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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 16007
Acessos: 17549   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

 Olá lindas, *-* Desculpem a demora! 

OBS: Quando Samantha for acordar Agatha, escutem essa música ai. Ela vai cantar para filhota. 

https://www.youtube.com/watch?v=H5UUS40JnGo 

Capítulo 26

-- E quem foi que te deu esse desenho? -- Marina indagou olhando-o com atenção. -- Quem que te ama? Amanda é você né? -- Marina perguntava curiosa. Ela tinha visto a frase “Amanda eu te amo”, escrita no desenho.

 

-- Foi a Agatha quem fez e me deu. -- Amanda revelou fascinada ao lembrar.

 

-- A pequeninha? A filha da médica? -- Marina indagou admirada olhando Amanda.

 

-- Sim. -- Amanda sorriu a olhando por um instante, depois fitou o papel e o tocou delicadamente, em um carinho na imagem. -- Ela teve a ajuda da Susan, a tia dela, na verdade madrinha, ela me entregou, eu e lembro que estava deitada numa cama e ela entrou correndo e me entregou essa rosa e esse desenho, disse que era minha surpresa. -- Amanda sorriu contente fitando o desenho. -- Eu agradeci, chamando o ato como presente, mas aí, ela me corrigiu dizendo que era uma surpresa... Não sei, está vaga a lembrança... -- Amanda declarou pensativa. -- Não lembro porque estava na cama, eu  estava nua. -- Sorriu olhando Marina, esta, a olhou confusa e surpresa.

 

-- Peraí, mas tu não estava aqui no hospital, dormindo? Como tu estava acordada e até lembra? Ou não lembra, sei lá. -- Marina divagava nos questionamentos. -- Eloá, você não sonhou não? Está se sentindo bem? -- Investigou pegando na testa da amiga.

 

-- Para Mary! -- Amanda disse tirando a mão de Marina de sua testa. -- Eu não estou doida não! -- Afirmou sorrindo. -- Não lembro de muita coisa, mas não foi sonho, não agora!

 

-- Tem certeza? Mas como...?

 

-- Eu não sei Mary, ainda não lembro. Mas segundo a Agatha. -- Sorriu olhando a amiga. -- Eu vou lembrar se ler isso. -- Advertiu balançando o diário em sua mão.

 

-- Pois ler logo! -- Ordenou. -- Me dá aqui... -- Marina pegou o diário e o abriu na página de identificação pessoal. -- Natelly do Vale!?

 

-- Onde? -- Amanda pegou o diário de volta. -- Hum. -- Fitou o nome da filha pensativa. -- É a minha letra, mas não lembro ter escrito. -- Afirmou.

 

-- Tá, passa pra página seguinte e ler logo de uma vez! -- Marina estava mais curiosa que, Amanda. -- Ei? Ler em voz alta! -- Advertiu ao ver Amanda começar a ler em silencio.

 

-- Chata! -- Amanda riu.

 

-- Afasta, que eu quero sentar aqui do lado. -- Marina falou sorrindo. Amanda a fitou fingindo irritação, mas afastou-se e a amiga sentou ao lado dela na cama. -- Ei tu reparou que tiraram a máquina do barulhinho daqui do lado? -- Disse notando.

 

-- Mary, foco! -- Amanda pediu mostrando o objeto em mãos.

 

-- Ah é, ler!

 

“Conheci Samantha, ainda no hospital, os olhos brilhantes e negros foi a primeira coisa que vi quando acordei, no começo a fitei confusa, olhei ao meu redor, sentia dores pelo corpo, e na cabeça. Samantha me indagou se sentia dores, se estava bem, eu a olhei extremamente confusa ainda, ela disse o nome dela, falou sobre o acidente que eu não lembrava e nem lembro. E quando ela perguntou meu nome, foi quando me dei conta de que não lembrava, absolutamente, de nada sobre mim ou minha vida, o desespero bateu mais forte, lembro que chorei e foi quando senti o primeiro toque amoroso, quente, carinhoso, confortável...”

 

-- Nossa quanto adjetivos! -- Marina disse rindo. Amanda parrou de ler e a fitou sorrindo, lembrara desse dia, suas lembranças estavam voltando... -- Vai continua. -- Marina avisou.

 

“Samantha pegou minha mão, foi como se tudo, pelo menos naquele momento, estivesse bem. Eu estava em segurança, sentia-me assim, e que mesmo agora, não lembrando de nada, sei de coração que nunca tinha sentido uma sensação tão boa, tão confortável, prazerosa... Ela tocou meu rosto, enxugou minhas lágrimas, esse foi o segundo toque, me olhava com tanto carinho que, sorri em agradecimento e deleite, ela parecia um anjo. Explicou que estava fazendo apenas o trabalho dela, mas sei que estava sendo amorosa a mais comigo. Pediu para escolher um nome para se referir a mim, aceitei, ela fez uma graça, me chamando de paciente do 77, eu fiquei confusa, ela explicou e nós rimos depois, logo em seguida, dessa vez falando sério, ela me sugeriu “Amanda” eu adorei e esse ficou, me chamo, Amanda, no momento...”

 

-- Como assim paciente do 77? Porque? -- Marina a interrompeu curiosa.

 

-- Era uma brincadeira da Sam, ela disse que o “paciente do 77” era devido eu ser uma paciente que estava no quarto de número 77. -- Amanda explicou ao lembrar dos detalhes. -- Entendeu?

 

-- Ah sim... Continua ai paciente do 77. -- Marina riu e levou um leve tapa. -- Ler logo.

 

“Conversamos com outro médico, o Olavo, ele me examinou, eu estava bem, mas não lembrava de nada, enfim, me sugeriu tentar lembrar ao poucos, indagou sobre minha família, foi a segunda ou terceira vez que o desespero me afetou, pois teria alta e não sabia, em absoluto, para onde iria. Foi quando minha amada, que ainda não sabia que seria, pediu para falar comigo a sós. Samantha me convidou... Não, ela me avisou que me levaria/ traria para essa casa, a casa dela, eu recusei de pronto no início, mesmo com medo de não saber para onde iria. Ela foi incisiva, e aqui estou eu, na casa dela...”

 

-- Então quer dizer que você foi pra casa da bonitona!? -- Marina estava surpresa. -- Mas você não estava dormindo? Como... mas se você estava lá na casa dela e bem, porque você veio parar aqui e fez uma cirurgia? -- Investigou olhando Amanda confusa.

 

-- Samantha me levou pra casa dela, Mary. -- Afirmou lembrando. -- Mas ainda não lembro porquê eu voltei pra cá... -- Falou pensativa, tentando lembrar-se.

 

-- Tá, continua. Quem sabe você lembra. -- Marina advertiu.

 

“No dia seguinte, quando acordei de madrugada devido a um sonho estranho, acho que era sobre minha vida, ainda não tenho certeza... Samantha estava toda desajeitada no sofá, ela é alta, linda... não quis acorda-la e voltei a dormir, logo acordei e fui examinada pelo médico que, me deu alta. Samantha acordou, já estava tudo pronto, segundo ela, para me trazer para sua casa. Eu estava quase nua, usava apenas um avental do hospital e tive que pedir ajuda para Samantha que, me ajudou de imediato a vestir-me, e sentir as mãos quente e delicada dela sobre o meu corpo me fazia arrepiar-se por completo, mas ela fez com respeito, e era sempre assim, pois depois de instalada aqui, na casa dela, eu ainda não conseguia tirar ou vestir as blusas, pois o braço doía muito e ainda estava com a proteção.”

 

-- Hum, danada! -- Marina falou rindo. Amanda apenas a olhou um instante e voltou a ler. 

 

“Conheci a Agatha, uma menina inteligência, divertida, linda, já a amo tanto... E depois Susan, ela me tratou com estranheza no começo, mas ela é legal. Senti ciúmes dela, muito mesmo, e no começo, eu nem sabia o porquê... Samantha me revelou que era homossexual, eu fiquei surpresa e estranhamente feliz, descobri que Agatha era uma “produção independente”, ela é muito curiosa também. Me contou um pouco sobre a família, me apresentou a casa eu me sentia bem com a presença dela, muito mesmo...

 

 Na segunda vez que pedi para Sam, me ajudar com a roupa, eu me senti estranha, atraída e meio que me afastei rápido, assustando-a, ela saiu e eu fui tomar banho, me vesti com muito sacrifico, pois sabia que se, Samantha me tocasse eu não saberia esconder as sensações que tinha... Conversei rapidamente com a Agatha e descobri que Sam, não era tão alheia assim comigo, ela sentia atração por mim, isso segundo o que a pequena me disse... Fomos ao parque, ao cinema, a lanchonete e quando voltamos para casa eu, meio que a provoquei quando ela tirava a minha roupa, eu experimentava ela fazendo de tudo para controlar a atração que sentia por mim, eu me sentia receosa e feliz ao mesmo tempo... E as provocações continuavam, teve uma vez, no domingo que quase nos beijamos, eu ansiava por aquele beijo, mas ele não aconteceu, não naquele dia. Ah no domingo, eu conheci a “histérica” da Marcela, ex de Samantha, ela queria bater na minha pequena, mas eu não deixei, enfim, foi um dia se fortes emoções. Até agora prefiro não falar muito sobre ela...”

 

-- Essa Marcela, te fez alguma coisa? -- Mariana indagou zelosa.

 

-- Não. Fica tranquila. -- Sorriu. -- Marcela, é passado para, Samantha! -- Afirmou. -- Mesmo a procurando, às vezes, mas Sam não dá bola pra ela.

 

-- Menos mal. Continua...

 

“Samantha nos levou a um restaurante, foi tudo maravilhoso, ela é maravilhosa, agora sei o quanto era e mais ainda o quanto é. Eu a amo tanto, tanto... Nessa noite, tive vários outros sonhos, mas não contei a Samantha, não queria atrapalha-la nem preocupa-la com uma coisa que nem eu sabia do que se tratava ao certo.”

 

-- Que sonhos? -- Marina perguntou.

 

-- Eu sonhava com fases da minha vida. -- Sorriu lembrando.

 

-- Sonhou comigo? -- Inquiriu curiosa.

 

-- Não. -- Confessou sorrindo. -- Mais ou menos. -- Lembrou de ter falado o nome de Marina no sonho que teve com Fabrício.

 

-- Sonhou com quem?

 

-- Com a Carol, com o Sophia...

 

-- Não sonhou comigo, mas sonhou com a Sophia, a Carol eu até entendo, mas Sophia? -- Falou um pouco contrariada.

 

-- Mary, eu não controlo os meus sonhos, por favor... Sonhei com a Naty, com Fabrício, com meu acidente, com meu pai... Poxa, me desculpa por não ter sonhado com você... -- Amanda disse fitando a amiga com carinho.

 

-- Me desculpa você, é que fui idiota agora! -- Afirmou e depois sorriu.

 

-- Esquece! -- Amanda disse e continuou a ler.

 

“Acordei, admirei o nascer do sol, tomei um banho e quando me olhava no espelho ouvi a voz de Samantha pelo corredor, sai para vê-la... E minha nossa, como ela estava gata, gatissíma toda de branco, eu fiquei em transe e sem respirar por algum tempo, ela me olhou, mas confesso que não soube decifrar seu olhar logo de início. Depois eu lhe desejei bom dia e ela continuava lá, parada me olhando... Aí sim, eu soube que estava também em transe e isso me fascinou, muito mesmo... Lembro que desci a escada a provocando, mas não vi a reação dela, queria poder ter visto, tenho que perguntar, mas não lembro, pois quando estou perto dela, parece que tudo em volta não me interessa eu apenas estou com ela e pra ela, é sempre assim... Ah foi quando eu conheci a Cida, a Cida é um amor de pessoa, trabalha para Sam a anos, desde antes da Agatha nascer, e também tem a Janaina...”

 

-- Cida é uma excelente pessoa, ela nós aconselhou a seguirmos nossos corações, ela tornou uma amiga para eu e Samantha... -- Amanda relatou lembrando-se. -- A filha da Cida é homossexual, a Mônica. -- Sorriu e logo voltou a ler o diário.  

 

“Samantha foi para o hospital e a Agatha para a escola, eu fiquei com Cida e Janaina, nos divertimos conversando e eu rir muito das piadas que elas contavam... A tarde Samantha me surpreendeu em não ir para o hospital, sugeriu um filme, eu estava com a Agatha no quarto dela, e a pequena logo saiu animada com a ideia, Samantha e eu ficamos sozinhas, e Samantha tocou minha mão, fez um carinho, senti uma sensação tão boa, tão gostosa, que invadia e percorria todo o meu corpo...”

 

-- Ué? -- Marina indagou ao ver Amanda parar de ler e fecha o diário e a olhar sorrindo feliz.

 

-- Eu lembro dessa tarde. -- Confessou radiante. -- Foi quando nos beijamos pela primeira vez. -- Afirmou deslumbrada olhando Marina que, sorriu feliz pela amiga. 

