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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 10188
Acessos: 14782   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

Oi Lindas. *-* 

Leiam as notas finais. ;)

Capítulo 27

-- Sua irmã e a namorada dela sabem sobre a gente, não é? -- Alexsandra investigou sorrindo ao desgrudarem do beijo carinhoso. Elas estavam deitadas de lado, uma de frente para outra.

-- Sabem sim! -- Laila confirmou sorrindo, enquanto fazia um carinho no rosto de Alexsandra.

-- Você que contou?

-- Na verdade, a Mônica viu nosso beijo ontem e eu não tive como esconder. -- Revelou e Alexsandra sorriu. -- E como ela conta tudo pra Cecilia, então...

-- Entendo. -- Disse rindo. -- Não tem problema, elas são legais. -- Declarou fazendo um carinho na cintura de Laila, onde encontrava repousada a sua mão direita.

-- Posso te perguntar uma coisa? -- Laila indagou desviando o olhar insegura, mexia os óculos escuros que estava na gola da blusa de Alexsandra.

Alexsandra tirou a mão que estava na cintura de Laila e a pôs no queixo dela a fazendo olha-la. -- Pode me perguntar o que quiser, linda. -- Advertiu e sorriu.

-- Certeza? Não vai ficar com raiva? É que...

-- Certeza! -- Alexsandra a interrompeu. -- O que quer saber? 

-- É... -- Laila desviou os olhos novamente por um instantes, mas voltou a olhar Alexsandra determinada. -- Você já namorou alguma mulher? Já beijou ou... -- Laila não teve tempo de terminar a frase, pois Alexsandra levantou, sentando-se na cama.

-- Vem, senta aqui. -- Alexsandra a chamou para sentar-se à sua frente.

-- Está vendo? Você ficou chateada. -- Laila disse sentando-se também.

-- Não fiquei chateada. -- Alexsandra sorriu a olhando. -- Fiquei surpresa com a pergunta... -- Confessou. -- Olha, eu sabia que você me perguntaria sobre isso, mas não achei que fosse tão cedo. -- Admitiu rindo.

-- Desculpa, é que... que tudo isso que está acontecendo comigo, com a gente, é novo pra mim. -- Laila declarou séria, mas com calma. -- Eu nunca tinha sentido nada assim antes, ainda mais por uma mulher, nem sequer imaginava me sentir atraída por uma, como estou por você. Alê, eu... eu não consigo parar de pensar em você, quando me toca é, é como se você me passasse uma descarga elétrica que percorre todo o meu corpo me arrepiando por inteira é estranho e incrivelmente bom ao mesmo tempo. -- Laila disse a olhando meio envergonhada. -- Eu nunca tinha sentido isso com meu namorado, com ninguém antes de você, só com você! -- Confessou a olhando nos olhos. 

Alexsandra estava extasiada com a palavras de Laila, pois se sentia da mesma forma, Laila a fazia sentir sensações, sentimentos que nunca sentira antes por ninguém. Sorriu, passando a fazer um carinho no rosto de Laila que, levou sua própria mão e a colocou sobre a de Alexsandra, não querendo acabar com o contato da morena em seu rosto.   

-- Quando eu te toco assim, também sinto a mesma descarga elétrica. -- Alexsandra declarou sorrindo. -- Você me deixa desconcertada, não consigo raciocinar direito, tudo que quero é te tocar mais e mais, te beijar, ficar perto de ti, te olhar, seus olhos me fascinam, eles, você... me prendem, me deixam louca, completamente presa. -- Alexsandra dizia e aproximava-se cada vez mais de Laila, ficou a milímetros da boca dela a olhando hipnotizada. -- Eu me apaixonei por você! -- Advertiu e a beijou com certa urgência no início, mas logo o beijo foi ficando calmo, aproveitado ao máximo por ambas... Alexsandra querendo mais contato, puxou Laila para mais perto de seu corpo e foi surpreendida quando Laila sentou em sua perna, ficando em seu colo, colando seus corpos, sem desgrudarem do beijo que agora se tornava ávido, audacioso. Laila segurava com ambas as mãos na região da nuca de Alexsandra e, esta, a circundava com os braços na cintura onde passeava da costa para as coxas.

-- Está vendo como você me deixa? -- Laila indagou a olhando sorrindo, estava ofegante, ambas estavam. Alexsandra sorriu de volta enquanto fazia um carinho com ambas as mãos nas coxas dela. Laila estava sentada nas pernas de Alexsandra enquanto tinhas as suas próprias do lado das de Alexsandra, apoiando-se também sobre os seus joelhos.

-- Faço minhas as suas palavras! -- Alexsandra advertiu e ambas riram.

-- Deixa eu tirar isso aqui! -- Laila pegou o óculos escuro e o colocou na cama ao lado delas. -- É que tá atrapalhando. -- Sorriu.

-- Estava assim. -- Concordou fazendo um carinho no rosto dela. -- Gostei dessa posição. -- Admitiu sorrindo. 

-- Eu também gostei. -- Aderiu e a beijou. -- Mas deixa eu sair daqui! -- Laila falou e saiu do colo de Alexsandra.

-- Ei? -- Alexsandra protestou a vendo em pé a sua frente, um pouco distante. -- Não era pra ter saído, você disse que estava gostando. -- Sorriu de lado.

-- Por isso mesmo. -- Riu a olhando. Alexsandra estava sentada na beirada da cama com ambas as mãos para trás do corpo o apoiando. -- Você não vai responder minha pergunta? -- Laila perguntou desfazendo o sorriso, mas ainda a olhava serena.

-- Linda, vem cá. -- Alexsandra a chamou e Laila a acatou, sentando-se ao lado dela. Alexsandra virou de frente e a olhou nos olhos. -- Eu não queria conversar sobre isso hoje, tipo agora. Queria só te beijar, beijar, beijar... -- Alexsandra falava e se aproximava de Laila.

-- Mas? -- Laila inqueriu rindo, enquanto colava sua mão no peito dela a impedindo de continuar com o movimento.

-- Mas... -- Alexsandra riu. -- Como eu fui me apaixonar por uma garota insistente e persistente. -- Disse e levou sua mão ao rosto de Laila, passando a lhe fazer um carinho. -- A sua pergunta foi se eu já namorei alguma mulher, certo? -- Indagou e Laila confirmou com um aceno positivo. -- A resposta é não! -- Alexsandra confessou e observou Laila sorrir. -- Porém...

