Capítulo 42
O Jardim dos Anjos -- Capítulo 42
Na sexta, Alisson, continuava sem disposição para trabalhar, e isso deixou Helena Burnier ainda mais preocupada. A filha adorava o que fazia, pelo menos sempre fora assim, e agora tudo lhe parecia sem importância.
Fazia poucos minutos que ela chegara ao orfanato e foi direto para o quarto de Priscila.
-- Bom dia, abelhinha! -- sentou-se ao lado dela na cama e afagou os seus fartos cabelos -- Está feliz?
-- Estou. Eu gosto muito da tia Adia e do "cacholo" dela.
-- O peteleco... Fala o nome dele pra Ali...
-- "Peleleco" -- a menina falou com entusiasmo.
Alisson sorriu. Priscila era a sua felicidade. A menina era inteligente e corajosa. Sua presença fazia bem à alma. Era difícil manter-se triste com ela perto, que ria e conversava com entusiasmo.
Queria ter muitos filhos. Encher a casa de crianças e cachorros. O que a fez pensar que não teria isso se casasse com Lorraine. Sempre soube de seus traumas, mas acreditava que a sinceridade e a intensidade de seu amor por ela, acabariam por conquistá-la. Então pensava que com o tempo teriam uma relação normal, com um lar e com filhos. Porém, em vez disso, a mulher a que amava, entregou seu coração a outra pessoa.
Tinha sido ingênua ao não ver que estava apaixonada sozinha. Concluiu que sabia muito pouco sobre o coração de Lorraine.
Lorraine se debatia entre os lençóis, como se eles fossem ondas gigantes. Lutava contra o mar, enquanto as ondas pareciam ficar cada vez mais fortes. Sentia-se fraca. Tentava voltar à tona, mas não conseguia. Ela rezava, pedia a Deus que enviasse Alisson para salvá-la. Debatia-se, engolindo água. Não queria morrer sem a chance de contar toda a verdade para ela. Dizer a Alisson quanto a amava, o quanto deseja casar-se com ela, ser a mãe da Priscila e de muitos outros filhos. Tinha que viver para lhe dizer tudo o que guardava em seu coração.
Outra onda a envolveu, e tudo ficou escuro, estava perdendo os sentidos, estava morrendo... Não havia mais nada, só silêncio e paz.
Abriu os olhos, mas dessa vez tudo estava tranquilo, sem choro, nem desespero para respirar. Apenas uma voz calma e delicada.
-- Você morreu, Lorraine -- disse o anjo com o rosto rígido e frio.
-- Eu morri? Por quê não me salvou? Pensei que você faria de tudo por mim. Que sempre estaria ao meu lado, me protegendo, me defendendo, mas não, ficou assistindo enquanto eu me afogava.
-- Você morreu, Lorraine -- o anjo repetiu.
Foi só então que percebeu que ele tinha o rosto banhado em lágrimas.
-- Não! Eu não morri! Eu não morri! -- Lorraine gritava, lutando desesperadamente com as mão de Lucia que tentava acordá-la.
-- Calma, doutora Lorraine, calma! -- pedia Lucia -- É apenas um pesadelo.
Lorraine sentiu um certo alívio. O pesadelo se fora, e ela estava viva.
-- Jesus! Pensei que tivesse morrido -- sentou na cama, esbaforida.
-- Quem quase morreu, fui eu. A doutora me dá cada cagaço -- ela disse zangada, saindo do quarto e fechando a porta.
Lorraine puxou o lençol para o lado levantando-se da cama.
-- Morri coisa nenhuma, seu anjo bobalhão. Não tá morto quem peleia -- saiu correndo para o banheiro e parou diante do espelho -- Dona Helena Burnier tem toda razão: "Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir". E eu decidi, lutar.
Tomou um banho de chuveiro, vestiu-se e, enquanto saboreava o café da manhã na cozinha, planejava o que faria durante o dia.
-- A doutora vai ao casamento da doutora Nádia? -- Lucia perguntou e ficou esperando pela resposta que seria no mínimo uma canecada na cabeça, porém surpreendentemente, Lorraine respondeu sorrindo.
-- Lógico que vou! De jeito algum faltaria ao casamento de minha querida irmãzinha -- levantou-se com a caneca de café na mão -- Falando nisso, quero que busque o meu vestido no atelier. Já conversei com a Jaqueline é só retirar.
