Desculpa a demora.
Esse capítulo é dedicado ao meu coração...
Capítulo 10
Juliana permanecia com a mão direita entrelaçada a de Daniela, que mal sentia as pernas tendo certa dificuldade em ficar de pé.
- Tudo bem?
Ju perguntou sorrindo, achando graça da perda de equilibrio da morena, segurando mais forte em sua mão para dar apoio.
- Sim... - levou a outra mão a testa - Deve ser uma queda de pressão...
- Mesmo? - a ruiva agora havia se afastado um pouco para dar um pouco de espaço - Isso acontece sempre? - preocupou-se
- Não... - Dani respondeu voltando-se para a patroa - Sim! Sempre...
Aqueles olhos verdes amarelados a faziam sentir o mundo rodar com mais intensidade do que qualquer pressão desregulada.
- Vem cá!
Juliana caminhou em direção ao quarto em passos lentos, puxando Daniela pela mão.
- Senta um pouquinho! - apontou com o queixo sua cama
- Não precisa, Ju... - Daniela tentou se esquivar
- Ei, vai sentar sim!
A cara de brava da ruiva fez com que Daniela a obedecesse, mesmo bufando. A verdade é que ela mal pode acreditar no que havia acontecido ali há poucos minutos atrás.
- Eu vou me trocar e você fica quietinha aí... - a ruiva disse enquanto se afastava em direção ao closet
Daniela a acompanhou com os olhos, até que uma porta do armário cobriu seu corpo por inteiro. Ela notou quando o roupão caiu aos pés de Ju, e desviou sua atenção rapidamente para o carpete. E agora, o que iria acontecer? "Nós nos beijamos!", a frase continuava martelando em sua mente.
- Não sabia que gostava de música clássica... - tentou puxar assunto para evitar pensamentos abusados.
- Me acalma... - respondeu fechando a porta de madeira - É como se eu conseguisse me afastar de tudo...Especialmente Bethooven. - sentou-se ao lado de Dani, que virou-se para ficar de frente.
- Ele não era surdo? - Dani perguntou curiosa
- Na verdade, ele foi perdendo a audição com o tempo, mas dizem que ele nunca ficou completamente surdo. Ele continuou compondo mesmo assim...
Daniela não sabia se estava mais encantada com a forma que os lábios e bochechas de Ju se movimentavam enquanto ela falava, ou com sua abrangente inteligencia.
- Melhorou?
- O que? - Dani asustou-se, sua bochechas ficaram avermelhadas de repente
- A tontura...
Ju pousou a mão sobre a coxa de Daniela. Ela mal podia conter a vontade de voltar a beijá-la de onde parou há minutos atrás.
A morena, agora sem a possibilidade de cair por falha das pernas ou do labirinto, viu a ruiva aproximar o tronco lentamente em direção ao seu rosto. As duas sorriram em sintonia, prevendo o que iria acontecer.
Daniela alcançou os lábios da ruiva, sentindo a pele macia e rosada de encontro com a sua. Seu coração estava palpitando tão rápido quanto uma bateria de escola de samba e suas mãos suavam enquanto seguravam o lençol branco.
Juliana extremeceu ao sentir a lingua de Daniela encontrando a sua e uma onda de calor invadiu seu corpo. Ela não sabia exatamente o que fazer, nem por onde começar, mas sentia uma necessidade descomunal de conhecer o corpo de Daniela por baixo daquelas roupas. E assim aconteceu... Enquanto a baixava, Juliana foi despindo Daniela aos poucos, primeiro a blusa de mangas longas - que saiu com dificuldade, bagunçando o cabelo da morena e fazendo as duas rirem, ofegantes,
Daniela assistiu a ruiva desabotoar cada botão da camisa que vestia sem tirar os olhos dela. Ela podia sentir seu sex* molhar a cada botão separado de sua casa. Os seios de Juliana eram lindos, cheios de sardas e mamilos rosados igual sua boca. Ela não conseguiu ficar longe deles por muito tempo e os beijou desde o colo até os bicos, onde demorou um tempo, intercalando entre sugadas e lambidas.
