Na hora que sai praticamente corri pra casa, pra saber se Giulia estava bem instalada. Qual não foi minha surpresa com o jantar romântico que havia preparado. Passei a noite nas nuvens, não era a primeira vez que dormia em minha casa, mas era como se fizéssemos amor pela primeira vez.

Pela manhã acordo sentindo falta de seu corpo junto ao meu, escuto barulho de agua no banheiro, já ia me juntar a ela quando escuto seu celular tocar.

-amor seu celular está tocando! - grito pra que escutasse.

-atende pra mim!

 Atendi conforme havia me pedido, ao escutar a voz do outro lado me sobe calafrios por todo corpo.

-Bom dia minha filha, como você está?

-é a Sabrina que está falando, namorada de Giulia!

Somente escuto um barulho do outro lado, como do celular caindo da mão da minha interlocutora.

-oi você está me ouvindo! - continuava a chamar pela pessoa do outra lado da linha, quando Giulia, ao escutar meu desespero sai do banheiro.

-aconteceu alguma coisa? - pergunta preocupada.

-Não sei, acho que era sua tia! Escutei um barulho e ficou tudo em silencio- a Italiana fica pálida com minhas palavras.

-Tia, a senhora ainda está ai, fala comigo! – Giulia falava com desespero, não entendi o que tinha acontecido.

Aos poucos ela vai se acalmando, a conversa com sua tia dura pouco. Antes de findar a ligação entro no banheiro pra fazer minha higiene matinal, não demora nem 1 minuto e Giulia de junta a mim no banho. Acho que ao escutar meu desespero chamando por sua tia, não conseguiu terminar seu banho.

-o que aconteceu? Sua tia está bem?

Ela parecia meio sem jeito com minha pergunta, mas acabou respondendo que sua tia havia deixado cair o telefone. Acabei encerrando o assunto, se tivesse acontecido algo de grave com certeza ela me falaria!

-meu amor, minha internet está horrível e precisarei conversar com meu pai e Geno, a respeito de uns problemas que meu irmão não está conseguindo resolver.

-pode usar a da pousada! se quiser pode até falar com eles do meu escritório.

-não vou incomodar!

-Claro que não! pelo menos fico de olho em você pra que Pedrita não chegue perto- apesar do tom de brincadeira, falava sério. Ainda não tinha engolido a visita de sua ex em seu antigo chalé.

Estávamos a caminho de meu escritório, vejo Geovane e Dayse se aproximar. Giulia como que por instinto, me abraça pela cintura com um dos braços, me puxando para mais perto.

-Bom dia chefinha, Bom dia Deusa! - Geovane nos cumprimenta. Dayse nos deseja bom dia, mais seu olhar não sai de meu olhos. Ela era bem direta e as vezes aquilo incomodava.

-Bom dia! está bem acomodada Dayse? - Giulia quem pergunta, deve ter se incomodando com a forma que a advogada me olhava.

-Muito! Até recebi uma visita ontem!

-Quem? - perguntamos os três juntos, era estranho já que pelo que Rodrigo tinha me falado, ninguém sabia de seu paradeiro.

-na verdade a visita não era pra mim- olha direto pra Giulia, que arqueia a sobrancelha- deixa pra lá! Sabrina, Rodrigo me ligou ontem à noite e pediu pra falar contigo. Você está querendo vender a pousada?

-que eu saiba não! Porque?

-ele recebeu duas ligações somente ontem, de pessoas interessadas em negociar a compra.

-mas nunca nem cogitei em vender! De onde surgiriam esses comentários?

-Rodrigo está tão preocupado com sua viagem, que não deve ter pensado em averiguar a procedência dos boatos.

-vou ligar pra ele, saber mais sobre o assunto. Quando tiver um tempo pode ir ao meu escritório? - pergunto a Dayse, Giulia não falou nada mais percebo seu desagrado- preciso te passar uns documentos da pousada. Quando Rodrigo me avisou que viria, pediu também pra te colocar a par de tudo que está acontecendo.

-chefinha, ela vai primeiro receber uma massagem dessas minhas mãos maravilhosas. Vou deixa-la bem relaxada- Geovane se adiante- Dayse agora me explica, porque Pedrita parecia furiosa contigo?

-Como assim, você conhece Pietra?- não era possível que aquela mulher tinha o dom de entrar em minha vida , de alguma forma!

-Digamos que em algum momento dessa vida, fomos intimas!

-pelo visto ela não gostou muito dessa intimidade, pelo que vi na praia, se pudesse te esfolava viva.

Dayse gargalha chamando atenção de quem estava perto, ela tinha uma risada gostosa de se escutar. Alguma coisa tinha acontecido, pra advogada ganhar a raiva de Pietra e pelo que tudo indicava, Dayse estava adorando aquilo tudo.

....

P/ MARI

Enquanto mergulhava meus pensamentos vagavam, apesar da agua fria, meu corpo estava em brasa. A mesma sensação me dominava todas as vezes que Amália tocava meu corpo de forma mais intima, a vontade de me entregar, de que me tomasse era grande.

