Capítulo 43
O Jardim dos Anjos -- Capítulo 43
Lorraine agachou-se ao lado de Priscila, mostrando um sorriso simpático.
-- Você deve estar pensando que eu sou uma pessoa muito mal. Não é mesmo? -- perguntou tomando a mão da menina.
-- Eu "sabo" que você é boazinha.
-- Como você sabe? -- perguntou Lorraine, com curiosidade.
-- Deus disse "pala" mim. A Alis ensinou a "escuta" ele, aqui hó... -- colocou a mãozinha sobre o coração e seus olhos amendoados brilharam -- A Alis é um anjo. Sabia?
-- Sim, Priscila, você tem razão. A Alis é um anjo -- Lorraine concordou, depois de fitá-la por alguns instantes.
-- Ela tá "demolando", né?
-- Ela já deve estar chegando. Vamos esperar ela, lá no jardim? -- Lorraine se levantou, ainda segurando a mão da menina.
-- Vamos! -- a menina concordou faceira.
Alisson tomou um pouco da bebida e fez uma careta ao perceber que não tinha gosto.
-- Essa champanhe parece água -- olhou para a taça e depois virou o resto do conteúdo -- Não quero mais! - entregou a taça para a moça.
-- Tudo bem! -- disse ela, sorrindo -- Já foi o suficiente.
-- A gente já passou por essa rua -- disse Alisson, apontando irritada para uma loja -- Eu lembro daquele letreiro... -- inclinou-se para frente e falou alto para o motorista: -- Será que dá para ir mais rápido? Já estou atrasada.
-- Não estamos longe, senhorita -- disse, confiante -- É logo após aquela subida acentuada.
-- Não me recordo de haver uma subida no caminho da casa da Nádia -- olhou desconfiada pela janela do carro.
-- Não se preocupe, dona. É um caminho alternativo mostrado pelo GPS.
-- Ah! Mas acelere, por favor -- Alisson deitou a cabeça no encosto do banco e fechou os olhos. Estava com tanto sono... os olhos pesados...
-- Deixa comigo senhorita -- ele olhou pelo retrovisor, sorriu e pisou no acelerador.
-- A Alisson não vinha com vocês? -- perguntou Nádia para Beca e Agnes.
Elas se entreolharam e depois olharam para Nádia.
-- Você enviou uma limusine para buscar ela -- disseram quase juntas.
-- Eu??? -- Nádia começou a andar de um lado para o outro do quarto, desesperada -- Eu não enviei nenhuma limusine para buscar ela. O que havíamos combinado?
-- Eu sei o que havíamos combinado, mas pensei que...
-- Pois, pensou errado, Beca -- Nádia estava uma pilha de nervosa.
-- O que você acha que pode ter acontecido, Nádia? -- perguntou Agnes, lutando contra a vontade de roer as unhas.
-- Não sei, estou confusa -- ela pensou por alguns segundos, sem encontrar uma resposta que não fosse a de um sequestro -- Acho que a Alisson foi sequestrada.
Ao ouvir essa suposição, as amigas arregalaram os olhos.
-- Quem seria capaz de uma maldade dessa? -- Beca perguntou, desnorteada.
-- Conheço muitas pessoas que seriam capazes de coisas bem piores - a expressão do rosto lindo de Nádia era de puro desespero.
Helena parou diante de Andras, encarando-o com os olhos cintilando de raiva.
-- O que você fez com a Alisson? Como ousou?
Andras encarou Helena, indignada.
-- Eu não tenho nada a ver com isso -- respondeu ela friamente e acrescentou: -- Não tenho culpa se a sua filha é uma covarde e largou a coitada da Nádia no altar.
Helena ignorou o comentário e determinou:
-- Se a Alisson não voltar. A polícia será acionada. E farei questão de colocá-la como a principal suspeita.