 

-- Mas continua! -- Marina pediu, estava curiosa para saber a narração.

 

“... que invadia e percorria todo o meu corpo, não queria que aquele contato acabasse, e querendo prologar e intensifica-lo, movi minha mão virando-a de encontro com a de Samantha e apertei a mão dela, Samantha me olhou nos olhos e sorriu. Disse que minha mãe era macia e eu também disse a mesma coisa a ela, logo ela se aproximou eu fiquei com receio no início, ela me tranquilizou, ou tentou, pois sua proximidade me fazia arfar de desejo, desejo por um beijo... ela como se estivesse me ouvido, me deleitou com o ato, sentir os lábios de Samantha colados nos meus, me invadindo carinhosamente, gostosamente, me levou a sensações indescritíveis, sensações que queria e quero sentir pelo resto de minha vida. Não lembro de nada, ainda tenho incertezas, mas a única certeza que tenho é que, Samantha já é parte de mim, não saberia viver sem ela, a amo, amo muito, e sei, de alguma forma sei, que Samantha é a única pessoa que me faz sentir assim, amada, desejada, feliz, Muito feliz!”

 

-- Eloá... -- Marina disse com voz embargada.

 

-- Mary!? -- Amanda a olhou e viu que chorava. -- O que foi? Porque está chorando? -- Amanda a instantes atrás estava radiante de felicidade, agora estava preocupada com a reação da amiga.

 

-- É que... -- Fungou um pouco. -- É tão emocionante ver você falando dela com todo esse amor. -- Sorriu a olhando. -- Um dia... quero encontrar alguém que me ame assim. -- Confessou. -- Eu pensava que você me amava e eu a você, sabe, quando a gente namorou. Mas agora percebo que não, nos amamos sim, mas foi pouco, diante do que eu vejo e sinto em você, nesse diário... -- Marina estava mais calma, sorriu. -- Eu sou uma chorona né?

 

-- Um pouco! -- Amanda disse sorrindo. -- Posso ler só pra mim se quiser. -- Advertiu.

 

-- Não. Eu quero saber de tudo. Nem vem com essa de me esconder, ainda nem chegou na parte legal. -- Advertiu sorrindo, mas Amanda não entendeu logo de pronto. -- O sex*! -- Marina avisou e Amanda abriu e fechou a boca várias vezes, mas apenas sorriu e continuou. 

 

“Vieram outros beijos, o mais ávido aconteceu no sofá, eu literalmente montei nela, nossa ela me fascina, faz sentir-me de um jeito... desejoso, excitante, ela é uma super mulher, super mãe, amiga, e enamorada, muito enamorada, me encanta... Foi quando ela me confessou que estava perdidamente apaixonada por mim, minha felicidade e alegria foi tremenda, eu também me declarei, disse o quanto estava apaixonada por ela, me senti a mulher mais feliz do mundo, Samantha é uma mulher incrível... À noite, ficamos um tempo sentadas no sofá, conversando ao som de uma cantora internacional, que até agora, Sam não me disse o nome e eu não perguntei, depois faço isso. E uma música em questão me chamou a atenção, comentei com Sam, ela me puxou para dançar, me conduzia perfeitamente num balanceado calmo, lento... Ela traduziu baixinho toda a música, me apaixonei mais ainda por essa mulher maravilhara. Sam tem um cheiro, um gosto, um corpo lindo, gostoso, maravilhoso, viciante, excitante, e um romantismo que me deslumbra, cada minuto que passo com ela ou sem, ela sempre está em meus pensamentos, sempre! Me beijou com amor, muito amor, senti isso e retribui da mesma forma... Me convidou para dormir com ela...”

 

-- Ai a parte legal! -- Marina disse rindo e batendo palmas, mas chorava emocionada. 

 

-- Olha eu não vou ler mais não! -- Advertiu. -- Você tá pior que manteiga derretida. E eu lembro dessa noite, então isso já me basta! -- Disse olhando a amiga rindo.

 

-- Tá doida? Me dá aqui que EU quero ler! -- Disse pegando o diário das mãos de Amanda e começou a ler também em voz alta. -- Vamos ver... tan nan nan... aqui!

 

“Me convidou para dormir com ela, fiquei na dúvida, mas eu confiava nela, confio, não confiava em mim, não mesmo. Sabia que ela me deixava e deixa no limite, de tudo... Nos deitamos na cama dela, colei naquele corpo magnifico e forte, quente, protetor... e como já imaginava eu não consegui me conter, fiquei beijando o pescoço dela e cada vez ousava mais, sentia que ela estava gostando, já estava ofegante, até que resolveu fazer algo, me chamou e confessou que estava ficando difícil resistir, foi quando não lhe dei atenção e a provoquei com uma leve mordida, foi o fim da resistência dela e meu, ela me agarrou rápido e me deu um beijo forte, intenso, ávido, luxuoso, me pediu para fazer amor com ela, por Deus era tudo que eu mais queria no momento, na vida!  Eu era, sou e sempre serei só dela, apenas ela me encanta, fascina arrebata, eu a amo, amo, e nunca saberei medir o quanto... Foi a noite mais extraordinária que lembrei ter tido na vida! Irônico não? Mas é verdade, Samantha me fez estremecer apenas com beijos, ela me levou à loucura, ao extremo a ponto de implorar por um beijo, e sempre por mais, não controlava meu corpo, meus gemidos, meu sussurros, meus pensamentos, nada. Eu era dela, de corpo e alma, e ainda sou, sempre vou ser. Me despiu com uma calma angustiante, suas mãos desenhavam meu corpo como se ele fosse a coisa mais frágil do mundo, me beijou, beijou meus seios, me atiçou tanto que, eu inverti as posições e comecei a provoca-la também, ch*pei, beijei, toquei aquele corpo que amo, desejo... Samantha livrou-se das roupas restante e deitou sobre mim, encaixou nossos sex*s extremamente encharcados, minha nossa! Eu quase g*zei apenas com o contato, ela rebolou de uma forma gostosa, sentia nossos sex*s em uma fricção rápida, lenta e facilmente, me deleitei em absoluto. Ela me fez goz*r, derramar meu liquido extraordinariamente extasiante, sobre o dela também, eu a apertei tanto, a arranhei, não pude controlar meu desejo em tê-la, de senti-la em seu ápice, em nosso clímax juntas, foi incrivelmente... incrível! Ela me fez goz*r várias outras vezes, provou do meu gosto, eu provei o gosto dela, e a cada vez que o bebia, sabia que me viciava mais e mais e mais, o gosto dela é delicioso... Foi nossa primeira vez, sentir Samantha de corpo e alma e me entregar do mesmo jeito era e é felicidade, amor, alegria, apaixonante. Fora uma noite para lembrar para sempre.”

 

-- Mary para de chorar! -- Amanda pediu a olhando sorrindo, mas já chorava também, junto com a amiga. Lembrou-se de cada detalhe, cada emoção, cada sentimento, carinhos, toques trocados entre ela e Samantha naquela noite, uma noite que fora a primeira de tantas mais...

 

-- É que... -- Marina respirou fundo, chorava e sorria ao mesmo tempo. -- É excitante e comovente! -- Declarou. -- Você descreveu passando todo o sentimento, emoção, sabe? Agora imagina no ato em si? Eu estou tentando e vejo muito amor... -- Sorriu contente. -- E sex* ótimo!

 

-- Sim! -- Riu cínica.

 

-- Tá deixa eu continuar...

 

“No dia seguinte eu acordei e Samantha já tinha ido trabalhar, me deixou um bilhete com o recado e dizendo que me amava, fui para meu quarto tomei um banho e vi uma marca roxa no pescoço, a cobri sorrindo e lembrando da noite, e lembrei que tinha apertado e arranhado Samantha também e quando ela chegou eu pude constatar, fiquei envergonhada, culpada, ela como sempre, um amor de pessoa, mulher incrível me tranquilizou, mas ainda assim, eu sabia que os arranhões na costa e ch*pões no seio e pescoço tinha sido um total descontrole de minha parte, prometi não fazer mais.”

 

-- Tu e teus arranhões! -- Marina disse sorrindo debochada e levou um tapa, esse mais forte, como resposta de Amanda. -- Au!

 

-- Não fiz por maldade. Foi sem querer. -- Revelou sentida.

 

-- Essa resposta ai também é velha. -- Marina alegou sorrindo.

 

-- Quer parar de me deixar mais culpada ainda?

 

-- Tudo bem!

 

“Samantha me levou ao shopping, comprou um monte de roupas, e esse diário, me tratava e trata como uma rainha. Nesse dia eu conheci a Julia, esposa de Susan, e nesse dia também, Susan me deu um tremendo susto, contou... bem na verdade ela me fez pensar que amava Samantha do mesmo jeito que eu, mas depois me tranquilizou, ao ver meu desespero evidente, pois eu chorei... Susan me pediu para ler um poema que eu tinha feito, fiz pensando em Samantha, eu a deixei ler e ela gostou...

 

Meu querer...

 

Quero sempre que possível a seu lado está.

 

Quero sempre seu rosto olhar.

 

Quero cada gesto lembrar.

 

Não que eu já não o conheça.

 

Mas por que é sempre bom olhar!

 

Quero sempre ver seus olhos.

 

Para sempre neles olhar!

 

Quero sempre ver seu sorriso.

 

Pois ele é meu despertar

 

Quero sempre te ver feliz

 

E nunca te ver chorar,

 

Mas se isso acontecer?

 

Quero a seu lado estar e meu carinho e amor lhe dar

 

Até agora meu insistente querer,

 

Pude feliz desfrutar.

 

Mas meu querer vai mais além.

 

Muito mais do que se possa imaginar...

 

Quero todos os dias a teu lado está.

 

E nunca de você me separar!

 

Te quero por que te amo!

 

E não dá para trás voltar...

 

 

 

-- Você que fez isso? -- Marina indagou surpresa.

 

-- Foi. As palavras foram surgindo e eu escrevendo. -- Sorriu lembrando. -- Samantha me faz querer ser melhor, dar meu melhor, eu quero ter uma vida com ela. Nós planejamos isso, juramos uma para a outra que acontecesse o que fosse, íamos enfrentar juntas. Ela sempre esteve aqui, sei disso, ela deve ter sofrido tanto quando eu acordei e não lembrei dela. -- Amanda relatava e chorava sentida, imaginado o sofrimento que devia ter sido para sua Samantha, seu amor. Vê-la acordar e não lembrar do amor delas, das promessas, dos sentimentos, dela, de tudo! -- Agora eu entendo o porquê dela ter saído quase correndo daqui, quando o Olavo me perguntou a última coisa que eu lembrava. -- Amanda fitou Marina com um misto de culpa, desespero, aflição. -- Mary, ela estava sofrendo com a minha indiferença, e ainda tem o Fabrício, ela pensa que somos casados de verdade eu tenho que contar a verdade pra ela, ela precisa saber que eu a amo, e que nada vai me separar dela, nem o meu pai, nada nem ninguém! -- Amanda disse com convicção.

 

-- Está bem, eu entendi, mas agora fica calma, pensa melhor...

 

-- Não Mary. Eu já decidi, eu vou acabar com essa farsa toda! Eu não aguento mais viver uma mentira... -- Amanda finalizou chorando com mais intensidade.

 

-- Tudo bem, amor. Tudo bem... -- Marina a abraçou forte. Entendia a amiga, ela já estava esgotada de todo esse estilo de vida que vinha tendo. E agora tinha um motivo, uma força maior, um amor pelo qual estava disposta a lutar com bravura, não importava o quão difícil e doloroso pudesse ser. -- Você pode contar comigo, sabe disso... te ajudarei no que precisar! -- Advertiu a fazendo olha-la nos olhos, enxugou as lágrimas de Amanda e sorriu. -- Você vai conseguir, eu sei que vai!

 

-- Sei que me ajudará. Obrigada. -- Sorriu contente.

 

-- Quer que eu continue lendo? -- Marina investigou serena.

 

-- Quero sim.

 

-- Ok, vamos lá...

 

“Fiquei sabendo de algumas coisa de Sam, por Susan, ela me contou uma aventura de adolescente... Nesse dia não fizemos amor, Agatha teve um pesadelo, e Samantha foi ajuda-la e eu acabei dormindo, e novamente tive os sonhos estranhos, segundo Sam eu passei a noite me mexendo, e acordei com um desses pesadelo, um acidente onde eu morria. Sam me abraçou, me tranquilizou e eu contei tudo para ela, os sonhos e em detalhes... 

 

-- Eu não acredito que você narrou os sex*s também. -- Marina falou sorrindo alto depois de ler quais eram os “detalhes”. -- Eu acho que não tinha coragem. Ainda mais para a mulher que amo...

 

-- Justamente por isso. Eu a amava, a amo e não é justo que escondesse isso dela, por mais que fosse difícil falar sobre o assunto. -- Amanda disse calma.

 

-- É, tem toda razão.

