CapÃtulo 7
Já havia um mês que começara a brincadeira das mensagens o que significava que eu sabia onde Clara estaria cada vez que tinha um compromisso social. De certa forma era como se fosse sua agenda pessoal. Ela realmente não havia mentido quanto ao fato de quase não sair de casa e as mensagens chegavam normalmente de manhã para que eu pudesse, se fosse o caso, procurar outro roteiro para a minha noite. Mas em uma coisa ela estava errada, aquilo estava me afetando e muito. Pois por mais que tentasse não pensar nela, com aquela situação era impossível. Sempre que recebia uma mensagem, começava a imaginar que roupa ela usaria, com quem sairia e o que faria depois do encontro. Aquilo às vezes me enlouquecia tanto, que passava o dia todo sem conseguir pensar em outra coisa. Mesmo sem vê-la era como se estivesse presente no seu dia a dia. E quando as mensagens não vinham, pensava nela do mesmo jeito, só que imaginando o que ela estaria fazendo em casa, se estaria lendo, ouvindo uma musica, assistindo a um filme na TV. Daquele jeito seria impossível esquecê-la. Precisava encontrar uma saída. Mas qual? Se no fundo do meu coração eu sabia que o que sentia por ela não ia acabar.
Descobri que o programa dela ia ao ar todas as quinta feiras, o seu mote de reportagem eram cidades e seus pontos turísticos. Por isso com certeza haviam alguns dias da semana que ela estaria fora de São Paulo, gravando suas matérias. Procurava chegar mais cedo nas quintas, preparava um lanche e me atirava no sofá para assistir, mas a verdade é que mal prestava atenção à reportagem, o que me interessava mesmo era ela. Embevecida passava o programa inteiro olhando seu rosto.
Eu me perguntava até quando isso continuaria se nunca mais conseguiria viver outra história de amor. Eu gostava demais do que eu tinha com Mari, mas não podia mentir pra mim mesma e dizer que era amor. Era o sentimento mais forte que já tivera por alguém depois de Clara, sem duvida, mas não como o que senti, ou melhor, ainda sentia por ela. Sim, porque amar eu só amara uma mulher em minha vida, e esse amor nunca havia chego ao fim.
Aquela noite eu e Mari ficaríamos em meu apartamento, já havia pedido uma pizza, iríamos abrir um vinho e assistir um filme. Estava tomando banho tranquilamente quando a porta abriu de supetão e Mariana entrou a toda no banheiro, escancarou a porta do box e com o rosto vermelho de raiva começou a falar:
- Ana Lucia, a senhora pode me dizer o que significa essa mensagem que acabou de receber: “Hoje, Cantina Di Napolli, 19 horas, desculpe não avisar antes”.
Quando a vi com o meu celular na mão congelei. Caceta! Só me faltava essa.
- Mariana por que você está com o meu celular?
- A imbecil aqui ia deixar um recadinho pra você ler de manhã. Coisinhas picantes que sei que gosta. Então chegou essa mensagem e eu li. Rolei a tela e vi que havia mais mensagens como esta. E não desconverse Ana Lucia. De quem são essas mensagens marcando encontros com você? – Ela estava muito brava
- Não tem ninguém marcando encontros comigo Mari.
- Ah não? Quer dizer que essa pessoa te manda locais e horários a troco de nada?
- Eu não falei que é a troco de nada. Falei que não são encontros.
- Estou perdendo a paciência. Não me enrola. De quem são essas mensagens? Quem é a vagabunda que esta atrás de você?
- Não tem ninguém atrás de mim. Pelo amor de Deus. Essas mensagens são da Clara.
- Como é que é? Da Clara? A sua ex-namoradinha. – Seus olhos brilharam de ira.
- Sim, mas não é o que você está pensando Ruiva.
- Ah não é o que eu estou pensando? Mas que cara de pau. Eu não sei quem é pior você ou essa vadia. Canalha!
- Ai Senhor me ajuda! Qual foi a parte que você não entendeu que isso não é o que você está pensando? porr* me ouve!
- Ta bom ,então vou te ouvir, você tem exatamente trinta segundos para se explicar.
- Essa mensagem é o oposto de um encontro.
- Como assim o oposto?
- Ela me manda essas mensagens para que não frequentemos os mesmos lugares no mesmo dia.
- Não estou entendendo, explica melhor.
- Ela avisa de onde vai estar e eu não vou a esses lugares. Desse jeito a gente não se cruza entendeu agora?
- Por que isso?