-- Eu também vou ao casamento. A Nádia me convidou -- disse Lucia, esfregando as mãos -- Será inesquecível.
Lorraine sorriu com ar de mistério.
-- Você tem razão. Será inesquecível.
Fael entregou a caneca com café para Alisson e sentou-se ao lado dela no sofá.
-- Tem certeza que vai passar a sua lua de mel nesse lugar?
-- E por quê não? Parece ser uma cidade bem legal.
-- Conversou com a Nádia sobre isso? Ela concordou de boa?
-- A Nádia é uma pessoa compreensiva e boa. Ela faz questão de me ajudar a procurar a mãe da Priscila -- Alisson tomou um gole de café e ficou olhando pensativa a fumaça que saía da caneca.
-- Vou fazer uma pergunta e quero que me responda com sinceridade -- Fael virou-se para encarar a amiga -- Caso a Lorraine aparecesse agora na sua frente, chorando, dizendo que te ama loucamente, implorando o teu perdão e querendo voltar? Você aceitaria ela de volta?
-- Nem que ela venha coberta de ouro e com um pote gigante de Nutella na mão, eu aceitarei ela de volta. Posso até perdoar, afinal, perdão não se nega a ninguém, mas voltar, jamais.
Fael fez uma careta.
-- Posso jurar que vejo estrelas brilhando em seus olhos azuis sempre que falamos nela.
-- As vezes mesmo amando devemos saber a hora de deixar o outro partir. Perdi a confiança nela. Lembra aquele nosso amigo do orfanato que escreveu Nutella no potinho do exame de fezes? Pois é, nunca mais consegui confiar nele.
Lorraine sentou-se calmamente atrás de sua mesa enquanto o técnico em informática ligava o computador.
-- Todas as câmeras foram instaladas, nenhum cantinho sem monitoramento. Salvo lógico, os que invadem a privacidade das pessoas.
-- Ótimo. E a sala da Andras? -- ela perguntou ansiosa com um brilho no olhar.
-- Olha só doutora que presentinho estou lhe dando.
O rapaz apontou para a tela do computador.
-- Câmera 23, doutora.
Lorraine clicou enter e ficou deslumbrada.
-- Câmera 3D de alta resolução. Esse dispositivo captura tudo o que está ao redor do equipamento. Ele registra o ambiente completo em Ultra HD, grava vídeos em 4K e 3D. A doutora pode até fazer uma viagem via realidade virtual pela sala, "descobrindo" o cenário enquanto se mexe no mouse.
-- Infelizmente não abre gavetas e armários -- disse divertida.
-- Podemos tentar um robô. Que tal?
Risos.
-- Não será preciso -- Lorraine olhou para ele com a maior cara de malvada -- Já tenho um plano, que tenho certeza, vai dar certo.
Lorraine fez figa. Ainda havia uma chance para ela, e se agarraria com unhas e dentes nesse plano.
-- Quem é vivo sempre aparece! Voltou ao trabalho justo na véspera do casamento? -- Agnes deu a volta no balcão e foi até Alisson para abraçá-la.
-- Não vim trabalhar. Passei apenas para entregar alguns documentos no RH, e dar uma última olhada em minha noivinha antes do casamento.
-- Que fofa! A doutora Nádia acabou de passar por aqui em direção a pediatra. Ela deixou avisado que ficará somente até o meio dia.
-- Então vou até lá falar com ela, antes que suba para a sala.
-- Vai lá.
Alisson atravessou o setor de enfermagem e caminhou apressada pelo corredor que levava a pediatria. A pasta que ela tinha nas mãos caiu e os papéis se espalharam pelo chão de mármore.
A pediatra balançou a cabeça irritada consigo mesma e abaixou-se para recolher os papéis.
-- 1...2...3... -- resmungava enquanto catava os documentos.
-- Não tenho mais como adiar esse depoimento. A doutora vai ter que depor semana que vem -- disse o investigador à Lorraine, enquanto caminhavam em direção ao elevador.
-- Por favor, inspetor Pinto. Consiga para mim mais alguns dias, semana que vem é o meu casamento, não estou com cabeça para mais nada além dos preparativos para a festa.
