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Bárbara por Nyna Simoes

Ver comentários: 2

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Palavras: 1842
Acessos: 1817   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 5 - Inspiração

A noite anterior foi surpreendentemente agradável. Bárbara não falou nenhuma besteira, mas claro sentou com seu sarcasmo à mesa. Rodrigo não percebia o clima tenso entre elas e Carol fingia que estava tudo bem. Ao contrário do que pensava, Carol não fugiu da explicação que teria que dar sobre o quarto com as coisas quebradas. Disse que havia recebido um telefonema de seu editor cobrando-a do próximo livro e como não havia conseguido escrever sequer uma página, teve um ataque de fúria. Uma desculpa ridícula para qualquer um, mas os apaixonados aceitam desculpas ridículas. Qualquer coisa para Rodrigo estava bom, de resto eles resolviam na cama, como fizeram.

No dia seguinte, bem cedo Carol já estava com o café preparado para Rodrigo, ele bebeu seu café, elogiou, como fazia em todas as manhãs. Carol o levou até a porta, deram um beijo apaixonado e ele disse "Me espera".

Ele sempre dizia isso, referindo-se ao beijo de chegada depois do trabalho. Logo que Rodrigo saiu, Carol dirigiu-se para o computador de mesa que ficava na sala, sentia algo que precisava colocar pra fora e precisava aproveitar a paz que reinava em sua casa, enquanto Bárbara dormia.

 

"É estranho como de uma hora pra outra tudo pode perder o sentido. Uma pessoa aparece na sua vida e vira seu mundo de cabeça pra baixo. O que Freud diria sobre isso? Talvez até tenha dito alguma coisa, o fato é que as leis da física e semelhantes não explicam a paixão. Esta que, assim como o amor, é cego, mudo e fede. As carnes de quem sofre dessa doença vão apodrecendo com o tempo."

 

Sem Carol perceber, Bárbara se levanta e para no corredor observando-a, mas esta ainda não havia percebido, estava fumando um cigarro como se fosse a última coisa que tivesse na vida, enquanto seus dedos corriam ágeis pelo teclado de seu computador. Tomada pela curiosidade, Bárbara foi, silenciosamente, para trás de Carol e permaneceu ali, lendo o que a outra escrevia.

 

"O mesmo que tempo que limita o espaço e a vida. Tempo cretino que não serve de outra coisa do que ficar pendurado numa parede lembrando as pessoas que elas têm horas certas para enfim poder sentir o que quiserem. Eu bebia todo dia a saudade, e agora que ela foi embora, eu começarei a beber a loucura do excesso, do proibido. Eu não sou Eva, eu não sou Adão, tampouco aquela cobra. Eu sou a maçã que já envenenada espera ansiosamente por uma mordida de quem promete acabar com tudo, para que possa ser feliz com o sabor do pecado."

 

Ao perceber que Carol havia colocado o ponto final depois da palavra pecado e nada escreveu depois, resolveu fazer-se notar.

 

- Ai ai, o pecado!

- Porr*, que susto Bárbara.

- Que foi?

- Você aparece aí atrás de mim do nada.

- Não foi do nada, você não me viu? To aqui há um tempo já.

- Não, eu tava escrevendo.

- Tava acompanhando, ta falando da gente né?

- É

 

A teatral então vê as luzes sob ela, confundindo o sol da manhã com um forte holofote e a sala de Carol com um cenário num palco de teatro. Sentou-se no sofá e enfim, despejou sua fala aparentemente decorada:

- Então quer dizer que você é a maçã esperando a mordida da Eva?

- Bárbara, se eu te explicar, o meu texto perde completamente o sentido.

- Eu sei disso, só queria confirmar.

- Eu sou uma escritora. Depois do ponto final, o texto passa a não ser meu, e eu não posso tentar explicar palavras que não são minhas.

- Já de mau humor, logo pela manhã?

- Você que me deixa assim.

- Eu deixo você brava é?

- Tem café na cozinha - disse Carol voltando-se novamente para o computador, com medo de onde aquela conversaria iria dar.

- Vou pegar. Então o seu namorado saiu pra trabalhar só volta à noite e nós vamos passar o dia inteiro juntas - dizia essas palavras quase cantando enquanto ia para cozinha - isso é mais do que uma inspiração pra você começar a escrever outro livro sobre mim.