-- Porém o quê? -- Laila perguntou ansiosa, estava com uma sensação estranha, talvez ciúmes...

-- Antes de eu te conhecer. Apenas uma mulher me atraiu. -- Alexsandra respirou fundo. Nunca tinha falado sobre o assunto com ninguém, absolutamente ninguém, era um segredo dela a da outra mulher em questão, era uma cumplicidade entre elas, um pacto que, agora estaria sendo quebrado e isso de certa forma chateava Alexsandra, por não seguir com tal, mas não podia esconder de Laila, ela havia lhe perguntado e queria ser sincera, queria muito e iria. -- Quando eu tinha uns quinze anos eu conheci uma garota, ela passou a estudar comigo, nos tornamos muito amigas, muito mesmo. Eu ia na casa dela, ela vivia na minha, meus pais e ela se davam muito bem e ainda se dão, todos adoram a... essa menina que agora é uma mulher, enfim... Um dia ela foi dormir lá em casa, era costume, sempre fazíamos isso, já estávamos na faculdade, primeiro ano de medicina, combinávamos até no curso. Ah, eu soube que ela era lésbica uns dois meses depois de nos conhecermos, ela tinha uma namorada, muito chata por sinal, eu falei pra ela terminar com a menina, pois ela vivia sofrendo. -- Alexsandra sorriu lembrando e olhou Laila que, a olhava com uma carinha de desaprovação. -- Linda? -- Alexsandra a chamou com calma. -- Não fica assim, ou eu vou parar de contar.

-- Não! -- Laila falou. -- Continua, eu quero saber de tudo. -- Confessou.

-- Então não me olha assim, sei que é meio ruim, mas você quis saber...

-- Eu sei, continua. -- Pediu e sorriu.

-- Bem melhor. -- Sorriu. -- Então, ela foi dormir lá em casa, dormíamos sempre na mesma cama, na minha cama, eu desci na cozinha pra pegar um lanche pra gente, íamos assistir um filme, e ela disse que iria toma um banho, eu desci e ela foi pro banheiro. Quando eu voltei eu a encontrei nua no quarto. -- Alexsandra observou que Laila enrijeceu o corpo e a olhou séria, mas resolveu continuar. -- Eu quase derrubei a bandeja, pois nunca a tinha visto nua, e confesso que gostei do que vi, muito mesmo. E pra piorar a situação ela virou de frente pra mim e sorriu achando a coisa mais natural do mundo estar nua no meio quarto, na minha frente. Senti meu corpo ficar quente, sei lá, uma coisa estranha, desejo de abraçar aquele corpo, tocar, beijar.

-- Tá, pula os detalhes. -- Laila pediu.

-- Ok. -- Alexsandra riu. -- Eu botei a bandeja no criado mudo e a olhei de novo, ela estava vestindo a calcinha eu praticamente voei nela e a beijei e ela retribuiu e aconteceu, você deve saber o que.

-- Sim eu imagino... Foi só essa vez?

-- Não... Laila eu repito, só essa amiga despertou esse interesse, eu nunca reparei em mulher nenhuma, nem antes dela e nem depois de ficar com ela. Aconteceu várias outras vezes. Mas o combinado era sem trair ninguém, eu tive namorados, ela teve os rolos dela, e sempre que ficávamos, era porque estávamos solteiras, e o outro combinado era de nunca contarmos pra ninguém, pois não queríamos que outras pessoas julgassem essa nossa relação e principalmente a nossa amizade, antes de tudo, éramos amigas, somos amigas!  -- Alexsandra riu olhando Laila, tentava confortá-la, esta, estava com uma cara de irritada. -- Meu anjo, já passou, só estou narrando, eu tinha dezessete anos. Bem, na primeira vez. -- Advertiu sincera.

-- E na última, quantos anos tinha? -- Laila perguntou levantando-se da cama.

-- Laila... -- Alexsandra levantou também e foi até ela que, estava olhando a rua através da janela. -- Ciúmes? -- Investigou a abraçando por trás e beijando no pescoço.

-- Não, Alê... -- Laila suspirou rendida. -- Sim, muito! -- Confessou ainda encarando o nada através da janela, mas recebia de bom grado os carinhos de Alexsandra em seus braços e pescoço. -- Mas ainda assim, quero saber. Quando foi a última vez que você e a Vick ficaram? -- Laila indagou convicta e Alexsandra parrou com os beijos e a vez virar de frente para si.

-- Como sabe que é a Vick? -- Perguntou surpresa.

-- Alê, foi fácil. Você narrando e tudo mais, falando da amizade e todo o resto lá. E vocês vivem falando pelo celular, mensagens, enfim... Quando foi?

-- Você é insistente. -- Alexsandra sorriu. -- Ok. Foi antes dela viajar de férias, faz mais de um mês! -- Alexsandra disse e Laila desvencilhou-se dela.

-- Vocês trans*vam com frequência? Tipo todos os dias, três vezes por semana?

-- Laila...

-- Responde, por favor!

-- Tá bom, já que quer saber, vou dizer tudo! -- Alexsandra suspirou rendida. -- Tinha semana que era todos os dias, tinha vezes que passávamos mês sem trans*r, tinha semana que era apenas uma vez, outras que era três, tinha semanas que era duas vezes num dia e no outro não tinha... E quando alguma de nós estava com alguém, passávamos meses sem nem um selinho. Algumas vezes foram na minha casa, outras na dela, outras lá no hospital, outras no carro...

-- Tá, já chega! -- Laila disse quase gritando. -- É muita coisa junta para eu absorver, eu quero ficar sozinha. -- Confessou olhando Alexsandra com os olhos marejados, estava se sentindo confusa, estava com ciúme, muito ciúme.

-- Laila... -- Alexsandra a chamou, estava perto da janela e Laila estava próximo a porta.

-- Alexsandra eu quero ficar sozinha! -- Advertiu colocado a mão na maçaneta da porta.

-- Eu não vou sair! -- Alexsandra afirmou já andando até ela e a impediu de abrir a porta. -- Você quis saber de tudo, insistiu, insistiu... Eu disse, quebrei um pacto que tinha feito com dezessete anos e que estava firme até agora a pouco. Me arrependo sim de ter dito o que disse, mas porque estou te vendo desse jeito agora, sem me olhar nos olhos, chorando, sofrendo por uma coisa que aconteceu antes de nos conhecermos. Laila não tem motivos para você ficar assim, eu gosto de você, gosto muito, e você é a única mulher que me interessa agora...

