Amanda

- Flávia? Olha para mim...

Ela continuava fingindo que não estava me ouvindo. Passei as mãos por meus cabelos e bufei. Estava tentando ter uma conversa sensata com aquela mulher, mas ela parecia uma criança emburrada. Fazia meia hora que estávamos sentadas na beira da piscina de sua casa. Depois do susto de hoje de manhã, alguns parentes da família continuaram na casa. Fui até o meu apartamento, mas não suportei ficar brigada com ela e decidi voltar.

- Vai me ignorar até quando? – nenhuma resposta. – Eu não acreditei em uma palavra que a Fernanda disse, Flávia. Fiquei zangada por você ter caído nas provocações dela. Me desculpe se passei a impressão que não acreditei em você... – ela continuava olhando para frente. – Quer que eu vá embora? – percebi que ela tremia, abaixou a cabeça e pôs as mãos sobre o rosto. – Você tá bem? Flávia...  O que...

Foi somente ai que percebi que a minha namorada estava rindo. Ela segurou, mas logo começou a gargalhar. Franzi meu cenho e contive a vontade de dá um tapa em sua cabeça. Tentei levantar, mas ela se jogou sobre mim. Me prendeu a cintura e me fez deitar na beira da piscina. Eu tentei me levantar, mas ela jogou todo seu peso sobre mim.

- Calma! Oh! – continuava rindo. – Gata selvagem...

- Do que tá rindo? – estapeei seu braço, mas ela me fez parar no mesmo momento, quando sua boca passou a devorar a minha com urgência. Senti meu corpo esquentar no mesmo momento. Ela mordia, sungava e ch*pava meus lábios e língua, me fazendo perder o juízo.

- Mais calma? – ela perguntou ofegante. Eu estava da mesma forma e então não respondi nada. – Estava apenas brincando. Fiquei chateada quando você deu a entender que estava caindo na dela, mas depois vi que não. Amor, eu não vou ficar brigada com você por causa daquela psicopata dos infernos... – ri.

- Então por que me fez ficar meia hora falando sozinha? Reclamei.

- Porque eu estava tentando ser difícil. – ela piscou para mim.

- Vai ter troco... – ela gargalhou. Se aproximou de meu pescoço, o mordiscando.

- Vai é? – sussurrou baixinho em meu ouvido para depois passar a língua sem pressa por lá. Fechei meus olhos e senti uma pontada em meu ventre e sex*.

- Vai sim... – falei em um fio de voz.

- De que forma? – provocou.

- Fazendo você goz*r a noite toda pra mim... – a respiração dela ficou pesada e eu adorei aquilo.

- Vou cobrar com juros... – me encarou e seus olhos já estavam em chamas, me fazendo ficar muito excitada.

- Pode começar agora... – sorri.

Flávia mordeu o meu lábio inferior e o puxou. Arfei e logo um beijo lento e muito gostoso se iniciou. Eu sabia que não podíamos ir muito longe pelo local que estávamos, mas naquele momento eu só queria sentir tudo que a Flávia tinha para me dá. Gemi baixinho quando a senti se mover lentamente sobre mim. Senti meu sex* ficar inundado e o coração ir na boca.

- Mas, que safadeza é essa aqui?

No susto, empurrei a Flávia que foi parar dentro da piscina. Camila e Samantha riam a plenos pulmões. Minha namorada voltou a superfície e olhou as primas de forma ameaçadora.

- Vocês me pagam!

 

Isa

- Como tá manhosa... – me aconchegava o máximo que podia em minha namorada.

- Não vou te largar mais... – falei de olhos fechados.

- Hum... Assim que eu gosto... – me apertou forte.

- Você me deu um susto muito grande senhorita Freire. Está de castigo... – prendi o riso.

- A é? E que castigo será esse? – perguntou fingindo seriedade.

- Vai ficar agarradinha comigo até amanhecer...

- Sério? Que castigo bom... – rimos.