- Ela não se sente confortável com a minha presença, Mari, só isso.
- Mas que ousadia! Quem ela pensa que é pra ficar controlando aonde você vai? Se ela não se sente confortável o problema é dela. Que fique trancada dentro de casa então!
- Eu não consigo entender. – estava exasperada. – Sinceramente. Até agora você estava irritada achando que ela marcava encontros comigo, e agora que sabe que ela não quer me ver também fica puta. Como pode isso?
- É claro que eu estou brava, quer dizer então que se eu quiser sair com você para algum onde a dondoca esteja não poderemos ir. Isso é um absurdo! Quem ela pensa que é? A Rainha do Sabá?
E sem esperar resposta saiu do banheiro falando sozinha, me deixando ali parada embaixo do chuveiro pasmada. Era verdade que eu já havia mudado meus planos duas vezes por conta de Clara, mas nas outras vezes nem havia cogitado em ir ao lugar que ela estaria. Pra que tanto bafafá? Meu Deus porque eu fui gostar de mulher?
Enrolei-me na toalha e sai do chuveiro pra tentar dialogar com ela, mas para minha surpresa ela estava ao telefone tirando satisfações com Clara.
- Escuta uma coisa Clara você não manda na vida da Ana entendeu? Se não quer se encontrar com ela tranque-se em casa! Isso é absurdo! Saiba que nós vamos onde e quando quisermos e você não tem nada com isso. Espero que tenha entendido o recado e pare de mandar essas mensagens ridículas.
Fiquei branca. Não acreditei que isso estava acontecendo, era um pesadelo. Corri pra tirar o telefone dela.
- O que é isso Mari! Pelo amor de Deus! Me dá esse celular! Você enlouqueceu?
- Não enlouqueci não, Ana. Se ela quiser, ela que fique em casa! – Disse atirando o telefone em minhas mãos e indo para o banheiro.
Exaltada coloquei o aparelho no ouvido para ver se ela ainda estava na linha
- Clara?
- Sim Ana
- Me desculpe. Estava no banho e a Mariana viu a mensagem. Não imaginei que te ligaria.
- Tudo bem. – Respondeu ela. – Ela tem razão, afinal também a estou prejudicando. Já que é sua namorada e deve ter o direito de escolher aonde quer ir.
- Ela não é minha namorada... Deixa isso pra lá. Olha, eu não me importo com o que estamos fazendo. É sério. Existem muitos lugares onde podemos ir. São Paulo é enorme. Isso é birra da parte dela, só isso.
- Pode até ser birra, mas mesmo assim ela não esta errada, eu não posso te impedir de ir e vir pra onde quiser. Foi loucura de minha parte te pedir isso.
- Não, fica tranquila, eu te entendo. Vamos esquecer tudo isso ok? Vou conversar com ela, e explicar melhor a situação. E continuaremos a fazer como estávamos fazendo antes.
- Não Ana, veja ela está certa eu é que estou errada. A partir de hoje não mandarei mais mensagens. Se por fatalidade nos encontrarmos, que seja.
- Não precisa ser assim Clara.
- Eu já decidi. Não tenho mais nada pra falar. Boa noite Ana. – Disse e desligou o aparelho.
Fiquei ali estática com o telefone na mão. Será que eu havia jogado pedra na cruz, como dizia a minha mãe? Vai entender...
Mariana voltou para o quarto e foi logo disparando a seguinte máxima:
- Resolvi que nós vamos jantar fora hoje!
- Mas a gente não tinha combinado de ficar em casa, de boa, namorando? Já pedimos até a pizza que deve estar pra chegar!
- Sim, mas eu mudei de ideia. Não posso?
- É claro que pode. Só não entendo. Mas tudo bem. Aonde você quer ir?
- Pensei em uma cantina italiana. Você adora comiga italiana e eu também!
Congelei, sabia onde ela queria chegar.
- Ah não, não, não, não. Mari nós não vamos fazer isso!
- Sério? Você não vai me levar pra jantar?
- Eu levo você pra jantar, para o teatro, cinema, motel, o que quiser. Mas não onde você esta pensando em ir.
- Ah é? Então nem precisa se incomodar em me levar a lugar algum. Eu vou sozinha, e pra minha casa.
- Mariana, por favor! Existem outras cantinas tão boas quanto a Di Napolli.
- Mas é lá que eu quero ir, e se você prefere deixar que a Clara decida por você, tudo bem. Mas eu não vou aceitar isso. Então o que vai ser?
