Após a festa, umas 8 horas da noite, Antonela e Mayara terminavam de dar o banho em Téo, ele já estava de pijama deitado na cama pronto para dormir.

Téo, visivelmente cansado, havia brincado muito durante o dia: “Bligado” mamãe, foi “muitoooo” legal a festa que a "senhola” fez.

Antonela o abraçou: Que bom que você gostou meu amor, foi especialmente pra você... mamãe, (olhou pra Mayara com carinho e sorriu) e mamãe Mayara estamos muito felizes por você estar conosco.

Mayara se emocionou com aquele gesto de Antonela diante Téo, ficou ainda mais feliz, era com Antonela que queria passar o resto dos dias, amava ela, e amava a cada dia mais, Mayara fez um carinho no rosto da amada e olhou pra Téo.

Téo: Não “chola” não gosta de eu ser seu filho mamãe Mayara?

Foi impossível conter as lagrimas ao ouvir o filho da mulher que amava chama-la de mãe, a verdade era que já amava muito Téo, e como filho, filho que agora era.

Mayara olhou com carinho: Estou chorando é de felicidade meu anjo, meu príncipe, chorando de alegria por ter você na minha vida (O abraçou).

Téo: Eu tenho duas mamães “agola”, (Falava comemorando, deitou-se recebendo um beijo em cada bochecha de suas mães, elas ficaram ao lado dele até que adormeceu, o cobriram e deixaram o quarto de mãos dadas e assim chegaram a sala, Mayara abraçou muito forte Antonela, se permitiu chorar).

Mayara: Obrigada! Muitíssimo obrigada meu amor por me fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu te amo Antonela, eu te quero para sempre na minha vida, você, o nosso filho, todos nós juntos. (Antonela enxugou suas lagrimas).

Antonela, também emocionada: Quem tem que te agradecer sou eu minha garota. Você me faz a mulher mais feliz, mais completa desse mundo, eu te amo, te amo Mayara, sou completamente apaixonada por você, pela família que formamos, pela vida que você me dar, você é vida Mayara, (muda o tom de voz e carrega na sensualidade) Minha Mayara... (Mayara fecha os olhos, a maneira como Antonela pronunciava seu nome parecia um sussurro, um gemido de prazer, sentia-se desejada, e esse desejo fazia seu sex* molhar, foram interrompidas daquele momento romântico pela voz de Délia).

Délia: Dona Antonela, dona Mayara o jantar já está servido...

Mayara olha para Délia: Ei, ei Délia, nada de dona, por favor, em já te disse, ai, ai, ai (As duas riram).

Délia, sem jeito: é respeito dona, é respeito Mayara.

Mayara simpática como sempre: Não me ofendeu falar meu nome primeiro, sem o dona tá? (Riu, Délia concordou se retirando).

Antonela a abraçou por trás: Você é tão boa, tão gentil com todos, por isso é tão querida.

Mayara, modesta: Que nada meu amor.

Antonela: Você vem me ensinando muito May, você está me transformando em uma pessoa melhor! (Falava com sinceridade).

Mayara: Eu fico feliz em ouvir isso, mas você já é perfeita assim como é!

Antonela: Eu te amo!  (As duas foram à mesa e jantaram num clima maravilhoso).

Estavam em um restaurante Clarisse e Bruna, já estavam na sobremesa e até então só haviam falado amenidades, depois de terminar a mousse de maracujá que pediram, tomavam um chá digestivo.

Clarisse: E nosso jantar já está se encerrando e não falamos nada de nós, nada mais pessoal, intimo. (Queria, sentia necessidade de ir ao ponto, tinha necessidade de descobrir quais os mistérios da mulher que a encantava).

Bruna a olhou e tomou coragem: Então me responde o que eu te perguntei lá na porta da casa da Antonela, você só quer sex*?

Clarisse responde de pronto: Quero amar você, sex* sim!

Bruna riu sem jeito: Você é bem direta!