O inspetor permaneceu em silêncio por alguns instantes, como se hesitasse em responder.
-- Você é uma raposa, Lorraine -- disse ele, com um leve sorriso de canto.
-- Devo considerar essa resposta como: "Sim, Lorraine, deixarei o seu depoimento para daqui a quinze dias?"
Dessa vez em resposta ele gargalhou.
-- Lorraine, Lorraine... -- disse e entrou no elevador -- Quinze dias, nada mais que isso -- sentenciou, com veemência.
Assim que as portas do elevador se fecharam, Lorraine comemorou:
-- Yes! -- voltou a caminhar -- É o tempo que preciso para... -- de repente, suas pernas ficaram bambas e ela precisou encostar-se a parede.
Alisson estava agachada, concentrada em organizar uma pilha de papéis que estavam espalhados pelo chão.
Pensou em ajudá-la, mas, com certeza, sua presença não seria bem-vinda naquele momento. Por isso manteve uma distância segura, pois não suportaria outra discussão.
Parecia haver passado tanto tempo, a saudade era enorme. Lágrimas teimosas rolavam pelo seu rosto. Eram incontroláveis. Lorraine respirou firmemente enquanto olhava para a bela mulher agachada alguns metros a sua frente. Sim, ela era linda.
Ficou inclinada em sua direção mais alguns minutos, então virou-se e saiu.
-- Finalmente -- Alisson se levantou e ajeitou a pasta em baixo do braço -- Quanto mais pressa, pior -- resmungou.
-- Ora, ora, se não é a minha bela e adorável noiva? -- Nádia se aproximou e fez um carinho em seu rosto -- A Agnes me contou que estava aqui. Veio trazer os documentos que o RH pediu?
-- Sim e, queria te ver, também. Estava me sentindo abandonada.
Nádia sorriu.
-- Você está tão carente, minha loira -- puxou-a para junto de si, fazendo-a encostar a cabeça em seu peito -- Vou cuidar de você. Tá bom?
-- Tá bom! -- respondeu Alisson, enroscando-se nela como uma gata manhosa.
Lorraine não sabia como havia conseguido chegar à sala. Jogou-se pesadamente em sua cadeira e inclinou a cabeça para trás, fechando os olhos por alguns instantes.
-- Eu vou te reconquistar, Alisson. Juro que vou.
Olhou para o computador e lembrou das câmeras de monitoramento.
-- Quais serão as câmeras daquele andar? Vejamos... Câmera 23, da sala da Andras. Então, deve ser do 20 para baixo... 18... 15...
Lorraine não estava preparada para a cena que viu. A reação imediata dela foi a de cair em um choro compulsivo. Mas essa reação foi imediatamente substituído por um impulso de fúria.
Lorraine passou a mão pela mesa e jogou todo o equipamento recém-instalado, no chão.
-- Sua traidora! Como você tem coragem de entregar-se às carícias de outra mulher?
-- Doutora Lorraine! -- Sandy gritou da porta em uma mistura de choque e medo -- Meu Deuuuusss.... Aiiiiiiiiii... -- fechou a porta quando viu o cinzeiro voando em sua direção.
Felipe parou diante da porta fechada da sala de Lorraine.
-- Que bagunça é essa? -- perguntou assustado.
-- A doutora Lorraine está surtando -- Sandy ainda tremia.
Lorraine saiu da sala. Felipe observou o andar decidido e o semblante fechado da irmã. Na verdade, ela estava furiosa. Nada de anormal, tudo isso combinavam muito bem com sua personalidade forte e marcante.
-- Aonde você pensa que vai, mocinha?
Lorraine manteve o andar apressado em direção ao elevador, mas Felipe a interceptou.
-- Você não vai sair daqui nervosa desse jeito.
Lorraine parou e encarou-o.
-- Tente me impedir.
-- O que aconteceu? -- ele passou o braço pelos ombros da irmã, caminhando até onde havia menos gente.
-- Nádia e eu temos assuntos a discutir.
-- Que assunto?
-- Você não é idiota, Felipe. Sabe muito bem qual é o assunto.
-- Ah, tá! -- Felipe retirou o braço dele dos ombros da irmã e indagou áspero: -- Ainda não se conformou?
Ela não respondeu. Desviou o olhar para o grupo de enfermeiros parados em frente ao elevador.