 

“A convivência com Sam, me fazia cada hora me sentir em casa, parte da família, todas eram um amor... a pequena Agatha que amo tanto, as amigas de Sam, Cida, Janaina... Sheila, Olavo com quem passei a fazer tipo uma terapia...”

 

-- Uhnn. -- Marina bocejou com sono, depois de ler boa parte do diário. -- Nossa tu escreve demais, cada coisinha... -- Declarou.

 

-- É, mas se não fosse isso, eu não estava lembrando das coisas, do que aconteceu. -- Alertou. -- Pode ir dormir se quiser. -- Amanda pegou o diário da mão de Marina. -- Eu vou ler tudo! -- Avisou.

 

-- E perder as outras cenas das trans*s? Não vou ficar acordada até o final! -- Advertiu sorrindo divertida. 

 

“A cada dia tudo me fascina cada vez mais, Agatha é uma criaturinha incrível, eu brinco muito com ela, fui a aula de natação com ela e Susan...”

 

-- Olha então o Igor se parecia com o Felipe, meu irmão! -- Sorriu lembrando. -- Por isso eu tinha a impressão de que o conhecia, mas ele apenas lembrava o Felipe. -- Constatou.

 

-- Quem é Igor? -- Marina perguntou confusa.

 

-- Igor é o professor de natação da Agatha. No dia que eu fui com ela e com a Susan pra aula, eu o vi e tive a impressão de que o conhecia, mas não, ele se parece e muito com o meu irmão. Parece muito mesmo. -- Avisou sorrindo.

 

-- Ah sim...

 

“Na quarta Sam teve um parecer sobre o meu caso, a polícia ainda está investigando, mas nada concreto ainda, eu confesso que não sei para que lado torcer, tenho medo de algo ou alguém me separar de Sam, mas nós conversamos sobre isso, fizemos planos de enfrentarmos o que for juntas e eu confio nela, muito mesmo...”

 

“Nós fizemos amor no tapete da sala, e como sempre foi extraordinário, Samantha me fez sentir as mesmas e novas sensações, ter ela em meus braços é....”

 

-- Mary, eu não conhecia esse seu lado chororô não! -- Amanda afirmou ao ver Marina tentando esconder os olhos marejados que tinha, depois de ler uma boa parte da descrição da noite delas na sala.

 

-- Aff... é o sono! -- Avisou rindo. -- Vai continua. -- Pediu.

 

“Cansamos e dormimos lá mesmo... Acordamos e ficamos nos curtindo por um tempo, até que decidimos levantar, eu levantei primeiro e passei a pegar as roupas espalhadas pelo chão, e só senti quando Sam me puxou para um beijo gostoso, estávamos nuazinhas no meio da sala em um beijo quando de repente a porta se abre...”

 

-- NÃO!? -- Marina gargalhava alto ao lado de Amanda na cama, sentou-se e pôs as mãos na barriga. -- A empregada e... ai... a irmã dela pegaram vocês nua na sala?

 

-- Foi! -- Amanda ria muito também, as duas já choravam de tanto rir do acontecido. Amanda não conseguiu mais ler e Marina pegou o diário e leu em voz alta, mas sempre com interrupções para os risos de ambas, pois não conseguia continuar a leitura devido a eles. -- Ai eu não consigo mais! Olha aqui...

 

“Eu fique branca de vergonha, ou vermelha nem sei, a Cida não tirava a mão dos olhos, mas a Alex...”

 

-- Eloá... -- Marina ria muito. -- Para de rir, a minha... barriga tá doendo... merd* eu vou fazer xixi. -- Marina largou o diário, levantou e correu para o banheiro, deixando Amanda rindo sozinha no quarto. Depois de um tempo ela acalmou-se e Marina reapareceu no quarto, também mais calma. -- Ok, pula essa parte. -- Disse começando a rir novamente, mas conteve-se.

 

-- Tá bom, eu já lembro desses detalhes. -- Amanda concordou passando a página.

 

“Hoje eu fui injusta com a Sam, a Alexandra fez uma brincadeira, dando a entender que Sam e Sheila estavam fazendo algo de errado e eu como uma idiota acreditei e fui grossa com meu amor, entendi que Sam não merecia isso de minha parte e assim que a ver pedirei desculpas, foi um ato inadequado e injusto de minha parte...”

 

Amanda leu calmamente até a última folha escrita e ainda passou algumas à frente à procura de mais alguma coisa, mas estavam em branco.

 

-- Parou ai? Não tem mais nada?

 

-- É. Acabou! -- Amanda afirmou. -- Mas, não pode ser, eu lembro vagamente que fui pra casa dos pais de Samantha na sexta, e aqui só tem até quinta, eu lembro que estava escrevendo aí eu... eu lembrei da Natelly e fiquei eufórica, procurei a Cida e depois fui me arrumar pra ir... vir no caso, para o hospital, eu tinha uma consulta com o Olavo, foi quando eu lembrei mais coisas da Naty... Mary, depois disso eu não lembro mais nada, quer dizer... eu lembro que fui pra casa dos pais de Samantha, lembro vagamente do almoço, de conhecer a família dela, o irmão a cunhada, ah a cunhada dela me conhece, Sam me apresentou os pais... mas só. -- Amanda disse pensativa e aflita.

 

-- Ei? -- Marina a chamou. -- Calma. -- A abraçou tentando conforta-la. -- Olha, está tarde, vamos dormir e amanhã você conversa com a Samantha. -- Sugeriu. Elas estavam deitadas na cama, lado a lado. -- Pode ser?

 

-- Que horas são?

 

-- Deixa eu ver... -- Marina pegou o celular. -- Quase quatro da manhã. -- Avisou.

 

-- Já?

 

-- É sim.

 

-- Tudo bem, não posso ligar a essa hora pra Samantha. -- Sorriu fraco fitando a amiga. -- Se bem que nem que pudesse, eu não sei o número dela. -- Lembrou.

 

-- Sendo assim. -- Marina sorriu. -- Dormi garota! -- Disse e moveu-se para levantar-se.

 

-- Não. -- Amanda a impediu. -- Fica aqui comigo. -- Pediu. -- Não quero dormir sozinha... eu queria me lembrar de tudo logo, mas não consigo.

 

-- Você vai lembrar.

 

-- Vou sim... não quer dormir comigo? -- Indagou depois que Marina levantou-se.

 

-- Não é isso meu anjo. -- Marina apagou a luz, deixando apenas o quarto sendo clareado levemente pela luz que vinha do banheiro. -- Viu? Fui apagar a lâmpada. -- Avisou deitando ao lado dela novamente.

 

-- Desliga o ar, está frio. -- Amanda pediu.

 

-- Ah não, amor, eu vou ficar com calor se desligar. -- Marina advertiu.

 

-- Ah é você é calorenta! -- Disse lembrando e sorriu. -- Mas eu estou com frio! -- Advertiu.

 

-- Tá, vira pra lá que eu te abraço... Com respeito claro! -- Avisou sorrindo.

 

-- Eu sei, sua boba! -- Amanda virou ficando de costa para Marina e, esta, a abraçou puxando Amanda para mais perto de seu corpo. -- Isso é o diário?

 

-- É! -- Marina riu pegando o objeto que estava entre elas e deu para Amanda. -- Fica com ele ai, eu não vou mais levantar pra guardar. -- Advertiu já fechando os olhos, estava com sono. -- Boa Noite.

 

-- Tá bom... Boa noite. -- Amanda ajeitou-se e também fechou os olhos.

 

 

 

* * * *

 

 

 

Samantha estava dormindo tranquilamente abraçada a Agatha. Esta, começou a mexer-se em aflição e a soar frio, aos poucos seus gemidos de aflição e movimentos foram ficando mais intensos fazendo com que Samantha acordasse assustada, ouvindo as frases desconexas e angustiada, da filha.

 

-- Filha? -- Samantha a chamou tentando acordá-la. -- Meu anjo, acorda... Agatha? -- Samantha disse o nome da filha mais alto e a agitou preocupada.

 

-- Mamãe!? -- Agatha acordou sobressaltada e ao sentir Samantha ao lado dela a abraçou forte.

 

-- Já passou meu amor. Foi só um pesadelo ruim. Já passou, a mamãe está aqui! -- Samantha a abraçava forte, sentou-se na cama com Agatha em seu colo, a menina estava com os braços ao redor de seu pescoço e as pernas a envolvendo na cintura, respirava pesadamente ainda, e estava suada. -- Calma, minha vida, vai ficar tudo bem, você está bem, a mamãe está com você...

 

-- O homem feio queria matar a senhora e eu mamãe! -- Agatha disse depois de ter se acalmado um pouco. -- Eu tô com medo! -- Revelou apertando-se mais ainda em Samantha.

 

-- Juro que não vou deixar o homem feio fazer nada de ruim a você meu amor, não mais, nunca mais! -- Samantha advertiu apertando a filha em forma de proteção e amor. -- A mamãe está aqui, está bem?

 

-- Aram... deixa a luz ficar acesa? -- Pediu. 

 

-- Claro meu anjo. -- Samantha acendeu os dois abajures existentes aos lados da cama. -- Pronto. Quer ficar assim com a mamãe? 

 

-- Dormir sentada? -- Perguntou confusa.

 

-- Não amor. -- Samantha sorriu. -- Digo dormir no colo da mamãe, eu deito e você fica assim, em cima de mim, quer? -- Samantha enxugou o suor da testa da filha e passou a fazer um carinho leve no rostinho dela.

 

-- Quero! -- Sorriu.

 

-- Ebáaa... -- Samantha comemorou do mesmo jeito que a filha fazia ao estar contente com alguma coisa. -- Vem. -- Samantha deitou e ajeitou Agatha sobre seu corpo. A pequena repousou a cabeça de lado sobre o colo da mãe e suspirou de forma calma. Samantha, fazia um carinho na costa e cabelos de Agatha que, fechou os olhos em relaxamento, aproveitando o carinho da mãe e logo voltou a dormir serena novamente. Samantha ainda ficou acordada, agora ela fazia os afagos na filha com uma mão, apenas... Pegou o celular e olhou a hora, Quase quatro horas da madrugada, guardou o aparelho na mesinha ao lado e fechou os olhos pensando na filha e em Amanda, suspirou tentando relaxar e voltar a dormir, dispersou certos pensamentos e aos poucos foi sendo vencida pelo sono e dormiu...

 

Samantha acordou sentindo um peso em cima de si, sorriu lembrando de quem se tratava e antes de abrir os olhos abraçou a filha com muito amor e carinho, mas fez com calma, pois não queria acorda-la ainda. Deu vários beijos no topo da cabeça de Agatha e inspirou fundo o cheiro gostoso que a filha emanava dos cabelos lisos.

 

-- Eu te amo, minha vida! Prometo que nunca mais ficarei inerte diante do pior! Caso ele aconteça... -- Disse com firmeza... Pegou o celular para verificar a hora. -- Quase seis... -- Constatou. -- Está cedo ainda. -- Disse em voz baixa permitindo-se ficar mais um pouco na cama junto a filha que, dormia tranquila em seu colo. Depois de meia hora acordada entre um pensamento e outro, ela pegou o celular para fazer uma ligação.

 

-- Samantha, bom dia! -- Uma mulher atendeu simpática do outro lado da linha.

 

-- Bom dia, Lourdes. -- Samantha disse baixo. -- Sabia que já estaria na lida. -- Sorriu.

 

-- Pois é, fazer o que?

 

-- Que nada. -- Riu. -- Fala isso por falar, eu seu que a senhora adora esse trabalho. -- Samantha advertiu e ouviu a mulher rir.

 

-- Verdade minha filha... Já que me ligou, quer aquele café especial para você e sua filha, correto!?

 

-- Sim, mas será para três ou quatro pessoas. -- Revelou sorrindo.

 

-- Como quiser, vou caprichar! -- Avisou. -- Vocês vêm pra cá ou quer que entregue ai na sua casa? -- Investigou, sempre com afinidade.

 

-- Quero que mande entregar lá no hospital...

 

-- Tem alguém da sua família doente? -- A mulher perguntou preocupada.

 

-- Não, não Lourdes, fique tranquila, todos estão bem. É que a pessoa que vai experimentar as suas delicias está lá no hospital, mas está bem também...

 

-- Hum sei... -- A senhora sorriu em entendimento. -- Então eu farei um café especial para uma pessoa especial, pode deixar! -- Revelou sorrindo.

 

-- Obrigada, você é divina, Lourdes! -- Samantha notou.

 

-- Que isso filha, disponha... Bem, deixa eu cuidar no café especial.

 

-- Ok, bom dia. Ah peça para levarem diretamente para o quarto 83, terceiro andar, lá pelas oito horas, ai eu já estarei lá, pode ser?

 

-- Perfeitamente!