Volto a superfície já sem folego. A vejo me observando, percebia desejo em seu olhar, o mesmo desejo que dominava meu corpo, Com toda a certeza tinha usado toda sua força pra frear seus atos. Senti seu estremecimento enquanto tocava em meus seios, seus gemidos roucos, gemidos que denunciavam seu prazer com tal ato.

-por que não entra na agua? - pergunto quando noto seu sorriso ao me olhar.

-não sei percebeu, mas estou sem biquíni!

-mas deve estar de calcinha e sutiã! Não vejo a diferença- ela fica alguns segundo pensativa, não parecia muito à vontade de ficar de peças intimas. Desisti de esperar e mergulho! Meu corpo ainda sentia necessidade de toca-la, mais não ia fazer nada que a afastasse de mim.

Passo algum tempo embaixo d´agua, quando torno só faltei me afogar com a visão de Amália apenas de duas peças a beira do lago. Ela estava sexy naqueles trajes preto de renda, não consegui desgrudar meus olhos até vê-la entrar na agua e mergulhar em minha direção.

Fico aguardando ela emergir a meu lado, meus olhos não perderam nenhum movimento. Delicadamente acaricia meu rosto, seus olhos fixos em minha boca denunciava seu desejo de ser beijada. Não me fiz de rogada, a tomo pela nuca colando meus lábios nos seu em um beijo ardente.

Queria que ela sentisse o quanto a desejava, o quanto meu corpo necessitava de seus toques. Ia fazer seu corpo vibrar, sem ao meus toca-la mais intimamente.

Seus lábios eram macios. Minha língua explorava o interior de sua boca de forma faminta sugando a sua com desespero, enquanto meus dedos passeavam por seu corpo que se arrepiava. Sentindo sua entrega, meus lábios abandonam sua boca fazendo caminho por seu pescoço, ela inclina a cabeça me dando livre acesso. Seus gemidos eram enlouquecedor, me excitavam. Queria enlouquece-la também! Enquanto explorava sua pele com minha língua, minhas mãos tomava seu bumbum estreitando nossos corpos, fazendo que nossos sex*s se encontrasse. Ela trava, fazendo com que me desespere, meu corpo precisava encontrar prazer, prazer que somente ela o daria.

-relaxa, não vou te tocar mais intimamente!

Busco mais proximidade entre nossos corpos, esfregando meu sex* ao dela. Aos poucos a sinto relaxar novamente e seguir meu ritmo. Queria toca-la, mais tinha medo que ela travasse outra vez. Minha sorte que Amália era mais alta que eu, me fazendo ficar na altura de seu pescoço e consequentemente próximo ao seio, o qual era minha perdição. Passo minha língua pela borda de seu sutiã sentindo sua respiração falha. Com a boca afasto a alça fazendo com que parte de seus seios ficassem exposto, para meu deleito.

-aaahhhhahh-sua mão pressionava minha cabeça contra eles. Afasto um pouco meu corpo. Somente o suficiente para colocar minha mão na parte interna de sua coxa, passando a ponta dos dedos naquele local tão delicado.

Sinto seu corpo estremecer quando a toco próximo a virilha. Ela estava entregue! seus olhos fechados sentindo aquelas sensações. Sabia que poderia toca-la sem reserva, mais e depois! Não queria que se arrependesse ou me culpasse por não respeita-la. Corro minha mão por seu sex*, por cima da calcinha, massageando. Fazendo com que gem*sse cada vez mais alto.

Queria sentir o mesmo prazer que ela, pego sua mão e descanso em meu sex*. Ela me olha. Seu olhar era um misto de desejo e surpresa.

-Quero te sentir em mim!

Percebendo o que queria, ela segue o mesmo ritmo que o meu, massageando meu sex*. Não se contendo, sua mão ultrapassa a barreira de minha calcinha a fazendo gem*r ao sentir o quão eu estava úmida, apesar de estarmos na agua.

-ahhhhh você me enlouquece! –falava ao meu ouvido sem parar por nenhum minuto, o movimento com os dedos em minha vagin*.

Eu precisava toca-la! Afasto a lateral de sua calcinha e passo o dedo em sua carne macia, escorregadia por seu prazer. Meus dedos impõem um ritmo em seu clit*ris os deixando turgido. Queria estar com minha boca ali, naquele lugar tão desejado.

-não vou aguentar por mais temp...aahhhhh- meu descontrole foi total quando a sinto goz*r pra mim. Minha satisfação foi completa, pois meu gozo presenteou seus dedos. Assim como ela, retiro minha mão de sua vagin* e a abraço apertado, nossos corações batiam em um ritmo acelerado.

-como você fez isso? - fiquei com medo de sua rejeição, pois havia prometido não toca-la- as vezes que me toquei, jamais consegui me satisfazer completamente, mais agora...não sei explicar! - meu sorriso era de puro prazer. Era muito bom saber em palavras, o quanto estava plena, satisfeita.

-talvez seja por nos duas queremos muito isso.  Vem, vamos sair que está esfriando.

-preciso passar em casa antes de voltar ao trabalho, trocar essa roupa! - já estávamos nos vestindo- Não pensa que esqueci, que quebrou sua promessa...-ela mantinha um sorriso nos lábios- e nem pense também, que haverá próxima vez, enquanto não tiver a certeza que você mudou!