- Já comecei.

- Aquele é o começo? Bom começo.

 

Carol vai até a cozinha e senta-se à mesa enquanto Bárbara toma café.

 

 

- Não, eu escrevo partes e depois vou encaixando. Mas eu não vou ficar aqui te explicando como eu faço meus livros.

- Nem eu quero, acho uma chatice isso, gosto só de ler o resultado.

- Então...

- Senti sua falta.

Falou com aquela voz melada e aquele olhar que deixava Carol sem reação, mas esta ainda estava forte.

- Não quero saber

- Para de ser fria.

- Porr* Bárbara eu já vou ter que te aturar durante uma semana nessa casa, por que você não se toca e não para de falar coisas que sabe que vão me magoar?

- Falar que senti sua falta te magoa?

- Claro!

- Por quê?

- Porque você sabe muito bem que não precisaria estar sentindo minha falta se tivesse feito tudo direito antes.

- Antes, antes, antes. Carol será que você só sabe do antes? Você vive de antes, mas que saco, nós estamos no agora, dá pra se tocar?

- Eu falo do antes porque este meu presente de merd* é resultado da bosta do meu passado que você cagou!

 

- Eu não fiz nada, eu apenas sumi. Você não dependia de mim, mas que chato isso... Parece até que eu sou uma mãe que abandona a filha.

- Exatamente e depois reaparece como se nada tivesse acontecido. Eu vou sumir da sua vida, pra você ver como é bom. Cansei de ser a palhaça que você sempre sabe onde encontrar.

- Não dá pra conversar com você de manhã, pelo amor de Deus que mau humor é esse! Vou tomar banho.

 

Bárbara nem deu tempo para que Carol protestasse e saiu correndo para o banheiro. Mesmo que desse tempo, Carol não diria nada. Não ia tentar segurá-la, ela sempre fazia isso e nunca dava certo. Acostumou-se ao fato que Bárbara era incontrolável. Voltou para sala e sentou-se novamente na frente de seu computador.

 

"Comparações são tudo que me restam. Apesar de já não saber mais distinguir a verdade da mentira, sei compará-las por uma simples questão de lembrança. Como se eu ficasse cega de uma hora para outra, e ainda tentasse me lembrar de cores que eu já não posso mais enxergar."

 

Acendeu um cigarro e olhou para janela.

 

"Cores estas que já perderam o sentido. Assim como as comparações pobres que faço entre ela, a paixão e qualquer outra coisa. Ela não se compara a sentimentos porque não os cabem. Talvez desde que nasceu. Nasci sem chorar - me contou. Criança ruim, menina fria, mulher egoísta. Linda. E eu, eu nasci quando?"

 

Eis que surge Bárbara de calcinha e sutiã e para no batente da porta.

 

- Amor, você viu se tinha uma malinha branca na sala junto com as outras?

- Não reparei - tentando não olhar para Bárbara - e não sou seu amor.

- Eu sei que não é, mas você gosta das minhas mentiras.

- Por que você ta de calcinha e sutiã... - faltou o fôlego para Carol, quando enfim olhou para Bárbara - parada na minha frente?

- Queria que eu estivesse nua? Tudo bem. - Bárbara ameaça abrir o sutiã e Carol volta a concentrar-se no computador.

- Não, queria que você não estivesse aqui, mas já que está pelo menos que estivesse vestida né?

- Tudo bem.

 

Bárbara vai para o quarto se trocar enquanto Carol continua escrevendo. Coloca um top e uma cueca feminina e para novamente no batente da porta.

 

- Pronto, e aí viu minha malinha branca por aí?

- Pensei que você fosse colocar uma roupa.

- Eu to vestida não to?

- Não sei, tá vestida de mulher semi-nua?

- As pessoas saem assim na rua sabia? Você mora de frente pra praia!

- E daí?

- Daí que elas andam de biquíni por aí e eu nem estou de biquíni to de top e calcinha.

- Tá bom.

- Enfim, você viu a malinha branca?

- Já disse que não.

- Será que eu deixei na rodoviária? Como vou ficar sem maquiagem?