 

-- Obrigadão. -- Samantha disse sorrindo e desligou, colocou o aparelho na cama e olhou para a filha que ainda dormia, sorriu ao ver o rosto dela sereno. -- Como você não saiu de cima de mim ainda? -- Perguntou-se admirada, pois Agatha era de mexer-se muito ao dormir. -- Eu devia ter descoberto isso antes. -- Sorriu. -- Assim não teria levado tantos chutes e socos, quando dormia comigo. -- Lembrou enquanto fazia um carinho nos cabelos de Agatha. -- Ei dorminhoca? -- Samantha a chamou depois de um tempinho, mas Agatha não a atendeu. -- Vida? -- Chamou novamente lhe fazendo um carinho no rosto. Samantha viu a pequena virar a cabeça para o outro lado a ignorando, riu. -- Sei que está acordada. -- Advertiu divertida. -- Eu Queria o tempo parar. --Samantha começou a cantar baixinho. -- De novo lhe fazer ninar... Crescer e mudar não dá pra evitar, é o caminho que Deus lhe traçou... Brinquedos, gibis, violão... Espalhados por todo o lugar. Um dia a poeira eu irei tirar... No silêncio de não o encontrar... Vou guardá-lo em meu coração, as lembranças jamais mudarão. Pois quando partir e saudades sentir, estará sempre em meu coração... Os dentinhos você vai trocar, e roupas maiores usar, o seu caminhar vai pra longe o levar. Pois não posso impedir seu querer, os dedinhos que agarram minha mão, coisas grandes eu sei que farão. Você não é meu é um presente de Deus, e o futuro está em suas mãos. Vou guardá-lo em meu coração, as lembranças jamais mudarão. Pois quando partir e saudades sentir, estará sempre em meu coração... Pois quando partir e saudades sentir, estará sempre em meu coração.

 

Samantha sorria feliz olhando Agatha, esta, também a olhava sorrindo, estava com o queixo apoiado sobre as duas mãos no colo da mãe.

 

-- Bom dia, meu amor. -- Samantha desejou sorrindo.

 

-- Bom dia mamãe! -- Agatha sorriu de volta. -- Fazia tempo que a senhora não cantava essa música. -- Notou. 

 

-- Fazia sim... Gostou? -- Investigou lhe fazendo um carinho no rosto.

 

-- Sim... muito, muito!

 

-- Que bom... Temos que levantar. -- Samantha lembrou.

 

-- Ah não, tá bom assim. -- Agatha avisou voltando a deitar a cabeça no colo de Samantha e fechar os olhos.

 

-- Eu sei meu anjo, mas você não quer ir ver a Amanda e levar o café da manhã pra ela? -- Inqueriu tentando animar a filha.

 

-- Ah é! -- Agatha a olhou sorrindo. -- Então vamos levantar e se arrumar pra ir. -- Disse saindo de cima da mãe. Mas Samantha a puxou novamente e lhe deu um abraço apertado enquanto distribuía beijos pelo rosto da filha.

 

-- Você dormiu bem? Teve pesadelos de novo? -- Samantha perguntou a olhando. 

 

-- Dormi bem. Não tive mais pesadelo. -- Respondeu deixando Samantha mais aliviada. -- Podemos levantar agora? -- Falou sorrindo.

 

-- Podemos. -- Avisou e Agatha saiu de cima dela e logo depois estava em pé ao lado da cama a olhando. -- Vamos mãe! -- Chamou por Samantha que ainda a olhava sorrindo. 

 

-- Calma. Já estou levantando... pronto! -- Disse ao sair da cama. -- Eu hein... A instantes estava dormindo serena, agora está apressada. -- Notou olhando a filha.

 

-- Vamos. -- Agatha pegou na mão de Samantha e a puxou para o banheiro. -- Eu vou banhar com a senhora. -- Declarou ao chegarem no banheiro. 

 

-- Hoje pode, mas não se acostuma não. -- Samantha advertiu a olhando sorrindo. -- E falo sério, mesmo estando sorrindo. -- Aconselhou.

 

-- Tá bom. -- Concordou começando a tirar seu pijama.

 

Elas tomaram banho rapidamente, mas ainda assim, Agatha fez questão de ser ensaboada e banhada pela mãe. Samantha não se opôs e logo elas saíram para arrumarem-se. Agatha foi para seu quarto vestir-se e Samantha ficou no seu arrumando-se também.

 

-- Mãe já estou pronta! -- Agatha disse entrando no quarto de Samantha.

 

-- Já vou filha! -- Samantha gritou do closet e logo depois saiu também pronta.

 

-- Uau... Está linda! -- Agatha notou olhando Samantha sorrindo. -- A Amanda vai babar! -- Declarou. -- Ela nunca lhe viu vestida assim. -- A pequena lembrou.

 

-- Você acha que ela vai gostar mesmo? -- Perguntou meio insegura.

 

-- Claro que vai. Mãe a senhora tá uma gata! Muito linda! -- Afirmou.

 

-- Vou confiar em você. -- Samantha sorriu. -- Vamos?

 

-- Vamos! -- Sorriu pegando a mão que Samantha lhe estendia. -- Mãe e o café da manhã? -- Agatha investigou ao saírem do apartamento sem nada.

 

-- Enquanto você dormia eu liguei pra tia Lourdes. -- Samantha revelou olhando a filha sorrindo.

 

-- Ah sim. -- Entendeu. -- Vamos passar na cafeteria pra pegar?

 

-- Não meu amor, ela vai mandar levar lá para o hospital. -- Samantha olhou a hora no relógio de pulso. -- Daqui a meia hora. -- Avisou.

 

-- E que horas são meia hora? -- Indagou confusa e Samantha riu.

 

-- As oito horas, assim que a gente chegar lá... Talvez já esteja lá, do jeito que Lourdes é. -- Sorriu.  

 

-- Hum...

 

Elas saíram do elevador e andaram animadas até o carro. Samantha ajudou Agatha com o cinto de segurança e logo entrou e saiu com o carro. No meio do percurso, Samantha foi obrigada a pegar outro caminho, pois a rua que costumava pegar, estava fechada. 

 

-- Filha o que foi? -- Samantha perguntou ao perceber Agatha calada e pensativa. 

 

-- Eu vou sonhar com o homem querendo matar a senhora e eu, toda vez que eu dormir? -- Investigou num misto de preocupação e medo.

 

-- Você já tinha sonhado antes? -- Samantha indagou preocupada com a filha, revezava a atenção entre o transito e ela.

 

-- Quando dormi no hospital com a tia Sheila, eu sonhei com aquele dia lá... com o homem querendo me matar e ontem eu sonhei de novo um sonho ruim, o homem querendo matar a senhora e depois eu, mas não foi o mesmo sonho... Mãe, eu não quero mais ter esses sonhos, é muito ruim, eu tenho medo! -- Agatha confessou atormentada.  

 

Samantha fitou a filha com angústia. Mas precisava acalmar-se, para poder acalma-la também, sorriu a olhando assim que parrou o carro num sinal.

 

-- Não meu amor! Você não vai ter esses sonhos ruins todas as noites, está bem? Nós vamos dar um jeito para eles nunca mais te atormentar, posso contar com você?

 

-- Pode!

 

-- E cadê meu sorriso lindo? -- Indagou sorrindo e logo obteve o sorriso da filha. -- Linda da mamãe, eu te amo!

 

-- Também te amo! -- Declarou ainda sorrindo.

 

Samantha piscou para ela e voltou sua atenção para a direção do veículo o pondo em movimento. Agatha olhava a rua distraindo-se com as lojas, pessoas, carros... Até que uma pessoa, encostada no vidro de uma vitrine chamou sua atenção, falava ao celular, parecia exaltado. Agatha semicerrou os olhos e abriu rápido lembrando de onde e quando o tinha visto.

 

-- Mãe, aquele é o homem que foi na minha escola de inglês e disse pra mim ir com ele! -- Afirmou sem deixar de olhar o homem. 

 

Samantha freou o carro rapidamente e olhou a filha ao ouvir o teor do assunto.

 

-- Onde filha? -- Indagou ansiosa. Mas como estava parada no meio da rua, um ou dois carros tiveram que desviar do seu. -- Droga... Filha fica de olho nele! -- Disse estacionando o carro um pouco mais a frente, pegou o celular e colocou um contato para chamar. -- Cadê ele? -- Investigou olhando na mesma direção que Agatha.

 

-- Ali. É aquele de camisa azul e calça preta, encostado na vitrine.

 

 Samantha avistou o homem, era alto, mas magro, barba bem feita, cabelos pretos...

 

-- Filha tem certeza?

 

-- Tenho. É ele mãe! -- Assegurou

 

-- Tudo bem... Droga de delegado que não atende. -- Samantha praguejou nervosa.

 

-- Mãe ele está indo embora. -- Agatha advertiu.

 

-- Merda! -- Samantha largou o celular no banco do passageiro, olhando na direção e vendo ele movendo-se. -- Filha fica no carro e não sai, ouviu? Não saia! -- Ordenou e saiu do carro rapidamente. Fitou o indivíduo andando a sua frente, estava a uns quinze metros de distância. Samantha olhou de um lado para o outro em busca de uma solução, mas sem sucesso. -- Abençoa meu Deus! Abençoa! -- Samantha pediu sincera e correu na direção do homem o mais rápido que pode. E assim que chegou perto o bastante ela pulou sobre a costa do homem o jogando no chão rapidamente.

 

-- Mas que porr* é essa? -- Ele indagou surpreso, enquanto debatia-se desesperado tentando soltar-se.

 

Samantha estava sentada sobre ele enquanto tentava pegar o outro braço que ele usava para tentar levantar-se, mas logo ela conseguiu segurar ambos sobre a costa dele, Samantha apertou forte ambos os pontos de pressão dos pulsos dele.

 

-- Ai ai ai, para!  Ele gritou desesperado abrindo as mãos.

 

Samantha levantou-se um pouco e com a ajuda o joelho prendeu as duas mãos contra a costa dele, podendo assim obter sua mão direita livre, ela a levou até a região do pescoço e com as pontas dos dedos médios e indicadores, apertou forte outro ponto de pressão, existente entre as duas clavículas e sobre o esterno. O homem debateu-se embaixo dela ao gritos.

 

-- Eu conheço mais uns vinte! -- Samantha gritou aliviando um pouco o aperto para ele respirar. -- Se você não ficar quietinho eu te mostrarei cada um deles, e juro que vai ser cada vez pior! -- Advertiu decisiva.  

 

-- Me larga! -- Disse irritado debatendo-se novamente e quase conseguiu soltar-se e isso irritou mais ainda, Samantha.  

 

As pessoas em volta se acumulavam cada vez mais, curiosos com a cena que presenciavam.

 

-- Eu avisei! -- Samantha levou sua mão até a mandíbula, num ponto bem próximo ao lóbulo da orelha e apertou com vontade, para imediatamente ouvir o desespero do homem. -- Alguém liga pra polícia! -- Ordenou em um grito, sem tirar os olhos do homem embaixo de si.  

 

-- Eu já liguei! -- Um homem disse aproximando-se um pouco. – Ele queria te roubar? -- Investigou curioso.

 

-- Não. Sequestrar a minha filha! -- Revelou brava. -- Mas vai se arrepender amargamente! -- Samantha apertou outro ponto ainda na mandíbula, só que dessa vez um pouco abaixo dela. -- Você me conhece? -- Perguntou. -- Responde! -- Apertou novamente o mesmo ponto de pressão.

 

-- Sim, conheço, conheço... Merda! -- Confessou atormentado.

 

-- Como e porque me conhece?

 

-- Não lembro tá ligado... Ai ai ai, porr* isso dooiiiii, merd*! -- Gritou, pois Samantha apertava de vez em quando. 

 

-- De onde me conhece? Responde! -- Samantha ordenou em voz alta, começando a apertar novamente.

 

-- Eu digo, eu digo, mas, por favor, não aperta mais tá ligado! -- Pediu rendido.

 

-- Se me dizer o que eu quero... -- Advertiu.

 

-- Eu digo tudo que sei, eu juro! -- Avisou totalmente cedido. -- Um tal de Paulo, foi lá na minha área e me ofereceu uma baita grana pra pegar a tua pirralha, ai eu comecei a te seguir tá ligado? Pra saber teus esquemas tá ligado?

 

-- Como é esse Paulo? Sabe o sobrenome dele? -- Samantha investigou desconfiada.

 

-- Não sei disso ai não dona.

 

-- Me diz como ele é!

 

-- Andava sempre nos panos sabe? Roupa chique tá ligado?

 

-- Ele era alto, branco, cabelos lisos e pretos sempre penteados de lado, olhos castanhos, usava sempre terno e gravata e tinha um sorrisinho cínico na cara? -- Samantha descreveu Paulo Santana o médico que havia demitido a poucos dias.

 

-- É. Ele era desse jeitinho ai mesmo tá ligado.

 

-- Desgraçado! -- Samantha praguejou furiosa. -- Ele me paga! Ah se paga! --Samantha declarou com exaltação. Logo todos ouviram o barulho das sirenes da polícia... Minutos depois o homem já estava algemado e sendo conduzido para a viatura da polícia.

 

-- Doutora Samantha?

