Capítulo 25
Ester e Marina estavam em um restaurante, na hora do almoço.
— Então, a tal moça lá te ligou? — Ester indagou.
—Não, deve ter me esquecido.
—Algumas pessoas são assim mesmo se esquecem rápido.
—Bom, acho que ela só estava afim de me levar para a cama mesmo. Isso é normal hoje em dia.
—Sim, é normal...
—E você, como anda com a Helena?
Após sua pergunta, Marina chama o garçom para fazer os seus pedidos.
—Vou tentar me aproximar dela essa semana.
—Pretende mesmo morar perto dela?
—Pretendo, não quero mais me manter longe dela. Eu a amo muito... Droga, acho que não deveria ter falado essa última parte.
—Ester, fique tranquila. Já me conformei. Não posso ter o seu amor, então tenho que me conformar.
O garçom apareceu e elas fizeram os seus pedidos.
—Você é uma pessoa admirável.
Ester fala.
— Obrigada, Ester... Eu sei quando tirar o meu time de campo. Não vou mentir, ainda gosto de você, mas o que posso fazer? Você não sente o mesmo. Não posso te obrigar a ficar comigo.
—Se a gente pudesse escolher quem amar...
Ester coloca sua mão sobre a de Marina, que estava sobre a mesa.
—Mas não podemos... Isso é complicado, não é mesmo?
—Sim, bastante!
Ester recolheu sua mão, pois seus pedidos haviam chegado.
—Já estou organizando tudo no trabalho para eu partir para São Paulo —A loira falou.
—Você vai mesmo?
—Sim, Ester, não tenho porque ficar.
—Bem que essa mulher podia ter te conquistado.
As duas começam a rir.
—Você sabe que isso não seria tão fácil de acontecer.
—Eu sei, mas gosto de sua amizade, Marina.
—Podemos continuar amigas, mas a distância. Não quero que você enfrente muito o seu primo. Ele pode ser um homem perigoso.
—Não tenho medo do meu primo.
—Eu sei, Ester, mas ele pode tentar algo contra você.
—Que ele tente, mas que vou desmascarar ele eu vou.
—Ester...
—Ele se fingi de bom homem, mas não é, Marina, tem amantes. Será que a Helena nunca desconfiou?
—Bom, pelo que você fala a Helena está sempre em casa, então ela não sabe do que anda acontecendo no hospital. Augusto pode falar que tá trabalho e ela nem desconfiar que o mesmo é um canalha.
—Sabe sinto tanta raiva disso tudo. Ela me trocou por um homem tão deplorável.
—Ela estava com medo de não ser aceita, Ester... Quando estamos com medo somos capazes de tantas coisas.
—Eu sei, Marina, mas droga... Eu iria fazer ela muito feliz... Eu a amo de verdade... O meu primo usa ela só pra manter a imagem de homem de família.
—Bom, agora você tem a oportunidade de tentar convencê-la de seu amor.
—Sim, Marina, e não vou perder essa oportunidade. Vou fazer de tudo para voltar a ter a Helena em meus braços.
***
Já era noite e Michelle estava deitada em sua cama, pensando se mandaria uma mensagem para Ilara ou não.
—O que está fazendo?
Marisa chegou de repente e se sentou na cama.
—Pensando se mando uma mensagem para ela.
—Você não acha melhor conversar com ela pessoalmente?
Michelle se senta na cama.
—Não sei, Marisa...
—Por mensagem ela pode não ser sincera com você... Será mais fácil dela fugir...
—Estou tão confusa... Ainda estou sem entender o que está acontecendo. Tem algo aqui dentro de mim pedindo para mim sair desse quarto e ir atrás dela, mas o que posso fazer, Marisa, às vezes sentimos vontade de fazer tanta coisa, contudo não é bem assim, tem tantas coisas que devo levar em conta... Por mais que eu sinta algo por ela... Ela é minha aluna, pode estar se descobrindo agora e é mais nova do que eu.
—Acho que seu maior problema é que você sempre arranja empecilhos para tudo.
—Não tô arranjando empecilhos para tudo, só tô falando a verdade.
—Michelle, se caso essa garota estiver sentindo o mesmo que você e diferente de você, ela querer ter algo contigo?
— Eu não sei, Marisa, como eu agiria... Estou aqui tentando colocar na minha cabeça que só posso ser amiga dela.