Pra variar, a cantina estava lotada, e tivemos que esperar uma mesa vagar. Eu ainda não acreditava no que estava acontecendo e nem que estava ali. Se há um bicho estranho no mundo é mulher, e não é por que todo mês sangra não como diz Rita Lee, é porque não dá pra entender o que pensam, eu pelo menos não conseguia entender. Tudo bem que eu também sou mulher, mas acho que meu intelecto é masculino, porque não sou tão complicada assim. Não gosto de confusão. Aquilo havia se tornado uma disputa para Mariana, como se ela quisesse provar a Clara que era superior ou algo parecido.
Era sexta feira e a cantina tinha musica ao vivo, MPB. Sentamos-nos e fizemos os pedidos. Estava nervosa e toda hora olhava disfarçadamente para a porta, já que nossa mesa ficava bem de frente a ela. De repente a banda começou a tocar uma música chamada Espelhos D´Água do Dalton.
“Os seus olhos são
Espelhos d'água
Brilhando você
Prá qualquer um
Hum, por onde
Esse amor andava
Que não quis você
De jeito algum...”
Meus olhos se voltaram para a porta e lá estava o azul profundo dos dela, fixados em mim.
“Ah! Que vontade de ter você
Que vontade de perguntar
Se ainda é cedo
Hum! Que vontade de merecer
Um cantinho do seu olhar
Mas tenho medo...”
Eu queria desviar meu olhar, mas não conseguia. Presa, enfeitiçada por aqueles olhos, mergulhada em águas profundas, perdida.
- Ana?
- Oi. – Respondi desviando o olhar com o coração aos saltos.
- Ela esta atrás de mim, não esta? – Perguntou chateada.
Levantei os olhos brevemente, e ela já não estava mais ali.
- Ela quem?
- Vai me fazer de idiota, mesmo?
- Mari, se por ela você está querendo dizer um garçom da idade de Matusalém... Realmente ela esta atrás de você!
Ela virou a cabeça, e encontrou exatamente o garçom que eu tinha descrito.
- Viu. E olha, ele pode até ser charmoso para algumas pessoas, mas não faz o meu tipo.
- Ok. Então não faz o seu tipo, mas você ficou um bom tempo olhando extasiada para ele.
- Mari pelo amor de Deus, se for pra você ficar vendo fantasmas onde não existem é melhor a gente ir embora, você não acha?
- Ta bom, Ana. Desculpe-me! Vamos jantar em paz.
- Que bom!
Eu havia mentido para ela, mas não podia mentir para mim, era Clara que estivera encarando. Eu não sabia se ela estava na cantina, ou se tinha desistido de entrar, mas aquela sensação de angustia por não poder tocá-la ou mesmo falar com ela estava me deixando mal. Eu ia enlouquecer, tinha certeza disso. Aquilo não estava certo.
Naquela noite, depois de trans*r com Mariana, e fazê-la dormir em meus braços, deixei minha mente vagar, e inevitavelmente me lembrei da troca de olhares no restaurante. E sem querer deixei que a lembrança me levasse de volta há muitos anos atrás.
Nós éramos jovens, selvagens e livres! E a única coisa que realmente importava para mim era tê-la ao meu lado, nada mais. Já estávamos namorando ha seis meses, e ficávamos a tarde toda abraçadas, namorando, fazendo juras de amor intermináveis. Tudo muito lindo e puro, mas nossos corpos nos cobravam atos que ainda não tínhamos como satisfazer. Não que as coisas não tivessem evoluído para amassos fervorosos, onde nos tocávamos por baixo das camisetas, ou mesmo por cima das calças jeans. Mas tínhamos medo de seguir adiante naquele jogo e isso sempre nos deixava com uma fome que não era suprida e que só aumentava dia a dia. Até que chegaram as férias de final de ano. A família de Clara me convidou para ir junto com eles para a casa de praia, e minha mãe deixou sem problema nenhum.
Assim que chegamos dona Alma, mãe de Clara nos falou:
- Meninas, vão deixar as malas nos quartos de vocês e voltem pra me ajudar com as outras coisas. Estou pensando em fazer queijo quente. Vocês querem?
E para meu espanto ouvi Clara dizer com a maior inocência do mundo:
- Queremos sim. Mãe, porque eu e a Ana não podemos dormir no mesmo quarto? Estamos de férias, a gente quer conversar, jogar vídeo game, assistir filmes, ouvir músicas, essas coisas.