-- Agora? Só agora? – Laila deixava as lágrimas de ciúmes, confusão, arrependimentos... caírem soltas. -- Vai me deixar pra ficar com ela, quando chegar?

-- Não! Não foi isso que eu disse! -- Alexsandra passou as duas mãos no rosto e depois nos cabelos, estava preocupada. -- Droga! Por isso eu não queria falar nada, você está sofrendo e isso me dói. -- Disse tentando fazer um carinho no rosto de Laila, mas esta, afastou-se.

-- Eu sei que foi eu quem insistiu, mas a gente, essa coisas que sinto por você, e agora essa sua história... tudo me deixou confusa. Quero pensar, quero ficar sozinha...

-- Olha eu nunca fui de ouvir os outros, nunca agi de acordo com o senso, que se dane! Eu não vou te deixar sozinha, pensando coisas inexistentes. Eu não quero ficar sozinha, sem você. Ainda mais quando sei que tudo isso é besteira, pra que adiar uma coisa que pode ser acertada agora? Eu sei o que quero com você, e não vou perder isso!

-- Alesxan...  -- Laila não terminou de falar, pois foi impedida pela boca de Alexsandra calando na sua, foi puxada pela morena que, a abraçava com firmeza sobre a cintura, com o braço direito, enquanto que com o esquerdo segurava a sua nuca. Laila ainda tentou soltar-se, mas sentir os lábios de Alexsandra nos seus, o corpo e braços forte a segurando, não conseguiu e rendeu-se a abarcando também no pescoço. O beijo estava desgovernado no início, mas assim que Laila deixou a barreira cair ele passou a ser coordenado, ávido, um bailado sincronizado, perfeito, os lábios encaixavam-se perfeitamente. Alexsandra pode sentir o gosto salgado das lagrimas de Laila misturado ao beijo. Elas foram terminando-o devagar até separarem-se ofegantes. Alexsandra abriu os olhos e viu Laila respirar pesadamente ainda de olhos fechados, baixou os lábios até o rosto dela e absorveu as lágrimas com leves beijos por todo o rosto. Laila aproveitava o carinho, estava entregue, não tinha como voltar atrás no que sentia por Alexsandra, estava apaixonada e não saberia mais ficar sem a morena.

-- Me perdoa se fui grossa forçando a barra, mas não podia sair daqui sem que estivesse tudo bem entre nós. -- Alexsandra disse depois de abraça-la com muito carinho, elas não se fitavam. -- Não quero perder você. O que eu fiz no passado eu não posso mudar, mas prometo que não vai mais acontecer. Eu tenho você, não quero nenhuma outra mulher, nem homem, ninguém além de você. -- Alexsandra advertiu e fitou-a com carinho. -- Eu juro que o que eu tive com a Vick acabou assim que te vi, quando nos esbarramos. Eu só penso em você desde então. -- Alexsandra fazia um carinho com sua mão direita no rosto de Laila que, sorria. -- Eu prometo que nosso último dia de sex* foi a um mês atrás, nunca trai ninguém. E eu não vou trair você! Acredita em mim?

-- Sim, eu acredito em você, Alê! -- Admitiu sorrindo.

-- Eu estou tão feliz com isso, com você! -- Alexsandra pegou Laila no colo e girou com ela.

-- Ei, Alê! Para! Maluca! -- Laila gritava sorrindo. Alexsandra estava com ela no colo, com o braço direito segurava a costa de Laila e com a esquerda as pernas. -- Alexsandra. -- Gritou mais alto. -- Me coloca no chão! -- Ordenou ainda rindo.

-- Só depois que me prometer uma coisa. -- Alertou parado de rodar, mas ainda estava com a garota no colo.

-- Qual?

-- Promete que não vai mais me pedir pra te deixar sozinha? Está tudo resolvido entre a gente né?

-- Eu prometo! -- Afirmou sorrindo e fazendo um carinho no rosto de Alexandra. -- E está tudo resolvido entre a gente. Eu fui uma ingênua ao ter te cobrado uma coisa que aconteceu antes de nos conhecermos, não tinha nada a ver, com o nosso presente, com a gente... Mas promete mesmo que não vai mais ficar com a Vick? E que vai falar pra ela que está comigo? -- Laila investigou a olhando séria.

Alexsandra riu e deu um beijo na testa de Laila. -- Eu prometo! Não vou mais ficar com a Vick, pois eu tenho você, só quero você! E prometo também que vou falar que tenho, estou e vou estar com você! Pode ser assim? -- Perguntou sorrindo a olhando nos olhos.

-- Pode! -- Concordou e foi beijada por Alexsandra calmamente. Elas estavam em frente a porta, mas um pouco distante. Ouviram duas batidas rápidas e logo a mesma foi aberta, sem dar tempo de Alexsandra colocar Laila no chão.

-- Aram! -- Mônica disse sorrindo, ao ver a irmã nos braços de Alexsandra, as duas a fitaram assustadas no início. -- Eu sabia que as pegaria em um ato suspeito! -- Disse gargalhando.

-- Mônica! -- Laila a repreendeu séria. -- Droga, eu pensei que fosse outra pessoa. Que susto! 

-- Mamãe está subindo ai. -- Advertiu rindo.

-- Ai Jesus! -- Dessa vez quem disse foi Alexsandra fitando de Laila para Mônica.

-- Se está pensando no que fazer eu sugiro, por ela no chão. -- Falou apontando Laila rindo. -- Seria um bom começo. -- Riu alto.

-- Ah é! -- Alexsandra falou abaixando Laila com cuidado e depois as três riram alto.

-- Olha, vejo que estão animadas por aqui. -- Cida disse entrando no quarto sorrindo. 

-- É sim mãe, bastante animadas. -- Mônica concordou rindo.

-- Estamos bem dona Cida. -- Laila advertiu. -- Eu estava mostrando o quarto pra Alê... Alexsandra. -- Disse sorrindo.

-- É, era isso. Já estávamos quase descendo. -- Alexsandra alegou a olhando meio séria.

-- Tudo bem. Pode ficar à vontade, já já o almoço estará pronto. -- Avisou olhando de Alexsandra para Laila. -- Filha você chorou?

-- Ãnh? -- Laila balbuciou confusa, pois nem lembrava mais que tinha chorado. -- Ah não mãe, foi um cisco, mas já saiu. -- Sorriu olhando Cida.

-- Mãe, papai chegou. -- Michael avisou da entrada da porta. -- Está lhe chamando lá embaixo.

