Capítulo 56
O Resto da semana seguiu-se normalmente, tanto para Amanda quanto para Samantha, exceto pela novidade, o casamento. Naqueles dias Amanda se dedicava a mais uma nova rotina, fez várias ligações entre buffet, decoração, gráfica e sua noiva, conseguiu marcar alguns encontros de acordo com a sua disponibilidade e de Samantha. Esta, se revezava entre o trabalho e em atender Amanda que, fazia questão de lhe informar e questionar sobre tudo referente ao casamento delas, claro, a mulher de olhos a cor de mel fazia de tudo para respeitar as horas que a morena não podia lhe dar atenção. Assim, elas se dedicavam ao casamento, trabalho, filhas e a elas.
-- Ela chegou, amor! -- Amanda falou ao celular enquanto sorria alegre observando Natelly se aproximar com um sorriso no rosto.
-- Ótimo meu anjo, nos vemos em casa, amo você. -- Samantha falou do outro lado da linha.
-- Também de amo. -- Amanda sorriu e desligou já buscando os braços da filha em um abraço apertado. -- Ah que saudade meu amor. -- Confessou ainda no abraço.
-- Deixa de exagero, mãe. -- Natelly disse enquanto sorria, mas também estava feliz por estar com a mãe.
-- Ah que nada. -- Amanda sorriu a olhando com carinho. -- Como foi a viagem?
-- Ah... tranquila. -- Natelly deu de ombros.
-- Que bom filha. -- Amanda sorriu. -- Vamos? -- Sorriu.
-- Vamos. -- A garota concordou pegando sua pequena mala e a puxando enquanto andava ao lado da mãe.
-- Que bom que está aqui comigo. -- Amanda observou sincera abraçando a filha e lhe fazendo um carinho na cintura onde sua mão estava.
-- Sim dona, Eloá. -- Natelly falou retribuindo o carinho. -- Papai mandou um beijo, tia Má e a Cá também. -- Avisou.
-- Como eles estão?
-- Todos bem é por aqui? -- Natelly questionou. -- Ei e o casamento? -- Lembrou sorrindo. -- Tenho umas ideias. -- Advertiu verdadeiramente feliz e empolgada.
E naquele clima descontraído elas seguiram até o carro que Samantha fez questão de deixar com Amanda para aquela ocasião e no mesmo clima elas seguiram do aeroporto até em casa.
-- Natyyy. -- Agatha correu para abraçar a jovem assim que está pois os pés na sala do apartamento.
-- Gatinha! – A garota a pegou no colo em um abraço cheio de saudade. O carinho entre elas era observado com amor pelas suas mães.
-- Eu tava com saudade de ti. -- Agatha confessou olhando a garota que sorriu em acordo.
-- Eu também estava lindinha. -- A jovem afirmou a olhando com amor. -- Agora pro chão que tu pesa. -- Confessou realmente a descendo de seu colo.
-- Oi Sam. -- Natelly sorriu e caminhou até a morena lhe dando um abraço terno.
-- Bem vinda novamente. -- Samantha sorriu lhe beijando o topo da cabeça, estava satisfeita em tê-la ali.
-- É bom estar aqui. -- Ela confessou.
-- Naty tenho várias coisas pra te mostrar, quer ver? -- Agatha indagou empolgada.
-- Vou amar meu anjo. -- Afirmou fazendo um carinho no rosto da pequena. -- Mas antes eu vou tomar um banho e trocar de roupa, está bem? -- Indagou sorrindo. -- Prometo que olho tudo depois. -- Completou.
-- Tá bom. -- Agatha concordou.
-- Bate aqui. -- Natelly pediu estendendo a mão para a criança que a obedeceu. -- Isso aí. -- Sorriu.
-- Filha vai tomar seu banho e desce pra jantarmos. -- Amanda avisou.
-- Está bem. -- A garota pegou a pequena mala e subiu para seu quarto, o mesmo que ficara da primeira vez que tivera ali.
-- Feliz? -- Samantha indagou puxando Amanda para seus braços.
-- Sim. -- Amanda sorriu e recebeu um beijo amoroso da noiva.
-- Maêeee! Como que eu não vejo se vocês se beijam pra eu ver? -- Agatha questionou em dúvida enquanto mantinha as duas mãos sobre os olhos fazendo Amanda e Samantha gargalharem em reação.
-- Vem cá chatinha da mamãe. -- Samantha a puxou fazendo cócegas e as duas caíram sentadas no sofá rindo. -- Vem amor, vamos fazer muitas cócegas nela. -- Samantha advertiu e logo as três brincavam e riam no sofá.
-- Paraaaa. -- Agatha pedia em gargalhadas.
-- Ui, peraí, telefone. -- Amanda riu deixando apenas as duas e foi atender seu celular, era Fabrício. Queria saber sobre a filha, conversaram por um tempo dentre assunto familiar e de trabalho e Amanda encerrou a ligação, voltando a se juntar a noiva e filha mais nova.
-- Desculpa, era importante. -- Confessou sentando ao lado de Samantha.
-- Trabalho? -- Samantha indagou interessada.
-- Sim, mas depois resolvo. -- Informou olhando a hora em seguida buscou com olhar a direção do quarto da filha.
-- Logo ela desce. -- Samantha sorriu. -- Cida falou que têm não sei o que no forno que a Natelly gosta, mas que tem que esquentar. -- Avisou em seguida riu. -- Ela descreveu como tinha que fazer, porém me perdi na hora do botão até não sei que grau. -- Samantha advertiu e gargalhou com a cara séria de Amanda a olhando. -- Enfim, resumindo ela falou assim "A Amanda sabe". -- Samantha advertiu sorrindo. -- Você sabe? -- Indagou surpresa.
-- Como que tu sabe manusear excelentemente um bisturi e não sabe ligar o forno de um fogão Samantha? -- Amanda observou tentando manter a seriedade.
-- Lógico que sei ligar. -- Samantha advertiu. -- Só não quero adquirir experiência nisso. -- Riu. -- Mas que é mais fácil com o bisturi isso é. -- Completou rindo.
-- Com certeza. -- Amanda riu.
-- Mas vem cá. -- Samantha disse em tom manso. -- Está aprendendo a cozinhar? -- Sorriu interessada e Amanda riu divertida com a pergunta.
