As 20:00hr quando sabia que Giulia provavelmente estaria no restaurante ou com a dona da pousada. Sigo em direção a seu chalé, o difícil ia ser entrar mais pra minha sorte a porta estava aberta, estranhei já que minha ex era muito rígida com sua segurança! Bom o importante era estar dentro.

Como havia planejado, em seu quarto retiro toda minha roupa e deito em sua cama, queria ver sua reação ao me ver completamente despida, tinha a certeza que não iria resistir.

Passado algum tempo escuto passos em direção ao quarto, havia deixado a luz apagada de proposito pra sua surpresa ser maior, quando a sinto dentro do quarto ligo a lâmpada de cabeceira.

-oi amor!

-nossa não sabia que ao me hospedar, teria direito a uma noite de sex* caliente!

-quem é você? Cadê a Giulia?

-deve estar com a gostosa da namorada dela!

A mulher na minha frente tinha na face um sorriso cínico. Analisada meu corpo detalhadamente.

-gostei da tatuagem! - somente nessa hora me dou conta, que estou completamente exposta- Pelo visto a tal Giulia está bem servida.

Nunca tinha visto uma pessoa tão cínica, como a mulher que estava de pé na frente da cama.

-se quiseres posso te dar tanto prazer, quanto ela! - meu corpo estremece ao escutar suas palavras, a mulher era muito bonita, aparentava uma maturidade que não condizia com sua aparecia- e se continuar assim, nua na minha frente não respondo por mim- sorri cínica.

Mais que depressa junto minha roupa que estava próximo ao criado mudo e corro em direção a uma porta que julgo ser o banheiro. Rapidamente me visto de qualquer maneira, lá fora ainda escutava a gargalhada daquela mulher.

-pena que não vai ficar, podíamos nos divertir muito a noite toda-ela prendia o riso, seu olhar malicioso denunciava o quanto estava se divertindo com a situação.

-A Giulia me paga!

-se é esse o problema, posso te pagar também!

-Sua...

-olha a língua criança!

-haaa

Cruzei o chalé procurando a saída, no quarto ainda conseguia ouvir a gargalhada sonora daquela mulher odiosa.

Desci direto pra praia precisava caminha um pouco meus pensamentos não se desviavam do que havia acontecido a poucos minutos “quem será aquela mulher? E porque estava no quarto de Giulia?” muitas perguntas se formavam em minha cabeça, sem nenhuma resposta “ela não faz o estilo da Giu , então o que fazia ali ?”

....

P/ DAYSE

Não conseguia parar de rir do jeito com que a Ninfa saiu do meu quarto, jamais ia imaginar viver uma situação daquelas. A muito tempo não me divertia assim, não gargalhava com vontade. E no primeiro dia que me hospedo na ilha já tive minha primeira surpresa!

Fazia 6 meses que tinha me separado, um casamente de mais de 10 anos. Tinha consciência que a culpa não tinha sido somente de Alessandra, nosso relacionamento a muito tempo estava em crise e a muito vivíamos de aparência, até que chegou ao ponto dela conhecer alguém e decidir pelo termino de nosso casamento. Apesar de não ama-la, pelo menos como no início. Sofri muito com nosso afastamento. Era sócia de um escritório grande de advocacia em Curitiba, depois do fim de meu casamento só queria saber de trabalho, até que chegou ao ponto de que não aguentei e fui parar no hospital, meu médico deixou bem claro pra mim, que se não parasse com aquele ritmo de trabalho, meu corpo não ia aguentar, pois passava noites e noites em claro.

Depois daquele dia dei uma freada, conversei com meus sociais que me entenderam super bem, liguei para rodrigo meu amigo de anos, que me convidou a me tornar sua sócia. Conhecia a ilha a anos, conhecia o ritmo de trabalho de meu amigo, não era o mesmo ritmo que estava acostumada mas para o que eu precisava. Seria perfeito!

Fui passar alguns dias na pousada dos sonhos, a seu pedido. Quer dizer, ele praticamente exigiu que me restabelecesse, antes de começar a atura em seu escritório. Aceitei pois realmente estava precisando.

Quando vi a dona da pousada meu coração só faltou sair pela boca, ela se parecia demais com minha ex mulher, até o jeito de falar. A chegada de sua namorada foi como um banho de agua fria em minha cabeça, que tratou de tirar qualquer encantamento que tivera pela a garota.

Só estava estranhando era o fato da garota com tatuagem de ninfa, está ali na minha cama completamente nua, Aguardando pela namorada de Sabrina!

-Bom esse é um assunto que não me interessa!

Apesar do pensamento, não conseguia parar de pensar na garota nua em minha cama “que corpo era aquele meu Deus!” só de pensar, explorando cada canto daquela anatomia, sentia algo que a muito tempo não sentia, uma umidade em sua intimidade e uma vontade louca de me satisfazer. E foi o que fiz no banheiro de meu chalé.