-- Diz que já vou.  Alex fica à vontade, eu vou lá pra cozinha de novo, já eu chamo.  

-- Tudo bem, Cida. -- Alexsandra disse sorrindo e observou a mulher sair rapidamente.

-- Escuta vocês não vão dizer pra ela sobre vocês? -- Mônica indagou olhando da irmã para Alexsandra, depois de ter verificado se a mãe não escutaria.

-- Mônica! -- Laila disse séria a repreendendo.

-- Não estou brincando dessa vez Laila, a mamãe vai ficar chateada se você demorar muito pra contar pra ela, poxa ela vai gostar de saber sobre vocês. Qual é o medo? Ou é você que não quer contar Alex?

-- Não. Quer dizer, não é nada disso! Eu quero contar pra Cida sim, mas está cedo. Porém tudo que a Laila decidir eu faço! -- Advertiu a olhando sorrindo. -- Se ela quiser contar agora a gente conta.

-- Não. Agora não, Alê depois conversamos sobre isso e Mônica eu sei que quer que contemos logo, mas é tudo muito novo pra mim, preciso de um tempinho... pode ficar calada e parar com suas insinuações por enquanto?

-- Ok. Não digo nada e paro com as minhas indiretas. Mas não demorem, se não, a mamãe vai ficar chateada, principalmente com você Laila. -- Mônica advertiu serena, porém séria.

-- Tudo bem, eu concordo, não vamos demorar. -- Alexsandra disse e depois sorriu. -- Em menos de uma semana, Cida saberá sobre nós. -- Advertiu.

-- Vou confiar em você. -- Mônica declarou. -- Caramba mais tu é alta. -- Notou olhando a diferença de altura da irmã, dela própria e a de Alexsandra. -- Qual a tua altura?

-- 1,84cm. -- Alexsandra revelou rindo.

-- Laila tu é a mais baixinha. -- Mônica observou rindo da irmã.

-- Ei?

-- Nem vem, eu sou mais alta que você, uns cinco centímetro.

-- É sim, amor! -- Alexsandra concordou rindo enquanto olhava de Mônica para Laila em constatação.

-- Até você? Espera, do que me chamou? -- Indagou olhando Alexsandra, ao dar-se conta.  

-- E vai começar a melação. -- Mônica disse rindo. -- Tchau, eu não vou ficar segurando vela, mas fechem a porta antes de se pegarem.

-- Mônica! -- Laila disse tentando dar um tapa na irmã, mas esta, saiu correndo antes. -- Eu mereço... -- Laila riu fechando a porta e voltou-se para Alexsandra.

-- Vem cá. -- Alexsandra a chamou e logo teve Laila em seus braços em um abraço carinhoso. -- Eu chamei você de Amor, porque você é o meu amor agora. Mas pra ouvir eu te chamar assim todos os dias, horas, minutos. -- Sorriu contente e deu um selinho carinhoso nela. -- Tem que responder uma perguntinha.

-- Qual?

-- Você quer ser minha namorada?

-- Alê eu... nossa, é sério?

-- Sim, muito sério. Laila Pacheco, quer namorar comigo? -- Alexsandra perguntou num misto de contentamento e nervosismo.

-- Sim! Claro que quero, quero muito! -- Laila afirmou feliz. Alexsandra a abraçou a levantando, estava contente.

-- Que bom que aceitou, meu amor, amor, amor, amor... Só minha, minha namorada! -- Alexsandra declarou a pondo no chão, pôs as duas mãos no rosto de Laila. -- Eu estou tão feliz.

-- Eu também, Alê, meu amor. Posso te chamar assim também, já que agora sou sua namorada. -- Declarou sorrindo.

-- Pode sim, minha namorada, pode tudo! -- Alexsandra a beijou com carinho, calma, ternura...   

 

* * * *

 

-- Agatha me conta como foi os dias que a Eloá passou na sua casa. -- Marina pediu parando de andar e olhando a pequena, estava segurando a mão de Agatha que, sorriu. Elas andavam sem destino pelo corredor do hospital.

-- Você também leu o diário da Amanda? -- Investigou curiosa e Marina riu.

-- Li sim, mas porque a Eloá deixou eu ler com ela. Somos muito amigas. -- Marina declarou rindo. -- Vamos fazer assim, eu te levo na lanchonete e te pago um lanche o que quiser, aí você me conta tudo sobre a sua mãe e a Eloá, pode ser?

-- Pode! -- Agatha sorriu concordando.

-- Ótimo, vamos então. -- Elas começaram a andar em direção a lanchonete.

-- A mamãe levou a Amanda lá pra casa porque ela tinha sofrido um acidente e perdido a memória.

-- Eu soube, sabe eu li o diário. -- Marina advertiu.

-- Tem isso escrito lá?

-- Tem sim... Tem até a parte que a Alex faz não sei o que lá e a Eloá e sua mãe meio que discutem, isso aconteceu na quinta feira e depois não tem mais nada. -- Marina explicou

-- Eu não sei disso ai não. A mamãe não brigou com a Amanda. -- Agatha afirmou olhando Marina séria.

-- Calma, eu sei disso. Elas não brigaram, tudo bem. -- Marina resolveu não insistir. -- Então, me conta o que aconteceu na quinta feira e na sexta. -- Pediu. Elas já estavam na lanchonete.

-- Primeiro eu quero um sorvete de chocolate com morango e flocos. -- Agatha advertiu sorrindo.

-- Pequena tu é esperta. -- Marina riu a fitando. -- Bem, foi o combinado. Sendo assim, eu também quero um sorvete de chocolate com morango e... e o que?

-- Flocos.

-- Ah é, flocos, vem. -- Marina fez o pedido dos dois sorvetes e ela foram sentar, e logo estavam saboreando-o animadas.

-- Você gosta de namorar mulher ou homem? -- Agatha investigou e Marina a olhou surpresa, pois ela perguntava com tanta naturalidade.

-- Eu namoro mulher. -- Sorriu.

-- Você tem uma namorada?

-- Não, estou solteira no momento. -- Sorriu admirada olhando. -- Me diz uma coisa, quantos anos você tem mesmo?

-- Seis e você?

-- Trinta e cinco, sou um pouquinho mais velha que você. -- Disse rindo.

-- E mais velha que a minha mãe também. -- Advertiu sorrindo.

-- Sério, quantos anos a sua mãe tem?

-- Trinta anos.