-- Quem me dera meu amor. -- Amanda falou. -- Mas tenho aprendido alguns truques com a Cida. -- Confessou em um sorriso orgulhoso.
-- Ui que interessante. -- Samantha advertiu olhando-a sorrindo em seguida a beijou no pescoço.
-- Nem te anima que estou longe de saber cozinhar. -- Amanda confessou rindo e se afastando. -- Mas ascender o forno eu sei, vem vou te ensinar. -- Chamou pela morena.
-- Eu não, já disse que não quero experiência. -- Observou rindo. -- Vai querer que eu aprenda cada vez mais ai já viu. -- Samantha falou sem sair do lugar.
-- Boba. -- Amanda voltou e lhe deu um beijo. -- Já que é assim chama a Naty que eu vou a cozinha verificar o nosso jantar. -- Sorriu e seguiu para lá. -- Vem Agatha. -- Chamou pela pequena que a seguiu correndo animada.
-- Olha eu já sei, está bem... -- Samantha ouviu a voz de Natelly, parou espontânea e curiosa. -- Conheço a minha mãe, ela já perdeu a paciência e eu também já cansei, preciso falar pra ela, não dá mais pra esperar.
Samantha sorriu, finalmente Natelly estava disposta a conversar com a mãe.
-- Mãe!? -- Agatha gritou abraçando as pernas de Samantha.
-- Agatha! -- Samantha proferiu baixo.
-- Amanda está chamando. -- A pequena sorriu.
-- Diz que já vamos. -- Samantha avisou vendo Natelly abrir completamente a porta. -- Sua mãe está chamando. -- Falou encarando-a com meio sorriso.
-- Já vou. -- Natelly avisou.
-- Ótimo. -- Samantha girou no intuito de sair.
-- Espera. -- Natelly pediu. -- Eu sei que ouviu. -- A jovem avisou assim que obteve a atenção da médica.
-- Nada de mais, apenas que está disposta a finalmente conversar com sua mãe e isso é bom. -- Sorriu.
Natelly suspirou receosa e ainda em dúvida.
-- Vai conversar não é? -- Samantha questionou interessada.
-- Sim. -- Natelly afirmou.
-- Ótimo.
-- Depois que conversar com você.
-- O quê? -- Samantha questionou pensando ter ouvido errado.
-- Sam, preciso de suporte por que eu acho que a mamãe não vai gostar muito. -- Natelly alegou com um olhar preocupado. -- Talvez se chateei.
-- Natelly, por que ela ficaria chateada com um possível namoro? -- Samantha indagou deveras curiosa.
-- Eu não sei, só sei que ela já está chateada pela demora, e talvez fique com o resto... -- Natelly falou sem nenhum detalhe. -- Olha só, ela te escuta e você vai poder me ajudar, por favor. -- Insistiu.
Samantha olhou em direção a escada de forma pensativa em seguida buscou o olhar de Natelly.
-- Está bem. -- Concordou. -- Mas não agora, Amanda nos espera, se não descemos ela vai subir. -- Avisou.
-- Tem razão. -- Natelly concordou.
-- Vamos. -- Samantha sorriu a chamando.
-- Obrigada. -- A jovem agradeceu a acompanhando.
-- Não me agradeça... Ainda não. -- Samantha sorriu e logo elas se juntaram as outras duas para um jantar em família regado de muito risos e carinhos...
-- Oi. -- Natelly indagou ainda da porta. -- Cadê a mamãe?
-- No quarto com a Agatha. -- Samantha avisou fechando o livro em sua mão e o pondo sobre a mesa. -- Entra e feche a porta. -- Pediu. -- Pedi a ela um tempinho com você. -- Sorriu.
-- O que disse a ela? -- A garota perguntou se aproximando calmamente, mantinha as mãos no bolso do casaco e um ar desconfiado e preocupado.
-- Que estaria na biblioteca conversando com você. -- Samantha disse levantando.
-- Você contou pra ela? -- Ela questionou preocupada.
-- Não. -- A morena avisou.
-- Então?
-- Não posso conversar com minha enteada? -- Samantha sorriu. -- Nos conhecermos melhor? -- Completou encostando na mesa e cruzando os braços. -- Você começa. -- Samantha avisou e outra riu.
-- É complicado... -- A menina confessou fitando um canto qualquer da sala.
-- Talvez seja apenas o seu ponto de vista. -- Samantha declarou calma a observando.
-- Eu estou envolvida com uma pessoa há quase dois meses e... -- Natelly parou tentando reunir coragem para continuar. -- Não sei o porquê, só sei que não pude resistir... -- Confessou enquanto fitava Samantha.
-- Natelly, tudo bem. -- Samantha sorriu. -- É seu primeiro namoro, é natural. -- Avisou sincera. -- Não vejo problema nenhum nisso e tenho certeza que nem a sua mãe. -- Completou sincera e sorriu a observando por alguns instantes.
-- Talvez nisso não, mas... -- Natelly riu nervosa desviando o olhar. -- Mas eu sinto que ela não vai gostar. -- Completou.
-- Ei!? -- Samantha a fez parar e olhá-la. -- Quem é essa pessoa, pra você se preocupar tanto? -- Indagou serena.
Natelly suspirou decidida. -- Um conhecido da mamãe, amigo... eles perderam contato. -- Revelou encarando os olhos negros.
Samantha a olhava em surpresa e dúvida, ainda estava tentando processar aquela informação enquanto elas ficavam naquele duelo de olhares e pensamentos.
-- Você não conhece. -- A jovem continuou. -- Ele se chama Nicolas...
-- Espera... -- Samantha riu fraco tentando entender. -- Se ele era amigo da sua mãe, ele é bem mais velho que você. -- Notou. -- É isso? -- Samantha deu por si.
-- Tecnicamente... -- Natelly falou sem muita convicção.
-- Não pode ser. -- Samantha disse descrente. -- Natelly, quantos anos esse cara tem? -- Indagou curiosa.
-- Do que importa a idade? -- A menina questionou insegura.
-- Responda, por favor. -- Samantha a fitou séria.
-- Trinta e três. -- Revelou.
