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Lótus por And31

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Palavras: 2160
Acessos: 1246   |  Postado em: 00/00/0000

Tulipa Branca

 

- Você sabe da onde ela veio, Clara. Isso não é surpresa. Eu nem sabia que a criança que aqueles doidos criavam era uma menina para ser sincera. A casa dela fede a bota velha da para sentir a pelo menos uma estrada de distância. - E todas riram.

 

Inclusive eu.

 

E quando eu olhei para o canto da porta vi uma sombra sumindo... 

 

 

...

 

 

Ela tinha ouvido.

 

 

 

---------------

 

 

Eu não fui atrás da Camila. Eu não fui dizer o quanto eu sentia muito e que eu não pensava aquilo sobre ela. Eu simplesmente passei meus dias como se nada estivesse acontecido. Eu sabia que estava errada, mas é difícil acreditar nisso quando todo mundo lhe diz que está certa.

 

- Você está bem, Clara?

 

- Por que a pergunta, Denise? 

 

- Por que parece que você vai a um funeral. Qual é, me conta. Que bicho te mordeu?

 

- Nada - Respondi secamente.

 

- Você mente melhor do que isso.

 

Eu olhei para ela e me recostei na cadeira de balanço.

 

Denise era uma do meu grupo de amigas, ela odiava as outras meninas e isso me fazia sentir mais segura falando com ela. Ela costumava me visitar sempre que vinha ver sua mãe. Ela e o pai foram morar fora da cidade a alguns meses.

 

- Eu fiz uma coisa horrível, Denise. Pelo menos eu acho que foi. - Eu lhe contei a história, e eu não sabia o quanto ela me envergonhava até ter que dizer la em voz alta.

 

- Você ainda acha que foi algo horrível? - Ela me olhou perplexa. - Clara, isso é monstruoso. Eu sei que você não é como aquelas garotas, se sentir mal sobre isso já é prova o suficiente que você é diferente. Ficar com essa cara não vai resolver nada. Vá falar com ela. Vá pedir desculpas e pare de chorar pelos cantos.

 

- Eu não estou choran...

 

- Clara - Ela interrompeu. - Vá falar com ela.


Então eu fui, no dia seguinte acordei cedo e desci até o jardim. 

 

- Camila? - falei com receio 

 

Ela me olhou e voltou a aparar arbustos.

 

- Será que a gente pode conversar um pouco? - disse ainda sem olha-la nos olhos.

 

- Não estou fedendo demais para você? - Ela me olhou com raiva, remorso. Não sei dizer quando olhei tive que desviar os olhos. 

 

- Eu quero me desculpar com você. Você não deveria ter ouvido nada daquilo, minhas amigas são tolas entende? Não leve a sério nada dito naquele dia, elas...

 

- Terminou? - Ela me interrompeu friamente sem me olhar.

 

- Eu estou fazendo o melhor que posso - Levantei a voz alterada. - Eu ando me sentindo mal a dias, você deveria pelo menos...

 

- O que!? - Agora ela me olhava. - Deveria ouvir você? Você é só mais uma desses idiotas dessa cidade. Você é igualzinha a eles, crescida no seu lar protegido a filhinha do papai onde nada jamais lhe afeta. Você é só uma hipócrita.

 

- Ei! - gritei

 

- Não está acostumada a ouvir críticas ou xingamentos!? Pois eu estou, e estou farta de gente como você. Não venha aqui só para se sentir bem com a sua consciência. Por que é só com isso que você se importa. 

 

- Claro que isso não é verdade. Eu me importo, não é assim que eu vejo as coisas...

 

- Você quer saber como eu vejo? - Ela me interrompeu de novo. - Você veio aqui e se desculpou por eu ter ouvido aquelas coisas e não por você ter falado. Claro eu não deveria ter ouvido aquele monte de asneira preconceituosa, você me pede desculpas pelo o que suas amigas falaram. Mas sabe, eu não conheço elas. Eu conheço você! Você  concordou e riu de tudo o que elas disseram mas só se desculpa por elas. O que foi sinhá, seu ego não aguenta ouvir verdades? Ouvir que você é só uma preconceituosinha barata que veio aqui esperando que eu me importe com o fato de você não tomar seu chazinho com a consciência limpa? Eu não me importo. Agora vá embora, se veio procurar compaixão veio ao lugar errado. - Ela estava vermelha de raiva.