-- O casamento delas é amanhã, minha querida -- com carinho, Felipe deu um tapinha nas costas dela -- Vá para casa. Fique linda para amanhã. Siga a sua vida, Lorraine. A Alisson é uma pessoa íntegra, ela jamais magoará a Nádia. Esqueça ela -- ele disse, sem tirar os olhos da irmã.
-- Eu não vou desistir, Felipe. Eu amo a Nádia, ela é a minha irmã querida, mas eu e a Alisson nos amamos e nada pode separar duas pessoas que se amam de verdade e que lutam por esse amor. Haja o que houver, aconteça o que acontecer, eu juro, nada nos separará.
Felipe ficou olhando para ela, estudando aqueles olhos úmidos, querendo entendê-la. Não perguntou mais nada, não insistiu, mas ficou sem entender o porquê daquela mudança repentina.
Alisson tomou mais uma xícara do seu café e deitou em sua cama, tentando relaxar. Teria um longo dia pela frente. Apesar da cerimonia de casamento ter sido obviamente organizada em seus mínimos detalhes pela empresa contratada por Nádia, sentia-se cansada. Talvez, pelo turbilhão de emoções que revirava dentro dela.
Lutava desesperadamente contra as lembranças das quais queria se ver livre: Quando ela e Lorraine se conheceram, quando fizeram amor pela primeira vez, o primeiro, eu te amo... e o dia em que Lorraine disse que não a amava mais.
Teve pena de si mesma. Seu mundo caiu. Nunca foi dada a lamentações e ataques de depressão, mas excepcionalmente hoje, dia do seu casamento. Ela resolveu dar-se esse direito.
O amor por Lorraine a deixara enfraquecida. Ela a decepcionou a tal ponto que só lhe restou uma alternativa: Deixá-la para trás e seguir vivendo.
Lorraine pegou um drinque no bar, desviando os olhos em direção à Andras que conversava com Pâmela próxima ao altar montado no jardim. Ela não podia negar que estava maravilhada com a decoração e a perfeição na recepção aos convidados. Se aquela era uma recepção simples, imaginou se Nádia e Alisson houvessem pensado em uma recepção sofisticada.
Tudo que acontecia ali deixava Lorraine deprimida, mas tinha que ser forte e dissimulada. Precisava apenas controlar os nervos por mais um tempinho.
Forçou um sorriso para o pai e os seus amigos políticos, e foi em direção a Patrícia, segurando uma taça de champanhe.
-- Que surpresa agradável -- os olhos dela se iluminaram com um sorriso perverso -- Pensei que não viria -- Lorraine olhou para Andras -- Perdeu o medo dela?
-- Estou com Helena Burnier e a Alisson. Andras não será louca de tentar algo contra mim.
-- Quando vai deixar de se esconder debaixo da saia de dona Helena e enfrentar Andras?
-- Se acha tão simples assim, por quê não se livra dela? -- Patrícia não se considerava baixa, mas, mesmo de salto alto, tinha de erguer o pescoço para falar com Lorraine.
Lorraine imaginou-se derramando a champanhe sobre a cabeça dela, porem controlou-se.
-- Busco parcerias -- disse dando um gole na bebida.
Os olhos de Patrícia foram diretamente em direção a Andras.
-- Deixe-me ver se entendi... Está pedindo a minha ajuda para derrotar o demônio? -- ela murmurou.
Lorraine ergueu a taça e disse:
-- Touché!
-- Será que vocês poderiam, por favor, parar de me esticar de um lado para outro? -- disse Alisson, já sem muita paciência.
-- Só estamos tentando lhe ajudar, sua grossa! -- Agnes deu um passo para trás -- Nossa!
Alisson respirando fundo, olhou-se pela última vez no espelho.
-- O que acha Beca?
-- Só tenho uma coisa a dizer:
Quando Deus te desenhou
Ele tava namorando
Quando Deus te desenhou
Ele tava namorando
Na beira do mar
Na beira do mar, do amor... (Armandinho)
Alisson sorriu.
-- Obrigada, amiga.
-- E eu Beca? -- perguntou Agnes -- Canta para mim também.
-- Tá bom!
Quando Deus te desenhou ele estava sem borracha.
A caneta escorregou e nasceu essa desgraça!!!!!