-- Tem razão, sua mãe vai surtar! -- Samantha falou passando a andar de um lado a outro. -- Eu estou surtando! -- Era ela quem estava nervosa agora. O cara tinha o dobra da idade da menina, nunca viu problema referente aquilo, mas agora presenciando de tão perto lhe parecia tão... errado, pensou. Passou uma das mãos sobre os cabelos e nuca. -- Não pode ser, não pode ser... -- Samantha proferia sem saber o que fazer ou dizer, aquilo era muito novo para ela. -- Amanda não vai gosta nada disso. -- Observou insegura.
-- Ótimo! Você está me ajudando muito. -- Natelly proferiu em negação.
-- Natelly, esse cara tem idade pra ser seu pai. -- Observou. -- Isso é... é... -- Samantha não sabia o que dizer, então calou-se pondo ambas as mãos sobre a mesa em busca de apoio, literalmente.
-- A mamãe é mais velha que você. -- A garota advertiu em argumento.
-- É bem diferente. -- Samantha a olhou séria. -- Não queira fazer comparação, são cinco anos, nem isso não chega, na verdade isso nem é importante. -- Avisou. -- Somos mulheres adultas, você... -- Riu fraco e incrédula. -- Você é praticamente uma criança envolvida com um homem, um... cara bem mais experiente que você, é... Por Deus você é menor de idade! -- Samantha explodiu em agonia.
-- Mas não sou criança. -- A garota advertiu um pouco ofendida. -- Está vendo o porquê de não querer contar? -- Disse chateada. -- Nicolas tava certo, vocês não entenderiam. -- Lembrou.
-- O quê? -- Samantha indagou confusa. -- Ok. -- Samantha proferiu a olhando, aquela sua postura não estava dando nada certo, fitou a mesa por alguns instantes e suspirou tentando organizar seus pensamentos.
-- Sam? -- A observava.
-- Deixa eu me concentrar, está bem!? -- Samantha pediu.
-- Certo. -- A menina consentiu.
-- Você disse 33? -- Samantha inquiriu e a garota confirmou. Samantha riu balançando a cabeça em negação. -- Era pra ter certeza. -- Confessou.
-- Agora entende né? -- Natelly inquiriu em esperança.
-- Como? -- Samantha questionou agora mais calma, deixara de lado seus julgamentos procurando apenas entender.
-- Não sei, Sam. -- Natelly advertiu se jogando na cadeira ali do lado. -- Não sei, só... aconteceu. -- Confessou permitindo o medo tomar conta de si, seus olhos marejavam em angústia. -- Se você agiu ruim imagina a mamãe? -- Notou.
-- Tudo bem, tudo bem. -- Samantha abaixou-se em frente a ela, arrependendo-se por ter sido insensível demais. -- Me desculpa por isso. -- Sorriu pondo as mãos sobre as pernas da jovem. -- Foi a surpresa, mas agora eu estou bem e continuo disposta a te ajudar, só preciso entender. -- Explicou sincera e sorriu.
-- Não... Tudo bem. -- Suspirou resignada. -- De certa forma é verdade. -- Abaixou a cabeça em retração. -- Isso sempre visto como errado. -- Riu fraco.
-- Não. Não é. Não se ele for um homem descente. -- Samantha disse levantando e puxando a outra cadeira, se acomodou bem próximo a enteada. -- Como você mesmo disse, aconteceu. -- Falou a olhando calma enquanto buscava na mente o que dizer. -- E... -- Samantha não sabia por onde começar, sabia que precisava ajudar a garota a sua frente, no entanto, nem ela estava preparada para aquilo, suspirou desviando o olhar perdida em pensamentos.
-- Você não tem ideia de como me ajudar não é? -- Natelly notou e riu fraco.
-- É tão óbvio!? -- Samantha riu nervosa.
-- É. -- Avisou.
-- É verdade. -- Samantha confessou balançando a cabeça em negação. -- Minha primeira socialização com minha enteada e eu sou um desastre. -- Samantha notou e Natelly riu com vontade. -- É... -- Samantha proferiu a olhando pensativa. -- Vocês já... é... Você sabe... O sex*? -- Samantha riu envergonhada por perguntar sobre aquilo.
-- Não. -- Respondeu rindo.
-- Ah garças à Deus, obrigada senhor, uma notícia boa! -- Samantha agradeceu fitando o teto e juntando as mãos em certo alívio e Natelly riu divertida daquilo. -- Você fica bem sorrindo. -- Samantha sorriu a olhando nos olhos, lembravam os de Amanda. -- Você tem muito da Amanda. -- Observou em pensamento. -- Talvez seja isso. -- Concluiu.
-- Isso o que? -- Natelly questionou sem entender.
-- Eu estou tentando falar ou agir como se eu fosse sua mãe. -- Samantha confessou. -- Tentando agir como ela, dizer o que ela diria, ou faria... Sei lá. -- Samantha avisou e levantou. -- A questão é que todos nós vemos as coisas de formas diferentes, e sua mãe vai ver isso bem diferente de mim e você. -- Samantha notou voltando a sentar-se. -- Olha só, eu não faço a menor ideia de como eu agiria se a Agatha tivesse em seu lugar. -- Falou sincera e ficou em silêncio. -- Mentira. -- Samantha notou. -- Provavelmente eu já teria ido até esse cara e enchido ele de porr*da, no mínimo. -- Samantha confessou, deixando Natelly sem reação por alguns instantes.
-- Samantha eu acho melhor você finalizar esse seu raciocínio, pois eu estou ficando nervosa, além de confusa. -- A menina confessou sincera e Samantha riu à vontade. -- Sinceramente eu acho que isso é o que a mamãe vai fazer quando souber. -- Declarou
-- Se eu agir como se fosse sua mãe eu não te ajudaria e sim faria o que relatei há instantes. -- Afirmou.
-- E vai agir como? -- Natelly questionou ainda confusa.
-- Como uma amiga. -- Samantha advertiu.
-- É como está agindo agora... -- Disse em observação.
-- É. -- Samantha riu ainda em dúvida.
-- Está bem melhor assim. -- Revelou e ambas riram.
– Pode me contar como exatamente tudo começou? -- Samantha inquiriu calma.