Passamos algum tempo em silencio, apenas sentindo a respiração uma da outra. Até agora eu não estava crente do que aconteceu. Foi desesperador demais passar pela incerteza. Pedi a Deus tantas vezes que não a levasse de mim. Que tudo pudesse ficar bem no final. Não quero nem imaginar o que poderia acontecer. É doloroso e eu prefiro guardar o que aconteceu hoje como uma lembrança ruim no fundo da minha memoria. Hoje mais do que nunca eu só queria aquela mulher na minha vida e faze-la feliz. Sim! Minha meta de hoje em diante.

Ouvimos batidas na porta.

- Pode entrar! – Nick falou.

- Oi... – Paloma botou apenas a cabeça para dentro do quarto.

- Oi mana...

- Oi cunhadinha...

- Será que eu posso ficar de vela só um pouquinho? – ela perguntou envergonha e nós rimos.

Paloma não desgrudou da irmã o dia inteiro. Até mesmo queria entrar no banheiro com ela, fazendo não somente a Nicole, mas a mim também rir. A entendo completamente e achava aquele cuidado com a irmã a coisa mais linda do mundo.

- Deita aqui... – nos afastamos e Paloma deitou do outro lado, deixando Nick no meio. Ela enterrou o rosto no pescoço da irmã. Nicole me olhou sorrindo.

- Desculpa ter virado chiclete hoje, mas eu não posso evitar. – a voz dela saiu abafada.

- Tá tudo bem. Gosto desse carinho todo... – a voz da minha namorada saiu doce e eu me apaixonei um pouquinho mais.

- Eu te amo Nicole... Muito... – a voz dela embargou e passou a chorar baixinho.

- Oh, meu Deus... – beijou o topo da cabeça da irmã. – Eu te amo minha pirralha teimosa... Não chora pois vai me fazer chorar também...

- Tudo bem... – ela respirou fundo.

- Vai sujar meu pescoço de meleca... – Nick tirou uma gargalhada da irmã.

- Acho que já sujei...

- Cadê a Flávia? – perguntei.

- A última vez que vi, tava esganando a Samantha. – gargalhamos.

- Por que? – Nick perguntou.

- Ela estava de saliência com a loira na beira da piscina. As intrometidas deram um susto nas duas. A mana foi parar direto na piscina. – gargalhamos. Fiquei a imaginar a cena.

- Ao menos se acertaram... – comentei me recuperando.

- Falar em acertar... – Nicole comentou.

- Mana... Me chama para ver você dando uma dura na mosca morta?

- Paloma... Nicole...

- Isa... – elas disseram juntas.

- Amor... Eu só vou ter uma conversa com essa mulher.

- Nenhum puxão de cabelo? – Paloma perguntou esperançosa e eu a olhei feio. – Tudo bem, tudo bem...  Sem puxão de cabelo...

 

Cássia

Flávia e eu estávamos no estacionamento da faculdade. Havíamos saído do estagio no bosque há uma hora, almoçamos e agora iriamos assistir a única aula do dia e ir ao centro cultural. Peguei a minha bolsa e tranquei o carro, quando um outro estacionou ao nosso lado. Minha cunhada saiu dele com um sorriso estranho.

- O que faz aqui mana? – Flávia perguntou o que eu queria saber.

- Vim conhecer a mulher que quer a minha namorada... – um sorriso grandioso surgiu em Flávia. Nesse momento a professora Fernanda estacionava do outro lado do estacionamento.

- É aquela ali... – apontei. Nicole cerrou os olhos.

- Ótimo... – Fernanda saiu do carro e quando se preparava para sair do estacionamento, Nicole a chamou. – Fernanda?

A mulher olhou rapidamente em nossa direção. Torceu o beiço quando viu a Flávia, mas mesmo assim veio até nós. Vimos a Amanda chegar e logo se aproximar. Sorri com a possibilidade de ver briga de mulher.

- O que deseja? – ela perguntou.

- O que tá acontecendo? – Amanda perguntou baixinho para a Flávia, mas eu pude ouvir.

- Nick veio defender a namorada... – deu de ombros.

- Podemos conversar por uns minutos? – Nicole estava assustadoramente calma.