Fui embora. E da janela do meu quarto lembro de ter visto ela agachada chorando. Aquilo me matou. Eu sentia raiva por ela ser tão insensível ao que eu estava sentindo, ela deveria ter pelo menos me deixado terminar. Eu queria ter raiva dela mas... Acho que eu não conseguiria isso.

 

 

Na manhã seguinte fui a casa da minha Avó, minha mãe insistia que ela queria me ver. Ir ao cinema, sei la. Eu não estava animada. Costumava gostar de ir por causa do balanço que ela fez para mim quando eu tinha 6 anos. Mas isso já faz muito tempo.

 

Quando cheguei ela estava rindo, abri a porta e bem... Camila estava sentada rindo junto com ela.

 

- Vó? - Disse isso mas olhava para Camila.

 

- Oi, querida. - Ela levantou e me beijou no rosto, fiz uns bolinhos, vamos pegue um você está muito magrinha. - Ela segurou minha mão e pôs o bolinho.- Sente querida, eu e Camila estávamos falando sobre o tio Belin, aquele que gritava fogo em todo aniversário, lembra? - Ela riu para dentro.

 

 

- Lembro sim, vovó. - Camila tinha parado de rir e estava tão séria quanto eu.

 

- O que deu em vocês duas?- Disse Vovó. - Achei que já se conhecessem, você nunca viu sua jardineira menina? Que educação que eles te dão naquela casa?

 

- Nos conhecemos sim, Dona Lucia. Oi, Clara. - Ela se esforçou em fingir e eu iria também.

 

- Oi, Camila. - Devolvi. - Eu não sabia que vocês se conheciam.

 

- É. - Disse ela secamente.

 

Minha avó me olhou e depois olhou para ela.

 

- Vocês sempre se falam desse jeito? Que diabos aconteceu aqui?

 

- Como vocês se conheceram, Vovó? - Perguntei ignorando a pergunta.

 

- Mal criada me fazendo de besta desse jeito. Responda o que eu perguntei menina!

 

- Não é nada dona Lúcia. Nós só nos falamos pouco não somos amigas. - Camila disse docemente para minha Vó enquanto colocava as mãos nos ombros dela.

 

- Se é assim, ok. - Minha Avó começou. -Então, eu conheci essa garotinha - Camila sorriu. - Em uma tarde que chovia que só, ai eu vi alguém pulando meu portão, corri com a minha vassoura para ver já tava pronta para espantar qualquer vagabundo que quisesse roubar e quando cheguei vi uma menininha caída no chão. Ela não chorava, era forte como um bezerro. E quando eu perguntei que diabo ela estava fazendo ali. - Minha Avó sorriu para ela. - Ela me disse que queria usar o balanço, que nunca tinha andando em um de verdade. 

 

- E você me tirou da chuva- Continuou Camila.-  disse que eu era muito magrela e me deu bolinhos de chocolate e quando a chuva passou brincou comigo no balanço. - Ela me olhou. - Desde então somos grandes amigas. Ela que me indicou sua casa para trabalhar.

 

- Se você me visitasse mais saberia disso.- Disse minha Vó enquanto se sentava no sofá..

 

Sorri imaginando a cena, era tão meigo.

 

Minha avó ficou falando mais sobre o tio Belin e depois de um tempo levantou olhou pela a janela e foi a cozinha.

 

- Vocês moram na mesma direção, peguem. - Minha Vó veio com dois pacotes e deu uma para cada. - Para não ficarem com fome, tomem rumo, mas vão juntas por que é perigoso aqui. Cheio de doido. Em todo canto. - Ela esticou o primeiro "O" de todo canto para dar ênfase. 