-- Quando a mamãe desapareceu. -- Natelly suspirou decidida. -- Fazia alguns dias que a mamãe estava desaparecida e a gente sem saber absolutamente nada sobre ela. Eu estava ficando desesperada querendo notícias e... -- Deu uma pausa pensando naqueles momentos angustiantes. -- Todos nós estávamos... Papai me obrigou a ir à escola, mas eu matei aula e fui para a praça em frente à escola, estava com medo de a mamãe ter... Enfim que algo de ruim tivesse acontecido com ela, sentei e fiquei chorando, ai o Nicolas apareceu sentou do meu lado e ficou lá. -- Riu lembrando. -- Eu olhei pra ele irritada perguntando se ele tinha perdido alguma coisa, sabe eu fui ignorante mesmo. -- Esclareceu para Samantha que entendeu. -- Ele riu e apenas negou com a cabeça, em seguida me entregou isso. -- Natelly mostrou o colar em seu pescoço. -- Eu fiquei surpresa, tinha caído e eu nem percebi, mamãe que me deu ele... -- Sorriu. -- Enfim, ele me entregou e foi embora.
-- Como ele sabia que era seu? -- Samantha indagou curiosa.
-- Ele falou que viu cair, mas isso ele me disse depois. -- Disse.
-- Ele trabalha? -- A médica queria respostas mais praticas.
-- Sim, ele trabalha em um escritório de advocacia, estava indo para o trabalho naquele dia, soube disso depois. -- Esclareceu. -- Uns dois dias depois, eu estava lá com uns amigos e vi ele passando, não sei o que me deu, então eu o chamei e o agradeci, conversamos um pouco, contei por que eu chorava e ele me consolou dizendo que a mamãe estava bem e que íamos encontrá-la. -- Narrou com calma. -- Ele pediu meu número e eu dei, conversamos por uns dias e ele me levou ao cinema e me beijou nesse dia.
-- Ele te forçou?
-- Não! -- Natelly negou de pronto. -- Fiquei surpresa, mas só isso.
-- Você gostou? -- Samantha indagou.
-- Sim. -- Sorriu. -- Foi o primeiro beijo que realmente gostei.
-- Já tinha beijado alguém antes? -- Indagou curiosa.
-- Já sim... E a mamãe sabe, não se preocupe. -- Se adiantou sorrindo.
-- Não disse nada. -- Samantha riu.
-- Saímos mais algumas vezes, e umas dessas vezes contei mais sobre meus pais e foi então que descobrimos que ele e a mamãe tinham sido amigos, mas perderam o contato. -- Natelly explicou calma. -- Ele é uma pessoa excelente Sam, eu gosto muito dele, ele é carinhoso, me faz bem. -- Confessou. -- Desde o primeiro momento, e mesmo sem nada dizer, ele me fez bem. -- Advertiu sincera. -- Sempre faz o que quero, me deixa feliz, é romântico. -- Sorriu realmente apaixonada. -- Ele planejou um almoço, pois eu não podia sair à noite, e me pediu em namoro e eu aceitei.
-- Você falando assim ele parece perfeito. -- Samantha notou e riu. -- E aconteceu bem rápido. -- Completou.
-- Ele não é perfeito, mas é perfeito pra mim. -- Afirmou. -- Tem vezes que é chato por ser sabe, sei lá... responsável demais, meio careta às vezes. -- Riu. -- Mas eu até gosto. Sei que tem esse lance da idade, mas...
-- Deixa isso de lado primeiro. -- Samantha advertiu calma. -- Qual a posição dele em contar para sua mãe esse namoro de vocês?
-- Bem... Ele não queria muito que fosse agora, queria que a gente esperasse mais um pouco, até estarmos mais firmes no namoro... ele tem medo dos meus pais não aceitarem.
-- Firmes como? -- Samantha desconfiou de algo.
-- Mais tempo juntos, mais seguros do nosso amor...
-- Feito sex*. -- Samantha completou.
-- Sam!? -- Natelly disse em repreensão. -- Ele tem medo dos meus pais não aceitarem, é isso. -- Comentou.
-- Pode ser, mas é bem verdade que ele quer sex* também, nunca pensou nisso? -- Samantha questionou firme nas palavras.
-- Já. -- A jovem firmou. -- Ele tentou algumas vezes, mas não me sentia pronta. -- Confessou fitando a morena.
-- Claro que não! -- Samantha notou, era obvio.
-- Mas sempre me respeitou. -- A garota esclareceu em argumento.
-- É obrigação dele, Natelly! -- Samantha afirmou. -- Eu não entendo muito de leis e tudo mais, mas até onde sei, você é menor de idade e isso dá a ele certos limites, a vocês dois no caso. -- Samantha argumentou sincera.
-- Eu sei, Sam, tenho muito cuidado, a mamãe sempre me explicou sobre isso e outras coisas. -- Confessou para agrado de Samantha. -- Tenho dezessete anos, sei me cuidar.
-- Dezesseis. -- Samantha a corrigiu.
-- Ah falta pouco pra dezessete. -- Rebateu e riu.
-- Seja como for, eu prefiro que você faça apenas com 18, 19 ou 20 talvez, no mínimo. -- Samantha advertiu realmente sincera.
-- Voltou a agir como mãe? -- Natelly questionou.
-- Certo. -- Samantha riu. -- Querendo ou não você vai ter esse momento, então, deixa pra depois. -- Esclareceu para desespero da enteada que suspirou mexendo-se na cadeira. -- Você já o tinha visto antes? -- Samantha perguntou depois de instantes.
-- Antes? -- Natelly tinha dúvida.
-- Você disse que ele revelou ter sido amigo da sua mãe. -- Explicou. -- Você lembra se já o tinha visto nos círculos sociais de sua mãe ou do seu pai? Reunião, festa? -- Samantha perguntou curiosa, realmente estava interessada em saber mais sobre aquele homem que ainda lhe era um verdadeiro mistério.
-- Sabe que não. -- Natelly se dera conta daquele fato. -- Mas também era raro eu participar disso, não curto muito. -- Completou dando de ombros. -- O Nick não fala muito sobre o trabalho dele ou o passado, a verdade é que ele é um excelente ouvinte, a maioria das vezes eu falo e ele me escuta. -- Sorriu.
-- Olha só. -- Samantha proferiu e suspirou. -- Eu não concordo nem um pouco com isso tudo...
-- Mas...