Meu sono foi agitado aquela noite. Em meu sonho os personagens principais variava entre minha ex, Sabrina e a Ninfa strip como havia denominado a garota da noite passada. Resolvi me exercitar antes de comer alguma coisa, queria aproveitar a sessão de massagem que a pousada oferecia. Precisava relaxar! Caminhava pela praia pensando nos acontecimentos de minha vida no último ano, as mudanças foram drásticas. Mas não podia culpar ninguém por aquilo, a não ser eu mesmo, que não estive atenta pra muita coisa.

Depois de já ter caminhado por mais de meia hora, resolvo me sentar ali mesmo na areia. A praia estava deserta devido ao horário e o mar estava tão calmo, que se propagava por minha alma.

-ei cuidado por onde andas! - reclamo com alguém que passara correndo quase me atropelando.

-por que não procura um lugar mais a frente pra sentar! - minha raiva foi substituída por um sorriso, ao ver de quem se tratava a pessoa.

- ora, ora se não é a Ninfa do strip do meu chalé! - ela me olha sem entender, foi então que percebeu de quem se tratava.

-aff eu mereço isso! você está me perseguindo?

-Bom eu estava aqui primeiro, então não seria ao contrário?

Ela estava com um shortinho colado e uma camiseta que destacavam suas formas, fiquei babando na forma como a camisa moldava seus seios. Tudo bem, que já os tinha visto nus, mais assim pareciam sexy demais, somente por olhar minha boca salivava. Ela percebe minha distração ao analisar seu corpo!

-quer parar de me olhar como se eu estivesse despida!

-te ver de roupas é até estranho, pra quem te conheceu nua! - ela bufa, faz cara de raiva. Aquela garota tinha o dom de me fazer rir, por mais que ficasse raiva, quando me via.

-oi, você deve ser Dayse! -um rapaz se aproxima de onde estávamos-oi Pedrita!

-meu nome é Pietra!

-foi isso que falei, Pedrita! – ri com vontade, com a revirada de olhos que a Ninfa(Pietra) dá ao rapaz que nos interrompeu.

-oi prazer, sou Dayse queria falar comigo?

-sou Geovane, minha irmã Amália. A recepcionista da pousada, me ligou dizendo que você queria meus serviços- olho pra ele desconfiada, que me lembre somente liguei pra saber sobre os horários de massagens- sou o massagista! E não se preocupe. Suas formas não me encantam!

Foi então que percebi os trejeitos do rapaz! Sem nada falar ela se afasta caminhando em direção a pousada.

-tchau ninfa strip- me despeço antes que ela se afaste, ela se vira me fuzilando com o olhar. mais não fala nada!

-Ninfa strip! Não entendi!

-deixa pra lá! Vamos, quero uma sessão de massagem bem relaxante. Estou precisando!

...

P/ AMALIA

Depois de minha ida a casa de Mari, volto pra casa ainda nas nuvens. Por pouco não me entrego as suas caricias, a seus beijos. Precisava me manter firme pra ter certeza, de que o que ela queria algo a sério mesmo, e somente mais uma aventura.

Na manhã seguinte a raiva que me toma ao ver aquela pirralha agarrada a ela, me assustou! Meu coração só sossegou ao constar que a guia tentava se desviar das investidas da garota, minha vontade era gritar aos quatros cantos do mundo que estávamos juntas, mas como fazer isso se deixei bem claro na noite anterior, que somente estávamos nos conhecendo, nos acostumando com a ideia de termos algo mais sério.

-como foi sua noite com a Mari? - meu irmão se posta a minha frente, logo após a guia seguir para ao restaurante.

-não tivemos uma noite! Apenas conversamos.

Geovane me olha desacreditado.

-não acredito que a devastadora, não tentou nada!

-bem que tentou, mais eu não deixei que fosse adiante. Não depois de todos esses anos, a vendo somente querer brincar com essas meninas.

-kkkk você vai deixa-la subindo pela parede! - “não é somente ela que irá subir pela parede!” penso, estava na mesma situação da guia, principalmente depois de descobrir como os toques dela, mexiam com seu libido.

-se ela quiser mesmo me ter, irá aguentar!

-nossa maninha você é má! pensei que finalmente a Mari já faria parte da família...

-nem pense em comentar nada com a mamãe, quero eu mesma conversar com ela! - Geovane faz um gesto como se tivesse passando um zíper na boca- a hospede nova, a que ficou no chalé da Giulia, estava querendo saber a respeito dos horários de massagem.

-liga pra ela, verifica se vira tomar café, falo logo a respeito- tento ligar, mas no chalé só fazia chamar

- ela deve estar conhecendo os arredores, vou ver se consigo encontrá-la-meu irmão se afasta.

Estava distraída quando ouço a voz de Mari bem próximo a meu ouvido.

-depois do almoço, vamos dar uma volta? - em sua face havia uma expectativa que me comoveu, parecia a de uma criança pedindo um doce a mãe.

-Tudo bem, podemos ir até o riacho, lá é bom pois não vai quase ninguém.

-está com vergonha de dizer que temos algo? - não consegui decifrar seu olhar ao constatar aquilo.

-Logico que não! só não quero sair por ai falando que estamos juntas, pra depois não dar certo e ter que está me justificando com nossos amigos. 

-Tudo bem! Então nos encontraremos na entrada do caminho, está bom pra você?