 

Samantha estava indo para o seu carro, quando fora chamada por um homem de voz conhecida por ela.

 

-- Delegado Roberto!? -- Disse surpresa. -- Que bom que veio, eu já ia te ligar novamente. -- Completou.

 

-- Eu vi sua ligação e retornei e quem atendeu foi a Agatha. -- Disse sorrindo.

 

-- Eu deixei o celular e ela no carro. E por falar nisso... -- Samantha completou o pequeno percurso até seu carro e abriu a porta do carro vendo a filha sentadinha no bando do carro mexendo em seu celular, e assim que viu Samantha sorriu feliz. -- Está tudo bem, meu amor?

 

-- Tá sim... O homem do joguinho de memória... Ah olha ele ai. -- Agatha disse ao vê-lo ao lado de Samantha. -- Acertou o caminho. -- Notou o olhando. -- Mãe eu vi, a senhora voou no homem. Foi muito legal! -- Disse divertida. -- Mas depois não vi mais nada esse carro ali de trás estava na frente. -- Confessou sentida e Samantha sorriu. -- Ai a senhora disse pra mim não sair do carro...

 

-- Vem cá. -- Samantha a chamou e ela saiu do carro. -- Eu estou muito, muito contente, porque você me obedeceu. -- Confessou a olhando feliz. Tinha se abaixado a altura de Agatha.

 

-- Doutora? -- Roberto a chamou e Samantha o fitou e ele sorriu. -- Você tem uma filha muito esperta, inteligente...

 

-- Obrigada.

 

-- É mãe, eu que disse onde nós estava.

 

-- Estávamos. Nós estávamos. -- Samantha a corrigiu.

 

-- É isso ai. -- Sorriu.

 

-- Bem, achar a “loja toda de vidro e letras grandes, depois que passamos da praça gramada, balanços e escorregador, que ficava na rua do lado porquê a rua que a mamãe passa está com cones”. -- Roberto narrou a descrição de Agatha e Samantha sorriu. -- Mas achamos. Eu perguntei pra onde vocês estavam indo e ela disse que para o hospital, ai foi mais fácil, e aqui estou. -- Completou.

 

-- Parabéns, filha! -- Samantha disse sorrindo. -- Nós temos que ir agora na delegacia?

 

-- Não necessariamente... Vamos fazer o seguinte, eu interrogo ele, depois você vai e leva a pequena, tudo bem?

 

-- Perfeito!

 

-- Mas, pode me fazer um resumo rápido do que aconteceu aqui?

 

-- Claro.

 

Samantha descreveu o que havia acontecido e logo ela e Agatha despediram-se do homem e continuaram a viagem em direção ao hospital. Ao chegarem, Samantha passou na sua sala, olhou-se no espelho fez alguns retoques.

 

-- Mãe a senhora está linda. Podemos ir agora? -- Agatha pediu ansiosa. -- Uma hora dessas nem tem mais café da manhã pra nós, do jeito que a Amanda come... -- Agatha disse espontaneamente e Samantha gargalhou com a lembrança da filha. 

 

 

 

* * * *

 

 

 

Marina acordou e antes de abrir os olhos, sentiu Amanda colada em seu corpo, o braço direito dela estava sobre sua barriga e sua cabeça em seu ombro direito, isso explicava a pequena dormência no mesmo. Abriu os olhos e a fitou, mas antes que pudesse falar algo ou fazer qualquer reação, Marina viu Samantha e Agatha as olhando. Marina encarou Samantha e viu em seus olhos, raiva, ciúmes, decepção, aflição. “Puta merd*!” Marina pensou ainda a olhando. Marina não moveu-se, pois não conseguia esboçar nem uma palavra, quem dirá, um movimento, sua cabeça pensava várias coisas ao mesmo tempo e seu corpo não obedecia nenhuma.

 

Samantha as olhava incrédula, fitou sua Amanda dormindo serena nos braços de outra mulher, seu ciúmes, sua decepção, desespero, sua confusão eram grandes. Ver Amanda nos braços de outra mulher estava sendo insuportável. Lembrou do sonho que Amanda tivera e lhe contara depois, Marina, era esse o nome que tinha chamado quando estava com o outro cara, Fabricio. Ao lembrar-se disse e ligar os fatos, seus olhos marejaram, suas várias emoções e sentimentos a estavam deixando fraca, não conseguia esboçar nenhuma reação. Queria sair dali, mas suas pernas não a obedeciam. Mariana lhe olhava indescritível e também não fazia nem falava nada, absolutamente nada. E isso a deixava mais angustiada ainda.

 

Marina viu o desespero, medo e logo os olhos marejados da morena a sua frente e isso a machucou de verdade, estava aflita, mas reagindo, ela tirou o braço de baixo da cabeça de Amanda com cuidado e logo depois o que estava em sua barriga, fitou Samantha preocupada.

 

-- Podemos conversar a sós? -- Marina investigou num fio de voz, fitando Samantha depois de ter levantado.

 

-- Não quero conversar com você! -- Samantha afirmou meio exaltada.

 

-- Merda! -- Marina disse baixo. -- Não é nada do que está pensado. 

 

-- Eu não estou pensado nada! -- Samantha disse mais baixo. -- Agatha vamos sair!

 

-- Mãe...

 

-- Agatha? -- Marina a chamou e ela a olhou. -- Fica aqui com a Eloá que eu vou conversar com sua mãe! -- Marina disse, pegou no braço de Samantha e a arrastou para fora do quarto. Samantha estava tão inativa que não resistiu.

 

-- Olha essa frase é clichê, eu sei. Mas juro, não é nada do que está pensando, nada mesmo! -- Marina declarou assim que saíram do quarto. -- A Eloá te ama, nem eu e muito menos ela iriamos fazer você sofrer ou algo parecido.

 

-- O que? Como... Mas... Você sabe da gente? -- Samantha estava num misto de alivio, surpresa e curiosidade.

 

-- Sei. Só um minuto! -- Marina entrou no quarto e instantes depois saiu com o diário. -- Nós lemos isso aqui! -- Confessou entregando o objeto para Samantha.

 

-- O diário da Amanda... Mas como ele veio parar aqui? Eu nem lembrava dele. -- Samantha declarou fitando-o. -- Eu não trouxe, não sei como... Agatha! -- Lembrou abrindo um sorriso.

 

-- Isso ai! -- Marina concordou sorrindo. -- Sua filha é bem esperta! -- Avisou.

 

-- Danada... Eu não vi ela pegando esse diário, em momento nenhum, sequer, desconfiei. -- Confessou olhando Marina. -- Pra falar a verdade eu não sei o que a Amanda escreveu aqui! -- Revelou.

 

-- Muita coisa... Muita coisa! -- Marina falou sorrindo.

 

-- Espera. -- Samantha disse dando-se conta de uma coisa. -- Ela lembrou? Lembrou de mim, da gente, de tudo? -- Indagou ansiosa, eufórica. 

 

-- Da maioria sim...

 

-- Sério? Eu... eu quero vê-la. -- Samantha sorriu feliz, muito feliz, virou-se para entrar no quarto, mas foi impedida por Marina.

 

-- Espera... Olha sobre o que viu. Eu apenas dormi, somos amigas, melhores amigas. Ela pediu para mim dormir com ela na cama, e eu não vi problemas. Tínhamos acabado de ler isso, quase quatro da manhã. Não aconteceu nada, apenas dormimos juntas, só dormimos! E a cena que viu, é... você deve saber que ela é espaçosa... -- Marina disse rindo e Samantha também não pode deixar de rir.  

 

-- Eu já entendi. -- Samantha sorriu aliviada, muito aliviada. -- Desculpa o mal jeito, é que... me desculpe.

 

-- Tudo bem, sem mais desculpas, pode ser?

 

-- Ok.

 

-- Vamos. -- Elas entraram e logo viram Agatha sentada no sofá comendo um morango. -- Mas como... Quando que trouxeram isso pra cá? -- Marina indagou confusa olhando Samantha.

 

-- Ele já estava ai quando cheguei. -- Samantha riu. -- Eu pedi para uma amiga mandar para cá. Vocês provavelmente estavam dormindo quando entregaram. -- Samantha explicou.

 

-- Ah deve ser isso... Nossa, quanta coisa gostosa! -- Declarou olhando o carrinho com as várias iguarias como café da manhã.

 

-- Pode servir-se. É para nós quatro. -- Samantha revelou.

 

-- Sério? Eu volto num instante. -- Marina disse e correu para o banheiro, fazendo Agatha e Samantha rirem.

 

-- Mãe a senhora vai brigar muito comigo, por ter dado o diário pra Amanda? --Agatha investigou receosa vendo a mãe com o diário na mão. Samantha sorriu e sentou ao lado dela no sofá.

 

-- Não meu amor. -- Avisou. -- Mamãe não está com raiva, não vou brigar com você. -- Declarou e Agatha riu contente. -- Na verdade, quero te agradecer... Obrigada, parece que a Amanda já lembrou da gente.

 

-- Sério? -- Indagou eufórica.

 

-- Sim.

 

-- Ebáa! -- Agatha comemorou alto.

 

-- Filha! -- Samantha a repreendeu, mas fora tarde. Elas olharam para a cama e viram Amanda mexer-se e logo abrir os olhos.

 

-- Desculpa! -- Agatha disse baixinho dessa vez e Samantha riu.

 

-- Tudo bem, filha. -- Samantha disse, e logo viu Amanda abrir um lindo sorriso, levantou-se e foi até sua amada. 

 

Amanda acordou ao ouvir um grito, abriu os olhos e não viu Marina na cama, passeou o olhar pelo quarto e logo viu duas pessoas que amava tanto. Sorriu feliz, viu Samantha levantar e começar a andar em sua direção, e sem poder conter o olhar, percorreu da cabeça ao pés, fascinada, a bela morena que caminhava até ela de forma lenta. 

 

Samantha estava vestida em uma saia longa na cor salmão, uma blusa de seda preta, e por cima uma jaqueta de couro também preta, nós pés uma sandália rasteira combinada nas cores bege e preta. Maquiagem leve, mas que destacavam seus olhos, e finalizando o look, os óculos escuros serviam como tiaras para os cabelos longos soltos.

 

-- Oi. -- Samantha disse sorrindo.

 

-- Uau! -- Amanda falou ainda a olhando por completa, tanto que curvou-se um pouco para alcançar a visão da morena quadril para baixo. -- Linda, divina, magnifica! -- Advertiu fascinada a olhando nos olhos e sorrindo.

 

-- Eu voltei. -- Marina disse. -- Ah e eu também vi a magnitude da... de... dela! -- Falou apontado Samantha rindo. -- Enfim, mas o momento foi meio tenso e não deu de elogiar. -- Explicou e Samantha riu.

 

-- Como assim? -- Amanda indagou confusa olhando de uma para outra. 

 

-- Depois eu te explico, amor. -- Samantha falou pegando na mão dela. Amanda sorriu retribuindo o contato. -- Temos café da manhã. -- Avisou.

 

-- Perfeito, eu estou morrendo de fome. -- Disse rindo.

 

-- Novidade! -- Marina foi quem notou e recebeu em troca a amostra de língua de Amanda.

 

-- Amor eu vou tomar um banho primeiro, me espera? -- Amanda pediu carinhosa.

 

-- Claro. -- Samantha sorriu e lhe deu um beijo amoroso na testa, por cima da faixa branca -- Vai lá.

 

Marina estava sentada ao lado de Agatha e assim como a pequena já comia as guloseimas, ela também já experimentava, e ambas olhavam divertidas as outras duas.

 

-- É sempre assim? -- Marina investigou baixinho olhando para Agatha que, afirmou com um aceno de cabeça.  

 

-- Eu ouvi! -- Amanda avisou as olhando.

 

-- Quê? -- Marina perguntou fingindo seriedade. -- Não falei de vocês. Eu estava aqui falando sobre o banquete, né gatinha? Está ótimo... Olha esse pão de queijo, divino! -- Falou e mordeu um pedaço do mesmo.

 

-- Ei, pode deixar pra mim bonita! -- Amanda advertiu séria.

 

-- Pois ande logo, que eu não prometo nada! -- Marina disse pegando outro pão de queijo.

 

-- Marina! -- Amanda a repreendeu fazendo todas rirem.

 

-- Vai tirar esse bafo de onça sua chata. -- Marina advertiu rindo.

 

-- Aff. -- Amanda levantou irritada, mas assim que foi dar um passo ela sentiu-se tonta e rapidamente segurou-se na cama. Samantha correu até ela e a segurou também. -- Está tudo rodando.

 

-- Você levantou rápido demais. -- Samantha avisou. -- Por isso a tontura... -- Samantha a segurou com ambas as mãos na cintura e a sentou se volta na cama.

 

-- Tudo bem ai? -- Marina perguntou as olhando preocupada.

 

-- Está sim, ela só levantou rápido demais, por isso a tontura, mas logo passa. -- Samantha explicou. -- Está melhor? -- Indagou olhando Amanda nos olhos e lhe fazendo um carinho no rosto, sorriu.