-- Espera. -- Samantha pediu a calando. -- Ainda não sei de verdade qual é a desse cara, mesmo você me falando essas coisas sobre ele e como tudo começou. Confesso que a diferença de idade de vocês me incomoda muito, mas não é exatamente por isso meu incomodo maior, talvez seja o fato de ainda não conhece-lo, preciso confiar. -- Samantha declarou sincera. -- E você tem apenas dezesseis anos, e na minha opinião seria bem mais fácil e prático namorar alguém com as mesmas vivencias, gostos, com os mesmos ideais que você tem nesse momento. -- Explicou calma. -- Mas mesmo tendo essa opinião, eu vou te ajudar. Porém, saiba que a Amanda pode reagir bem mal a tudo isso, ou não, mas você tem que estar preparada para tudo.
-- Eu sei. -- Natelly afirmou de cabeça baixa.
-- Olha pra mim. -- Samantha pediu e foi atendida. -- Natelly, eu estou falando tudo isso não pra você se sentir mal, longe de mim fazer isso, é para que saiba bem o que vai ter que enfrentar quando revelar tudo a sua mãe.
-- Eu sei... Pra falar a verdade eu já tinha pensado em algumas coisas. -- Revelou enquanto brincava com o botão de seu casaco. -- Vai me ajudar se ela surtar? -- Indagou a olhando.
Samantha riu. -- Vou sim, ela surtando ou não. -- Advertiu sincera. -- Mas vou deixar uma coisa bem clara aqui entre nós. -- Samantha advertiu olhando-a nos olhos. -- Vou fazer o que puder para te ajudar com isso e também ajudar a sua mãe a entender suas razões e sentimentos, mas jamais vou passar por cima da opinião da Amanda e principalmente do que ela achar que é o melhor para você. -- Confessou. -- Estamos entendidas? -- Indagou.
-- Quer dizer que vai ficar do lado dela? -- Averiguou.
-- Eu quero dizer que eu entendo o seu lado, no entanto, eu também vou entender o lado dela. E não importa quem está certa ou errada, eu amo as duas e vou fazer de tudo pra que ambas fiquem bem. -- Sorriu verdadeiramente sincera. -- Prometo.
-- Acha que ela vai ficar chateada por eu ter contado primeiro pra você? -- Natelly questionou em receio e dúvida.
Samantha pensou por um instante, não obteve resposta, mas para seu bem, rezava para que a resposta fosse não, pensou.
-- Acho que não, linda. -- Alegou sem certeza. -- Mas trate de contar logo a ela. -- Avisou franca.
Elas ainda ficaram ali por alguns minutos em uma conversa calma. Samantha havia prometido fazer o que pudesse para amenizar a reação de Amanda ao receber a notícia sobre o namoro da filha e Natelly saiu finalmente agradecida e bem mais confiante sabendo que teria a ajuda da madrasta.
Samantha suspirou forte pensando nos últimos acontecimentos, andou pela sala ampla perdida em seus pensamentos, não conhecia o homem que, nas palavras de Natelly parecia ser um homem de boa índole, e para ajudá-la precisava acreditar nela, mas sua intuição dizia que aquilo estava acontecendo rápido demais, não queria acreditar naqueles pensamentos. Mas o tal Nicolas lhe parecia perfeito demais, e para Samantha aquilo não existia. No entanto Natelly estava apaixonada, lógico que para a menina tudo seria considerado perfeito. E pensando agora com mais calma, faltava muitas perguntas sem respostas, respostas que só o tempo poderia responder, era extremamente injusto de sua parte condenar o homem sem o conhecê-lo de fato. Sentou-se na cadeira que antes era ocupada por Natelly, pensou em Amanda, receber aquela notícia não seria nada fácil para sua noiva, para ela mesmo não tinha sido, mas conhecia sua namorada, Amanda procuraria entender, talvez seria bem mais fácil para a noiva do que fora para ela, Amanda tinha uma sensibilidade extraordinária, além de amar a filha acima de tudo, era claro que faria de tudo pelo bem dela, principalmente compreender e respeitar, sorriu convicta daquilo.
-- Morena pensativa. -- Amanda disse abraçando o pescoço da namorada em seguida lhe beijou a nuca. Samantha sorriu sentido os braços de Amanda em volta de si, estava de costa para a entrada, nem notara a entrada dela. -- No que pensava? -- Amanda indagou rodeando a cadeira e sentando no colo da médica que a recebeu com satisfação.
-- Em como sou feliz com você. -- Samantha declarou a fitando nos olhos, sorriu.
-- Uau! -- Amanda sorriu levando ambas as mãos a nuca de Samantha e fazendo um carinho ali. -- Também sou muito feliz com você meu amor. -- Confessou apaixonada para logo selar seus lábios aos da morena em um beijo cheio de amor.
-- Nossa pequena? -- Samantha indagou fazendo um carinho no rosto da mulher em seu colo.
-- Dormindo como um anjo. -- Avisou sorrindo. -- Dormi também. -- Confessou e Samantha riu, acontecia algumas vezes. -- Naty?
-- Saiu agora a pouco, foi pro quarto dela. -- Samantha respondeu, estava com receio da noiva questionar o teor da conversa dela e sua filha, não queria mentir para Amanda. -- Por falar em quarto, vou pedir pra Su dá uma olhada nele e deixá-lo do gosto da Natelly, o que acha? -- Questionou realmente interessada.
-- Sério? -- Amanda sorriu surpresa, mas adorando a ideia.
-- Amor, vamos casar. -- Samantha lembrou feliz. -- A menos que você queria morar em outro lugar... Quer morar em outro lugar? -- Samantha indagou em curiosidade.
-- Não. -- Negou de imediato. -- Esse lugar é enorme Sam, eu quero ficar aqui. -- Afirmou sincera e ganhou um beijo da outra.
-- Perfeito, então esse será nosso lar, e Natelly precisa ter o espaço dela aqui, e nada mais justo que seja do gosto dela. -- Explicou contente.
-- Ah como eu te amo morena! -- Amanda revelou em felicidade e beijou Samantha da mesma forma. -- Ela vai amar. -- Observou.
-- Então amanhã mesmo já damos a notícia pra Natelly e já aviso a Su pra ir pegando as dicas com ela. -- Samantha disse a olhando contente.
-- Ohh. -- Amanda soltou um gritinho ao sentir a cadeira girar com elas, Samantha sorria divertida enquanto com os pés aumentava o movimento. -- A menos queira tomar mais um banho eu sugiro que pare. -- A Advogada advertiu rindo, mas sincera, estava ficando enjoada. Samantha riu, entretanto, também em receio parou de roda-las. -- Boba... Te amo. -- Amanda revelou contornando com o dedo indicador os lábios de Samantha.
