Capítulo 57
-- Samm!? -- Natelly gritou novamente, em seguida deixou Amanda ali e correu em direção a saída do quarto. -- Sam? -- Falou ao ver a médica já na escada.
-- Natelly, o que foi? -- Perguntou preocupada enquanto segurava ambos os braços da garota. -- Cadê a Amanda? -- Questionou agora aflita, pois a menina não lhe respondia.
-- Ela desmaiou. -- Avisou finalmente.
-- O quê!? -- Samantha correu degraus acima. Sentiu um aperto no peito e um desespero tremendo. -- Amanda!? -- A morena entrou igual um furacão no quarto delas. -- Amor!? -- Seus olhos brilharam de aflição ao vê-la no chão, correu, a pegou no colo e a pôs na cama rapidamente. -- Meu amor. -- Disse em alívio ao ver que Amanda já acordava.
-- Sam? -- Amanda disse tentando levantar ainda desorientada.
-- Não. -- Samantha a deteve. -- Fique ai. -- Falou sentando ao lado dela, debruçou-se até alcançar os lábios de sua noiva. Sabia que precisava examiná-la, mas não conseguiria se não tivesse aquele contato primeiro, estava aflita. -- Sente dor de cabeça? Em algum lugar? -- Questionou lhe fazendo um carinho no rosto.
-- Não.
-- Mãe? -- Natelly voltava acompanhada de Agatha. -- A senhora desmaiou e...
-- Natelly, agora não meu anjo. -- Samantha advertiu levantando e pegando sua bolsa médica.
-- Amor eu estou bem. -- Amanda avisou ao ver Samantha querer examiná-la. -- Foi só uma tontura.
-- Você teve queda de pressão, tenho que verificar quanto tá. -- Samantha advertiu já iniciando o processo.
-- Mãe ela vai ter que ir pro hospital de novo? -- Agatha questionou assistindo a tudo de forma preocupada.
-- Não meu amor. -- Samantha avisou. -- Logo ela estará bem. -- Sorriu olhando a filha que estava sob apoio de Natelly.
-- Está baixa demais. -- Samantha observou retirando o aparelho é o guardando, e já pegando um medicamento.
-- Agulha não, amor. -- Amanda advertiu em receio.
-- Não é agulha. -- A morena avisou sorrindo. -- Natelly consegue pegar um copo com água? -- Indagou a olhando. -- Vai lá. -- Sorriu ao obter o consentimento da enteada. -- Nos deu um susto. -- Samantha confessou sentando novamente ao lado dela.
-- Desculpa. -- Amanda pediu sentando na cama.
-- Amanda você está bem? -- Agatha questionou subindo e sentando na cama também.
-- Estou bem sim, meu amor. -- Amanda sorriu olhando a criança agora a seu lado. -- Vem cá. -- Chamou e a abraçou e beijou com carinho.
-- Ainda bem, não quero que você vá pro hospital de novo, lá é ruim. -- A pequena confessou em lembranças.
-- Eu não vou meu amor. -- Amanda afirmou comovida. -- Fica tranquila, está bem? -- Sorriu lhe fazendo um carinho no rosto.
-- Tá bom -- Sorriu contente.
-- Aqui, Sam. -- Natelly entregou o copo com água a morena que, o pegou e o entregou a Amanda junto com um comprimido. -- Logo volta ao normal. -- Avisou sincera. -- Agora deite um pouquinho. -- Pediu.
-- Não, estou bem amor e preciso conversar com a Naty. -- Afirmou olhando para a filha.
-- Daqui a meia hora, talvez. -- Samantha declarou. -- Mas agora você vai deitar e esperar sua pressão estabilizar. -- Advertiu arrumando o travesseiro e a fazendo deitar.
-- Estou bem, Sam. -- Amanda Insistiu.
-- Se estivesse bem não teria desmaiado. -- Samantha observou. -- Quanto mais você demorar a deitar, mais vai demorar pra eu liberar você pra conversar com ela. -- Revelou.
-- Está bem. -- Amanda concordou pondo a cabeça sobre o travesseiro de forma contrariada.
-- Fica linda de bico. -- Samantha sorriu em observação o que fez Amanda rir também. -- Descanse um pouco, já volto. -- Disse a beijando no rosto. -- Vem filha. -- Pegou Agatha no colo a descendo da cama.
-- O que a Amanda tem mãe? -- Agatha perguntou assim que elas saíram do quarto.
-- Ela só precisa descansar um pouco filha. Ela está bem, não precisa se preocupar. -- Sorriu.
-- Tá bom. -- A menina sorriu contente.
-- O que aconteceu? -- Samantha questionou olhando agora a menina mais velha.
-- Não sei. -- Disse sincera. -- Estávamos conversando numa boa, aí quando eu falei que ela conhecia o Nicolas ela disse que não lembrava e pediu pra ver uma foto e eu mostrei, ela viu e surtou. -- Natelly revelou preocupada com aquela reação da mãe. -- Disse que eu não podia está namorando ele e desmaiou.
-- Viu se ela bateu a cabeça? -- Samantha indagou preocupada.
-- Não, ela não bateu nada. -- Afirmou. -- Eu a peguei, só não consegui segurar direito e fomos pro chão, mas foi devagar.
-- Fez bem meu anjo. -- Samantha advertiu sincera.
-- Sam, por que será que ela ficou assim? -- Natelly questionou aflita. -- Ela ficou muito nervosa, irritada, não sei... -- Confessou sem entender.
-- Não sei, porém, não é pela idade dele. -- Samantha tinha certeza.
-- Não, não foi por isso. Ela tinha ficado surpresa claro, mas logo entendeu. Ela se desesperou quando viu a foto. -- Informou.
-- Seja o que for, temos que esperar. -- Samantha lembrou. -- Faz mais um favor pra mim, prepara uma bandeja com o café da manhã pra sua mãe, ela precisa comer. -- Avisou em pedido.