-- Olha... -- Marina sorriu. -- Mas para de me enrolar e me fala o que sabe. A Eloá conheceu os pais da sua mãe? Ela não lembra dessa parte...

-- Conheceu, nós passamos o dia lá na casa da vovó e do vovô, almoçamos a mamãe apresentou a Amanda pra todo mundo. -- Agatha disse contente, mas depois desfez o sorriso e fitou a taça com o sorvete pensativa.

-- O que foi? Não quer mais o sorvete?

-- Não é isso. -- Declarou olhando Marina. -- Eu insisti pra mamãe comprar banana e um bolo de chocolate e quando nós estava indo no carro, um homem se fingiu de morto aí a mamãe saiu do carro e eu também e fui pega por um homem mal que tava com uma arma e queria me matar... -- Agatha narrou incomodada e depois não quis mais continuar. Marina percebeu a inquietação da menina e logo pode imaginar o teor da conversa. E que a pequena não queria mais tocar no assunto.

-- Oh meu amor. -- Marina levantou de sua cadeira e foi até Agatha ajoelhando-se seu lado. Agatha a olhou com certa tristeza e inquietação no olhar. -- Me desculpa eu não sabia. Juro que não te incomodo mais com nada. Posso te abraçar? -- Pediu e sorriu tentando tranquilizar a menina a sua frente. Agatha apenas balançou a cabeça num sim e logo foi envolvida por Marina em uma abraço carinhoso, reconfortante, acolhedor. -- Ai que linda você é! Dá uma vontade de te apertar até... -- Marina disse ainda no abraço, apertando Agatha cada vez mais.

-- Tá me... apertando. -- Disse com um pouco de dificuldade e rindo.

-- Pronto. Já soltei. -- Marina disse olhando para ela sorrindo. -- Você gosta muito da Eloá não é?

-- Eu prefiro Amanda. -- Agatha confessou. -- Foi a mamãe que deu esse nome pra ela.  

-- Ok. -- Marina sorriu. -- Você gosta muito da Amanda. Ficou melhor agora?

-- Aram. -- Sorriu olhando a mulher ajoelhada a sua frente. -- Eu gosto sim, ela também gosta de mim. Antes a mamãe namorava a Marcela, e ela não gostava de mim, brigava comigo e queria me bater, às vezes. Mas ela me pediu desculpa, foi ontem, ela até me beijou, ela estava chorando, a mamãe disse que é pra mim falar com ela quando a ver de novo. Acho que ela quer ser boa agora. – Avisou.

-- Hum... E essa Marcela é bonita? -- Indagou curiosa.

-- É sim. Mas a Amanda é mais bonita. -- Sorriu. -- Eu perguntei pra Amanda se eu podia chamar ela de mãe depois que ela casar com a mamãe e ir morar lá casa, e ela disse que eu podia. -- Declarou contente. -- Eu vou ter duas mães. Eu tenho uma amiga chamada Milena, que eu conheci lá no parquinho do meu prédio. Ela tem duas mães, a Amanda e a mamãe conhecem ela e as mães dela.

-- Você acha legal a ideia de ter duas mães? Seus amiguinhos não te atormentam por isso?

-- Já mexeram comigo sim, lá na aula de natação teve uma vez, e na escola também. Mas a mamãe foi lá e brigou. A mamãe disse que quem fica mexendo comigo sobre ela gostar de mulher, não são meus amiguinhos, ela disse que quem é meu amigo de verdade não vai se importar. E mesmo assim eu quero ter duas mães. Eu gosto muito da Amanda e quero que ela seja a minha mãe também. -- Revelou e sorriu. -- Ela já tem um filha, e ela já é grande.

-- É sim. A Naty é minha afilhada. -- Revelou fazendo um carinho nos cabelos de Agatha. -- Você gostou da Naty?

-- Ela parece ser legal. -- Notou. -- Ela pode ir morar lá em casa também a casa é grande e tem vários quartos. Olha tem o meu, o da mamãe, o da Amanda, mas esse a Amanda não usa mais, ela dorme com a mamãe agora. Tem o de hospedes.

-- Tem quatro quartos na sua casa?

-- Tem, a Naty pode escolher um, tem o que era da Amanda e o outro. Eles são do mesmo tamanho que o meu. Só o da mamãe que é grandão.

-- Ah sim... Ai, deixa eu levantar que o meu joelho está doendo. -- Marina falou já levantando-se. Meu sorvete virou suco. -- Notou sentando-se rindo.

-- O meu também. -- Agatha disse observando.

-- Na sua família, todos sabem que sua mãe gosta da Eloá e que namora com ela?

-- Sim... Não quero mais esse sorvete não! -- Advertiu empurrando-o para o lado.

-- Nem eu. -- Marina revelou fazendo o mesmo. -- E todos gostam dela assim?

-- Aram, meus avós, meu tio Murilo, minha tia Alex, minhas outras tias, a tia Sheila, tia Julia e a tia Susan, que é a minha madrinha, a vovó Glorinha, os empregados da casa da vovó... Ah tem a Cida a Janaina, o povo aqui do hospital, o tio Olavo, um monte de gente...

-- Muito bom... Tua mãe apresentou a Eloá pra todos.

-- Apresentou e como namorada. -- Advertiu sorrindo. -- Ah a mamãe até fez uma surpresa pra Amanda e eu ajudei.

-- Foi?  E que surpresa foi essa?

-- Não sei direito porque foi de noite e eu fui dormir...

-- Ah sim, compreendo perfeitamente. -- Marina riu entendendo. -- E como você ajudou?

-- Quando a mamãe chegou do hospital ela pediu pra tia Susan ir buscar umas coisas no carro, aí a titia me levou junto e quando ela abriu o porta mala do carro tinha um monte de caixas. Tinha champanhe e vinho, velas, um buque de rosas vermelhas e uma sacola com um monte de pétalas também, tinha morango, uva, chocolate e outras coisas, a tia teve que pedir ajuda pro porteiro pra carregar. E quando eu fui dormir a mamãe pediu pra mim falar pra Amanda ler uma história até eu dormir, mas eu fiquei acordada até a história acabar, depois eu dormi e não sei qual foi a surpresa.

-- Nadinha nadinha? -- Investigou curiosa.

-- Eu fui no quarto de manhã e bati na porta até a mamãe abrir eu vi a Amanda deitada na cama enrolada no lençol, e eu dei a rosa que eu peguei do jarro na sala, era a minha surpresa, ela gostou, e o quarto tava todo bagunçado. -- Lembrou rindo.