-- Não se preocupe. Amanhã ela aparecerá chorando como um bebê, dizendo-se arrependida por ter marcado esse casamento sem sentido -- retrucou Andras com firmeza. A voz dela não deixava transparecer qualquer emoção, os olhos estavam frios.
-- É o que veremos -- Helena deixou os braços caírem ao lado do corpo. Mesmo relutante, ela virou-se e saiu.
Lorraine sorriu sem humor, quando viu Andras levantar a cabeça e empinar o queixo em sua direção.
-- O que foi? -- ela perguntou, o tom de voz frio e agressivo.
-- Foi você quem sequestrou a Alisson? -- Lorraine franziu o cenho -- Você teria coragem de...
Ela parou de falar e arregalou os olhos quando viu Andras avançar em sua direção com uma expressão furiosa no rosto.
-- Cala a boca! -- A fúria de Andras ultrapassou qualquer limite que restasse, mas antes que ela pudesse dizer a Lorraine exatamente o que pensava a respeito, Felipe segurou o braço da irmã.
-- Com licença, Andras. Preciso conversar um minuto com a minha irmã.
Andras simplesmente levantou a taça, concordando.
Felipe puxou-a para um canto.
-- Você tem alguma coisa a ver com isso? -- cochichou no ouvido da irmã.
-- Eu, hein? -- puxou o braço com certa força, desvencilhando-se dele -- Vai ver ela desistiu dessa palhaçada -- Lorraine temeu que suas faces enrubescidas a denunciasse. Nervosa, passou a língua pelos lábios e viu o olhar irônico dele sobre ela.
-- A Alisson não faria isso com a Nádia. Abandoná-la no altar. Você a conhece muito bem -- Felipe não ficou convencido.
-- Não sei Felipe, estou tão surpresa quanto você -- olhou em volta, procurando por Andras - talvez tenha sido ela. Andras sempre odiou a Alisson e ficou furiosa quando soube do casamento.
-- Você acha? -- Felipe franziu a testa. Ficou parado no lugar, tentando colocar os pensamentos em ordem -- Acho melhor ir conversar com a dona Helena. Ela pensa a mesma coisa que você.
-- Ela está dormindo? -- perguntou o motorista.
-- Como um anjo -- respondeu a moça, olhando para a loira que dormia profundamente com a cabeça em seu colo -- Temos que entregá-la logo no local combinado e devolver a limusine -- observou ela, assustada.
-- Fique calma. Vai dar tudo certo -- garantiu ele.
Finalmente tomaram o caminho do endereço fornecido, sempre em alta velocidade. Ficou aliviado quando estacionou o carro em frente a casa.
-- Trouxeram a doutora? -- perguntou uma moça com várias tatuagens pelo pescoço, usava jeans rasgado e jaqueta de couro.
O motorista parou diante dela e perguntou, desconfiado:
-- Por que não me conta o que está acontecendo?
-- Acho melhor não saber de nada -- disse ela calmamente -- Para sua própria segurança.
Ele examinou o rosto da garota e insistiu.
-- Vocês não vão machucá-la, não é mesmo?
Ela não respondeu, apenas entregou uma bolsa para ele.
-- Aqui está o seu dinheiro. Agora caia fora e esqueça tudo o que aconteceu essa noite.
O tom dela deixava claro que era para ele e a mulher, desaparecerem.
-- Tudo bem! -- ele encostou a bolsa de dinheiro contra o corpo e sorriu -- Não tenho nada a ver com isso.
-- Meninas! Vamos tirar a doutora do carro -- ordenou ela, para duas garotas que estavam observando tudo da porta -- Nosso trabalho está só começando -- a expressão no rosto dela era de preocupação -- Vamos ter que contê-la muito bem, segundo as informações, ela é faixa preta em judô.
Felipe, circulava entre os pequenos grupos de convidados, conversando amenidades e dando uma desculpa qualquer sobre o atraso de Alisson.