-- Faço sim. -- Natelly sorriu.
-- Obrigada. -- Sorriu.
-- Eu te ajudo, Naty. -- Agatha disse em animação.
-- Vamos lá então. -- Natelly riu sendo acompanhada pela criança.
Samantha sorriu vendo-as, elas se davam bem juntas, notava. Sorriu, resolvendo ajuda-las naquela missão.
-- Vou também. -- Avisou as acompanhando.
-- Mas eu arrumo na bandeja, tá? -- Agatha informou já procurando a bandeja.
Samantha sorriu com a empolgação da menina e logo as três organizaram uma bela bandeja com guloseimas para o desjejum da outra mulher.
-- Voltei. -- Samantha disse abrindo a porta do quarto e entrando, mas para sua surpresa sua noiva não estava na cama. -- Amanda! -- Repreendeu a outra mulher ao vê-la andar por entre os sofás ali próximo enquanto falava ao celular.
-- Tem certeza, Lígia? -- Amanda indagou ignorando a morena por enquanto. -- Mas isso nunca foi comprovado não é? -- Quis saber, em seguida fez um sinal chamando Samantha, esta, mesmo contrariada pela desobediência da namorada, pôs a bandeja na cama e seguiu até ela. -- Não tem nada mesmo? -- Amanda questionou em interesse. -- Aconteceu sim, mas depois te conto com calma, me informe tudo que achar sobre esse assunto... Obrigada Lígia. Ah, não comente nada com o Fabrício. -- Desligou e jogou o celular no sofá. -- Eu estou bem. -- Afirmou abraçando Samantha e lhe puxando para um beijo rápido.
-- Não, não está, Amanda. -- Samantha advertiu notando a tensão e preocupação da noiva. -- O que está te preocupando assim? É o namoro da Natelly? -- Samantha indagou e se deu conta tarde demais do que havia feito.
-- É sim. -- Amanda confessou. -- Espera... Você sabia? -- Questionou a olhando surpresa.
-- Sabia. -- Samantha confessou.
-- Sabia e não me falou nada, Samantha? -- Amanda indagou desfazendo o contato delas irritada.
-- Amor, Natelly me pediu pra não contar, queria minha ajuda... -- A médica tentou explicar.
-- Samantha você tem ideia do que escondeu de mim? -- Amanda indagou já em tom elevado. -- No que estava ajudando a Natelly se meter? Eu sou a mãe dela, você escondeu uma coisa séria de mim. -- Amanda bradou em aflição.
-- Amor se acalma. -- Samantha pediu tentando tocar a namorada que, se afastou.
-- Não posso me acalmar, Samantha! -- Gritou fitando a noiva.
-- Sim, você pode e vai! -- Foi a vez de Samantha aumentar a voz ao mesmo tempo em que puxava Amanda a apertando contra seu corpo em um abraço. Amanda ainda tentou fugir, mas logo desistiu se rendendo ao calor reconfortante do corpo moreno, lágrimas surgiram ainda tímidas, fechou os olhos tentando voltar a calma, sentia seu coração bater alterado de encontro ao de sua noiva, estava angustiada com a possibilidade da filha estar em perigo.
-- Acho que a Naty está em perigo. -- Amanda revelou depois de alguns minutos ali, estava mais calma. -- Não devia ter me escondido isso, Sam. -- Amanda disse buscando o rosto da namorada.
-- Sei o que está pensando. -- Samantha falou levando sua mão direita ao rosto de Amanda a olhando nos olhos. -- Mas não faz tempo que sei disso, ela me falou ontem à noite. -- Revelou para a surpresa da mulher a sua frente.
-- Eu pensei que...
-- Eu sei, tudo bem. -- Samantha sorriu e a trouxe para mais um abraço agora leve e carinhoso. -- Natelly vai ficar bem, seja o que for, vamos resolver. -- Disse sincera e decidida. -- Agora você vai sentar ali na cama e tomar seu café da manhã, supervisionado dessa vez. -- Avisou para um sorriso de Amanda. -- Depois conversamos com calma, está bem? -- Sorriu a fitando e lhe fazendo um carinho no queixo.
-- Te amo tanto... -- Amanda sorriu e foi beijada.
-- Eu também. -- Samantha afirmou. -- Agora vai andando. -- Acenou com a cabeça. Amanda riu, mas seguiu para a cama.
Na sala as duas meninas esperavam por notícias de Amanda, cada uma a seu modo.
-- Agora sua vez, Naty. -- Agatha avisou em sorriso, ambas estavam sentadas no sofá com um joguinho entre elas. Natelly distraída moveu qualquer peça passando a vez para a pequena. -- Esse não! -- Reclamou ao notar a facilidade do jogo. -- Assim eu ganho facinho. -- Afirmou contrariada enquanto cruzava os braços.
Natelly não pode deixar de rir da cena. -- Desculpa docinho, mas eu estou preocupada com a mamãe, e não consigo me concentrar no jogo agora. -- Explicou tentando desemburrar a criança. -- Prometo brincar depois, mas sem deixar você ganhar fácil. -- Sorriu em advertência.
-- Tá bom. -- Agatha concordou começando a guardar o jogo.
-- Vem cá. -- Natelly a chamou. -- Só fica aqui comigo. -- Falou a pondo no colo e a beijando.
-- A mamãe disse que a Amanda está bem, não vai mais pro hospital. -- Agatha avisou notando a preocupação da jovem.
-- Eu sei meu anjo, mas é outra coisa que me preocupa. -- Confessou buscando os motivos pelo qual a mãe ficara tão preocupada a ponto de desmaiar quando viu a foto de seu namorado. -- Gatinha pega ali o telefone pra mim. -- Pediu decidida.
-- Tá. -- Agatha correu até o aparelho e o trouxe para a jovem.
-- Obrigada linda. -- Natelly sorriu enquanto digitava o contato. -- Nicolas, por favor. -- Disse assim que foi atendida.
-- Pronto. -- A voz de um homem surgiu através do aparelho.