- Do que se trata? – perguntou nos olhando e quase secou a Amanda. Flávia respirou pesado e segurou a mão da loira.

- Olha... Sei que andas perturbando a minha irmã e dizendo o que não deveria. Não vim defende-la, pois você melhor que ninguém já percebeu que ela sabe fazer isso muitíssimo bem. – olhou para a irmã e sorriu. – É claro... Se tocar em um fio de cabelo dela aí a coisa muda de figura...

- Isso é uma ameaça? Aonde quer chegar? Por favor não me faça perder tempo. – ergueu a sobrancelha. – Tenho que fazer... Não sou desocupada como essa daí... – Flávia não se abalou com o comentário e jogou um beijo para a mulher, a deixando vermelha de raiva.

- Insuportável... Mal comida... – Flávia deu de ombros.

- Flávia... – Amanda prendeu o riso, mas eu não.

- Diga logo o que quer, antes que... – passou a mão pelos cabelos em fúria.

- O negocio é o seguinte. Sei muito bem que andou falando sobre a minha namorada para a Flávia. – Nicole já não estava tão amena assim.

- Do que tá...

- Isabela Pantoja... Isa para os íntimos. – Fernanda arregalou os olhos. Parecia até que havia visto um fantasma.

- Eu não...

- Só cala a boca. Olha senhorita, eu odeio violência, mas não me importaria de usa-la contra a senhora. Se eu souber que andou fazendo insinuações sexuais ou de qualquer tipo sobre a Isa, eu volto aqui e não tenho nada a perder em dá-lhe uma merecida surra. Espero que nem em sonhos se aproxime dela...

- Olha aqui... Eu não vou ficar escutando desaforo. Não chegarei perto de ninguém e espero que nunca mais se aproxime. – quase gritou. – Não me perturbe mais.

- Só depende da senhora...  – Nick deu ênfase na última parte. – Tá avisada... Passe bem.

- Nossa... – falei maravilhada. – Por isso amo as mulheres dessa família...

 

Nicole

A mulher saiu colocando fogo pelas ventas. Cássia e Flávia riam descontroladamente, enquanto Amanda me olhava surpresa. Não blefei nem por um segundo e arrancaria com pinça fio por fio de cabelo daquela piranha se ela não manter o que disse.

- E eu achando que já havia visto de tudo. – Amanda comentou.

- Essa vagabunda que não se atreva a falar mais nada. – ergui a sobrancelha.

- Do jeito que ela saiu... Acho que entendeu direitinho o recado. – Cássia falou.

- Nem eu faria melhor... – Flávia me abraçou. – Olhos bonitos vai ficar brava...

- Eu me acerto com ela depois... – ri.

-Vamos? Vocês tem aula... – Amanda chamou.

- Agora vou estudar muito mais feliz... – Flávia falou animada. – Até a noite mana e cuidado... Manda mensagem quando chegar no trabalho e quando sair... E quando chegar em casa e...

- Flávia? – a sacudi pelos ombros. – Calma...

- Desculpe... É só.

- Eu entendo minha branquela... Eu aviso. Ok? – ela sorriu e eu a abracei.

Me despedi delas e voltei para o trabalho. Me sentia de alma lavada e isso ninguém me tiraria. O pessoal da empresa pareciam tentados a se aproximar, mas não o faziam. Entrei na minha sala e sorri com o buque de lírios em um jarro sobre a minha mesa.

Me aproximei e vi um pequeno cartão. Meu coração acelerou quando reconheci a caligrafia perfeita da Isabela. Sentei em minha cadeira me sentindo toda boba.

“Estou com saudades e pensando em você... Quero me concentrar, mas não posso. Pode por favor devolver o meu juízo? Eu te amo”.

- Eu te amo muito mais... Muito...

Mandei a mensagem que Flávia pediu, mandei uma para o meu amor e trabalhei com um sorriso de orelha a orelha. Nem mesmo a quantidade de documentos que foi posta sobre a minha mesa para serem analisados me tirou isso.