 

- Será que são bolinhos? - Ri enquanto íamos para casa.

 

Bem, a Camila me ignorou. E foi ai que começou a chover. A Camila correu e entrou na rua esquerda. Minha casa estava longe então eu a segui mesmo que ela não quisesse e paramos embaixo da árvore grande da cidade. 

 

- Eu tinha me esquecido que ela ficava aqui. Ela é tão grande. - Disse olhando para cima mas já não esperando resposta.

 

Ela me olhou e sentou, recostando as costas na árvore. Eu me sentei na outra ponta da árvore. Depois de um tempo comecei a pensar na vida, não demorou muito eu já estava cochilando. Acordei e ouvi uma respiração pesada. Ela tinha dormido também.

 

Ela é muito bonita, eu não gostava de reparar na beleza de outras meninas mas a Camila era realmente linda. Como será viver com uma cidade inteira te odiando? E eu acabei fazendo parte disso. - Suspirei. - Ali éramos só nós duas... Sem cidade, sem amigas. 

 

- AH! - Ela gritou.

 

Eu comecei a gargalhar.

 

- O que... O que foi isso? - Ela atirou o ramo de folhas que joguei que lembravam um pouco Teias de aranha. 

 

- Me desculpe. - Disse em meio ao riso. - De que outro jeito eu iria te fazer falar comigo. Ainda ria.

 

Ela sorriu. Um sorriso descreto mas sorriu.

 

- Você não bate bem, né? - Ela sentou de novo.

 

- Camila, você estava certa. - Sentei ao seu lado, agora falava sério. - Eu fui tão... Tão maldosa com você, me desculpe por dizer aquelas coisas. Você tem toda razão, eu cresci protegida sem ter que enfrentar o mundo e eu não quero ser mais assim. Se isso me torna tão cega, eu não quero. Eu não penso aquilo de você, foi só o que eu me acostumei a pensar. Eu não sei se isso faz sentido... Foi assim que me acostumei a pensar. Viver com gente idiota como eu deve ser difícil mas eu queria mesmo que você tivesse um pouco de paciência comigo. Não é certo pedir isso de você, mas eu estou sendo egoísta estou pedindo isso só para mim e não para os outros idiotas que te ofendem. Seja paciente comigo. Me desculpe por favor, eu gostaria muito de ser sua amiga, Eu queri...

 

- Você fala demais, né?- Ela disse olhando para baixo.


E lá estava aquele sorriso no cantinho da boca de novo.

 

- Eu desculpo você... Desde que nunca mais seja tão idiota daquele jeito de novo, ok? 

 

Sorri em resposta. E bem, aquele resto de dia foi maravilhoso. Eu estava me sentindo maravilhosa.


Nós ainda estávamos embaixo da grande árvore conversando um pouco sobre como eu nunca soube que ela e minha Avó eram tão próximas, foi quando a chuva passou. 

 

- Melhor irmos para casa, seus pais podem...- Não terminei a frase.

 

- Tudo bem. - Ela riu. - Eles são como pais para mim, e sim eles devem estar preocupados e os seus também, vamos.

 

Ela se levantou e me estendeu a mão para que eu pudesse me levantar. Então um carro parou na estrada.

 

- Clara! - Meu pai gritou de dentro do carro.

 

Entrei no carro e me despedi com um aceno da Camila. Ele não falou a viagem toda e pelo retrovisor vi Camila se afastar.

 

- Eu estava preocupado com você, eu e sua mãe e você estava fazendo o que!? - Ele gritava.

 

- Nós só estávamos conversando, fui a casa da Vovó e na volta começou a chover. Pai, qual o problema? 

 

- Eu não quero você nem ninguém aqui de papo com ela nem com ninguém daquela família eu por acaso falo japonês!? Você... Como pode? Me desobedecer muleca mimada, eu sabia. Sabia que isso seria uma péssima idéia, contratar esse tipo de gente! - Ele andava de um lado para o outro, gritando.  - Que inferno, vocês agora são o que? Amigas? Amigas!? Me responda menina desgraçada! Eu vou matar aquela piranhazinha por ter se envolvido com a minha família..