-- Nick sou eu, amor. -- Proferiu sorrindo.
-- Oi meu anjo. -- A voz dele soou mais amena. -- Por que me ligou aqui? Está tudo bem? -- Indagou.
-- Estou bem sim, amor. -- Natelly avisou calma. -- Mas...
-- Só um instante. -- Ele pediu rapidamente.
-- Tá. -- A jovem concordou passando a esperá-lo enquanto escutava ele falar com alguém.
-- Desculpa linda, como te falei, hoje estamos meio ocupados. -- Ele voltou a falar do outro lado da linha. -- Ligo depois?
-- Nick não posso esperar, eu...
-- Meu bem já conversamos sobre isso. -- Nicolas a interrompeu. -- Me dê só mais um tempinho, preciso organizar algumas coisas.
-- Não dá, Nick! -- Advertiu ficando sem paciência. -- Por que você não quer que a mamãe sabia da gente? -- Indagou mais curiosa que nunca, não conseguia entender os motivos do namorado. E agora ainda tinha o desmaio da mãe, era muita informação para processar, na verdade a ausência dela.
-- Meu anjinho, é complicado, me dê o tempo que pedi, prometo que...
-- Eu já contei tudo pra ela. -- A garota confessou.
-- Você o quê? -- Ele questionou em voz surpresa e agoniada. -- Está de brincadeira... Não, não pode ter contado Naty, eu te pedi um tempo, você prometeu esperar... -- Ele falou agora em voz elevada. -- Ela vai saber que eu... Eu ainda não tenho tudo que preciso.
-- Nick, não podia mais esconder dela.
-- Droga, Naty! Era só por um tempinho. -- Ele disse notoriamente nervoso.
-- Nick não preciso ficar ouvindo isso. -- Natelly falou magoada.
-- Naty... meu amor. -- Ele falou nervoso, mas carinhoso. -- Não acredite em nada que eles disserem sobre mim, está bem?
-- Nick eu não estou entendendo. Eles quem? -- Ela questionou confusa.
-- Só me prometa que vai me escutar depois. Promete?
-- Nick...
-- Desculpa. -- Ele disse brando. -- Eu ligo depois, está bem? -- Disse e desligou.
-- Merda! -- Natelly disse jogando o telefone no sofá, ninguém lhe esclarecia nada.
-- Naty, você falou palavrão. -- Agatha falou em repreensão.
-- Eu sei gatinha, desculpa.... Não diga isso nunca, está bem? -- Sorriu fraco. -- Nem diga pra elas que eu falei. -- Apontou para o quarto das mães e Agatha riu concordando.
-- Satisfeita, doutora? -- Amanda sorriu em indagação após finalizar seu desjejum.
-- Se não fosse essa ruguinha aqui. -- Samantha apontou a testa da noiva. -- Estava perfeito. -- Sorriu. -- Me conta, o que te preocupa tanto? -- Samantha disse afastando a bandeja e sentando mais próximo a ela.
Amanda suspirou forte. -- Naty pode estar envolvida com o cara que talvez tenha ajudado no sequestro dela. -- Revelou para surpresa e agora preocupação de Samantha.
-- Quê? -- Indagou incrédula tomando uma postura tensa, Amanda tinha razões para uma queda de pressão e toda aquela preocupação. -- Tem certeza disso? -- Inquiriu a fitando séria.
-- Não. -- Amanda confessou levantando e andando confusa. -- Esse que é o problema. -- Revelou virando de frente para a noiva. -- Desde aquela época nunca foi comprovado o envolvimento dele. -- Revelou.
-- Espera. -- Samantha levantou também. -- Se não foi comprovado, então ele pode ser inocente, não é? -- Indagou em confusão e preocupação.
-- Sim, mas têm indícios de que ele poderia estar envolvido. -- Avisou. -- Pode ser coincidência, foi o que a polícia alegou, não tinha provas, mas eu e Fabricio junto com a Carol e a Marina decidimos tomar providencias próprias, demitimos ele da empresa. -- Amanda falou sem muitos detalhes. -- Ele de fato pode ser inocente, mas tenho medo que essa aproximação depois de anos possa ser algum tipo de...
-- Vingança!? -- Samantha se dava conta da situação, também ficando deveras angustiada com aquela possibilidade.
-- Sim. -- Amanda concordou. -- Estou com medo, Sam. -- Amanda confessou sincera, depois de anos, aquela sensação de perigo e medo lhe afligia novamente.
-- Tudo bem, eu sei meu amor. -- Samantha disse a abraçando, também estava com receio, mas mais do que nunca elas precisavam ser práticas, para o bem de Natelly e de todos. -- Me explica, por que suspeitam disso. -- Pediu desfazendo o contato delas e a levando de volta a cama.
-- Na época da tentativa do sequestro da Naty ele já trabalhava há uns três anos na contabilidade da empresa. -- Tínhamos até uma boa relação, digo de forma geral sabe? -- Comentou e Samantha assentiu em entendimento. -- Ele sempre demonstrou ser uma ótima pessoa, Fabricio até o convidou algumas vezes para jantar entre amigos, nada tão íntimo, mas se sobressaia só do ambiente de trabalho. -- Explicou fazendo uma breve introdução. -- Ele nunca chegou a ver Natelly pessoalmente, bom, pelo menos quando estávamos presente, mas a conhecia por fotos, pelas redes sociais, chegamos a comentar algumas coisas entre os amigos também, mas nada tão relevante, pelo menos era o que pensávamos, enfim. -- Suspirou. -- Até que teve a tentativa de sequestro como você já sabe. -- Amanda declarou calma. -- Teve toda a investigação a Carol esteve sempre a par de tudo, e os culpados foram presos, cinco no total. Tomamos todas as providencias a pedido da Cá, para a nossa segurança e da Naty. Só que uns dias depois das prisões dos culpados a Cá teve informações de que provavelmente podiam ser seis envolvidos, e junto com um colega dela, tiveram acesso aos pertences pessoais dos presos e no celular da mulher tinha mensagens trocadas justamente com o Nicolas, Nicolas Aguiar, o assunto era de teor íntimo, provavelmente eram amantes, namorados, não sei e então surgiu a suspeita de que as informações estavam vindo de alguém presente no nosso dia a dia, dele no caso.