 

Carol fica olhando pra Bárbara, perdida em seu próprio pensamento, mas claro, admirando cada curva e tentando recordar se algo havia mudado naquele corpo, desde a última vez que a viu.

 

- Eu sabia que você ia ficar me admirando.

- Não estou te admirando, estou te olhando.

- Pra admirar, basta olhar.

- To pensando como você pode ser assim.

- Então ta.

- Aonde você vai?

- Vou na lojinha aqui embaixo comprar um estojo de maquiagem

- Assim?

- É ué. O que tem?

- Você vai assim numa loja?

- E de chinelo. A loja é aqui embaixo, relaxa.

- Vai colocar um short e uma blusa, por favor!

- Nossa Carol, que ano você vive?

 

Bárbara sai do apartamento visivelmente nervosa e Carol volta a escrever, indiferente.

 

"Eu ainda não nasci, e se nasci não me enxergo. Quando me olho no espelho vejo uma pessoa desconhecida, mas sei que para decifrar aquela pessoa, é necessário conhecer outras e isso é trabalhoso. No entanto tudo que eu faço é conhecer pessoas quando não quero, porque tudo que elas têm pra me oferecer são historias. As histórias me confundem, eu nunca sei se uma historia que eu ouço pode ser daquela que vejo no espelho. Não sei nem de que material é feito o espelho, ou será que eu tenho um caleidoscópio no meu banheiro?"

 

Carol estava tão envolvida em sua escrita que nem ouve Bárbara chegar.

 

- Pronto, comprei.

 

"E todas as pessoas que eu vejo, vejo por um binóculo invertido e somente suas vozes ecoam nos meus pensamentos."

 

- Tá escrevendo?

 

"Eu vejo as palavras e imagino as pessoas"

 

- Ai meu Deus que concentração.

- Puta que pariu, será que dá pra me deixar escrever em paz?

- Dá, vou fazer o almoço.

- Tá.

 

 

"Minha vista escurece, mas sempre volta ao normal quando ouço a voz dela. Nem que seja um gemido, eu posso enxergá-la. Às vezes quando saio na rua, todos os rostos são estranhamente parecidos com o dela. E então eu penso que... Ela me disse que para admirar basta olhar. Mas e os olhos de um leigo? Será que eu a enxergo diferente do que os outros enxergam? Estou fazendo confusão, mas ela veio para destruir o pouco de vida que me restou após a sua partida, e acabar de vez com a minha sanidade, me tornando incapaz de escrever uma linha que seja, tirando de mim o alimento da alma, me deixando nua de capacidade e vestida de insegurança. Ela. Que poder é esse?"

Fim do capítulo


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Comentários para 5 - Capítulo 5 - Inspiração:
rhina
rhina

Em: 12/08/2016

 

Olá. 

Autora Bárbara tem algo de real e verdadeiro. 

Em algum momento ela será uma pessoal capaz de descer do palco e agir como alguém que tem sentimentos. Vai se deixar alcançar? 

Carol será capaz de ter inspiração longe da Bárbara. 

Tenho receio que está estadia dela seja efêmera. Que ela só esteja ali para que Carol conclua seu livro. 

Mas Bárbara é real, Rodrigo a viu. Então não é apenas uma imagem fictícia que expira profundamente. 

E que poder  é este que Bárbara tem sobre Carol. 

Autora estou confusa. 

Até. 

Rhina. 


Resposta do autor:

Acho que sua confusão comecará a se dissipar a partir do capítulo 9.

Mas adorei as suas suposições, quem sabe uma delas não está certa?

 

Beijos ;)

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Luli
Luli

Em: 11/08/2016

Nyna, 

Uau! Tô meio que sem palavras pra esse capítulo e ao mesmo tempo tanto pra comentar. Inacreditável! Enfim, Barbara ainda vai enlouquecer a Carol. 

"Tirando de mim o alimento da alma, me deixando nua de capacidade e vestida de insegurança. Ela. Quer poder é esse?"

Que frase maravilhosa!!!!

Beijos!!! 


Resposta do autor:

Luli,

 

Uma coisa inegável sobre Bárbara: Ela desperta lindas palavras na Carol!

hahah

 

Beijos ;)

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