-- Como assim?

-- O sofá estava fora do lugar, a cama estava cheia de pétalas de rosa e tinha umas machas meio vermelhas no lençol, as roupas estavam todas no chão ao redor da cama, ah os “abajus”...

-- Abajures.

-- Os abajures estavam no chão também e no lugar deles estava um balde e outras coisas lá.

-- Rolou uma festinha então... -- Marina deduziu rindo.

-- Ãh?

-- Nada! -- Advertiu. -- Eu estava pensando alto. -- Avisou rindo e escutou o celular tocar. -- Só um minuto lindinha. -- Marina avisou e atendeu o celular. -- Oi Fá?

-- Bom dia Mary, tudo bem por aí? -- Fabricio indagou.

-- Está sim. Já estão vindo para o hospital?

-- Ainda não. Eu tive um discursão logo cedo com o Carlos, mas foi sobre coisas da empresa. -- Suspirou. -- Eu pensei que ele tinha ido pro hospital, já faz mais de uma hora que discutimos, eu estou na rua, em uma padaria tomando um café e esfriando a cabeça.

-- Não eles ainda não vieram. Também não sei se já chegaram, estou na lanchonete do hospital. Mas porque vocês discutiram, digo o motivo?

-- Teve um problema lá na empresa, com uns contratos e tudo mais. Ele queria que eu voltasse pra Florianópolis ainda hoje, mas eu neguei, enfim... Falei agora a pouco com a Camila ela vai segurar as pontas por lá. Já está resolvido. Só volto quando a Eloá for.

-- Olha quanto a isso não sei não... -- Marina disse rindo. -- Mas conversamos sobre isso depois. E a Naty?

-- Tudo bem...  A Naty ficou no hotel, estava dormindo quando eu sai, ela ficou até tarde falando com uma amiga, nem vi a hora que ela deitou. Mas já deve ter acordado... se bem que, ela ainda não me ligou, então está dormindo ainda. -- Fabrício lembrou rindo. -- Acho que por isso o velho ainda não foi pro hospital, dona Lúcia não quis deixar ela sozinha no hotel com certeza. Eu não atendi a nenhuma ligação nem dele nem dela. Eu estava falando com a Camila e depois tive uma pequena reunião por telefone.

-- Deve ser isso mesmo. Mas a Eloá está em boa companhia. -- Avisou sorrindo e viu Agatha rir também.

-- A da doutora?

-- Sim, essa mesma.

-- É sério isso mesmo, não era uma viagem minha? -- Fabrício investigou contente.

-- Seríssimo meu caro amigo, seríssimo. -- Marina advertiu sorrindo, também estava contente pela amiga. -- Fá, vem pra cá, tenho novidades fortes e sei que você vai gostar de saber. E traz a Naty também.

-- Ok, vou passar no hotel, acordar a Naty e vamos pro hospital. Quero saber sobre essas novidades. Pela sua animação tem a ver com a Eloá e a doutora né?

-- É sim... Não demora.

-- Tá bom, tchau.

-- Tchau.

-- Era o Fabrício? -- Agatha perguntou curiosa.

-- Era sim.

-- A mamãe disse que pra Amanda casar com ela, ela tem que se separar do Fabrício isso demora muito?

-- Um pouquinho, mas o da Eloá com o Fabrício não vai demorar, pois será amigável, sem muitos atropelos, só burocracia mesmo.

-- Hum...

-- Agatha, se eu te contar um segredo, pode guardar até a Eloá contar tudo pra sua mãe?

-- Aram. -- Advertiu animada.

-- Ok, é o seguinte. O Casamento da Eloá com o Fabrício é só fachada...

-- O que é fachada? Isso não é nome de casa não? -- Indagou confusa.

-- Mais ou menos. -- Marina riu. -- É assim, o casamento da Eloá e do Fabrício é de mentirinha, só pra enganar um pouquinho a família dela, e o pai dela, ele não gosta das pessoas que namoram o mesmo sex*, tipo mulher com mulher. Aí a Eloá casou com o Fabrício pro pai dela, o Carlos, aquele senhor que você já viu, pensar que ela gosta de homem e não de mulher, entendeu?

-- Mais ou menos. -- Agatha disse fazendo uma cara confusa. -- Quer dizer que a Amanda não é casada com o Fabrício? A Naty não é filha dela com ele? Como que o casamento é de mentirinha? 

-- Como eu te explico isso? -- Marina indagou-se rindo enquanto olhava uma Agatha extremamente confusa.

-- Olha, no começo, há muitos anos, a Eloá pensava que o Fabrício amava ela, então ela resolveu se casar com ele, depois eles descobriram que eram apenas amigos, só amigos, aí eles não dormiram mais na mesma cama e nem no mesmo quarto, depois Deus deu de presente a Naty, eles resolveram ficar casados e cuidar dela, mas sem dormir na mesma cama, sem darem beijos um no outros, sem nada. Por isso que o casamento é de mentirinha, entendeu?

-- Acho que sim. -- Disse pensativa. -- Então se a Amanda não gosta do Fabricio para namorar, porque ela gosta é da minha mãe, elas podem se casarem logo né?

-- Podem sim! -- Marina resolveu simplificar tudo.  

-- Legal! Eu vou ter duas mães! -- Comemorou feliz.

-- Pequena... -- Marina disse a olhando admirada. -- Eu queria que todos fossem como você... Sem preconceitos, uma alegria, inteligência, um coração puro, verdadeiro, feliz... -- Marina divagava observando Agatha sorrindo.

-- Marina, eu quero fazer xixi. -- Agatha confessou rindo.

-- Dá pra aguentar um instantinho? -- Marina perguntou enquanto pedia a conta.

-- Dá.

-- Ótimo, já já a gente acha um banheiro... oh ali tem. -- Marina sorriu mostrando-o.

-- Não. Eu sempre faço no banheiro da sala da mamãe. -- Avisou.

-- E onde é a sala da sua mãe, sabe chegar lá sozinha? -- Marina indagou enquanto pagava os sorvetes.

-- Sei sim, é fácil.

-- Então vamos, estou por sua conta. -- Marina disse rindo enquanto pegava a mão de Agatha.

-- Vai ver como é fácil, fica perto daqui. -- Agatha a conduzia segura. -- Oh a gente vai por esse corredor aqui, aí passamos do corredor que vai pro quarto da Amanda, a gente não dobra nele. -- Advertiu olhando Marina. -- A gente dobra no corredor depois dele e anda um pouco e pronto chegamos na sala da mamãe. Aprendeu?