- Vocês não se importam de dividir a cama? Vão ficar apertadas na cama de solteiro.
- A gente não se importa né Ana? – E me deu um cutucão.
- Ahn. Claro que não. – falei desconcertada
“Ela esta louca” pensei comigo. A mãe dela vai acabar desconfiando. O que ela pretende? As palmas das minhas mãos estavam suando.
- Tudo bem então. Eu também costumava dormir com minhas primas quando viajava com elas. Mas que fique claro, não quero bagunça no quarto, nem risadas altas. Estamos entendidas?
- Claro mãe, fica tranquila! – E tascou um beijo no rosto da mãe, que inocente estava toda feliz, sem saber as verdadeiras intenções da filha.
Assim que entramos no quarto ela fechou a porta e me beijou levitando de alegria.
- Você esta doida Clarinha? Meu Deus meu coração quase saiu pela boca.
- Porque dona Ana Banana?
- Não começa com isso. E se a sua mãe achasse estranho o seu pedido? E se ela desconfiasse de alguma coisa?
Ela sorrindo me deu outro selinho.
- Deixa de ser boba. Eu conheço minha mãe. Sabia que deixaria sem questionar.
- E o que você pretende com isso?
- Poder dormir abraçadinha com você. Você não quer? - Piscou
- É claro que eu quero. Você sabe o quanto gosto de ter você em meus braços.
- Então para de reclamar Ana Banana, e vamos ajudar na cozinha. Já que agora teremos muito tempo pra ficar juntas.
Depois do lanche fomos para a praia, e passamos a tarde toda brincando no mar e torrando sob o sol. Quando olhava para Clara não conseguia acreditar como uma menina tão linda havia se apaixonado por alguém tão sem graça como eu. Com seu biquine rosa e cabelos soltos ao vento ela parecia uma miragem. Fiquei observando enquanto ela tomava sol. Clara era cheia de curvas, não era magra como as outras meninas, tinha uma barriguinha charmosa. Porém eu não podia nem mencionar isso porque senão seria morta. Pra mim ela era perfeita. E eu sentia um desejo imenso por ela, um fogo que me queimava e que eu não sabia como apagar. Já havia passado noites e noites acordada imaginando o que eu teria que fazer para dar prazer a ela. Será que se eu tivesse uma oportunidade saberia o que fazer?
Quando voltamos para o apartamento, tinha uma surpresa a nossa espera. Uma prima de Clara que eu não conhecia, tinha vindo passar o fim de semana. Seu nome era Alicia, tinha vinte e dois anos, e por Deus era o pecado personificado em pessoa. Seus olhos verdes, oblíquos pareciam os de um gato. Seus cabelos negros e longos batiam na cintura, a pele morena exalava sensualidade por todos os poros e o corpo era o mais perfeito que já tinha visto em toda a minha vida.
- Filha, olha quem veio ficar conosco por uns dias!
- Oi Alicia. Que surpresa boa. Quanto tempo não nos víamos. – Respondeu Clara dando um beijo em seu rosto.
- Verdade prima. Muito tempo mesmo. – Alicia respondeu, mas seus olhos estavam grudados em mim.
Sem graça, baixei a cabeça. Uau! Que mulher era aquela.
- E você quem é? – Perguntou caminhando em minha direção.
- Ah essa é Ana Lucia. Uma amiga minha.
- Prazer Ana Lucia. – Falou com um sorriso enigmático, e deu-me um beijo no rosto.
Estremeci. Aquele olhar estava me causando coisas estranhas.
- O prazer é meu. – Disse sem graça.
- Nos vamos tomar um banho daqui a pouco a gente volta. – Clarinha falou.
- Voltem logo, porque já, já o jantar será servido. – Dona Alma avisou.
O que estava acontecendo comigo? Meu coração estava descompassado.
Tomamos banho e fomos sentar na varanda enquanto esperávamos o jantar ficar pronto
- Analu, posso te fazer uma pergunta?
- Claro amor.
- Alguma vez você pensou em como seria fazer amor? – Perguntou toda sem jeito.
- Fazer amor? – Gaguejei azul de vergonha
- Sim Ana, fazer amor.
- Bom, eu...
- Eu penso sobre isso.
- Pensa?
- Ana nós somos adolescentes, não crianças. É normal pensar sobre isso. Não é?
- Acho que sim. Eu também penso.
- E quando você pensa, pensa em nós?
- Penso. – Sussurrei muito envergonhada.
- E pensa o que exatamente?