-- A polícia não o investigou como os outros? -- Samantha indagou indignada. -- Essas mensagens provava o envolvimento dele é fato. -- Advertiu.
-- Quando peguei a mulher em flagrante, ela confessou tudo e com isso chegaram nos outros quatro envolvidos, os cinco confessaram seu envolvimento e assim findou o caso. -- Amanda avisou. -- Se não fosse a Cá com as suspeitas dela não teríamos ido mais a fundo. -- Observou. -- Com insistência dela o delegado resolveu dar mais um prazo pra novas investigação, e tudo que encontraram foi provas de que eles tiveram apenas envolvimento de cunho pessoal, ou seja nada que provasse envolvimento dele no sequestro. -- Amanda suspirou pensando em sua filha, não podia deixar Natelly ficar com esse homem, não tinha coragem e nem estômago para isso. -- Sam, Naty não pode ficar com esse homem, não pode, minha filha não. -- Amanda disse deixando novamente o desespero tomar conta de si, seus olhos se enxiam de lágrimas de angustia.
-- Eu entendo meu amor. -- Samantha disse a abraçando com carinho e compreensão. -- Se quiser podemos continuar depois. -- Sugeriu.
-- Não, temos que resolver isso logo. -- Amanda afirmou em decisão e desfez o contato delas recuperando-se. -- Interrogaram os cinco principalmente a mulher, mas eles não disseram mais nada além do que foi comprovado pela polícia, a mulher negou seu envolvimento com Nicolas, mesmo diante das provas, ela era casada com um dos outros envolvidos, acho que por isso negou, enfim, então foi fechado o caso por completo, a Cá disse que não podia mais mexer no assunto, burocracia deles lá. -- Observou. -- Por conta própria colocamos um investigador para seguir o Nicolas, mas em momento algum ele despertou suspeitas, como todos na empresa souberam do caso, a Cá disse que ele provavelmente despistou a polícia. -- Amanda lembrou. -- Então ela chamou a mim e ao Fabrício e juntos decidimos por Nicolas contra parede, ele ficou surpreso, pareceu ofendido. -- Amanda lembrou. -- Confessou o envolvimento com a tal mulher, falou que a tinha visto apenas três vezes, que não sabia que ela era casada e negou o envolvimento no sequestro. O demitimos, e Carol a seu modo o advertiu para ficar longe de Natelly, o que estava dando certo até... Isso. -- Amanda finalizou. -- Uma vez ou outra Carol checava se ele realmente tinha se afastado, e realmente estava, até que deixamos de lado... Um grande erro. -- Amanda disse em culpa. -- Minha filha estava literalmente nos braços dele. -- Lembrou em inquietação. -- O que ela te falou sobre ele? -- Indagou curiosa.
-- Falou como se conheceram e o quanto ele é romântico, bom, que a respeitava... --Samantha disse rápido. -- Mas sabe que isso me soou muito...
-- Perfeito demais não é? -- Amanda completou achando a mesma coisa.
-- Sim. -- Samantha afirmou. -- O que quer fazer? -- Indagou depois de um tempinho encarando Amanda que pensava distraída.
-- Não sei. -- Respirou forte. -- Realmente eu não sei, Sam. -- Confessou.
-- Tudo bem, é normal meu amor. -- Samantha notou, ela também ainda não sabia o que fazer.
-- Preciso contar para o Fabricio, Carol e Marina, e conversar com a Naty. -- Amanda advertiu.
-- Certo. -- Samantha concordou. -- O que acha de começarmos com a Natelly? -- Indagou. -- Ela está aqui e ela pode nos ajudar a entender melhor qual a desse Nicolas. -- Explicou.
-- Tem razão. -- Amanda concordou.
-- Vou chamá-la. -- Samantha avisou levantando e saindo. -- Natelly? -- Chamou enquanto descia a escada. -- Suba. -- Falou assim que obteve o olhar dela.
-- Ela está... calma? -- A menina indagou levantando-se interessada.
-- Está sim. -- Samantha sorriu. -- Vai lá. -- Avisou.
-- Mãe e a Amanda? -- Agatha questionou.
-- Está bem, filha. -- Samantha sorriu sentando ao lado dela. -- A mamãe vai precisar conversar com a Amanda e com a Natelly. -- Avisou fazendo carinho nos cabelos da filha. -- Promete ficar aqui assistindo bem quietinha até eu voltar? -- Samantha indagou.
-- Não posso ir também? -- Indagou olhando a mãe.
-- Não, filha. É um assunto muito sério e que crianças da sua idade não pode escutar e nem vai entender. -- Explicou calma a olhando firme os olhos
-- Então eu posso assistir na sala de vídeo? -- Indagou.
-- Pode sim meu amor. -- Samantha sorriu satisfeita. -- Vem, mamãe vai ligar pra você. -- Levantou a chamando.
-- Ebaaa. -- A pequena a seguiu empolgada.
Samantha pôs o desenho pedido pela filha e após dar um beijo carinhoso na pequena ela seguiu para junto da namorada e a enteada.
-- Não, mãe... Não pode ser ele. A senhora tem certeza? -- Natelly disse bem abalada com a nova descoberta.
-- Meu amor... -- Amanda notava o transtorno da menina, era diferente do seu, mas ainda assim era doloroso e compreendia, além de sentir a dor da jovem. -- Me deixa explicar.
-- Não. -- Natelly disse assustada. -- Ele não faria isso mãe, não faria... -- Advertiu, já tinha os olhos marejados. Vários momentos que tiveram juntos lhe veio à mente, não podia aceitar que seu namorado fora capaz de fazer isso com ela, usá-la de tal forma. Não queria acreditar...