Juliana se contorcia ao toque da língua molhada e ansiava para que Daniela a beijasse inteira. Quando sentiu os lábios em sua barriga, tratou de desabotoar o zíper da calça e teve ajuda de Daniela para que ela fosse arrancada o mais rápido possível. De calcinha rendada preta, a ruiva se ajoelhou na cama e depois engatinhou até o centro dela, deixando Daniela imóvel e boquiaberta com tamanha beleza. Tirou a própria calça jeans, que já não servia mais para nada e deitou sobre Juliana,que cruzou suas pernas sobre o bumbum de Dani, juntando seus corpos para a fricção.
As duas estavam em combustão e podiam sentir as calcinhas, uma da outra, melecadas de tanto desejo. Daniela fazia movimentos suaves e Juliana rebol*va embaixo, ansieando por mais contato. As bocas se beijavam, sedendas, esfomeadas.
- Eu quero você... - Juliana sussurrou no ouvido da morena, que prontamente colocou sua mão pelo elastico da calcinha, alcançando o sex* da ruiva.
- Como você quer? - Daniela perguntou insegura, acariciando levemente o clit*ris duro
- Dentro... - Juliana respondeu arfante, sem ar.
Daniela colocou seu dedo dentro da ruiva e a sentiu contrair, arqueando o tórax pra cima. Depois de alguns movimentos, penetrou mais um e foi descendo sua boca, até mergulhar sua língua no gosto de Juliana.
A ruiva gozou assim, apertando os dedos de Daniela dentro dela, que a beijou na boca enquanto sorria apaixonada e cansada.
- Meu Deus... - Juliana disse, segurando o rosto da morena entre suas mãos
- O que foi? - a morena respondeu sorridente, mordendo o queixo da outra
- Foi o melhor orgasmo da minha vida.. - Juliana ria, mesmo esbaforida
Se olharam por alguns minutos, assim que as risadas cessaram.
- Porque você tem que ser tão linda? - Juliana disse, acariciando o rosto de Daniela, que deixava seus cabelos cacheados tatuarem os seios da ruiva.
E antes que ela pudesse responder, Juliana trocou de lugar, ficando por cima da morena, que mordeu os lábios vendo a ruiva retirar rapidamente sua calcinha e depois ajeitar-se em seu colo.
- Eu vi isso em um pornô uma vez... - a ruiva disse ao encaixar seu sex* no de Daniela - Elas rebol*vam assim, esfregando... - começou a movimentar-se
Daniela gemia, podia sentir seus sex* melecar-se com o gozo da ruiva, que misturaria ao seu em questão de minutos.
Juliana movimentava-se forte. A cama fazia-se audível, Daniela sentia o suor da ruiva escorrendo por sua pele, caindo de encontro ao seu corpo, logo abaixo. Gozou alto, unhando as coxas da ruiva, machucando-as.
Deitaram cansadas, fatigadas de tanto amor.
Como em um sonho, nenhuma das duas queria acordar. Mas a realidade insiste em aparecer quando estamos no auge da felicidade, ansiosos para amar sem satisfações, medos ou decisões.
Juliana cobria a cabeça de Daniela com beijos quando ouviu o portão eletrônico abrir. Seus olhos pularam para a janela, onde a noite já havia caido sem aviso e Mário estava pronto para conversarem sobre uma relação que, embora construida com muita dedicação, estava norteada de incertezas e apego a inércia, a solidão e ao medo de viver de verdade.
A ruiva sabia que deveria ter esperado mais antes de entregar-se a Daniela. Sua consciencia pesava, mas a medida que lembrava de todo descaso e exigências incabíveis de Mário, conseguia compreender porque chegara a tal ponto. Desejou, naquele momento, passar a eternidade com a morena dormindo em seus braços. Sentia uma paz enorme rodeando sua alma, como se não houvesse outro lugar onde deveria estar. Mas como a vida não é um conto de fadas - e mesmo que aqui não haja masmorra - era a hora de enfrentar o dragão.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]