Lorraine passeou o olhar pelo jardim. As garrafas de champanhes vazias começavam a espalhar-se pela mesa comprida, em meio a doces e salgadinhos de todos os tipos. O ritmo da música já não era tão animado como no começo da festa e o burburinho intensificava-se conforme o tempo ia passando.
Patrícia parou em frente a ela com os braços para trás.
-- Foi você -- ela disse com um sorriso maroto -- Pode dizer, não vou contar para ninguém.
-- Eu o que, garota? Tá maluca é? -- murmurou ela num tom agressivo.
-- Calma! Estou do seu lado -- seus olhos exibiam um brilho estranho quando os ergueu para fitá-la.
-- Do meu lado? -- ela a encarou, com um ar desconfiado -- Até a pouco estava morrendo de medo da Andras.
-- Digamos que você com a sua coragem me motivou a enfrentar o demônio -- afirmou ela, sorrindo. O sorriso era o mesmo, maroto como antes.
-- Não estou lhe entendendo, Patrícia -- Lorraine continuava na defensiva.
-- Você foi muito corajosa dando um sumiço na loira -- um garçom sorriu enquanto lhe oferecia uma taça. Então, a pegou, sorrindo educadamente. Patrícia o observou indo embora. Bebeu um gole do líquido gelado e voltou a falar para Lorraine -- Espero que saiba o que está fazendo, a loira deve estar furiosa com você -- levou a taça de Champagne à boca, os olhos voltados para o rosto de Lorraine.
Por um instante, Lorraine sentiu um nó no estômago, como se tivesse feito algo irreversível, louco demais.
-- Eu mandei sequestrar a Alisson -- Lorraine cuspiu as palavras com um tom desesperado.
Patrícia se afogou com a bebida e teve uma crise de tosse. Quando recuperou-se, encarou Lorraine com os olhos cheios de lágrimas.
-- Sua louca! -- Patrícia fez uma pausa -- Louca e maravilhosa -- completou sorrindo -- Como conseguiu fazer isso? A Alisson é faixa preta em judô, não é nada fácil encará-la.
-- Ainda não sei se o plano deu certo, mas o fato dela não ter aparecido para o casamento é um ponto positivo. Enviei uma limusine em nome da Nádia, para buscá-la.
-- Caramba!
-- E também alguns comprimidos de Midazolam. Essa é a medicação que usamos no hospital para sedação, antecedendo procedimentos cirúrgicos.
-- Você é mais maluca do que eu imaginava -- disse Patrícia, ao tempo que sacudia a cabeça e sorria -- Escute, Lorraine. Isto é sério. Sequestrar uma pessoa é um crime grave, pode significar a prisão para todos os envolvidos.
-- Eu sei disso, mas não tive outra saída, se eu...
Lorraine desviou o olhar, indo parar na irmã que saía da casa e caminhava em direção a Helena de Burnier. E, enquanto a fitava, o nó no estômago voltou.
-- Espero que a Nádia um dia me perdoe -- comentou Lorraine, com um tom de tristeza na voz.
-- Um dia ela vai entender -- Patrícia deu dois passos e se virou -- Vou tirar a Nádia daqui. Ela não merece ficar ouvindo piadinhas idiotas.
Nádia ergueu o olhar para Helena. A fisionomia da jovem era de total abatimento.
-- O que acontece, Helena? -- perguntou sem esperar por uma resposta -- Aconteceu algo de muito grave com ela. Eu tenho certeza disso -- Nádia estava desnorteada. Encontrava-se perdida e preocupada. Deu um passo para trás, decidida a se afastar do meio daquelas pessoas que a olhavam com compaixão -- O casamento foi cancelado! -- ela gritou chorando -- Sei que muitos aqui devem estar adorando o que está acontecendo -- Aquelas palavras fizeram-na chorar ainda mais. Tentava se controlar, mas não conseguia.
Helena a abraçou com força e Nádia pôs-se a chorar sobre seu ombro.