Amanda buscou o olhar de Samantha que, logo se aproximou sentando ao lado de Natelly e a tocando no ombro.
-- Tudo bem. -- Samantha falou ao sentir a menina se assustar enquanto já chorava em silêncio. -- Escute sua mãe. -- A morena pediu com calma. -- Não estamos afirmando que ele seja culpado, Natelly.
-- Isso filha. -- Amanda concordou.
-- É uma suspeita, grave, sabemos disso, e é exatamente por isso que estamos preocupadas. -- Afirmou. -- Precisamos resolver tudo da melhor forma possível, você precisa entender o que aconteceu. -- Advertiu fazendo a garota refletir um pouco. -- Precisamos de sua ajuda pra entender e conhecer mais um pouco sobre ele. -- Confessou. -- Olha pra mim. -- Pediu e foi atendida. -- Não é nada contra o namoro de vocês, seja pela idade ou qualquer coisa que seja, é exclusivo por esse fato de seu passado, entendeu? -- Samantha indagou e Natelly afirmou com um aceno positivo.
-- Filha? -- Amanda disse a fazendo olhá-la. -- Sam falou a verdade. Só estamos preocupadas com o seu bem! Porque se for verdade o que suspeito eu...
-- Não é! -- A menina disse decidida. -- Vou provar que não é. Vou falar com ele, ele vai me provar que não é culpado, que não quer vingança... -- Ela falou de forma rápida e segura.
-- Está bem meu amor. -- Amanda proferiu sem muita certeza, sabia que precisava ir com muita calma. -- Mas você vai me prometer que não vai contar nada disso a ele, nem que eu já sei e nem que estamos tendo essa conversa. É importante, filha. -- Amanda afirmou a fitando, no entanto, logo a viu desviar o olhar, suspirou forte. -- Você já contou não é!? -- Notou.
-- Já. -- Confessou. -- Mas só que falei sobre ele pra senhora. Ele ficou nervoso e... -- Natelly parou a o notar que havia falado demais.
-- E? -- Amanda indagou curiosa.
-- Nada. Só ficou chateado.
-- Natelly, por favor, você precisa confiar em mim, precisa mais do que nunca me contar tudo, ouviu bem? -- Amanda advertiu ficando agitada, sentiu o olhar de Samantha sobre ela e suspirou, sua namorada lhe pedia calma, respirou fundo novamente. -- Filha, eu também quero de verdade que ele seja inocente e que mesmo sofrendo uma injustiça no passado ele não queira nada além de seu amor. -- Amanda disse sincera. -- Mas pra gente descobrir a verdade sobre isso, vamos precisar da sua ajuda. -- Advertiu calma.
-- Quer provar que tudo isso é mentira ou suspeitas infundadas, então nos ajude. -- Samantha completou fazendo o xeque mate e Amanda sorriu sabendo disso.
-- Está bem! -- Concordou decidida.
-- Obrigada amor. -- Amanda sorriu e a beijou. -- É para o seu bem, sabe disso filha. -- Advertiu novamente.
-- Eu sei mãe. -- Natelly realmente sabia que era, mesmo tendo uma certeza que Nicolas era inocente ainda sentia uma pontada de dor por não ter provas sobre isso. Ou seria dúvida de fato.... Ele realmente era inocente? Pensava, entretanto, logo dissipou para longe tal ideia. Precisava acreditar em seu namorado. E faria tudo para provar que ele apenas gostava dela. -- Por que suspeitam dele? -- Indagou curiosa para entender.
-- Certo. -- Amanda disse e suspirou calma em seguida narrou para a filha tudo sobre sua tentativa de sequestro e sobre suas suspeitas contra o rapaz. Natelly apesar de ficar surpresa e chocada com algumas coisas, ouvia a tudo com muita atenção. Mesmo tentando manter sua segurança sobre a inocência dele, firme, a cada minuto que ouvia o que a mãe lhe dizia, essa segurança ficava abalada. Mesmo não querendo, parte de sua razão compreendia as suspeitas de Amanda e seu coração sofria com tudo isso. Era deveras difícil manter o equilíbrio e emoção diante dos "fatos", sentia uma leve culpa por isso. Mas ainda assim, sua certeza ainda era maior, conhecia seu namorado, embora pouco tempo juntos, sentia que ele era um homem do bem e isso a mantinha motivada a provar isso para mãe e para si mesmo.
-- Entendeu agora toda a nossa preocupação? -- Samantha indagou de forma delicada.
-- Sim... -- Natelly por fim suspirou, claro que entendia, Mas não queria acreditar que seu namorado seria capaz de tal ato tão covarde, não lhe parecia ser capaz disso. -- Mas não consigo acreditar que ele possa ter feito isso é muito menos que esteja comigo por interesses relacionados a esse passado horroroso. -- Completou numa mistura de receios e sentimentos.
-- Eu sei filha. -- Amanda avisou comovida. -- Por isso peço toda a sua ajuda pra esclarecer tudo isso.
-- Terá. -- A menina afirmou decidida.
-- Mas está sabendo que por mais que nós todas torçamos pra ele ser inocente de tudo, ele pode...
-- Não ser. -- Natelly disse interrompendo Samantha. Sabia dos riscos, no entanto para seu bem e de todos precisava ir a fundo em tudo aquilo, já era madura o suficiente para entender tudo que estava se passando, exceto com seus sentimentos, principalmente naquele momento. -- Mãe. -- Ela fitou Amanda. -- Eu quero falar com ele, quero saber a versão dele de tudo isso. -- Avisou sincera.
-- Filha... -- Amanda disse indecisa.
-- Por favor, mãe. Eu vou ajudar no que puder, mas ele também tem o direito de se explicar e eu de ouvir dele. -- Explicou.