 

- Pai?   - Comecei a chorar. - Pai ela não fez nada! Por que esse escândalo? Nós só estávamos conversando.   Você est...- Foi quando eu senti o meu rosto queimando.

 

Ainda com a mão no rosto olhei para ele assustada foi a primeira vez que ele encostou a mão em mim. 

 

- Não levante a voz para mim desse jeito! - Ele disse pausadamente com a voz cansada como alguém que acabou de correr uma maratona.

 

- Me desculpe. Não-vai-acontecer-de novo. - Disse em meio ao choro.

 

- Não, não vai. Ela a partir de hoje não trabalha mais para gente.

 

Ele havia enlouquecido.

 

------------

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - Tulipa Branca:
wood
wood

Em: 01/08/2016

Que homem arrogante credo,agora que elas se entenderam.Adorando sua estória até o próximo. 

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Tammy Rocha
Tammy Rocha

Em: 31/07/2016

Oi And, tudo bem? Eu gostei muito do que li até agora. Espero que a história não seja curta bjs, e obrigado por compartilhar um pouco do seu talento com a gnt.
Resposta do autor:

Que isso obrigada, eu não pretendo fazer uma história muito longa, mesmo espero que gostem e se divirtam.

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lia-andrade
lia-andrade

Em: 28/07/2016

O doido da estória é o pai da Clara, o cara é puro preconceito. Mas adorando essa reaproximação delas..espero que Clara não deixe seu pai interferir entre elas..Camilla agora vai ficar sem emprego.. Hum..será que vai ser mais um obstáculo entre elas..?

Beijão, amando tudo...tenha uma ótima noite.


Resposta do autor:

Obrigada! Obrigada mesmo.

Responder

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line7
line7

Em: 28/07/2016

Caraca o pai de Clara é  MUITO  preconceituoso.. .pq de tanto ódio,  nossa!😊 Camila  é clara estão  se dando super bem, mas agora Mila vai perder o emprego injustamente😑. Capítulo  maravilhoso😘, e os títulos bem criativos👏👏 parabéns  lindad84;

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patty-321
patty-321

Em: 28/07/2016

Credo. Q louco. Coitada das meninas.

Responder

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annagh
annagh

Em: 28/07/2016

Olá minha Flor??? Tudo em paz? Espero que sim.

Falando em flor...que ideia mais perfeita de colocar os títulos dos capitulos com nomes de flores. Amoooooo!!!! Parabéns!!! Muito criativo.

Tô  amando essa historia,  que nos ensina tanta coisa...consigo vê  sentimentos tao puros por parte de Clara e Camila. Acredito que Camila ainda vai surpreender muito à todos.

Que raiva desse pai de Clara. O preconceito realmente cega as pessoas. Lamentável! !! As duas vai ter que enfrentar muuuiiiita coisa...

Pena que os capítulos são pequenos. Quando termino de ler ja fico me perguntando: ja acabou??? Haaaaa que pena....rsrsrs...

Um beijo!!!


Resposta do autor:

Obrigada, obrigada mesmo! O pior é que existe muito desse preconceito por aí. Que bom que gostou do tema e espero que goste ainda mais do resto todo beijos boa noite. 🌻🌻🌻

Responder

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rhina
rhina

Em: 28/07/2016

 

Olá  autora. 

Estou me viciando na sua história. 

É muito gostosa de ler. 

Eu não conheço muito de flores. Mas me parece que cada capítulo tem o nome de uma flor. 

Poderia me dizer seus significados. ? 

 

Beijos linda. 

 

Rhina. 

 


Resposta do autor:

Olá obrigada pelo carinho de vdd. Fico feliz pra caramba com a atenção de vcs. Ai vai os significados. Perpétua- Algo que dure para sempre, que vá se tornar eterno. Açucena- significa a angústia ou tristeza causada pela perda da pessoa amada. E Tulipa Branca - Perdão.

 

Beijos espero que tenha gostadod84;

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