Avisei as minhas irmãs que estava saindo da empresa que ficava localizada na BR 316, em Ananindeua e se eu tivesse sorte, seria pouco mais de quarenta minutos para chegar em casa. Dirigi pela Mario Covas tranquilamente, enquanto observava as pessoas passando. Um outdoor com a imagem da minha tia e a Micaela estava próximo a uma parada de ônibus. Elas faziam um casal bonito e muito divertido. Parei no supermercado, comprei algumas guloseimas para as meninas e eu. A minha frente um casal jovem de meninas conversavam baixinho.

- Tem certeza que quer fazer isso? – a de cabelos curtos e negros perguntou para a loirinha.

- Claro que quero, Luiza. Se eles não aceitarem, não posso fazer nada. Te perder não é uma opção. – sorriram uma para a outra.

- Você me deixa toda boba... – a de cabelos curtos beijou a loirinha no rosto. – Em todo caso... Eu estarei ao seu lado... Segurando a sua mão...

- Eu sei que estará... – a outra se derreteu.

Sorri discretamente, enquanto via as duas saírem do supermercado. Lembrei da minha morena dos olhos verdes e senti meu coração responder no mesmo instante. Fazia menos de doze horas que estive com ela e já estava morrendo de saudades.

- Isa... Isa...

Respirei fundo.

 

Emily

Sábado de manha. Casa nova da Jaqueline e Marcela.

A casa da Jaque e da Marcela parecia mais uma fraternidade americana. O Nando estava todo feliz com o cachorro que a Becca deu a ele. Já estava sofrendo por antecipação com a partida dos dois. Sei que era só atravessar a avenida, mas mesmo assim eles deixariam um grande vazio.

Olhei para a minha mulher que conversava com a loira. Ela não me deixava sozinha nem por um momento desde aquele dia. Eu levava a minha vida normalmente. Não poderia me privar da minha liberdade por conta de pessoas que não tem escrúpulos ou força de vontade para procurar um trabalho. Eu sei que as coisas não são nada fáceis, mas fico puta da vida quando alguém usa da pobreza para justificar um crime. Quando queremos, corremos atrás e não desistimos na primeira queda.

- Tá saindo fumaça... – Flávia se jogou ao meu lado no sofá. Me deu um copo com suco e se aconchegou em meu ombro.

- Obrigada... – sorri.

- Sofrendo por antecipação? – ela me encarou e eu acenei. – Eu também. A Jaque vai deixar a casa mais vazia...

- Meninas... Parem de drama. – Juliane se jogou ao lado da Flávia. – Elas vão morar a poucos metros de distancia.

- Estamos acostumadas com eles... – Flávia apontou para Jaque, Marcela e Fernando que formavam uma família linda.

- Eu sei... – Juliane embargou a voz. Olhamos para ela. – Que?

- Cadê a Micaela? – perguntei.

- Tá arrumando o quarto do loiro com a Paloma e a Isabela. – sorriu.

- O que pensam que estão fazendo? – Nicole se jogou ao meu lado.

- Passando o tempo... – demos de ombro.

- Enquanto nos matamos aqui... – Amanda falou e foi para a cozinha com a Beca que apenas piscou para mim.

- Suas folgadas... Me ajudem aqui! – Camila que carregava uma televisão enorme com a Samantha, implorou.

- Tô com dor na costa... – Juliane fez uma careta e olhamos para ela.

- Que?

- Eu ajudo... – Flávia levantou e foi até as duas tapadas.

- Tô com fome... – Cássia chegou reclamando.

- Onde estava? – Nicole perguntou.

- Pintando o cercadinho do jardim... – apontou para os fundos.

- Está ficando tão lindo... – Isabela descia as escadas, acompanhada de Paloma e Micaela.

- O Nando vai adorar... – Paloma abraçou a namorada. Isabela sentou no colo da Nick e Micaela no da Juliane.

- Eu não tenho duvida. – Micaela sorriu. Juliane a beijou, depois Paloma a Cássia, Nicole a Isabela.

- Hei? – Flávia, Cami, Sam e eu dissemos, mas a maratona de amasso continuou.

- Ninguém merece... – Flávia levantou.

- Fala sério... – Camila e foi para o jardim.