-- Mais ou menos. -- Marina confessou rindo. -- Mas eu vou aprender.

-- Vai sim.

 

* * * *

 

-- Amor? -- Samantha chamou por Amanda que, estava recostada em seu colo recebendo um carinho dela.

-- Hum... -- Balbuciou dengosa sem mover-se, Samantha riu e a fez olha-la. -- Ah não, estava tão bom...

-- Eu sei meu anjo. -- Samantha a beijou levemente. -- Temos que nos recompor. -- Riu e Amanda também. -- Na verdade, você mais do que eu. -- Advertiu. -- Vai que seus pais cheguem e nós aqui toda descabelada tendo que abrir a porta.

Amanda riu. -- Tem razão... Acho que vou tomar outro banho, que vir comigo? -- Investigou descaradamente.

-- Oh proposta tentadora... -- Samantha a beijou com desejo. -- Muito tentadora. -- Complementou passando a beijar Amanda no pescoço.

-- Sam... humm... -- Gem*u baixinho sentindo as leves ch*padas e beijos que Samantha distribuía naquela região. -- Sam, ahh... -- Amanda gem*u e puxou Samantha para um beijo ávido.

-- E o seu banho? -- Samantha indagou ofegante ao separarem do beijo e vendo Amanda subir sua blusa depois te ter a retirado de dentro da saia.

-- Deixa pra depois. -- Fitou Samantha com os olhos desejosos.

-- Amor, não podemos... humm. -- Samantha gem*u ao sentir Amanda tocar seus seios após ter levantado a blusa. -- Era pra você estar em re..pouso. -- Samantha suspirava agora com os beijos de Amanda em sua barriga e seios ainda cobertos pelo sutiã. -- E sua família pode chegar, aahhh. -- Soltou um gemido mais alto sentindo uma mordida de Amanda no bico já rígido de seu seio.

-- Doeu? -- Perguntou preocupada.

-- Não! – Samantha negou a fitando com muito desejo. -- Amor? -- Samantha pegou o rosto de Amanda com ambas as mãos. -- Eu quero muito você, muito mesmo. Mas aqui não é o melhor lugar, e você tem que ficar em repouso.

-- Só um pouquinho. -- Amanda vez bico, Samantha riu e a beijou. -- Eu me segurando aqui pra não te atacar e provar de você, você. Mas com esse biquinho, e me tocando daquele jeito fica difícil, porém não podemos... -- Confessou sorrindo enquanto baixava sua blusa e a arrumava. -- Amor, eu te amo, quero fazer amor com você sim, quero muito, mas não aqui, desse jeito, onde a qualquer momento podemos ser interrompidas, você me entende?

Amanda suspirou, era claro que entendia. -- Eu entendo amor, você está coberta de razão. Forcei a barra né? -- Indagou rindo.

-- Talvez só um pouquinho de provocação. -- Samantha sorriu e a beijou calmamente, aproveitando o gosto, o momento, o carinho... -- Vai tomar seu banho. -- Samantha lembrou. -- Se tivermos um tempinho depois eu quero conversar com você. -- Advertiu fazendo um carinho no rosto de Amanda.

-- Sobre o que? -- Amanda investigou curiosa.

-- Sobre tudo. -- Samantha suspirou. -- Quero saber tudo sobre você... Mas de início, temos que conversar sobre onde você vai ficar quando tiver alta.

-- Sam eu... -- Amanda respirou fundo dando-se conta de que ainda não tinha pensado sobre o assunto. -- Eu tenho que ir pra Florianópolis, resolver muita coisa... -- Amanda advertiu a olhando séria.

-- Amor eu sei, sua vida toda está lá. -- Samantha suspirou a entendendo. -- Pelo visto ainda não te falaram que você não poderá viajar de avião por uns dias, mesmo depois da alta.

-- Não, ninguém não disse nada. Mas porque eu não posso viajar?

-- Amor sua cirurgia foi delicada e a recomendação é que não viaje de avião, devido a diferença de pressão entre outras coisa, ou seja, mesmo depois de ter alta, que será na terça, você não poderá viajar. Portanto terá que ficar aqui, a não ser que queira ir de ônibus, mas isso está fora de questão, eu não vou permitir que você viaje recém operada e de forma desconfortável em um ônibus por mais de oito horas, não isso não amor.

-- Sam, porque eu tive que fazer essa cirurgia? Eu não me lembro...

-- É um assunto longo e delicado também. -- Samantha avisou. -- Tome seu banho e depois conversamos, pode ser?

-- E se meus pais chegarem? Não poderemos conversar sobre o que queremos na frente deles, não ainda...

-- Damos um jeito, e se não der de conversarmos sobre tudo que queremos, falaremos primeiro sobre onde você vai ficar. Vá pensando no assunto enquanto banha. -- Sugeriu ajudando Amanda levantar da cama.

-- Tudo bem... Vai entrar comigo? -- Perguntou risonha ao chegarem em frente a porta do banheiro.

-- Melhor não. -- Samantha sorriu. -- Te espero aqui. -- Samantha a beijou no rosto e abriu a porta para ela entrar.

-- Tá bom. -- Amanda entrou sorrindo.

Samantha fechou a porta e foi sentar-se no sofá. Suspirou tentando colocar os pensamentos em ordem. Pegou o celular de dentro da bolsa e fez uma ligação.

-- Oi filha, bom dia.

-- Bom dia mãe. Tudo bem por ai? -- Samantha indagou calma.

-- Está sim. Onde você está? -- Regina perguntou com tranquilidade.

-- Estou no hospital, dona Regina.

-- Que bobagem a minha perguntar não? -- Disse rindo. -- Como a Amanda está?

-- Está bem mãe. -- Samantha avisou sorrindo. -- Mãe, ela está lembrando de mim, ela já lembrou bastante coisa. -- Proferiu feliz.

-- Ah filha que ótimo! -- Ficou feliz.

-- É sim. 

-- Cadê a minha pequeninha?

-- Ela veio comigo, mas no momento ela não está por perto. Foi dar uma volta com uma amiga da Amanda.

-- Filha essa amiga aí, é confiável?

-- É sim mãe, não se preocupe. -- Samantha advertiu. -- Daqui a pouco elas voltam para o quarto.

-- Se você confia, tudo bem... Vai vir almoçar aqui?

-- Não mãe, hoje não.

-- Filha, é domingo.