-- Te amo mais. -- Samantha sorriu e buscou os lábios dela em um beijo apaixonado a apertando mais contra seu corpo, despertando o desejo de ambas. -- Não posso. -- Revelou lembrando de sua visita mensal ao sentir a namorada desabotoar sua camisa, suspirou desgostosa.
-- Sabe o banho? -- Amanda indagou, tinha a testa colada a de Samantha.
-- Hum? -- A médica proferiu sem entender
-- Acho que eu que vou ter que tomar. -- Afirmou para uma gargalhada de Samantha.
-- Posso resolver sem banho. -- Samantha afirmou em um sorriso intencional ao mesmo tempo em que subia suas mãos por dentro da blusa de Amanda, esta, a deteu decidida.
-- Prefiro esperar você. -- Confessou sincera e a beijou calma. -- Está tarde, vamos dormir. -- Sugeriu.
-- Certeza? -- Samantha insistiu.
-- Sim meu amor. -- Amanda sorriu saindo de cima dela. -- Vamos.
Samantha sorriu e a acompanhou, no quarto delas, elas trocaram de roupa e dormiram abraçadas na certeza física e sentimental de que eram uma da outra.
* * * *
-- Mãe!? -- Natelly disse colocando apenas a cabeça para dentro do quarto onde a mãe estava.
-- Já vou filha. -- A jovem escutou a voz da mãe vir do closet, respirou fundo e entrou, já dentro girou o corpo admirando o ambiente, achava lindo. -- Viu a Sam? Acordei e ela não estava mais. -- Amanda falou surgindo no quarto e vendo a filha em pé rente ao vidro olhando a vista lá fora.
-- Lá embaixo com a Agatha. -- Natelly avisou olhando para a mãe que se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto.
-- Bom dia meu amor. -- Amanda sorriu a olhando. -- Aconteceu alguma coisa? -- Indagou notando a tensão na filha.
-- Mãe, podemos conversar? -- Questionou nervosa e decidida.
-- Claro meu amor. -- Amanda afirmou preocupada. -- Algum problema com você?
-- Não mãe, estou bem. -- A menina afirmou sincera.
-- Então o que é filha? -- Amanda indagou já imaginando qual seria o rumo daquela conversa e embora estivesse num misto de receio e curiosidade com o que viria, estava feliz por finalmente a filha resolver conversar com ela.
-- Podemos sentar? -- Natelly não conseguia esconder seu nervosismo diante da mãe.
-- Certo. -- Amanda concordou pegando na mão da jovem e a puxando para a cama, onde sentaram de forma confortável. -- Ei!? -- Amanda observava a filha que encarava o lençol branco da cama. -- Sabe que pode confiar em mim, estou aqui para o que for, filha. -- Amanda sorriu tentando deixar Natelly segura e a vontade para falar.
-- Eu sei mãe. -- Suspirou a olhando nos olhos.
-- Então... -- Amanda sorriu levando a mão até o rosto da jovem filha.
-- Eu sei que a senhora já desconfia que eu escondo algo. -- Natelly iniciou tirando a mão dela de seu rosto e a segurando em um carinho, enquanto observava o ato.
-- Sim, filha. -- Amanda confessou. -- Conheço você. -- Afirmou sincera. -- Olha pra mim. -- Pediu logo obtendo o olhar de Natelly. -- Diga, converse comigo. -- Pediu.
-- Eu estou namorando. -- Revelou liberando um sorriso tímido.
-- Eu desconfiava que podia ser isso. -- Amanda falou com um sorriso leve enquanto acariciava novamente o rosto da filha. -- Seu primeiro amor. -- Amanda notou, e a puxou para um abraço terno. -- Está feliz? -- Questionou desfazendo o contato e a fitando.
-- Sim. -- Confessou.
-- É alguém da escola? Eu conheço? -- Amanda indagou curiosa.
-- Não vai perguntar se é homem ou mulher? -- Natelly perguntou rindo.
-- Por curiosidade, sim, não que isso tenha alguma influência no que realmente quero, ou seja, sua felicidade. -- Amanda declarou sincera.
-- Eu sei. -- Natelly sorriu. -- Mas é homem. -- Revelou segurando o olhar no da mãe. Homem... Lembrou da conversa que tivera com Samantha no dia anterior, a reação da mãe dela lhe era uma incógnita até então, no entanto, sabia que já era hora de revelar tudo a mãe, e rezar para que seus receios realmente fosse apenas receios incabíveis.
-- Como eu disse, quero que seja feliz. -- Amanda afirmou serena. -- O que não entendo é seu medo em me contar sobre ele, sobre vocês. -- Alegou calma, queria compreender, saber os motivos da filha.
-- Está bem. -- Natelly disse mexendo-se na cama procurando uma posição confortável e também coragem, riu nervosa desistindo e ficando na mesma posição de antes. -- É que eu tive medo da sua reação...
-- Natelly!? -- Amanda a interrompeu em repreensão. -- Sempre fui...
-- Mãe, deixa eu falar, tá!? -- Natelly advertiu decidida e Amanda concordou. -- Ok... -- Proferiu tomando confiança. -- O nome dele é Nicolas, estamos namorando a pouco mais de um mês, e...
-- E? -- Amanda questionou preocupada, assim que ela parou de falar. -- Natelly você está grávida? -- Amanda questionou deveras atormentada com a hipótese.
-- Não! -- A garota gritou em negação para alívio da mãe. -- Não, mãe. Não estou grávida. -- Insistiu em negar.
-- Aí meu Deus que susto. -- Amanda confessou pondo a mão no peito e fechando os olhos em alívio e Natelly não conteve o riso.
-- Mãe... -- Disse assim que Amanda estava calma. -- Ele é mais velho que eu. -- Avisou a encarando.
-- Ah filha, normal. Não precisa necessariamente ter a mesma idade, vocês são jovens, um ou dois anos de diferença não é...
-- Mãe? -- Natelly a interrompeu. -- Ele tem 33 anos.
-- O quê!? -- Amanda indagou numa mistura de surpresa e dúvida, pensara ter ouvido errado.