- Tanto fogo no rabo... – Samantha revirou os olhos.

- Fui... – sai da sala.

Entrei na cozinha e a minha namorada e a loira estavam fazendo o almoço. Sentei no banco alto da bancada de mármore. Rebecca veio até a mim e me deu um beijo suave nos lábios.

- Cadê a Flávia? – Amanda perguntou.

- Quintal... – Becca me deu um copo com água. –Obrigada amor... – bebi um gole. – Tá rolando sessão de amasso na sala...

Elas me olharam de forma curiosa e eu só dei de ombros.

 

Marcela

- Tá ficando lindo... – Camila falou quando se aproximou de onde Nando, Jaque e eu estávamos plantando algumas flores.

- Obrigada... – sorri. – Cadê as outras? – perguntei.

- Dando boas vindas a sala de vocês! – franzi o cenho.

- Oh... – Jaque e eu nos olhamos e rimos.

- Samantha... Sua puta! Volta aqui! – Jaque colocou a mão sobre os ouvidos de Nando.

Flávia estava com a cara suja de tinta. Se jogou em cima da Samantha e ficou sobre o abdômen dela que tentava se desvencilhar a todo custo.

- Agora você me paga... – ela tinha uma broxa na mão.

- Não... Para! Foi sem querer!

- Sem querer é o cacete...

Começou a pintar não só o rosto, mas também os cabelos da prima que gritava pedindo socorro. As meninas saíram da casa alarmadas, mas pareceram relaxar quando viram as duas doidas rolando no chão.

- Eu ajudo! – Juliane pegou um balde de lata com tinta vermelha.

- Eu também! – Emi pegou a tinta verde.

- Vish... – Jaque falou.

As duas jogaram as tintas nas meninas que estavam tão entretidas com a brincadeira,  que não notaram a aproximação. O quintal virou campo de guerra entre as quatro. Jaque tentou proteger o Nando e eu, mas não deu muito certo. Camila foi atingida e saiu correndo atrás das outras quatro. Foi impossível não rir daquela situação. Meu filho batia palma todo alegre ao meu lado. As outras meninas apenas riam das loucas em fuga.

10 minutos depois na varanda da casa.

- Você parece uma criança Juliane... – Micaela ralhava com a namorada.

- Flávia... Olha o que fizeram no quintal da Marcela. – a loira tinha as mãos na cintura.

- Eu não acredito nisso Emily... – Becca fazia cara feia.

- Tá quase ficando com os pentelhos brancos e ainda fica de algazarra Samantha? – nesse momento todas olhamos para a Camila.

- Você também estava! – falamos juntas.

- Mas, eu posso... – empinou o nariz.

- Vão limpar a bagunça... Agora! – Amanda falou autoritária e nenhuma ousou dá um pio.

- Meu filho? Onde você vai... – ele olhou para trás.

- Ajudar as minhas tias... – ele falou embolado e rimos.

- Isso ai meu loiro. – Flávia, que estava toda suja, pegou meu filho no colo.

- Amor? – Jaque me chamou.

- Oi... – ela baixou o olhar.

- Vai ser mandona como a outra loira? – arqueei a sobrancelha.

- Com certeza... – lhe dei um beijo leve e pisquei para ela.

- Deus...

- É isso aí... – Amanda e Becca riram.

Depois de mais umas horas, as meninas deram descanso para as outras. Sentamos para comer o almoço que Amanda e Becca fizeram. Flávia, Emily, Camila, Juliane, Samantha e meu filho estavam em estado deplorável. Comiam de cabeça baixa, mas dava para perceber que queriam rir.

“Não tinha jeito mesmo”.

Jaqueline olhava para elas e depois mordia o lábio, querendo rir das outras. Me perguntava a idade dessas meninas, mas sorria porque não queria que elas fossem diferentes. Tenho certeza que as suas namoradas também não.

Só elas para transformar a mudança em uma verdadeira aventura. Meu filho estava todo contente ao lado delas. Ele me daria trabalho, isso eu tinha certeza absoluta.

 

 

 

 

 

Fim do capítulo