as coisas. -- Samantha advertiu em seguida abriu a porta e entrou.

-- Boa tarde, Doutora. -- Os três homens devidamente vestido de preto levantaram apressadamente a cumprimentando. 

-- Boa tarde, senhores. -- Samantha disse em tom sereno sentando-se na cadeira confortável em frente a enorme mesa.  

-- Boa tarde a todos. -- Alexsandra cumprimentou logo em seguida.  

-- Boa tarde, doutora. -- O Chefe dos seguranças cumprimentou enquanto os outros dois o imitaram de forma atrasada, sem conterem a surpresa por verem Alexsandra ali, os dois olharam-se nitidamente receosos. 

-- À vontade. -- Falou ao notar que eles ainda estavam em pé.  -- Creio que os senhores saibam o motivo por estarmos aqui. -- Samantha começou.

-- Sim, Doutora. E desde já eu peço desculpas pela conduta dos meus funcionários. -- O Chefe da segurança advertiu sério e em sinceridade. -- O uso da força é restritamente a casos de extrema necessidade o que não era este, e em nome da minha equipe e em meu nome eu peço desculpas e tomarei providências para que não se repita. -- Finalizou com seriedade. 

-- Muito bem. -- Samantha acordou e olhou para Alexsandra, depois de volta aos homens. -- Senhores esta aqui presente é a doutora Maria Alexsandra Cooper, pessoa que eu presenciei sendo praticamente arrastada pelos senhores. -- Samantha advertiu olhando os dois homens em específico. 

-- Como é que é? -- O Chefe deles indagou em surpresa e indignação. -- A mulher que vocês relataram que fizeram uso da força foi ela? -- Indagou se referindo a Maria Alexsandra.  

-- Sim... senhor. -- Um deles confessou com receio. 

-- Não sabíamos que ela era a senhorita Cooper . -- O outro argumentou. 

-- Como não sabiam? Seus... -- Preferiu sentar-se à mesa sem maiores argumentos para os dois subordinados. -- Peçam desculpas, agora! -- Ordenou. 

-- Desculpa... Doutora, não vai se repetir. -- Um deles advertiu com receio e vergonha. Em seguida o outro fez a mesma coisa. 

-- Eu peço desculpas, Senhorita Alexsandra. -- O Chefe também pediu para Alexsandra. 

-- Ok. -- Alexsandra proferiu levantando-se. Samantha a fitou em curiosidade e logo obteve o olhar sereno da irmã, riu intimamente resolvendo deixar ela falar, acenou em consenso. -- Confesso que ser agarrada e ser arrastada como se fosse uma delinquente não foi nada legal. -- Alexsandra advertiu enquanto andava pela sala e passava pela cadeira atrás de Samantha. 

-- Perdão doutora, Mas...

-- Chega de pedir desculpas. -- Alexsandra declarou interrompendo um dos homens. -- Não estou irritada por não ser reconhecida e ser quase expulsa do meu próprio hospital. -- Confessou séria. -- Estou muito, muito irritada pelo modo que vocês dois agiram. -- Apontou cada um deles. -- É um fato que eu agi também de forma errada e peço desculpas por isso. -- Falou para surpresa de Samantha que gostou daquela postura da irmã. -- No entanto.  -- Deu meia volta passando novamente por trás da cadeira onde Samantha estava. -- Isso não lhes dá o direito de agarrar uma pessoa fazendo uso de extrema força e a arrastar para fora deste hospital sem ao menos tentar argumentar para resolver o problema de forma pacífica. -- Esclareceu os fitando de frente. -- Então a doutora Samantha e eu esperamos que isto não se repita, seja com a pessoa que for, entendido? -- Alexsandra finalizou. 

-- Perfeitamente doutora. -- Os dois responderam de pronto. 

-- Ótimo! -- Alexsandra advertiu. -- Sam. -- Alexsandra passou a palavra para a irmã. 

-- Faço minha as palavras da doutora Alexsandra e acho que estamos entendidos. -- Samantha disse com calma. -- De nossa parte não terá nenhum tipo de objeção quanto ao cargo de vocês, Isso é com o senhor, resolva como achar melhor. -- Samantha fitou o chefe da segurança. -- Obrigada pela atenção de todos. -- Completou. 

-- Obrigada doutora Samantha, Maria Alexsandra e mais uma vez desculpa por tudo. -- O Chefe levantou-se estendendo a mão para Samantha que retribui a gentileza. -- Com licença. -- Ele se retirou sendo seguido pelos outros dois que também repetiram o pedido de desculpas. 

Em seguida foi a vez da pequena reunião com a chefe da Ala pública, e mais uma vez Samantha fez questão de deixar os esclarecimentos e advertências por conta de Alexsandra que, novamente a surpreendera no modo de agir, ao final Samantha apenas concordou com as indicações feita por Alexsandra e agradeceu a presença da outra mulher que saiu prometendo tomar as devidas providências. 

-- Se eu soubesse que era tão boa com burocracias teria te entregado antes. -- Samantha advertiu olhando a irmã a seu lado. 

-- Nem vem. -- Alexsandra advertiu sincera e Samantha sorriu. -- Sério Sam, isso é um saco. 

-- É Sim, mas quando você quer você consegue resolver as coisas com facilidade e seriedade como fez agora. -- Samantha observou sincera. 

-- Embora não pareça eu sei ser séria quando precisa, Sam. -- Alexsandra advertiu.  