-- O motivo que me deixou receosa em contar pra você é que...
-- Natelly!? -- Amanda proferiu o nome da filha em um tom elevado e atribulado. -- Não pode ser. -- Amanda falou saindo da cama em uma lentidão quase chocada. -- Minha filha com um cara que tem idade para ser pai dela. -- Proferia em voz alta enquanto andava por ali com os pensamentos em desordem. -- Natelly você só tem dezesseis anos! -- Amanda bradou.
-- Mãe senta aqui, deixa eu explicar. -- Natelly pediu, a reação da mãe dela não estava condizendo como pensava, porém sabia que Amanda estava preocupada e nervosa com o assunto, não estava conseguindo lidar com a descoberta, não tão depressa.
-- Explicar, Natelly? -- Amanda indagou em impaciência assustando a filha que desviou o olhar e retesou todo o corpo em receio e angústia.
Amanda instantaneamente se culpou arrependendo-se de sua postura. Agira bem mal com a filha, seu nervosismo e irritação com aquela descoberta a estava descontrolando a ponto de não saber como agir e pior ainda, estava machucando sua filha sem dar chance dela se explicar, sem conversar como havia prometido a vida inteira, suspirou tentando voltar a calma, precisava.
-- A senhora disse que eu podia falar sobre tudo. -- Lembrou enquanto encarava o dedo que brincava com lençol em desenhos invisíveis. Mais um motivo que fez Amanda se arrepender pela atitude de instantes.
-- Seu pai sabe? -- Amanda indagou agora de forma calma.
-- Não... Queria contar primeiro pra você. -- Natelly respondeu mantendo a mesma postura.
-- Me desculpa, meu amor. -- Amanda pediu se aproximando da garota e a puxando para um contato carinhoso.
Natelly rodeou ambas as mãos na cintura da mãe e ajeitou-se naquele abraço deixando seu rosto colar no peito de Amanda. Esta, sorriu amorosa e em um carinho terno beijou os cabelos da filha. -- Claro que você pode me contar tudo, filha. Perdi o controle, desculpa. -- Disse a fazendo olhá-la. -- Tudo bem? -- Indagou cariciando agora o rosto da filha que sorriu acenando em afirmação. -- Agora quero que me conte tudo. -- Amanda disse sentando novamente a frente dela.
Natelly sentiu- se verdadeiramente segura em continuar aquela conversa, mas resolveu recomeçar por fatos que julgou ser mais importantes naquele primeiro momento. Revelou quando e como conhecera o namorado, o quão estava fragilizada e o quão bom foi a presença dele naqueles dias difíceis. O dia e a sensação que sentiu naquele primeiro beijo roubado, mas definitivamente concedido em seu querer íntimo... Descreveu cada acontecimento e programas que já haviam feito juntos e que julgara ser necessário para conhecimento de Amanda. Narrou o quanto o namorado lhe fazia bem, o quanto demonstrava ser carinhoso e amoroso para com ela. Amanda apenas sorria enquanto a escutava maravilhada a cada detalhe que a filha lhe contava, pois embora alguns fatos lhe assustasse e trouxesse receios, sabia que sua filha estava sendo sincera e feliz, era isso que a reconfortava e alegrava, a felicidade de seu amor eterno.
-- Me parece realmente um bom homem. -- Amanda observou leve. -- Mas saiba que tenho que conhecê-lo para saber melhor. -- Advertiu.
-- Eu sei mãe. -- Natelly sorriu satisfeita.
-- E quero conhecê-lo logo viu? -- Amanda advertiu sincera.
-- Ah sim, Mas acho que você vai gostar de saber quem é já foram amigos. -- Natelly confessou divertida e descontraída.
-- Já fomos amigos? -- Amanda indagou estranhado, não recordava de nenhum Nicolas em seus ciclos de amizade.
-- Sim mãe. -- Natelly sorria. -- Uma vez a gente saiu, eu falei e mostrei fotos de vocês e descobrimos que ele te conhecia. -- Explicou olhando-a contente.
-- Não conheço ninguém chamado Nicolas. -- Amanda falou tentando lembrar. -- Nicolas de quê? -- Questionou esforçando-se para lembrar, poderia ser alguém da faculdade... Até que um pensamento lhe veio à mente e esse fato fez seu coração disparar em receio. -- Filha quero ver quem é esse Nicolas, tem foto? -- Indagou séria.
-- Têm sim. -- Natelly disse pegando o celular. -- Ele não curte tirar foto, mas eu consegui algumas. -- Sorriu lembrando daqueles momentos enquanto procurava uma foto. -- Aqui. -- Entregou o celular para Amanda que pegou o aparelho, logo fitava a imagem do dito Namorado de sua filha, seu semblante mudara drasticamente em temor, sua suspeita de confirmara.
-- Não... -- Amanda disse levando a mão livre aos fios claros. -- Natelly você não pode está namorando esse homem! -- Amanda gritou levantando-se e andando de um lado ao outro em desespero.
-- Por quê? -- A garota questionou aflita vendo o estado da mãe. -- Mãe, por quê? O que está acontecendo? -- A jovem a olhava preocupada, Amanda fechou os olhos e levou a mão até o rosto, não estava bem.
-- Esse é...
-- Mãe! -- Natelly correu tentando segurar Amanda ao vê-la desequilibrar-se, e ambas acabaram indo ao chão de forma lenta. -- Mãe? -- Chamou em aflição diante da mãe desmaiada em seus braços. -- Samm!? -- Gritou pela madrasta.
Fim do capítulo
Olá amores.
Primeiramente: Nossa que calor! Kkkk
"Segundamente": Quero agradecer a TODAS por todo carinho e paciência que me dedicam e dedicam à história, Muito, muito Obrigada mesmo, lindas!
Peço desculpas pela demora em postar e também por ser um pouco menor dos padrões que estou acostumada a postar, ou seja, daquele acima de 10 mil palavras. Hehe. Mas aí eu pensei, postar pequeno depois de já ter demorado muito ou postar grande depois de ter demorado muito, muito mais? Então resolvi postar esse logo!