-- Nádia! -- Patrícia a chamou delicadamente -- Vem comigo. Vou te levar para longe desse lugar.
Nádia olhou profundamente para Patrícia e, sem nenhuma palavra mais, afastou-se com ela.
Patrícia no caminho até o carro, pegou duas garrafas de bebidas.
-- Hoje beberemos como se não houvesse amanhã... mas vamos beber e rezar, porque se tiver amanhã estaremos lascadas!
Nádia deu um sorrisinho fraco e entrou no carro. Patrícia antes de entrar ainda berrou da porta:
-- Antes que a bebida comece a fazer efeito, quero desejar a todos um feliz aniversário, e que o coelhinho de Natal, realize os sonhos deste Carnaval que está acabando e um 2018 repleto de realizações e viva os noivos!
Lorraine jogou a bolsa na mesa e se virou para encarar Andras.
-- Continuo achando que foi você quem sequestrou a Alisson -- despejou Lorraine, procurando manter duvidas e desconfianças na marqueteira.
Por um momento, Andras ficou olhando para ela.
-- Ou você é uma grande atriz ou, realmente não a conheço como imaginava conhecer -- segurou o braço de Lorraine com força -- Prefiro acreditar na primeira hipótese. Pensa que não sei que a loira é a causa dessa fisionomia triste? Você está pensando nela, desejando-a ardentemente! Ela se casaria com a sua irmã, por isso que estava com aquele olhar perdido, sem esperança -- Um brilho cínico iluminou o olhar de Andras -- Por isso a sequestrou.
Lorraine deu uma gargalhada debochada.
-- Esse tipo de cena cinematográfica eu deixo para você. Minha vida é bem mais real. Você sempre foi mais criativa do que eu... Imagina, eu sequestro a Alisson... e depois?
A resposta de Andras foi um sorriso frio.
-- Vou mantê-la em cativeiro até quando? -- Lorraine puxou o braço.
-- Ainda não acabamos, Lorraine -- disse ela soltando o braço da médica --Você ainda está me devendo explicações.
Lorraine respirou firmemente enquanto olhava para a mulher parada em sua frente. Sim, ela tinha razão. Estava pensando na Alisson, desejando-a ardentemente. Estava desesperada para sair voando dali e encontrá-la em seu cativeiro, e Deus, como estava confiante que seu plano desse certo.
-- Tudo bem! -- respirou fundo. Precisava manter-se tranquila -- Que tipo de explicação você quer?
A jogada de Lorraine pareceu dar certo, pois, Andras, pareceu surpresa.
-- Vamos deixar para amanhã. Quem sabe a loira apareça -- ela olhou para Lorraine e sorriu -- Ela ainda é totalmente apaixonada por você. Vejo na maneira como ela olha para você. A maneira como sempre olhou.
Andras abriu a porta e foi embora. Lorraine correu até o quarto e colocou a primeira roupa que viu pela frente. Quando voltou para a sala deu de cara com Lucia.
-- Meu Deus! Que susto! -- colocou a mão sobre o coração -- Aonde estava até agora?
-- Na festa. Onde mais? -- Lucia sentou-se no sofá e retirou as sandálias.
-- A festa já acabou faz horas -- Lorraine pegou a bolsa e as chaves e caminhou até a porta.
-- Ficamos para comer o bolo de casamento. Estava uma delicia! E a doutora vai aonde a essa hora?
-- Fui chamada para uma emergência no hospital. Provavelmente só volto pela manhã.
-- Tá certo! -- Lucia balanço a cabeça -- Coitada! Vida de médico é fogo.
Durante um momento, seus olhares se cruzaram e Nádia notou em Patrícia uma estranha expressão, que foi incapaz de interpretar.
-- O que foi? -- Nádia perguntou tomando mais um gole de bebida -- Está me olhando com um olhar esquisito.
-- Vamos dar um passeio pela praia?
-- Vamos, sim.