Amanda buscou o olhar de Samantha que por sua vez acenou em acordo, suspirou, lógico que sabia que sua filha estava certa, mas seu coração de mãe não gostava da ideia de ver a filha provavelmente correndo algum perigo por menor que fosse.
-- Está bem. -- Amanda concordou. -- Mas vai ser do meu jeito. -- Afirmou. -- Vou logo avisando, Natelly, você não vai sair daqui antes disso tudo ser esclarecido! -- Foi firme em sua decisão.
-- Mas...
-- Sem discussão! -- Amanda advertiu para logo ouvir o suspiro forte da jovem contrariada. -- Comece a falar tudo que sabe sobre ele, e quero detalhes, por mais que ache desnecessário, fale! -- Advertiu.
-- O que quer saber? -- Natelly questionou vencida. Sabia que sua mãe não voltaria atrás em nada do que dissera.
-- Alguma vez ele desrespeitou você? -- Amanda indagou.
-- Não.
-- Não estou falando apenas de querer sex* filha, falo de modo geral. -- Amanda esclareceu a observando.
-- Também não. -- Insistiu.
-- Agiu de forma estranha, desconfiado alguma vez?
-- Não... -- Disse pensativa. -- Ele é sempre calado, discreto, certinho, meio careta as vezes, mas isso não quer dizer nada mãe, é o jeito dele. -- Natelly disse enquanto observava ambas as mulheres. -- Ele ficou meio surpreso e até senti que ele ficou um pouco nervoso quando viu uma foto sua e do papai, mas também quem não ficaria? Com tudo que vocês fizeram com ele? -- Observou.
Amanda novamente olhou para sua noiva.
-- O que ele fez quando soube? -- Samantha perguntou.
-- Ah ele comentou que tinha sido amigo de vocês e que tinha perdido o contato. Mas agora sei que ele omitiu e mentiu sobre algumas coisas, mas isso devido ao fato de não poder me contar tudo naquele momento. -- Esclareceu com certa calma.
-- Certo. -- Samantha proferiu entendendo-a.
-- Olha só, ele realmente é bem discreto com a vida dele, mas tudo que eu perguntava ele me respondia sem hesitar. Sei que a mãe dele morreu há 4 anos e o pai ele não conhece...
-- Ela morreu? -- Amanda indagou surpresa, pois vira a mãe dele uma vez por acaso.
-- A senhora conheceu ela? -- Natelly questionou.
-- Não, não. Vi uma vez, nem me lembro do rosto nem nada. Essa parte do pai dele é verdade, lembro que ele comentou uma vez. -- Amanda lembrou.
-- Pois é, em caráter de família e pessoal dele ele me conta tudo, não sem que eu pergunte claro. Ele não gosta de falar sobre o trabalho, diz que prefere falar sobre mim... -- Sorriu.
Amanda fitou Samantha em preocupação.
-- Acho que estamos seguindo o curso errado das coisas. -- Samantha notou.
-- Hã!? -- Natelly questionou confusa.
-- E o que você falou sobre você pra ele ou sobre sua família, enfim sobre sua vida? -- Samantha perguntou a olhando nos olhos.
-- A verdade. -- Natelly disse sincera.
-- Tipo? -- Amanda Quem indagou dessa vez.
-- Ok. -- A jovem se mexeu na cama. -- Juro que não falei nada de mais, nem falei sobre seu casamento com papai. Nada disso. Também não sou tão idiota a ponto de sair falando toda minha vida e assunto de família pra qualquer um que vejo na rua não. -- Advertiu de certa forma magoada. -- Contanto que ele pensa que você é Bi e largou o papai pra ficar com a Sam. Nunca expliquei o real motivo apenas, não desmenti as conclusões dele. -- Avisou. -- Ele não sabe nada de você Sam, apenas seu nome e nada mais. Ele sabe apenas assuntos referente a mim, o que gosto, o que sou, como sou, o que sonho, o que faço, o que quero fazer, onde vou, da onde vim, e se falei de vocês algumas vezes sempre foi de forma superficial, nada de intimidades que não condiziam a ele saber, enfim falei apenas sobre coisas que julguei ser necessário pra criar uma relação sincera, nada de mais mesmo. -- A jovem explicou com segurança.
-- Tudo bem meu amor. Eu entendi. -- Amanda confessou sincera.
-- Sinceramente eu acho que não vamos a lugar nenhum com essa conversa. -- Observou. -- Porque a meu ver ele não é culpado, nunca me demonstrou ser um homem de má índole, então tudo que me perguntarem sobre ele a resposta vai ser a favor de sua inocência. Não tenho motivos para culpa-lo. -- Afirmou sincera e decidida. -- Eu entendo a preocupação de vocês, também estou, acreditem. Sei que para meu bem e de todos nós vocês vão investigar isso até descobrirem a verdade e realmente quero que façam isso. Mas não vão encontrar os fatos dessa verdade comigo. Então, por favor, vamos parar por aqui com essa conversa que confesso que me machuca. Não vou interferir nos métodos que escolherem para fazer isso, mas creio que não sou a chave para as respostas. -- Avisou sincera e levantou. -- Descubram a verdade e me falem apenas quando tiverem algo em definitivo. -- Natelly disse em seguida virou andando em direção a saída deixando as duas mulheres completamente admiradas de sua atitude. Elas não viram, mas a jovem saiu deixando toda sua aflição e angústia escorrer pelos olhos assim que deu a costa para elas.
-- Ela tem 16 anos mesmo? -- Samantha indagou apontando a porta por onde a menina saiu. A morena não conseguia esconder que estava admirada e quase literalmente de boca aberta com a maturidade da jovem. Amanda não conteve o sorriso, entendia bem a admiração da noiva, às vezes também ficava perplexa com as atitudes que a filha tinha.
-- É eu sei... Mas olha, a Agatha não é tão diferente disso.
-- Eu sei. -- Samantha concordou, a filha às vezes demonstrava uma maturação incrível.
-- Eu ainda também fico admirada com esse jeito dela tão dona de si, cheia de verdade e razões. -- Amanda confessou orgulhosa.