 

-- Estou. -- Sorriu pondo a mão sobre a de Samantha. -- Já dá pra levantar novamente. -- Avisou.

 

-- Vem, eu te seguro. -- Samantha afirmou e com sua ajuda Amanda levantou-se e Samantha a conduziu até o banheiro.

 

-- Qualquer coisa só chamar. -- Avisou.

 

-- Fica aqui comigo. -- Amanda a impediu de sair.

 

Samantha sorriu e fechou a porta do banheiro permanecendo dentro dele junto com sua amada.

 

-- Você está belíssima! -- Amanda confessou enquanto fazia um carinho no rosto da mulher maior. -- Sam eu lembrei! -- Confessou apaixonada. -- Ainda não consegui lembrar tudo, mas eu sei da maioria. Eu lembro de você, de nós, do nosso amor... Eu te amo!

 

Samantha sorria fascinada olhando Amanda com muito amor, a abarcou pela cintura com ambos os braços a fazendo colar em seu corpo.

 

-- Eu te amo, amo, amo... -- Samantha disse num sussurro e sem poder conter sua enorme vontade de beijar aqueles lábios que tanto amava, abaixou sua boca de encontro a de Amanda e selou seus lábios nos dela com todo amor que sentia, em um beijo calmo e lânguido. 

 

-- Você está belíssima! -- Amanda disse novamente a olhando sorrindo. -- Não. Você é belíssima! -- Corrigiu e a beijou.

 

-- Eu acho que devo esperar lá fora, pois se eu continuar aqui, não vou resistir a você! -- Samantha confessou a beijando no pescoço, mas sentiu algo e isso a parou. -- Tome seu banho! -- Ordenou afastando-se.

 

-- Que foi? -- Amanda estranhou.  

 

Samantha levou a mão direita a cabeça, desviando o olhar por um instante, voltou a fitar Amanda indecisa.

 

-- Você está com o cheiro da sua amiga no seu corpo. -- Revelou insatisfeita.

 

-- Me desculpa, amor. -- Amanda pediu sincera e envergonhada. -- Eu pedi pra Marina dormir comigo na cama, mas eu juro que só dormimos! -- Disse preocupada. -- Somos amigas e...

 

-- Amanda. -- Samantha a interrompeu. -- Tome seu banho, sim? -- Incentivou pondo as duas mãos no rosto dela, fazendo um carinho. -- Depois conversamos. -- Samantha sorriu e a beijou rápido. -- Te espero pra tomarmos café. -- Falou e saiu do banheiro.

 

 

 

* * * *

 

 

 

Alexsandra acordou depois das oito horas, levantou animada, tomou um banho rápido, fez o desjejum assistindo TV e depois de um tempo pegou o celular, para fazer uma ligação... Estava contente, pensava na noite anterior, nos momentos que passou com Laila.

 

-- Alex? Quem morreu? Porque vou te contar viu. Me ligando de madrugada só pode...

 

-- Já são dez horas Vick. -- Avisou rindo da irritação da amiga.

 

-- É domingo! -- Disse quase gritando. -- DO- MIN-GO! E eu transei quase a noite toda, estou cansada caramba! -- Disse rindo, mas ainda indignada.

 

-- Tá, eu já entendi! -- Riu. -- Liguei só pra te acordar mesmo!

 

-- Maria Alexsandra, eu te esgano assim que voltar pra Curitiba! -- Advertiu fingindo seriedade, mas logo riu ao ouvir Alexsandra rindo. -- Ei, eu acho que a gostosa fugiu.

 

-- Porque?

 

-- Ela não está na cama! -- Responde rindo.

 

-- Vick só tu mesmo pra...

 

-- Achei ela deguinho! -- Declarou contente. -- Está tomando banho.

 

-- Ah sim... Merecido não!? -- Constatou.  

 

-- Sim, sim. E eu vou já aproveitar a deixa, a porta está escancarada. -- Riu. -- Depois te ligo, tchau.

 

-- Espera! -- Alexsandra disse, mas sem sucesso. -- Isso está ficando cada vez pior! -- Constatou sorrindo. -- Quando a gente precisa do traste, ela desliga na minha cara. -- Riu olhando o celular pensativa, começou a mexer, estava sentada na cama. -- Laila... -- Sorriu olhando a foto do perfil do whatsApp dela. -- Linda! -- Declarou saindo do aplicativo e indo para os contatos pondo um em especial para chamar.

 

-- Alê!? -- Laila atendeu contente. -- Bom dia. 

 

-- Bom dia linda. -- Alexsandra disse feliz por ter sido atendida com contentamento. -- Dormiu bem? 

 

-- Sim... Muito bem! -- Revelou, sempre com uma voz risonha. -- E você, dormiu bem?

 

-- Ótima! -- Respondeu rápido. -- Na verdade, queria ter ficado mais com você! -- Confessou.

 

-- Eu também, mas já era tarde...

 

-- Quero te ver, já estou com saudades. -- Alexsandra avisou deixando-se cair na cama, ficando deitada.

 

-- Também estou com saudade. Só um minuto Alê... -- Laila pediu e logo depois Alexsandra pode ouvir “Onde mais, dona Cida? No quarto com a Cecilia e dormindo.” Alexsandra riu. -- Desculpa, minha mãe me perguntando onde a minha irmã estava. -- Laila avisou rindo.

 

-- Você está falando comigo estando do lado da sua mãe? -- Investigou receosa.  

 

-- Não, ela estrou no meu quarto, ela que subiu aqui. -- Laila explicou.

 

-- Ah... Está ocupada? Posso te ver agora? -- Indagou esperançosa.

 

-- Você quer que sair, tipo que nem ontem? -- Laila perguntou indecisa.

 

-- É, você não quer? -- Alexsandra inqueriu triste.

 

-- Não é isso. Eu quero sim, quero muito! É que hoje é domingo, aí sempre almoçamos em família. -- Laila explicou ao perceber a preocupação de Alexsandra.

 

-- Ah sim... Tudo bem então. -- Falou deprimida.

 

-- Mas você poderia vir almoçar aqui em casa com a gente, quer? -- Laila sugeriu.  

 

Alexsandra levantou eufórica com a ideia, ficando sentada na cama. -- Sério? Posse ir mesmo? Sua mãe não vai... sei lá, estranhar? É que é um almoço de família... -- Alexsandra, agora estava receosa, pois não sabia como se comportaria na casa de Laila com a família dela toda presente.

 

-- Não se preocupe com isso. -- Laila disse calma. -- Dona Cida vai adorar te ver aqui, ela vive falando na Samantha, na Agatha, em você, na sua família toda. -- Confessou rindo.

 

Alexsandra riu também e em seguida pode escutar uma voz feminina gritando “Mãe hoje é domingo!”. E logo depois ouviu a resposta “Eu sei, mas estava na hora de levantar!” Alexsandra riu ao ouvir a voz de Cida e depois de novo, dessa vez mais alto “E sem reclamações, senão, a louça suja do almoço será sua!” “Minha? Hoje é o dia da Laila, mãe!” 

 

-- Alê? -- Laila a chamou, pois havia esquecido da morena, vendo as reclamações da mãe e da irmã dentro de seu quarto.

 

-- Estou aqui, meu anjo! -- Disse rindo, pois ainda escutava as vozes das outras duas mulheres falando.

 

-- Só um minuto... Mãe, Mônica, querem parar de discutir quem lava ou não a louça? Hoje não é o meu dia de lava? Então pronto. Eu lavo! Agora vocês podem, por favor, me deixarem falar ao telefone, sem que eu pareça uma garota que parece ter uma família problemática? 

 

Alexsandra ouviu tudo e gargalhou do outro lado da linha e Laila a acompanhou.

 

“Oh minha filha, desculpa, mil desculpas mesmo!” -- Alexsandra ouviu Cida dizer, parecia que ela quem estava com o aparelho. -- Alô, oi. -- Alexsandra assustou-se e levantou da cama ao ouvir a voz de Cida ao celular. -- Olha minha família não é problemática não viu!? Somos pessoas de bem... -- Cida explicava. Depois Alexsandra ouviu Laila dizer “Mãe quer devolver o meu celular”. -- Espera ai filha. Quem está falando? -- Cida investigou e Alexsandra não sabia de dizia algo ou ficava calada. -- Alô?

 

-- Cida, sou eu a Alex. -- Revelou decidindo-se.

 

-- Alex? -- Estava surpresa. -- Oi, bom dia. Como você e sua família estão? E a Amanda, sabe sobre ela? 

 

-- Estamos bem, Cida. Eu ainda não liguei pra Samantha hoje, pra saber da Amanda, mas ela está bem sim. Segundo o que o Olavo me disse, na terça ela terá alta. E também, como Samantha ainda não me ligou é porque deve estar aproveitando os momentos com ela. Se tivesse acontecendo algo mais grave ela teria me avisado. -- Alexsandra explicou.

 

-- Ah sim... Mais tarde eu dou uma ligadinha pra ela.

 

-- Faça isso e se eu souber de algo novo eu te aviso.

 

-- Tudo bem... Escuta, está fazendo o que agora? Tem algum compromisso? -- Cida investigou.

 

-- Eu estou sem compromissos até o momento.

 

-- Não está mais! -- Cida advertiu. -- Vem almoçar aqui em casa. É mais simples do que está acostumada...

 

-- Cida, por favor né! -- Alexsandra a repreendeu.

 

-- Desculpa, é que... esquece! Está convidada e não pode faltar, servimos ao meio dia.

 

-- Estarei antes dessa hora! -- Alexsandra avisou, estava feliz.

 

-- Ótimo. Bem, até daqui a pouco.

 

-- Até...

 

-- Oi Alê. -- Laila disse rindo. -- Me desculpa por tudo isso. 

 

  -- Sem problemas. Eu amo a Cida, ela é muito querida. -- Alexsandra observou. -- Agora eu tenho dois convites pra almoçar ai. -- Disse divertida.

 

-- É sim... Vai vir?

 

-- Lógico que sim! Eu quero muito te ver.

 

-- Eu também, vou estar te esperando.

 

-- Eu não demoro, já já estou ai. Espera, não está muito cedo? Agora que e dez e meia. -- Alexsandra notou, estava com medo de estar sendo indiscreta demais.   

 

-- Que nada, vem...

 

-- Vou sim, já estou pegando a chave do carro. -- Disse sincera. -- Ah falta o sapato. -- Riu. -- Ia saindo descalça, vou calçar aqui.

 

-- Tudo bem. -- Laila riu. -- Quando estiver aqui perto me liga que eu saio pra te buscar no portão. -- Sugeriu. -- Até já.

 

-- Até meu anjo. -- Alexsandra disse e desligou, já estava saindo do flat, pegou o elevador enquanto fazia outra ligação. -- Mãe, bom dia.

 

-- Bom dia filhinha.

 

-- Mãe não vou almoçar ai hoje. Tenho um outro compromisso. -- Alexsandra avisou, mas sabia que a mãe a repreenderia.

 

-- Maria Alexsandra, eu já falei várias vezes, que no domingo é pra almoçarmos juntos.

 

-- Eu sei mãe, mas é que é importante também, desculpa. No domingo que vem eu vou almoçar ai, está bem?

 

-- Fazer o que? E o que é tão importante pra você não vir almoçar com a sua família? Você é segunda que dispensa o almoço em família hoje.

 

-- Mãe, não dá pra falar agora, mais na frente eu digo. Mas é importante pra mim, vê se entende.

 

-- Tudo bem, eu entendo. Se cuida!

 

-- Pode deixar, dona Regina. Tchau! -- Disse e desligou, já estava ao lado do carro, destravou e entrou, saindo com ele em seguida.

 

 

 

* * * *

 

 

 

Amanda tomou um banho rápido, vestiu-se e logo saiu do banheiro, vendo Samantha e Marina conversando e Agatha entretida no Celular.

 

-- Pronto! -- Amanda disse sorrindo as olhando.

 

-- Foi rápida. -- Samantha avisou sorrindo enquanto aproximava-se dela.

 

-- Foi sim. -- Sorriu. -- Amor, eu não gosto dessa... desse... disso que estou vestida. -- Confessou fazendo cara de desgosto e Samantha riu.

 

-- Mas porquê? Você está tão lindinha nesse traje azulzinho.

 

-- Não gosto dele! -- Disse contrariada. -- Você pode trazer minhas roupas?

 

-- Amor, você está num hospital. -- Samantha a levantou a fazendo sentar na cama. Estava agora somente com a blusa, tinha retirado o jaqueta. -- Não pode usar outras roupas.

 

-- Oi. -- Marina disse chamando a atenção de Samantha e Amanda. -- Eu vou dar uma circulada. -- Avisou. -- Posso levar a Agatha? Ai vocês conversão.

 

Samantha a olhava indecisa, não conhecia Marina direito. Amanda como que lendo seus pensamentos foi quem respondeu.

 

-- Pode sim. Mas não tira os olhos dela! -- Advertiu.