-- Eu sei que sim. -- Samantha concordou. -- Caso contrário acha mesmo que eu teria confiança em te entregar metade da direção desse hospital? -- Indagou enquanto observava Alexsandra brincando com seu celular o girando sobre a mesa.

-- Nunca. -- Alexsandra notou a olhando nos olhos e ambas sorriram cúmplices. 

-- Alex você só precisa ter mais um pouquinho de paciência, por essa cabecinha pra pensar antes de agir, como fez aqui. -- Samantha declarou calma. 

-- Sei lá o que me dá. -- Alexsandra deu de ombros. 

-- Tudo bem, você chega lá. -- Declarou a olhando. -- Obrigada. -- Samantha sorriu. 

-- Por reclamar sempre que possível e arrumar alguns problemas como o de agora a pouco? De nada. -- Alexsandra riu fazendo a irmã também rir. 

-- Lógico que não. -- Samantha falou rindo. -- Mas, por favor, evite isso daqui pra frente. -- Pediu. 

-- Tá vendo!? -- Alexsandra disse contrariada, entretanto ria. 

-- Você ficou mais dedicada depois que conheceu a Laila. -- Samantha observou de forma serena e logo viu o sorriso amoroso nos lábios da irmã. 

-- Ela é toda responsável e dedicada. -- Alexsandra sorriu lembrando. -- De alguma forma o meu jeito meio inconsequente, a pessoa que fazia... e que ainda faz as coisas sem medir as consequências, passou a me incomodar. -- Alexsandra confessou olhando Samantha de forma sincera. -- Sei lá, eu queria meio que merecer o amor dela. -- Alexsandra advertiu em um sorriso bobo. -- Na verdade ainda não cheguei lá. -- Avisou desviando o olhar rindo fraco. -- Tem coisas que eu faço, tipo isso de ainda agora. -- Revelou. -- Só depois que ela me chama a atenção é que eu percebo o quão idiota eu fui. -- Revelou relembrando algumas coisas. -- E ela sempre está comigo mesmo eu não merecendo. 

-- Isso porque ela te ama. -- Samantha declarou sorrindo. -- E pelo que sei você também não fica atrás. -- Observou. -- Você está em um excelente momento grandona, e digo de todas as formas, no trabalho, no amor, na vida, se é isso que realmente quer e o que acha ser o melhor pra você, eu falo com toda certeza que está se saindo muito bem. -- Samantha advertiu com seriedade. Aquele dia estava sendo um dia de verdadeiras descobertas para as duas mulheres. Samantha finalmente estava vendo o progresso de Alexsandra e esta, finalmente estava recebendo a admiração e confiança da irmã mais velha. 

-- Acha mesmo? -- Alexsandra insistiu. 

-- Tenho certeza! -- Samantha persistiu sincera para receber um sorriso feliz da caçula. 

-- Certo... Só não abusa. -- Advertiu para um riso alto de Samantha. 

-- Tarde demais grandona. -- Samantha falou levantando. -- Ainda mais agora que o plano é casar. -- Confessou.

-- Sério mesmo? -- Alexsandra questionou a acompanhando. 

-- Seríssimo. -- Samantha falou em um sorriso feliz. 

-- Maneiro, Sam. -- Alexsandra abraçou Samantha por trás, estava feliz por ela. -- Quando vai ser? -- Indagou curiosa ao alcançarem a saída.

-- Não tem data ainda, mas no máximo em uns três meses. -- Samantha avisou em empolgação.

-- Uau. -- Alexsandra proferiu sorrindo.  -- Quem diria hein grandona!? Casamento de papel passado e tudo. -- Observou.

-- Só bastava a pessoa certa e isso eu já tenho, então... -- Samantha sorriu dando de ombros. -- Pra que esperar?

-- E quanto a mais filhos? Querem ter? -- Alexsandra questionou em curiosidade.  

-- Quero. -- Samantha sorriu.

-- Ebaa! Samatinhos e Amandinhos mirins. Legal, Legal, Legal... -- Alexsandra concordou enquanto andava aos pulos ao lado de Samantha. 

-- É nessas horas que eu acho seriamente que a Agatha herdou as tuas maluquices. -- Samantha falou em observação e Alexsandra gargalhou. -- E também tenho medo de ser verdade. -- Samantha complementou sincera.

-- Que Isso! Tenho uma personalidade incrível.  -- Alexsandra sorria. -- Uma pitada de divertimento e doidices é bom às vezes. Uhuuu. -- Alexsandra proferiu dando leves passadas saltitantes. -- Adoro a Samantinha mirim. -- Disse fazendo um careta engraçada. 

-- Abençoa Senhor. -- Samantha pediu rindo. -- Deixa eu ir pra minha casa que eu ganho mais. -- Declarou.

-- Está cedo. -- Alexsandra notou. 

-- Está, e é por isso que você vai ficar até mais tarde hoje. -- Samantha avisou e piscou dando a costa para a irmã.

-- Sam!? -- Alexsandra proferiu em desagrado. -- Não pode fazer isso. -- Disse entrando na sala da irmã e a vendo pegar suas coisas.  

-- Posso sim, já estou fazendo. -- Sorriu. -- Qualquer coisa, não me ligue, resolva. -- Advertiu. 

-- Sam!? -- A outra proferiu em agonia. -- Prometeu não exagerar... 

-- Beijos, fui. -- Samantha saiu a deixando sozinha.

-- Droga! -- Se jogou no sofá tentando se conformar. 

 

Fim do capítulo