Estava muito feliz pra argumentar sobre qualquer coisa, ia provar sim, que queria somente ela em minha vida.

...

Estava a algum tempo conversando com meu pai e Geno, em uma vídeo chamada. Conversava com eles mais meus ouvidos, e de vez enquanto os olhos, não saiam de onde Sabrina estava conversando com a tal advogada. Procurava falar baixo pra não atrapalhar a conversa das duas, até mesmo se por acaso, meu pai resolvesse falar do quase desmaio de sua esposa.

-Minha bambina, estas a me escutar?

-oi pai, estou sim!

-seu irmão está a fazer besteiras! não consegue levar os negócios a diante. Quando você volta?

Meu coração apertou só de pensar em voltar pra minha terra, e deixar Sabrina. Tinha que arrumar um jeito de colocar meu irmão na linha, fazer com que levasse os negócios mais a sério. Apesar de ser sócia de seu pai nos restaurantes, não ia deixar Sabrina, principalmente agora que estava precisando de mim.

-pai, vou dedicar mais meu tempo a fazer com que ele aprenda, como tocar os negócios. Não posso sair daqui agora- Meu pai me olha com um meio sorriso, era sempre assim quando me relacionava com alguém. Depois de aceitar minha homossexualidade, toda vez que me envolvia com alguma mulher, meu pai só sorria e brincava com Geno, dizendo que eu pegava mais mulher que ele- Não posso sair daqui! o senhor me entende?

-entendo minha filha, sua tia vai precisar de seu apoio. Assim como sua filha! - ainda bem que estava com fones de ouvidos. Olho para Sabrina que estava concentrada reunida com Dayse, conversando sobre as dívidas da pousada. Ela falava sobre o acontecimento mais recente, que foi o desvio de dinheiro por Leonardo. Me despeço de meu pai e sigo a linha da conversa das duas.

-esse Leonardo é um canalha, sabendo de suas dificuldades em manter a pousada e fazer isso!

-Tudo bem Dayse, se possível não quero mais nenhum contato com ele.

-ele te ameaço amor, isso não pode ficar assim!

-como assim! - Dayse parecia realmente interessada no assunto.

-ele ficou sabendo que estamos juntas. Geovane me falou que sempre foi homo fóbico de primeira linha, mais sempre se fazia de bonzinho, ele sabia o quanto Sabrina gosta de seus amigos, no caso ele e Mari que é lesbica.

-e você não deu queixa?

-achei melhor não! mas os meninos colocaram ele pra correr. falaram que se aparecesse aqui novamente, ia se ver com eles.

-mas não confie muito, esse tipo de pessoa tende a ser perigoso, principalmente quando está envolvido sentimentos.

Apesar de minha cisma com a advogada, gostei muito do que havia falado. Deveria está acostumada com esse tipo de situação, seu alerta talvez fizesse Sabrina despertar para o que poderia acontecer.

-Vem almoçar conosco Dayse! – Sabrina a convida. Sinceramente não me importei, talvez ela pudesse nos dar mais algumas dicas, de como proceder em relação a Leonardo.

No restaurante encontramos Geovane , que insistiu para que sentássemos com ele.

-Oi Dayse como estar se sentindo depois da massagem?

-suas mãos são maravilhosas, fizeram milagres em mim! Estou totalmente relaxada.

-são anos de pratica meu amor, quando quiser outra é só me avisar!

-Geovane, também estou precisando de uma massagem! Será que tem hora vaga hoje à tarde? - queria relaxar um pouco e conversar com meu mais novo amigo. Já havia prevenido Ivan a respeito de Leonardo, não custava nada alerta também Geovane.

-Claro minha Deusa!

-cadê o Bernardo, não o vejo desde de ontem- Sabrina pergunta. Na noite anterior, como queria fazer um Jantar romântico, pedi ao amigo que me deixasse a sós com ela.

- ele dormiu em casa, afinal a senhorita tinha um jantar romântico pra aproveitar e Bernardo não estava afim de segurar vela!

Percebi Dayse me olhar de um jeito que não soube definir, como me analisando. Geovane não parava de falar, contou toda sua vida com seu ex para a advogada. Ela também fala que era casada e que havia se separado a alguns meses, mas encerrou o assunto, quando Sabrina questionou o motivo do divórcio.

-amore quando vai conversar comigo- tomei um susto quando escuto a voz de minha ex já próximo a mesa que ocupávamos. Sabrina fecha os olhos e respira fundo, Pietra não tinha jeito mesmo, não entendia que não tínhamos mais nada a conversar.

-Boa tarde Ninfa!

Pietra só agora se dando conta, que havia outras pessoas comigo.

-será possível que pra onde me viro, você está! está me perseguindo?

Dayse dá uma gargalhada, parecia se divertir com tudo aquilo.

-pra quem já esteve nua em minha cama, você tem a língua muito afiada.

-como assim! - perguntam Geovane e Sabrina juntos.

Pietra fica pálida ao escutar as palavras da advogada.

Fim do capítulo