 

-- Prometo! -- Sorriu e olhou para Agatha. -- Vamos gatinha?

 

-- Aram.

 

-- Filha não se afasta da Marina! -- Samantha também advertiu. 

 

-- Tá bom. -- Agatha concordou

 

-- Marina não saía de perto dela! -- Samantha advertiu.

 

-- Ok! -- Marina disse e logo elas saíram do quarto.

 

Samantha voltou a olhar Amanda com carinho e começou a fazer um carinho no rosto e cabelos dela.

 

-- Não posso mesmo usar outra roupa? -- Amanda insistiu.

 

-- Não, não pode. Sinto, mas são regras, amor. -- Samantha explicou. -- E também é higiênico, você passou por uma cirurgia recentemente. E já quebrou várias regras de um paciente em internação. -- Samantha confessou rindo.

 

-- Poxa. -- Amanda fez bico e Samantha a beijou rápido, estava agora, com as duas mãos na cintura de Amanda e essa, com as suas apoiadas nos ombros de Samantha. -- Mas café da manhã na cama eu posso?

 

-- Pode!

 

-- Então eu quero café na cama de novo! -- Disse sorrindo.

 

-- É pra já! -- Samantha lhe deu um selinho rápido e foi providencia o pedido. Arrumou um pouco de tudo, na mesa bandeja. Amanda esperava pacientemente a fitando com admiração e amor. -- Prontinho. -- Samantha falou arrumando a mesinha sobre a cama. Amanda ajeitou-se olhando seu café da manhã com vontade.  

 

-- Obrigada amor. -- Agradeceu sorrindo. -- Só de olhar, já sei que está uma delícia.

 

-- Você merece. -- Samantha notou a olhando sorrindo. Estava em pé ao lado da cama.

 

-- Senta aqui. -- Amanda pediu afastando-se um pouco e Samantha a atendeu prontamente, sentando-se a seu lado, lhe deu um beijo amoroso. E observou satisfeita Amanda pegar o copo de suco e tomando uma porção generosa. Ela sempre começava tomando o suco. -- Tá rindo de que? -- Amanda perguntou curiosa.

 

-- Estou sorrindo. -- Corrigiu a olhando feliz. -- Você sempre começa tomando o suco. -- Declarou.

 

-- Reparou nisso? -- Soube contente.

 

-- Eu sempre vou reparar em você, em seu jeito, suas manias, tudo sobre você me é especial, tudo! -- Samantha revelou a olhando nos olhos e lhe fazendo um carinho no rosto com a mão esquerda.

 

-- Eu te amo! -- Amanda declarou e ganhou de presente um beijo calmo e amoroso.

 

-- Eu te amo! -- Samantha disse depois do beijo. -- Agora vamos comer e enquanto isso, comece me falando até onde lembra sobre a gente. -- Samantha pediu, estava feliz por Amanda estar lembrando de tudo.

 

E enquanto ambas comiam, Amanda relatou como o diário foi parar em suas mãos e o que já havia lembrado sobre elas, sobre os sonhos que teve no hospital, contou tudo que lembrou dos dias que passou na casa de Samantha. Samantha escutava com atenção, riu junto com Amanda quando ela contou que riu muito com Marina ao lembrar do dia em que Cida as pegou nua na sala. Ficou sentida por Amanda ainda não ter lembrado de tudo, principalmente da noite que tinha feito a surpresa, mas ainda assim, estava radiante por sua Amanda ter lembrado dela, do amor, das promessas...

 

-- Sua família não vai vir hoje? -- Samantha investigou, voltando a sentar-se ao lado de Amanda depois de ter colocado a bandeja na mesinha ali perto. -- Já são dez e meia. -- Advertiu.

 

-- Tudo isso? -- Amanda estava surpresa.

 

-- É sim. -- Samantha riu.

 

-- Não sei. Disseram que iam vir. -- Amanda lembrou, mas deu de ombros e sorriu olhando Samantha. -- Eu tenho você aqui, já me excelente!

 

Samantha sorriu. -- Fico muito feliz. -- Confessou e a beijou no rosto.

 

-- Quero um beijo de verdade. -- Amanda declarou e a puxou para um beijou, colando sua boca na de Samantha, o beijo, no começo ele foi calmo, mas logo ambas intensificaram, passou a ser forte, ávido... Samantha segurava firme com a mão esquerda a nuca de Amanda e com a outra a apertava na cintura. Amanda ajeitou-se na cama e ficou de frente para Samantha, segurou com ambas as mãos na região da nuca dela agarrando os cabelos com pouca força. Elas já estavam arfantes e precisavam de ar, separaram-se e ficaram olhando-se por alguns instantes, até Samantha quebrar o silencio.

 

-- Eu não posso ficar perto de você assim... Não agora! -- Samantha saiu da cama e ficou em pé um pouco distante de Amanda. Ambas ainda tinham as respirações pesadas.

 

-- Sam!? -- Amanda reclamou a olhando sorrindo. -- Vem, fica aqui comigo. --Pediu. Sua respiração já estava mais calma.

 

-- Não, eu não vou me controlar amor. Eu já te apertei toda, você fez uma cirurgia na sexta à noite. Tem que ficar em repouso! – Samantha advertiu a olhando com evidente desejo e amor.

 

-- Sam? Amor, vem cá, prometo não fazer nada demais! -- Amanda sorriu.

 

-- Certeza? -- Indagou indecisa.

 

-- Não! -- Advertiu rindo. -- Mas quero ficar perto de você amor, deixa vai! Vem, pode ficar aqui do lado da cama, pode ser assim?

 

-- Tudo bem! -- Samantha não queria ficar longe de sua amada, ainda mais agora que ela estava quase lembrando de tudo.

 

-- Bem melhor! -- Amanda disse quando Samantha ficou ao lado da cama a seu alcance.

 

-- Sei...

 

Amanda sorriu pegando as mãos de Samantha e as beijando em seguida.

 

-- Tenho que te contar uma coisa. É sobre mim e o Fabricio. -- Amanda declarou e viu Samantha respirar fundo.

 

-- Podemos falar depois? -- Samantha pediu, sabia que estava sempre adiando a conversa, mas não sentia-se preparada ainda. Queria saber tudo sobre seu amor, mas no momento o que queria era ficar com ela, beija-la, toca-la, ama-la e isso a estava deixando inquieta. -- Quero só curtir você agora!

 

-- Tudo bem. Mas antes precisa saber que o meu casamento com ele é só fachada. Não temos nada, nem beijo, nada! -- Amanda disse firme.

 

Samantha sentiu uma enorme felicidade ao ouvir tal declaração de Amanda. Mas ainda assim, queria apenas ficar perto dela, lhe fazendo um carinho, lhe dando amor.

 

-- Fico feliz! Mas continuo querendo ter essa conversa depois. -- Confessou fazendo um carinho no rosto e cabelos de Amanda.

 

-- Então vou querer mais beijinhos! -- Avisou a olhando nos olhos com carinho e desejo. Queria sentir o corpo de Samantha colado ao seu, os toques dela, os beijos, o carinho o amor...

 

-- Eu também quero, linda. -- Disse e a beijou, mas logo as separou. -- Vou fechar a porta, vai que sua família chegue. -- Advertiu fechando a porta com a chave e voltou rapidamente. – Prontinho, agora eu posso te beijar a vontade. -- Samantha falou já as aproximando para um outro beijo.

 

Elas já estavam no terceiro beijo e a cada vez, beijavam-se com mais desejo, paixão... Amanda estava sentada na beirada da cama e Samantha estava entre as pernas dela, tinha trago Amanda para mais perto de si e a posicionado dessa maneira. Samantha desgrudou do beijo e desceu para o pescoço de Amanda que, já suspirava de desejo e excitação, aproveitando cada toque, cada carinho que Samantha lhe proporcionava. Samantha num gesto mais ousado, mas cobiçado ch*pou com cuidado o pescoço dela e isso fez com que Amanda soltasse um gemido baixinho, mais audível para ambas. Samantha intensificou mais na segunda ch*pada e Amanda sentiu uma descarga percorrer todo seu corpo, deixando-o arrepiado, desde onde Samantha brincava, até as extremidades. Amanda gem*u mais alto e puxou Samantha para mais um beijo apaixonado, excitante, sentia seu sex* lateja de desejo, estava molhado, ansiava para ser tocada por sua amada e sem desgrudar do beijo delas, Amanda pegou a mão direita de Samantha que estava em sua cintura lhe fazendo um carinho, apertando e a conduziu para entre suas pernas.

 

-- Amor... -- Samantha disse interrompendo a ato dela, ao perceber sua intensão. -- Não podemos... esse não é um lugar...

 

-- Shiiii. -- Amanda balbuciou e voltou a conduzir a mão de Samantha para onde queria.

 

-- Amanda... -- Samantha ainda resistia, mesmo com dificuldades, mas foi só sentir o quão molhada sua amada estava que, suas miseras forças desabaram.

 

-- Sente como eu quero você, como te desejo, como me deixa apenas com um olhar desejoso, um beijo... Ahh. -- Amanda gem*u ao sentir Samantha começar a mover seu dedo no sex* dela. -- Isso, amor me toca! Percebe como eu fico com você, por você, pra você!

 

-- Mmmm. -- Samantha não conseguiu conter um gemido ao ouvir tais palavras e nem por sentir calor, a textura, o liquido do sex*, da mulher que tanto amava, desejava, ansiava de saudade, de tocar, de provar, de ama-la... -- Você me deixa louca! -- Samantha advertiu a puxando para um beijo ávido... -- Por Deus, eu tenho que me controlar! -- Disse alto ao separa-las do beijo, mas era um aviso para si mesmo. Voltou a beija-la novamente, porém com calma dessa vez.

 

Samantha estimulava o clit*ris de Amanda como o dedo polegar, sem pressa, e com os dedos indicador e médio ela brincava na entrada do sex* dela, fazia que iria a penetrar, mas abandonava.

 

-- Sam... ahhh... -- Amanda a chamou e gem*u. -- Dentro... humm.., Quero você dentro de mim! -- Disse num só folego.

 

Samantha a invadiu e deleitou-se com a cavidade quente, molhada, totalmente relaxada e entregue a seus dedos, mão, a ela. Amanda abriu mais as pernas, sentindo Samantha entrar e sair dela com agilidade. Gemia cada vez mais alto, sem poder controlar-se diante de tal prazer. Samantha abandonou o pescoço onde beijava e ch*pava no momento e a beijou na boca, tentando assim, controlar o som dos gemidos de ambas. E logo em seguida sentiu seus dedos serem apertados pelos músculos internos de sua amada e pelas coxas dela. Amanda soltou um gemido chamando o nome de Samantha e a abraçou apertando-se contra ela com força. Samantha sorriu e a recebeu com amor e carinho.

 

-- Eu estava com saudade disso! -- Amanda confessou depois de um tempo, ainda estava na mesma posição. Abarcava Samantha com ambas as mãos e lhe fazia um carinho na costa.

 

-- Disso o que?

 

-- De fazer amor, de sentir você me tocando, de ficar assim, como seus dedos dentro de mim! -- Confessou olhando Samantha sorrindo.

 

-- Disponha! -- Samantha disse sorrindo, fazendo um carinho em seu rosto, com sua mão livre. 

 

-- Pode tirar. -- Amanda abriu as pernas. -- Humm. -- Gem*u fechando os olhos ao sentir Samantha retirando seus dedos, mas logo os abriu, queria vê-la fazer algo.

 

Samantha retirou seus dedos e rapidamente os conduziu a sua boca e os ch*pou fitando Amanda fascinada ao sentir o gosto dela neles.

 

-- Eu amo ver você fazer isso! É muito sexy! -- Amanda declarou sorrindo enquanto fazia um carinho no rosto de Samantha.

 

-- É uma delícia! -- Samantha confessou e a beijou, dessa vez, calmamente.

 

-- Eu estou começando a gostar de roupinha azul! -- Amanda admitiu e Samantha gargalhou. -- Sério. Ela é pratica, oh que legal. -- Amanda apontou entre as perna. -- Livre aceso para suas mãos maravilhosas. -- Completou sorrindo.

 

-- Eu também tenho que admitir isso! -- Sorriu.

 

 

 

* * * *

 

 

 

Alexsandra ligou para Laila assim que apontou na rua da casa dela.

 

-- Já está ai na frente? -- Laila perguntou atendendo o celular.

 

-- Chegando. -- Alexsandra sorria contente. -- Falta uns trezentos metros, eu estou a 50 km/h, a rua está deserta, legal essa sua rua, só tem casa... E agora deve faltar uns 250, 240, 230, 220...

 

-- Ok eu já entendi! -- Laila a interrompeu rindo. -- Vou te espera lá na frente, estou saindo do quarto, larguei a porta aberta, descendo as escadas, quinto degrau, oitavo... décimo primeiro, décimo último...

 

-- Também já entendi! -- Alexsandra riu. -- Pronto!