Amores, aproveito também para avisar que estou em final de curso, TCC a todo vapor, dentre outras obrigações, fez minha pacata vida ficar daquele jeito, CORRIDO! Como uma senhora me disse uma vez "Minha filha não tenho hora pra nada não", Estou do mesmo jeito. No momento, estou aqui em horário de almoço, um olho no queijo outro no gato. Portanto, peço aquela paciência de sempre de todas vocês, Sim? Diz que Sim, diz que sim... Kkkk
É isso, espero que tenham gostado do capítulo. ^^
#Querocomentários. (Momento carência) Rsrs
Grande beijo para vocês!
Abraços fraternos.
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Mascoty
Em: 11/10/2017
caraca!achei que naty estava namorando uma mulher mais velha e conhecida de amanda! agora esse nicolas nao esta com boas intensoes com a naty,sera? e agora amanda vê a foto dele e desmaia! putz.
ansiosa para o proximo capitulo!
Beijos
Fica na paz
Mascoty
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Thaci
Em: 17/09/2017
Bom dia,Enny!
Quem é esse tal de Nicolas? Será que foi o pai da Eloá/Amanda. Que o contratou pra seduzir a neta e com isso fazer a Amanda voltar e largar Samanta?
Obs: pensei q vc tivesse desistido do romance. Eu amo esse conto o acompanho deste do ABC Les. Ele é um dos meus favoritos. Vc está de parabéns. Boa sorte com seu TCC.
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mtereza
Em: 17/09/2017
Fiquei assustada agora será que a Naty foi seduzida por um canalha espero esta enganada mais toda essa história desse namoro cheira a abuso e pedofilia ainda mais com essa reação da Amanda no final do capítulo ao ver a foto do suposto Nícolas . Mais a Naty tem muitas pessoas por ela além dos pais tem a madrinha Marina a Carol e agora a Sam tb se ele for um abusador ou qualquer coisa nessa linha está ferrado
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evelin
Em: 15/09/2017
capitulo novo, ebaaaa :D , todos os dias eu entrava no site pra ver ser vc tinha atualizado. E hoje vi que estava atualizado, bom deixa eu ler pra ver o que aconteceu com a San! Beijo autora.
Resposta do autor:
Sorry pela demora amore!
Obrigadão pela atenção. beijos
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Olá linda!
Olha esse negócio de TCC ddeixa a cabeça da gente sobre pressão. E quando vc acha que está tudo lindo e o orientador manda refazer tudo? Kkkkk. O bom que essa área q escolheste Ás. Física, se nao estou enganada kkk, tem varias possibilidades e abordagem
Enfim, desejo o melhor de Deus pra sua vida.
Agora sobre o capítulo, demais! Mas nos deixar nessa curiosidade sobre Nicolas foi tisti kkjk
Bjs
Resposta do autor:
Bem isso mesmo amore. TCC é tenso!
no meu caso é eu que fico no pé da Orientadora. kkk
Obrigada por comentar. Beijo
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Lary
Em: 15/09/2017
Caraca, aposto que agora a Sam está arrependida de não ter deixado a Vicky conquistar a garota. Tenho minhas suspeitas de quem pode ser esse "namorado" será que é o Paulo querendo atingir a morena, mirando na outra filha hein?
Muito boa sua estória, amei!
Resposta do autor:
Olá,
Sam deveria ter deixado a Vick né!? kkkk
Momento tenso, mas vai se resolver e Paulo é inocente dessa vez; Se safou.
Beijos
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Gi Costa
Em: 14/09/2017
Tua escrita é incrível Enny! Uma dos contos que mais me alegra de ler aqui.
Obs.: devo confessar que achava que tu era uma senhora kkk e já tinha passado de TCC. Boa sorte aí!
Beijo.
Resposta do autor:
Muito obrigadada Gi!
Não sou senhora, ainda não! Estou me encaminhando. kkkk
Estou na casa dos vinte e tantos. hehe
Beijão querida!
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Bia08
Em: 14/09/2017
Olá! Eu entendo sua situação....mas foi crueldade sua terminar o capítulo assim kkkkkk
Ansiosa por demais então por favor não demore muito,eu adoro sua história cada dia mais.
Bjs
Resposta do autor:
Sou cruel não! Talvez só um pouquinho. kkkk
Farei o possível.
Beijão
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Eduarda Souza
Em: 14/09/2017
Oi tudo bem ? Bom eu queria que a Nath ficasse com uma mulher desde que eu soube que a Amanda tinha uma filha, bom e isso de se relacionar com um homem mais velho, que tem idade pra ser o pai, não é bem visto por mim skkskskskd ela tinha que ficar com a Janaína, ou uma pesonagem Nova skskskks mas eu amo sua história e sempre que vem notificado venho correndo literalmente, bom é isso, acho que sou " meia " sksks preconceituosa com homens kskskssk
Resposta do autor:
Tudo bem sim, linda!
Muitas querem isso! kkk
Mas entendo, normal querermos deixar os "home" um pouco de lado nesses casos.
Tenha calma que vai se resolver. Assim acredito eu!
Obrigada pelo carinho, beijos.
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Mille
Em: 14/09/2017
Olá Enny
Estou achando que esse Nicolas tem algo haver com o acidente dela, e com certeza ele é alguém que o pai dela colocava para vigiar! Minha opinião para este sujeito.
Realmente é uma situação difícil aceitar que sua filha se envolver com um cara que tem idade do pai e talvez ele ter chegado até a Nat não foi de forma casual ele sabia quem era a garota e também de quem ela era filha.
Bjs e até o próximo capítulo, muito feliz.
Sorte aí na sua correria e quando tiver um tempinho pode mamdar capítulo pequenos ou grandes, assim nos faz mega feliz.
Resposta do autor:
Oi Mille,
Sempre por aqui, obrigada!
Realmente uma questão delicada essa das idades bem diferentes. Mas Amanda entendeu, mas de outro lado tem esse mistério sobre o Nicolas, no entanto afirmo que vai se resolver.
Acalme-se que o Velho é inocente. kkk
Beijos.
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NovaAqui
Em: 14/09/2017
Quem será esse Nicolas? Fiquei nervosa aqui
Espero que esse cara não seja algum babaca amigo do Carlos
Abraços fraternos procê!
Resposta do autor:
Olá linda.
Não precisa ficar nervosa. O momento é tenso, mas logo as coisas se resolvem.
Não é nenhum babaca amigo de Carlos não. Dessa vez o velho é inocente. Kkk
Obrigada por comentar amore. ^^
Beijão.
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