Confirmo e a vejo ir em direção ao grupo que sairia. Passei a manha toda na expectativa pelo beijos da Guia, queria muito sentir outra vez seus beijos.

Não a vi no hora do almoço, até achei que talvez houvesse acontecido algo que atrasou a chegada do grupo, até ver um rapaz que estava com eles, indo em direção ao restaurante. Mas porque a guia não tinha isso almoçar “será que ela foi na hora que estava fazendo minha refeição com minha mãe?”

Na hora marcada segui em direção a entrada da trilha que havia marcado, Mari já me esperava sentada na porteira próxima, meu coração só faltou sair pela boca ao vê-la se shortinho e a parte de cima de um biquíni com certeza ia tomar banho no riacho.

-oi, demorei muito?

-acabei de chegar- ela se aproxima me beijando delicadamente nos lábios- Vamos, você não poderá demorar!

Ela segura em minha mão e seguimos em silencio por boa parte do caminho, somente sentindo o cantar dos pássaros e o barulho de alguns galhos caindo dentro da mata.

-você viu a italiana hoje? - sinto uma pitada de ciúme ao se referir a Pietra.

-não! Na verdade não a vejo desde de ontem.

-não gosto do jeito que ela olha pra você!

Me prendia pra não rir do jeito meio desconfiado da guia. Ela apertava minha mão como querendo me prender a ela.

-ela somente quer provocar a Giulia, não tem que se preocupar? Mesmo que não estivéssemos nos conhecendo, a Pietra não faz meu tipo!

-eu vi na boate isso!

-Eu estava bebida naquele dia, e também queria te tirar um pouco da cabeça!

-porque não me falou que queria ficar comigo?

-porque você não falou antes?

-já te falei, por achar que não ficava com mulheres, depois daquele dia na praia tentei a todo custo te esquecer!

-vamos parar por aqui, senão ainda iremos discutir. A conversa ainda vai chegar nas meninas com que ficou esses anos todos! e só de lembrar me dá raiva!

Chegamos ao riacho e sentamos bem próximo a agua, em um banco feito ali para os visitantes descansarem. Mari ainda segurava minha mão só que dessa vez estava descansando em suas pernas. Minha pele em contato com a sua era uma tentação.

Sem que esperasse sinto sua boca de encontro a meu pescoço, me arrancando suspiros. Sua língua passeava pelo lombo de minha orelha me fazendo arrepiar.

-saudade de sentir seus beijos- toma minha boca. Seus beijos eram suaves, explorava com delicadeza todo o interior de minha boca.

Aos poucos o beijo ganha intensidade. Quando dei por mim, estávamos sentada uma de frente pra outra acariciando nossos corpos. Minha mão que nunca havia tocado mais intimamente uma mulher, como por instinto dedilham a parte exposta de seus seios, seu biquíni não cobria muito aquela parte, fazendo com que meus dedos chegassem próximo a auréola fazendo com que o mesmo ficassem turgidos. Ela gem* em minha boca, sinto minha entranha contrair ao perceber como conseguia excita-la com meus toques.

Quando sinto suas mãos fazendo caminho em minhas pernas travei, sabia que se não parasse naquele momento, não teria forças depois.

-é melhor pararmos por aqui- ela me olha desorientada, parecia não acreditar.

-não faz isso comigo! - lamenta-se

-você prometeu que não forçaria, que teria paciência.

-tudo bem-levantasse rapidamente- mas deixa tomar um banho gelado. Estou precisando- tira o short me deixando com aquela visão de seu traseiro, enquanto mergulhava nas aguas fria do riacho.

...

Naquele dia passei praticamente o dia no escritório resolvendo algumas questão em relação a pousada, queria conversar com Dayse a respeito da situação do estabelecimento mas achei melhor deixa-la primeiro se acomodar.

Vi Giulia somente na hora do almoço estava louca pra ir pra casa e ficar com minha amada, ela mudaria naquele dia mesmo e meus amigos ficaram de ajuda-la já que não daria pra mim.

Percebi aquele dia Amália um pouco distraída, tive que pedir três vezes o mesmo documento a ela e a mesma esquecia de leva-lo. Depois que tudo se organizasse ia conversar com minha amiga, saber se estava com algum problema.

Na hora que sai praticamente corri pra casa, pra saber se Giulia estava bem instalada. Qual não foi minha surpresa com o jantar romântico que havia preparado. Passei a noite nas nuvens, não era a primeira vez que dormia em minha casa, mas era como se fizéssemos amor pela primeira vez.

Pela manhã acordo sentindo falta de seu corpo junto ao meu, escuto barulho de agua no banheiro, já ia me juntar a ela quando escuto seu celular tocar.

-amor seu celular está tocando! - grito pra que escutasse.

-atende pra mim!

 Atendi conforme havia me pedido, ao escutar a voz do outro lado, me sobe calafrios por todo corpo.

-Bom dia minha filha, como você está?

-é a Sabrina que está falando,  a namorada de Giulia!

Somente escuto um barulho do outro lado, como do celular caindo da mão da minha interlocutora.

Fim do capítulo