 

-- Pronto também! -- Laila estava na frente da casa olhando o carro de Alexsandra estacionado bem a sua frente.

 

-- Oi! -- Alexsandra a cumprimentou depois de baixar a janela do carro.

 

-- Oi. -- Sorriu tirando o celular do ouvido e vendo Alexsandra sair do carro rapidamente e o rodeando.

 

-- Está linda! -- Alexsandra notou olhando Laila de cima a baixo após retirar os óculos escuros, tinha admiração e carinho nos olhos. Laila vestia um vestido branco de alcinhas e solto da cintura para baixo, nos pés uma sandália havaiana com estampa de flores.

 

-- Você também está! -- Laila disse a avaliando. Alexsandra estava com uma calça jeans desbotada e um rasgando nela do lado esquerda da perna, na altura da coxa. Uma blusa de manga curta na cor branca e nós pés um sapatenis, também na cor branca. Ambas não usavam maquiagens. -- Vem, vamos entrar. -- Laila pegou na mão de Alexsandra e a conduziu para dentro. -- Mãe, a Alexsandra chegou! -- Laila gritou da sala, e logo ela apareceu enxugando as mãos em um pano de prato.

 

-- Alex, que bom que veio. -- Proferiu sorrindo.

 

-- É um prazer. -- Falou sincera indo de encontro a mulher e lhe dando um beijo no rosto, como sempre fazia.

 

-- Muito bom mesmo ter você aqui! -- Confessou. -- Espero que goste do que estou fazendo.

 

-- Cida, e quando que eu já dispensei a sua comida? -- Indagou com indignação.

 

-- É tem razão! -- Cida concordou. -- Fica à vontade. Laila, apresenta seu irmão e a Cecilia. -- Pediu olhando a filha.

 

-- Faço isso sim, mãe. -- Concordou olhando Alexsandra discretamente.

 

-- Olha eu vou estar na cozinha, qualquer coisa só me chamar. -- Avisou. -- Fica à vontade.

 

-- Tudo bem, obrigada! -- Alexsandra pronunciou e Cida voltou para a cozinha.

 

-- Olha só, quem temos aqui, já chegou! -- Mônica disse chegando a sala de mãos dada com Cecilia. -- Grande Alexsandra! – Disse sorrindo fitando a morena a sua frente.

 

-- Oi Mônica, tudo bem? -- Alexsandra sorriu simpática a olhando.

 

-- Tudo sim, as maravilhas. Gostei do estilo! -- Disse apontando com o dedo indicador o movendo de cima a baixo se referindo as vestimentas.

 

-- Obrigada! -- Agradeceu e olhou Cecilia.

 

-- Ah sim. -- Mônica sorriu olhando a namorada. -- Alexsandra, essa é Cecilia, minha namorada, amor essa é Alexsandra. 

 

-- Oi, muito prazer, Alexsandra. -- Cecilia disse sorrindo.

 

-- O Prazer é meu. E podem me chamar de Alex. -- Alexsandra avisou e sorriu admirada da beleza da menina, olhos azuis, loirinha, rosto angelical.

 

-- Bem, falta o pirralho! -- Mônica disse sorrindo. -- Oh pirralho? -- Gritou em direção a escada.

 

-- Mônica! -- Laila a repreendeu. -- Mamãe já te falou pra não chamar o Michael de pirralho.

 

-- Ela não vai brigar, temos visita! -- Mônica declarou rindo. -- Pirra... -- Mônica iria chamar pelo irmão novamente, mas ele já estava descendo a escada.

 

-- Que foi?

 

-- Michael essa é a Alexsandra, Alê esse é meu irmão, Michael. -- Laila foi quem os apresentou.

 

-- Oi, tudo bem? -- Alexsandra estendeu a mão para o garoto o avaliando, vestia uma camisa e uma bermuda, o cabelo era liso num corte estilo Chanel repicado, cobria a testa e as orelhas, os olhos assim como os das irmãs era amarelo.

 

-- Oi. Tudo bem beleza. -- Disse pegando a mão de Alexsandra e a cumprimentando simpático. -- É raro a Laila trazer as amigas dela aqui em casa, vive no quarto estudando, ela nem sai muito também, eu saio mais que ela. -- Confessou rindo.

 

-- Ela me disse! -- Alexsandra falou olhando para Laila rindo. -- Mas vamos mudar isso! -- Declarou o olhando de volta.

 

-- Bate ai. -- Ele levantou a mão e Alexsandra bateu. -- Sabe jogar vídeo game?

 

-- Michael já vai querer encher o saco com isso? -- Laila advertiu séria.

 

-- Tudo bem... -- Alexsandra avisou. -- Sei sim.

 

-- Pirralho depois tu joga com ela, agora a Laila vai apresentar a casa pra amiga dela, não é maninha? – Deu ênfase no “amiga”. -- Sabe a sala, a cozinha, o quarto... -- Mônica disse sorrindo cínica.

 

-- Amor!? -- Cecilia a chamou rindo. -- Vem vamos ajudar sua mãe. -- Disse e puxou a namorada em direção a cozinha.

 

-- Vai Laila, amostra seu... carto pa elo. -- Mônica teve a boca tampada pela namorada.

 

Alexsandra as observava rindo. -- Gostei delas. -- Declarou fitando Laila. -- E de você também. -- Se referia a Michael. -- Depois jogamos, certo?

 

-- Beleza. -- Concordou. -- Enquanto isso, deixa eu arrumar o quarto, dona Cida acordou pilhada hoje. -- Revelou rindo. -- Papai ainda não voltou? -- Indagou olhando a irmã.

 

-- Ainda não. Mas deve estar chegando já.

 

-- Hum... então até o jogo, ou o rango, a gente se vê! -- Ele disse e subiu a escada correndo.

 

-- Sua família é divertida! -- Alexsandra notou a olhando sorrindo, estava se sentindo bem naquela casa, com a família, com Laila. Lembrava a sua própria família, todos amorosos, atenciosos, uma família de verdade. -- Eu gostei de todos! -- Revelou.

 

-- Que bom que gostou. -- Laila disse sorrindo pegando na mão de Alexsandra. -- Vem, vou te mostrar o meu lar dentro do lar. -- Declarou sorrindo enquanto as duas subiam as escadas.

 

-- Seu quarto? -- Alexsandra investigou ao pararem em frente a uma porta parcialmente aberta.

 

-- É sim. -- Laila entrou. -- Não vai entrar? -- Chamou por Alexsandra.

 

-- Claro... -- Alexsandra entrou e passou a observar o ambiente. O quarto tinhas as paredes brancas com um detalhe na cor lilás na parte superior, a mesa do computados era branca, o criado mudo ao lado da cama de casal também branco, a persiana na janela era branca... O que destacava o tom branco em quase tudo era os detalhes lilás, o guarda roupa era grande, na cor lilás e detalhes brancos, o tapete ao lado da cama, os vários adesivos de borboletas na parede na cor roxa e lilás, os lençóis na cama um era branco e o outro era lilás, as almofadas da mesma forma... -- Lindo o seu quarto, bem seu gosto, é sua cara! -- Alexsandra a olhou sorrindo.

 

Laila estava em pé perto da porta a olhando contente por ter gostado de seu quarto, seu canto.

 

-- Que bom que gostou. -- Laila fechou a porta e andou até Alexsandra com calma. -- Quando estou em casa, eu passo a maior parte do tempo aqui, é meu refúgio. -- Revelou sorrindo, estava próxima a Alexsandra a olhando com um brilho no olhar.

 

-- Eu amei seu quarto. Ele tem seu toque, seu jeito meigo, delicado. -- Alexsandra pousou sua mão direita na cintura de Laila e a puxou colando seus corpos, e com a mão esquerda passou a fazer um carinho no rosto dela. -- Você é tão linda! -- Disse baixinho, elas estavam com suas bocas a milímetros uma da outra. -- Seus olhos me fascinam, são lindos!

 

 Laila abraçou Alexsandra com ambas as mãos sobre o pescoço dela. Alexsandra fez um leve carinho com seu nariz no nariz dela e sem mais demora, encostou sua boca na de Laila, com carinho, calma, moveu seus lábios junto aos dela num bailado lento e sensual, e só depois de certo tempo, foi que pediu passagem com a língua, sendo concedida sem receio ou demora. Laila segurou com ambas as mãos nos cabelos e nuca de Alexsandra e a apertou com sua boca, estava com saudade dos beijo dela, mal havia provado no dia anterior e já sentia que não poderia mais viver por tanto tempo sem provar dele. O gosto, a textura macia dos lábios, o bailado sensual e carinhosos dos lábios, línguas, cabeça...

 

Alexsandra as conduziu devagar em direção a cama, sabia onde estava e por isso não abriu os olhos ou parou o beijo. Logo sentiu sua perna a topando, girou os corpos e devagar foi deitando Laila sobre a cama e também descendo com ela, até ambas estarem deitadas. Alexsandra estava parcialmente sobre o corpo de Laila. O beijo, embora estivesse intenso, era calmo, mas ainda assim, ela precisaram separar-se em busca de ar.

 

-- Você me deixa sem concentração, descontrola meus pensamentos, minhas vontades, meus movimentos, tudo. Eu quero ter o controle, mas não consigo, não quando você me beija, me toca, me faz um carinho, quando me olha... -- Laila dizia olhando Alexsandra com carinho, elas estavam com os rostos bem próximos um do outro. -- O que você fez comigo? -- Laila indagou sorrindo, enquanto fazia um carinho no rosto dela e mexia na franja.

 

-- Eu me sinto da mesma forma, meu anjo! -- Alexsandra confessou. –--O que Você fez comigo?

 

-- Me beija de novo? -- Laila pediu sorrindo.

 

-- Será um prazer! -- Alexsandra disse e a beijou novamente, com muito carinho, devagar, aproveitando casa sensação, sabor, sentimento...

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá amores *-*

Lindas, espero que tenham gostado! ;)

Quero pedir desculpas pela demora em postar. É que essa semana realmente não tive muito tempo, estava cheia de afazeres, não pude responder aos comentários, sequer entrei no site esses dias, pra vocês verem a situação da pessoa. kkkk

Lindas, comentém, vou ler e responder conforme der! Gosto de ver comentários aos montes! *-*  De novo sorry, pela demora! 

Beijão no coração de vocês e até logo...

 


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Comentários para 26 - Capítulo 26:
rhina
rhina

Em: 09/07/2020

 

Fofo demais

Rhina

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Gabi
Gabi

Em: 22/09/2015

Jesus, como eu senti falta dessa história, achei que não fosse mais encontrar. rs perdi muita coisa, aff mais estou feliz por Amanda/Elóa começar a lembrar da Samantha, meu casal favorito. Gente, esse começo de romance entre a Alex e a Laila, amei. 

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 13/09/2015

Olá! Que saudades desse conto...muito bom... não sei nem de quem gosto mais...se de amanda ou sam...ou agatha... ou laila...ou alex... esperando sempre por mais um capitulo...bjs....

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Jehcaetano
Jehcaetano

Em: 13/09/2015

Posso dizer que tua história ta igual vinho melhor com o passar do tempo!..kkkkkk

Um capítulo maravilhoso de grande e riqueza de detalhes. Sua escrita encanta de verdade. Amanda lembrando de tudo é ótimo + que conversa encantada é essa que não sai gente? Que posso sem curiosidade, Sam não é nem um pouco curiosa.

Bom só posso desejar ótimas inspirações nos próximos capítulos e esperar ansiosamente que eu sei que só tende a melhorar.

E parabéns + uma vez por esse dom com as palavras!!

Bj

 

P.S: Amo capítulos grandes. *-*

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Van Rodrigues
Van Rodrigues

Em: 13/09/2015

Amei este capítulo Enny, já estou ansiosa para ler o próximo. beijos!!
Parabéns!

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Kaah L Silva
Kaah L Silva

Em: 13/09/2015

Amo essa historia, nao consigo para de ler 

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jessicabarbosa
jessicabarbosa

Em: 13/09/2015

Amei o capítulo enorme e por isso le desculpo pela sua demora viu dona enny...kkkkkkk bricaderinha, ai q bom q amanda lembrou do amor dela e sam...e laila e alex um amor muito lindo....espero ansiosamente por mais um capítulo. ..rsrsrs n canso de ler...bjos

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Mille
Mille

Em: 13/09/2015

Que capitulo grande e lindo.

Amanda lembrando das coisas atraves do diario, e algumos coisas surgindo.

Sam ainda pegou o bandido que tentou sequestar a Aghata e descobriu quem foi o mandante, ah ansiosa para ver o que vai acontecer com o Paulo.

Essa Monica é muito hilário quase mata a irma de vergonha, nada discreta com as inderetas. Elas são tão lindas juntas.

Parabéns linda

Um forte abraço até o próximo

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Pipers
Pipers

Em: 13/09/2015

Olha o romace de Samanta e Amanda/Eloá e ótimo, mas uma grata surpresa é Alex e Laila são muito fofas, torcendo muito por elas

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