Clarisse: E você não é mais uma garotinha, nem eu. O fato de querer sex*, está claro, você me atrai, é linda, quero sex* também, mas não apenas se é isso que quer saber, se fosse só isso, nós não estaríamos a estes dias todos nos conhecendo. Se você quer saber se eu só quero uma trans* à toa e depois a gente finge que não aconteceu nada

Foi interrompida por Bruna: É isso? É só isso que você quer?

Clarisse: Bruna você é uma caixinha de surpresa viu, o que te aconteceu em? Porque é tão arredia, às vezes parece uma menina, mas é uma mulher!

Bruna: Você não me respondeu!

Clarisse: Nem você! Queria entender do que você tem tanto medo. Quero mais que sex*, mas não queria te impor uma relação, você acabou de sair de um casamento, não faz tanto tempo, não falei para me preservar, nem me colocar em situação de vulnerabilidade, revelando o quanto você tá me conquistando, e depois você e sua ex se reconciliarem.

Bruna fica surpresa: Mas eu também podia pensar isso de você afinal teve um relacionamento de anos que acabou a não muito tempo.

Clarisse: a bem mais tempo que o seu, haja vista que eu vinha separada mesmo estando dormindo na mesma cama há anos. Ester e eu já não éramos um casal antes mesmo da separação. Não há possibilidade de voltarmos, já você.

Bruna responde sem dúvidas: Para mim também, não existe essa possibilidade. Meu relacionamento acabou, acabou tudo!

Clarisse: Porque não me fala o que te perturba, não percebe que quero te ajudar, estar do teu lado, quero te entender também Bruna. (Ela a olha. Permanece calada, olha e ver as pessoas nas mesas próximas e sentiu-se intimidada, Clarisse percebeu). Vamos para um lugar mais tranquilo pra conversarmos? A minha casa, pode ser? (Bruna aceita, Clarisse chama o garçom, e mesmo a contragosto e uma quase discursão divide a conta com Bruna).

Na sala da casa de Antonela, após o jantar, estavam conversando Mayara, Teodoro e Antonela.

Teodoro: Eu acho melhor ir sim minha filha... Você e Mayara também precisam de mais privacidade para viver a lua de mel de vocês. Teodoro estava decidido a deixar o país por uns dias).

Antonela: Mas você não nos atrapalha pai, ao contrário você sempre nos ajudou, foi nosso melhor cupido, não é meu amor? (Perguntou olhando Mayara).

Mayara responde sincera: Com certeza seu Teodoro, tudo que Antonela tá falando é verdade, nós não estamos falando pra agradar, estamos falando porque é o que acontece!

Teodoro: Obrigado minhas filhas! Podem ter certeza que eu sou o fã número 1 de vocês duas. Sempre torci e fiz o que pude pra que vocês ficassem juntas. Você Mayara pode ter certeza que o amor da Antonela por você é sincero, puro e verdadeiro, e você Antonela pode acreditar que Mayara te ama, porque além da paciência dela (eles riem) o amor que ela sente vibra nos olhos dela.  E quando eu for pra Espanha, quero sempre contanto com as duas e com meu neto lindo!

Antonela: e vai ter pai, claro que vai ter não vou te deixar em paz não. (Estava um pouco triste, mas sabia que o pai realmente precisa ficar uns dias afastado).

Mayara: quem sabe o senhor não encontra uma espanhola bem legal lá em, já imaginou? (Disse em tom sapeca)

Teodoro: Tomara! (Falou rindo)

Antonela pergunta em tom sério: é por causa da mamãe que você vai?

Teodoro: Não só, mas também Antonela, sua mãe me vem perturbando muito, querendo uma reconciliação, que não é mais possível. (Eles mantêm o papo com amenidades).

Amelina estava em sua mansão sozinha, arredia com todos, não fazia questão de se dar bem com ninguém, bebia um uísque, e amargurava sua solidão. Parecia que seria esse seu fim. Era apontada pelas "amigas" de sociedade que tinha como separada, que tinha uma filha lésbica, e para ela isso era verdadeira humilhação.

Fim do capítulo