-- Você fez um ótimo trabalho. -- Samantha notou. -- Vocês dois. -- Lembrou do pai da menina, outro que embora conhecesse bem pouco soube reconhecer o bom homem que era.
-- Obrigada, você também fez com a Agatha. -- Amanda sorriu e pensou na outra filha. -- Ela está sofrendo. -- Olhou para a porta.
-- Está sim. -- Samantha disse com pesar. -- Vai lá, ela precisa de você.
-- Vou sim. -- Amanda concordou e após dar um beijo na morena foi até sua filha. Ao entrar no quarto da garota, Amanda logo a viu deitada de bruços enquanto abraçava um travesseio, se aproximou devagar e sentou ao lado dela ainda em silêncio, levou sua mão até os cabelos claros, em um afago, enquanto inclinava para ver o rosto dela e só então notou que ela chorava em silêncio. -- Oh meu amor! -- Disse e a beijou com carinho e comoção. Natelly apenas virou deitando-se no colo de Amanda, esta, a recebeu prontamente. -- Juro que eu não queria que sofresse filha. -- Advertiu lhe fazendo carinhos.
-- Eu sei... -- Fungou.
-- Tenha calma, tudo vai se resolver filha. -- Amanda avisou depositando toda sua fé naquelas palavras.
-- De uma forma ou de outra né!? -- Natelly observou deixando Amanda pensativa, e assim ambas ficaram perdidas em pensamentos, cada uma com seus receios.
* * * * *
-- Ah não aguento ficar sem fazer nada! -- Samantha proferiu pegando o celular de sua noiva e o desbloqueou, estava a meia hora tentando achar uma saída para resolver aquela situação, até ter uma ideia, talvez funcionasse. -- Isso, Lígia. -- Sorriu encontrando a última ligação que Amanda havia feito, pôs para chamar. -- É, bom dia. -- Samantha disse assim que a outra mulher atendeu. -- Não é a Eloá. -- Explicou. -- Meu nome é Samantha, sou namorada, na verdade noiva da Amanda, digo da Eloá. -- Sorriu notando que a outra apenas lhe ouvia em silêncio. -- Certo. -- Voltou a seriedade. -- É a Lígia, correto?
-- Sim, sei de quem se trata doutora, o que deseja? -- A voz da outra mulher soou calma e profissional.
-- Sei que você tem acesso a todos os documentos referente a tentativa do sequestro da Natelly. -- Samantha a situou do assunto. -- Gostaria que você me enviasse tudo referente a este assunto, pode ser?
-- Entendo. -- A voz saiu um tanto duvidosa. -- Doutora...
-- Só Sam, ou Samantha. -- A médica pediu.
-- Samantha, não estou autorizada a passar nenhum tipo de informação sobre este caso, mesmo sabendo quem você é, só recebo ordens da Eloá e de Fabrício.
Samantha respirou verdadeiramente irritada, mas sabia que a outra estava correta e admirava-se da lealdade dela para com sua noiva.
-- Olha, estou tentando ajudar, mas só posso fazer algo se tiver tais informações, entende? -- Samantha tentou argumentar, não queria ter que chamar Amanda, pois esta estava com a filha.
-- Realmente entendo, mas sem ordens da Eloá não posso fazer isso, sinto muito.
Samantha suspirou, ela não cederia. -- Tudo bem, eu compreendo. -- Disse resignada.
-- Trate desse assunto com ela e diga para ela me ligar. Era tudo?
-- Sim. Obrigada, Ligia. -- Samantha falou e deligou.
-- Ligia ligou? -- Amanda indagou entrando e ouvindo a última frase.
-- Eu liguei. -- Samantha confessou a olhando, sorriu com a cara de surpresa dela. -- Vem cá. -- Chamou para que Amanda sentasse em seu colo, estava no sofá. -- Pensei em passar esse caso para a Valéria, ela tem meios para conseguir descobrir a verdade, o que acha?
-- Acha que ela consegue? -- Amanda falou indecisa.
-- Podemos tentar, é uma ajuda a mais. -- Samantha alegou.
-- Pode ser. -- Concordou enquanto recebia um carinho da morena em seu rosto. -- E o que queria com a Lígia? -- Lembrou.
-- Que ela me mandasse todos os documentos e informações que tivessem sobre o caso, mas... -- Samantha de ênfase no mas e riu. -- Ela se recusou fielmente acredita? -- Avisou. -- Só com sua ordem. -- Sorriu fazendo Amanda rir.
-- Ela está cumprindo ordens meu amor. -- Amanda avisou calma.
-- Eu sei. -- Samantha afirmou. -- E ela leva bem, bem à risca. -- Notou e Amanda sorriu em entendimento. -- Natelly, como está?
-- Triste. -- Amanda suspirou. -- Acabou dormindo. -- Revelou.
-- Vamos resolver isso, está bem. -- Colocou.
-- Vamos sim. -- Amanda concordou e recebeu um beijo amoroso nos lábios. -- E para isso, vamos agir, liga pra Lígia de novo. -- Pediu
-- Ligando. -- Samantha ligou e colocou no viva voz.
-- Oi, Eloá? -- A voz de Lígia soou através do aparelho.
-- Oi, Lígia. -- Samantha falou antes de Amanda e riu.
-- Creio que conversou com minha chefe, correto? -- Questionou prontamente.
-- Sim, eu conversei. Ela falou que é pra você me mandar o que pedi. -- Samantha informou enquanto sorria sendo acompanhada por Amanda.
-- Mandarei com todo prazer, assim que Eloá me passar esta ordem, doutora. -- Lígia advertiu sincera.
-- Você é dura na queda hein? -- Samantha observou para logo escutarem um leve riso vindo do outro lado da linha.
-- Lígia? -- Amanda a chamou ainda sorrindo. -- Sam, conversou comigo, por favor, mande todos os documentos para meu e-mail, está bem?