- Por favor, Clara, eu estou ficando sem graça. A gente tem que falar sobre isso mesmo?
- Desculpe. É que estou curiosa.
- Tudo bem. – Disse um pouco constrangida.
Como ia descrever para ela as coisas obscenas que eu imaginava? As minhas vontades? De repente Alicia apareceu e sem falar nada se recostou no corrimão da varanda bem em frente a mim.
- Oi meninas. Tá uma noite bem quente né? – Perguntou me encarando.
- Ta mesmo. – Respondeu Clara.
- Mas digam-me, vocês se conhecem ha muito tempo?
- Eu conheço a Ana a mais de um ano.
- Sei. – E começou a mordiscar a ponta da unha. – Vocês parecem bem apegadas.
- Ah, nos somos mesmo. Unha e carne. Fazemos tudo juntas.
-Interessante. – E os dedos começaram a passear pelos lábios. – Você é muda Ana? Só a Clara responde as minhas perguntas.
- Não sou muda. Apenas...
- Ela é tímida, prima. Não liga não. – Riu Clara.
- Tímida... Que bonitinha. – Provocou com aqueles olhos de gato.
-Pessoal a janta ta na mesa! – Gritou lá de dentro dona Alma.
Dei graças a Deus por poder sair dali, estava completamente embaraçada. O que aquela mulher estava querendo me olhando daquele jeito. Assim que me virei para passar pela porta, Alicia veio atrás de mim, e roçou seus seios em minhas costas. Ao sentir aquilo parei abruptamente, petrificada, e bloqueei a entrada.
- Ana, o que foi? Por que parou? – Perguntou Clara. – Entra logo.
- Desculpe, eu ... tropecei. – Segui em frente, com o coração aos pulos.
Na mesa, olhei para Alicia, vi o brilho de malicia em seu olhar um sorriso sacana no canto de sua boca, e tive a certeza de que o esbarrão havia sido proposital.
Como eu era inocente, se soubesse naquela época o que sei hoje, não teria deixado que as coisas acontecessem da maneira que aconteceram. E também não teria ficado tão envergonhada com as perguntas de Clara, mas sim excitada com as possibilidades que teríamos naquele verão. Teria me deliciando com o fato dela ter se mostrado pronta a fazer amor. Mas eu não sabia de nada. Não entendia nada. E isso acabou por trazer muita dor pra nós duas. Que saudade daquela época em que ela era minha, minha namorada, minha amiga, minha menina. Hoje a única coisa que eu tinha de Clara era a distância. Como eu gostaria de poder voltar no tempo e ter uma chance de começar tudo de novo, e dessa fez não ser tão tola.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Mag Mary
Em: 25/09/2015
Ah já vi tudo, apareceu uma fura olho na história, ninguém merece rsrs
Bjus
Resposta do autor:
Oi Mag. Que bom te ver por aqui de novo!
Esse pessaol que adora estragar a felicidade alheia... realmente ninguém merece.
Obrigada pelo comentário.
Um grande beijo, bom fim de semana e ótima leitura
K.
[Faça o login para poder comentar]
Van Rodrigues
Em: 17/09/2015
Amei o capitulo, já estou ansiosa pra ler o próximo!
Resposta do autor:
Oi Van. Feliz que esteja gostando! Pode matar sua ansiedade. Ja postei o capitulo de hoje. Abraços
[Faça o login para poder comentar]
Fatinha Saint
Em: 17/09/2015
Oi autora, tudo certinho? Curiosa para saber qdo essas duas birrentinhas apaixonadas vão se encontrar novamente kkk, gostando muito da estória, por favor, não demore querida, baci.
Resposta do autor:
Oi Fatinha, tudo certo por aqui. E com você? Hum acho que não foi dessa vez ainda .... Mas leia o capitulo novo e depois me conte se gostou. Obrigada pelo comentário. Beijos
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 16/09/2015
Ana tem um furação ruivo, e ainda deixa o celular fácil.
Bolei de rir quando ela disse que mulher é complicada, mais pode ter certeza que ela está certa.
E essa prima será que deu muito trabalho para Ana Banana, e a Clara não percebeu as indiretas da prima.
Bjus
Resposta do autor:
Oi Mille, que bom que voltou a comentar! Essa Ana tem a cabeça nas nuvens...rs. Também penso como você, mulher é bem complicado mesmo...kkkk
Quanto a essa prima, estou vendo nuvens pretas pela frente... ai ai viu.
Postei o oitavo, espero que goste
Beijos
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]