A areia, estava morna e macia. Nádia tirou as sandálias e as entregou para Patrícia.
Andaram em silêncio, percorrendo a praia até que decidiram sentar.
-- Você me surpreendeu -- disse Nádia.
-- Por quê diz isso? -- Patrícia perguntou, sem deixar de olhar para o mar.
-- Você era a última pessoa que pensei que me salvaria daquela festa.
-- Faço qualquer coisa por um porre.
-- Sua bobinha! -- Nádia deu um tapa de leve na perna dela.
-- Você foi muito legal comigo quando a Silvana morreu. Eu nunca esquecerei disso -- Patrícia começou a se divertir, fazendo buracos na areia com os pés -- Posso fazer uma pergunta?
-- Lógico!
-- Você ama a Alisson? -- perguntou e deu um gole enorme na bebida.
-- Amo!
Patrícia não disse nada, mas parecia estar ligeiramente desconcertada.
-- Como uma irmã -- Nádia completou -- Por isso estou tão preocupada com ela.
Patrícia afogou-se com a bebida. Tossiu um pouco, depois perguntou:
-- Sério?
-- Sério! -- Nádia sorriu -- Não devia ficar fazendo perguntas para uma pessoa bêbada.
-- Verdade. Sabia que o álcool dispara a região do cérebro responsável pela honestidade. Então não me pergunte se te amo quando eu estiver bêbada.
Nádia olhou séria para ela.
-- Isso foi uma brincadeira, né?
-- Claro... claro -- corrigiu sem jeito -- Acho que vou nadar -- anunciou, e se levantou estendendo a mão para Nádia -- Vamos?
Finalmente, Lorraine parou o carro diante de uma casa velha, longe da rodovia.
A garota tatuada estava na porta da frente quando ela desceu do carro. Estava absurdamente nervosa. Sorriu para Lorraine e apertou sua mão com um gesto caloroso.
-- Que bom que a doutora veio -- disse a garota, conduzindo-a para o interior da casa -- Nós já estávamos ficando preocupadas.
-- Com o que? -- Perguntou Lorraine, seguindo a garota por um longo corredor.
-- Ela ainda não acordou. Parece até morta -- disse a garota, preocupada.
-- Não se preocupe. Ela tomou a dose certa, só vai acordar daqui a cinco horas -- falou com toda segurança.
-- Ela está aqui -- a garota abriu a porta para Lorraine entrar, depois retornou pelo mesmo corredor.
Alisson estava dormindo profundamente. Lágrimas rolaram pelo rosto de Lorraine. Ela deitou ao lado da loira, segurou-lhe o queixo e tocou-lhe a testa com os lábios.
-- Como senti sua falta, meu amor! -- exclamou, roçando os lábios em seus cabelos -- Amo tanto você, Alisson -- passou a mão com carinho pelos cabelos cacheados da pediatra e beijou suavemente os seus lábios -- Me perdoa, mas eu vou ter que fazer isso.
Lorraine pegou as algemas da bolsa e prendeu as mãos da loira na cabeceira da cama.
-- Isso dói mais em mim do que em você, acredite. Porém, será necessário.
Lorraine deitou-se novamente na cama, encostou sua cabeça sobre o peito de Alisson, fechou os olhos e logo dormiu.
Fim do capítulo
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Mille
Em: 16/06/2017
Bom dia Vandinha
Hum será que teremos um casal Nádia e Patrícia??? Já ouvi os sinais dos cupidos.
Nádia tem um sentimento pela Alison de irmã, e nós julgando ela.
Lorraine é doidinha e só vai tirar a Alison do cativeiro quando obter as provas que a Andras tem contra ela. Que a força do bem esteja com ela e consiga se livrar deste demônio.
Bjus e até o próximo capítulo, um ótimo final de semana
Resposta do autor:
Olá minha querida!
Um final de semana cheio de paz e amor, para você também.
Beijuuusss...
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