-- Sim, farei isso agora mesmo. -- Advertiu segura e simpática.
-- Obrigada, Lígia. -- Eloá agradeceu grata.
-- Obrigada viu Lígia. -- Samantha disse sorrindo e logo em seguida Amanda encerrou a ligação.
-- Mãe tô com fome. -- Agatha entrou no quarto correndo.
-- Já? -- Samantha disse olhando a hora, era dez da manhã. -- Terminou seu café ainda agora. -- A morena notou olhando a filha agora em pé a frente delas.
-- Mas já tô com fome de lanche. -- A pequena confessou já subindo e se acomodando na outra perna livre da mãe.
-- Mas olha!? -- Samantha disse rindo. -- Imagina se a Natelly vem dali e queira sentar no meu colo também? -- Questionou e todas riram.
-- Ai não vai dá. -- Agatha observou em uma cara divertida.
-- Por falar nela, vou voltar pra ficar com ela. -- Amanda deu um beijo em Samantha e outro na pequena e levantou.
-- E eu vou alimentar esse monstrinho e fazer nosso almoço. -- Samantha avisou obtendo um riso da noiva.
-- Quando for fazer nosso almoço... -- Amanda disse fazendo aspas na palavra fazer e Samantha riu. -- Faça algo com massas, Naty ama. -- Confessou e saiu rindo.
-- Tá... Vamos comer monstrinho?
-- Não sou monstrinho. -- Agatha fez bico e Samantha riu a beijando com carinho.
-- Vem vamos ver o que eu invento pra você comer...
-- Mãe por que a Cida não veio hoje?
-- Porque hoje é dia da folga dela meu amor, mamãe já explicou que ela não trabalha todos os sábados. -- Samantha explicou e fitou a filha.
-- Ahhh.
-- Pois é mocinha. -- Elas já estavam na cozinha. Samantha preparava um misto para a filha.
-- O que a Naty tem? Ela está doente? -- Agatha estava sentada à mesa observando a mãe a sua frente.
-- Ela está tristinha com umas coisas que está acontecendo com ela meu amor, mas logo ela vai melhorar, está bem? -- Samantha avisou calma.
-- Humhum. -- A menina sorriu.
-- Mas me diz, como está se saindo na natação?
-- Ah o professor falou que eu vou mudar de turma, ele disse que eu vou pra uma turma mais... mais...
-- Avançada? -- Samantha sorriu em admiração.
-- Isso! -- Agatha sorriu feliz. -- Legal né?
-- É ótimo. Parabéns meu amor. -- Samantha disse a abraçando, estava surpresa e orgulhosa da filha. -- Estou muito feliz por você. -- A beijou em felicidade. -- Quando vai ser?
-- Não sei mãe, mas ele falou que vou. -- Afirmou em um sorriso lindo.
-- Amanda sabe?
-- Acho que não, não sei se o professor falou pra ela.
-- Humm...
-- Mãe o professor me falou, não estou mentindo, ele falou. – A menina explicou olhando-a sincera.
-- Tudo bem filha, eu acredito em você. -- Samantha advertiu sorrindo. -- Ah parabéns meu anjo, mamãe está muito feliz. -- Afirmou sincera. -- Prontinho. Samantha disse servido o lanche da filha.
-- Isso tá bom. -- A menina disse pegando e comendo seu lanche.
-- Minha especialidade, mademoiselle. -- Samantha fez uma reverencia fazendo a filha rir divertida. Fazia certo tempo que não tinha um momento assim com sua pequena, lembrou. E estava sendo muito bom tê-la ali a seu olhar, a seu cuidado, seu amor, Agatha estava crescendo tão depressa, notava...
-- Quer? -- A criança indagou em sorrisos.
-- Quero! -- Samantha sorriu e logo deu uma mordida no lanche oferecido pela filha. -- Humm. -- Proferiu rindo.
-- Que mordida grande mãe. -- Notou.
-- Eu sou grande. -- Samantha riu.
-- Sujou aqui oh. -- Agatha disse rindo e levando o dedo próximo a boca de Samantha, limpando-a, em seguida levou-o até sua boca, Samantha apenas riu, era muito bom estar ali.
Fim do capítulo
Olá,
Depois de um tempo, eis que eu apareço.
Espero que tenham gostado.
Grande beijo e meu muito obrigada por tudo!
Até mais...
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Mille
Em: 31/12/2017
Oi Enny tudo bem? Passando para desejar:
“A aventura da vida renova a cada 365 dias e só desejo que os próximos sejam os melhores de sempre.“
Que você tenha inspiração e continue nos proporcionando a alegria de histórias maravilhosas personagens cativantes.
Feliz Ano Novo!
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crisguimaraes
Em: 06/11/2017
Oi Enny, beleza?
Caraca que situação esta da Amanda hein!
Não queria estar na pele dela não, olha o tamanho dessa preocupação, Vixi !!!!
Esse tal de Nicolas só pode estar a fim de se vingar dela e de Fabrico,partindo pra cima da Natty. Não acredito nenhum pouco nas boas intenções dele.
PS: Volta logo, sei que estas passando por pequenos "probleminhas", mas, manda uns dois capítulos pra gente, porfavorzinho! !!!!!
Saudades.
Beijos,
Cris
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Larissal200
Em: 01/11/2017
Ebaaaaa voltou. ! Yes minha história favorita de TODAS
Beijo e bom feriadão.
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Ada M Melo
Em: 30/10/2017
Enny seja bem vinda, ja estava com saudades da estoria... e a Naty estou com dó dela mas espero que sirva para ela vira de lado...kkkk
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mtereza
Em: 29/10/2017
Feliz com seu retorno e nossa que complicado essa história da Naty com esse cara isso deve atrapalhar ou adiar os planos de casamento delas mais totalmente justificável a prioridade agora deve ser a Naty e sclarecerr essa história tomara que elas consigam fazer isso antes que alguém se machuque. Ansiosa por mais bjs.
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