Beca saiu furiosa do quarto.
-- Você deveria tratar ela com mais carinho, Beca -- repreendeu Alisson -- Só damos valor quando perdemos... ai ficamos desesperados.
As faces de Beca queimavam como se tivesse levado um tapa.
-- Você tem razão. Vou atrás dela e pedir perdão -- disse Beca, visivelmente envergonhada -- Nádia contratou uma limusine para levar você. O automóvel está estacionado em frente ao prédio.
Alisson balançou a cabeça.
-- Me nego a entrar em uma limusine. É uma ostentação desnecessária. Não foi isso que combinamos. O combinado era que eu iria com você e a Agnes.
-- Não faz assim, Alisson. Você vai magoar a Nádia. Ela deve ter feito isso com a melhor das intenções -- Beca caminhou até a porta -- E tem outra, você não vai querer entrar no mesmo carro que a Agnes. Ela deve estar virada no bicho.
Alisson suspirou fundo.
-- Tá certo -- concordou -- Não custa nada fazer a vontade dela.
Lorraine fazia um pequeno tour ao redor da casa, longe dos convidados. A única coisa que queria agora era uns minutos de silêncio. Sua cabeça começava a doer com o barulho e a tensão de fingir estar se divertindo. Aquela noite era literalmente a noite que pagaria todos os seus pecados.
Suas esperanças de um rápido momento de tranquilidade desapareceram quando olhares curiosos pousaram sobre ela.
Lorraine olhou para os lados e não viu nenhum adulto acompanhando a menina. Soltou um suspiro e caminhou em direção a ela.
-- O que faz sozinha aqui, Priscila? -- perguntou com certo embaraço. Sem dúvida não tinha o menor jeito com crianças.
-- Pelando a Alis.
Lorraine sorriu. A menina olhava atentamente para ela.
-- Você faz a Alis "chola", mas eu "goto" de você.
Foi um balde de água fria, tirando-lhe o sorriso do rosto e fazendo Lorraine sentir-se um lixo.
Alisson estava a ponto de pular da limusine. O motorista era insuportável. Dirigia o automóvel a 20 por hora e a moça que o acompanhava ficava o tempo todo oferecendo champanhe para ela.
-- Eu não quero, moça. Por favor, não insista!
-- Sabe o que é dona? É que esse é o nosso ganha pão. Tudo o que a senhorita beber é cobrado e, o lucro é para nós. Temos cinco filhos para sustentar, talvez para a doutora não faça diferença uns trocados, mas para nós faz muita diferença -- disse a moça, sentada ao lado da loira.
-- O preço de uma champanhe dessas, compra o almoço para a nossa gurizada. Quem sabe até a janta -- o motorista fez um esforço para sorrir.
Alisson ficou tocada com a história do casal.
-- Tudo bem! Eu vou tomar uma taça de champanhe.
-- Que maravilha! -- a moça vibrou exageradamente -- Vou servi-la!
"Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir"
Cora Coralina
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:

Mille
Em: 14/06/2017
Bom dia Vandinha
Lorraine terá que correr para conseguir reconquistar a Alison e enfrentar a Andras espero que com a ajuda da Patricia consiga as provas que ela tem contra a Lo.
Mais estou achando que ela vai aprontar no casamento da irmã já estou ansiosa pelo próximo capitulo.
Bjus e até o próximo
[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
Em: 14/06/2017
Helena deu umas sacudidas em Lonzinha.
Que bom que Lonzinha vai tentar alguma coisa para se livrar de Andras. Será que Patrícia vai ajudá-la a destruir Andras? Se bem que se Lorraine tivesse contado aos amigos e à Ali tudo seria diferente
Feliz por Priscila gostaria de Lorraine
Acho que Alisson vai chegar alegre ao casamento kkk
Abraços fraternos procês!
[Faça o login para poder comentar]

patty-321
Em: 14/06/2017
Vc não existe van. E uma comediante. Esses diálogos engraçados e casoistas são bons demais. Beca não presta. A lo e doida demais. A Alis vai chegar bêbada no casamento. Kkkk. E a Nádia parece q esqueceu q o casamento com a alis e sem amor e tá ostentando. Vai sofrer, tá caída p Alis q ama demais a Lo. Bjs
[Faça o login para poder comentar]

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]