Marisa respira fundo.
—Você é tão cabeça dura.
—Marisa, eu não posso me relacionar com uma aluna... Mesmo querendo ela... A desejando...
—Certo, mas você vai conseguir controlar tudo isso que sente?
Michelle volta a se deitar na cama e percebe que não. Não iria conseguir se controlar. Ela não conseguia mais se manter longe de Ilara. Tinha algo naquela garota que a enfeitiçava. Mas teria que tentar se controlar.
—Sim!
Mentiu.
—Michelle, eu sei que está mentindo. Você não vai conseguir ver essa garota somente como aluna.
—Mas eu vou tentar, Marisa.
—Vai tentar? Certo — Marisa se levanta da cama — Só quero ver quando você começar a vê-la mais próxima de outros alunos.
—Tá querendo me convencer a tentar algo com ela?
—Não, minha irmã, só tô te falando a verdade.
Marisa sai do quarto, deixando Michelle muito pensativa.
***
Segunda-feira chegou e Ilara estava muito ansiosa. Havia conversado muito com sua mãe no final de semana, se sentia mais tranquila por isso. Toda aquela confusão dentro dela parecia ter se amenizado, mas ainda não havia se encontrado com Michelle. então sabia que toda aquela tranquilidade poderia cair a baixo ao se encontrar com sua professora, pois toda vez que via Michelle um turbilhão de sentimentos confusos parecia querer tomar conta dela.
Neste dia, Ilara chegou no colégio e com olhares tímidos ela tentou procurar sua professora de matemática por onde passava, mas não a encontrou. Talvez já estivesse na sala dos professores.
Sentia vontade de conversar com Michelle, mas não sabia o que dizer a mesma e também não sabia o que Michelle estava pensando a respeito do beijo que elas haviam trocado. Em meio a tantas dúvidas, Ilara estava certa de algo, sua relação com sua professora iria mudar.
—No que você está pensando?
Milena pousou a mão sobre o ombro de Ilara. Elas estavam no corredor que dava acesso as salas.
—Nada demais — Ilara sorriu timidamente.
—Então, como foi seu final de semana?
Mesmo sabendo que Milena era lésbica, Ilara ainda não se sentia preparada para dizer a mesma que estava gostando de Michelle e que havia beijado a mesma.
—Foi legal e o seu?
—Complicado. Me encontrei com a Mia na sexta.
Milena fala e depois fica pensativa.
—Se acertaram?
—Não, Ilara, mesmo ela me beijando.
—Isso é confuso...
Ilara estava tentando entender o que então tinha acontecido entre Milena e Mia, como elas haviam se beijado e não haviam se acertado?
—Acho que você nunca namorou, não é mesmo?
Milena começou a rir e Ilara ficou um tanto incomodada com aquele assunto.
—Já beijou alguém, Ilara? —Perguntou baixinho e Ilara para de andar. Passou a se lembrar de muitas coisas naquele momento. Das mãos de Michelle deslizando por seu corpo. Daquela boca macia cobrindo a sua com carinho.
Seu coração passou a bater muito forte. Seu corpo parecia ter voltado a sentir todas aquelas sensações que o beijo de Michelle havia lhe proporcionado.
Milena ficou encarando Ilara confusa. A garota a sua frente parecia ter ficado muda. Só que algo aconteceu em todo aquele momento de confusão.
—Bom dia, meninas — Michelle passou pelas duas e Milena não sabia se era coisa de sua cabeça, mas Ilara e sua professora pareciam ter conectado os seus olhares por alguns segundos, tempo suficiente para deixar Ilara mais estranha que de costume.
Fim do capítulo
OIE
Desculpa pela demora.
Espero que tenham gostado do capítulo!
Beijinhos!
Van^^
Comentar este capítulo:
Val Maria
Em: 12/07/2017
Show de bola esse capítulo. Van minha querida autora eu adoro suas estórias mas essa é fantástica. Eu gosto muito da Michelle e estou cada vez mais na torcida para esse casal lindo.
Boa noite.
Bjssss autora. Volta logo.
Val castro.
Resposta do autor:
Olá, Val
Fico muito feliz por você estar gostando dessa história.
Vou postar mais um capitulo hj.
Desculpa a demora.
Muito obrigada pelo comentário.
Beijos
Van^^
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