-- Eu sei mãe, mas vou ficar aqui no hospital, tenho que conversar com a Amanda sobre algumas questões. Mas prometo que a tarde eu passo aí, pode ser?

-- Tudo bem então. Mas vem mesmo, quero dar um beijo na minha pequeninha.

-- Está bem, vou levar sua pequeninha mais tarde. -- Samantha avisou rindo. -- Tchau mãe, da beijo por mim no povo aí.

-- Tá bom, tchau querida.

Samantha desligou e logo emendou em outra ligação.

-- Oi doutora Samantha, bom dia. – Uma voz feminina soou animada e risonha.

-- Bom dia Leticia e me chame só de Samantha. – Advertiu percebendo a animação da outra mulher na linha. -- Parece que o domingo está animado por aí. -- Observou rindo.

-- Está sim, só um minuto... -- Samantha ainda pode ouvir Leticia falando “amor, filha eu vou atender aqui e depois volto”. -- Desculpa Samantha, estávamos em uma bagunça em família. -- Admitiu rindo.

-- Tudo bem, eu quem peço desculpas. -- Samantha disse calma. -- Leticia eu liguei porque aconteceu uma coisa e eu não sei como resolver. -- Samantha confessou um pouco angustiada.

-- O que foi que aconteceu?

-- A Agatha teve um pesadelo ontem, ela acordou assustada. E de manhã ela me disse que era a segunda vez que tinha pesadelos, segundo o que ela me contou é com um homem que quer me matar e depois matar ela. Ela está com medo, me perguntou se vai ser assim toda vez que dormir...

-- Isso acontece, ainda mais depois do que ela passou. Vamos dar um jeito nisso, não vai ser de uma hora pra outra, mas ela vai superar e não vai mais ter pesadelos. Ela disse se é o mesmo sonho?

-- Ela falou que foi diferente, mas sempre com um homem armado querendo me matar e matar ela.

-- Vou conversar com ela, e creio que logo ela não terá mais esses pesadelos.

-- Obrigada. -- Samantha falou sincera.

-- Que isso... Mas vai ter que ser fora do horário de trabalho, pois essa semana a minha agenda no hospital já está lotada. -- Leticia teve que confessar.

-- Não tem nenhuma vaguinha?

-- Não, não tem. -- Riu. -- Ainda não completaram o quadro de médicos psicólogos necessários no hospital.

-- É, eu estou sabendo. -- Samantha suspirou e sorriu ao ver Amanda saindo do banheiro, indo até ela e sentar-se a seu lado.

-- Samantha?

-- Oi, estou aqui. -- Riu. -- Pois é, eu estou tão atordoada esses dias que ainda não deu de ficar a par de tudo isso e resolver. Tenho que ver isso logo, seu contrato foi de seis horas?

-- Foi sim, mas vou receber pelas quase dez horas diárias. -- Advertiu sorrindo.

-- Sério que está isso por dia?

-- Estou exagerando um pouco, acho que é de oito horas e alguns plantões, mas é só essa semana.

-- Mas não vai ficar ruim pra você? Você vai chegar do hospital cansada e ainda ter uma consulta extra com minha filha.

-- Não Samantha, ela precisa, é melhor começarmos logo, e também faço com maior prazer. E tem outra, não posso negar isso pra chefe. -- Proferiu e riu alto sendo acompanhada por Samantha.

-- Eu sempre me esqueço disso. -- Advertiu rindo.

-- Sério, eu faço com maior prazer, sem problemas nenhum.

-- Obrigada. Mas quero pagar pelas consultas.

-- Samantha não...

-- Não, eu faço questão. Você vai fazer um horário extra, então nada mais justo eu pagar pelo seu trabalho, sei que você vai fazer pela amizade, por Agatha, enfim e te agradeço, mas quero que também receba por isso.

-- Ok, já que quer tanto pagar eu aceito.

-- Ótimo.

-- Amanhã as sete e meia estarei na sua casa. Qual é sua casa mesmo? -- Perguntou rindo.

-- Apartamento 35.

-- Nossa mulher chique. Cobertura e tal... -- Notou sorrindo.

-- Obrigada.

-- Como está a Amanda?

-- Está muito bem! -- Samantha falou olhando Amanda com enorme sorriso.

-- Que bom, fico feliz...

-- Obrigada... Bem, era isso Leticia e mais uma vez obrigada.

-- De nada, estamos combinadas, precisando só me ligar.

-- Você também, tchau.

-- Tchau. -- Samantha desligou e olhou Amanda novamente e sorriu.

-- Estava falando sobre o que com essa, Leticia?

-- Você já viu ela, é a mãe da...

-- Milena. -- Amanda lembrou e sorriu.

-- Isso mesmo. -- Samantha sorriu de volta.

-- O que que a Agatha tem para ter que se consultar?

-- Uns sonhos ruins... A Leticia é psicóloga infantil e vai ajudar ela nisso. -- Samantha explicou enquanto fazia um carinho em seu rosto.

-- É tão ruim assim, pra ela ter que consultar com uma psicóloga?

-- Infelizmente sim, vai se melhor pra ela. -- Samantha não queria entrar em detalhes, pois sabia que Amanda ainda não tinha lembrado quais os motivos que a fizera vir para o hospital. Falaria com ela depois.

-- Não quer me contar agora né?

-- Não é a hora ainda meu amor, mas você saberá logo. -- Samantha sorriu e a beijou com calma e muito carinho. Elas foram interrompidas por duas batidas na porta. – Deve ser a Marina e a Agatha ou a sua família. -- Samantha disse se dirigindo até a porta, destrancou e a abriu.

-- Mãe a Marina me carregou na costa dela da sua sala até aqui. -- Agatha entrou revelando e Marina riu entrando também.

-- E eu aposto que isso foi ideia sua. -- Samantha proferiu rindo. -- E o que você estava fazendo na minha sala?

-- É que eu queria fazer xixi, aí nós fomos lá, eu tive que ensinar o caminho pra Marina, porque ela não sabia onde era.

-- Sei... Desculpa Marina. -- Samantha pediu a olhando sorrindo.

-- Que nada, ela é uma amor. -- Marina advertiu.

-- Mary, cadê a Naty o Fá, meus pais? Já é tarde e nada deles ainda.

-- Ah o Fabrício me ligou agora a pouco. Ele teve uma discursão com o seu pai, coisas da empresa, falou que estava na rua e que ainda ia acordar a Naty no hotel e depois vinha. -- Marina explicou.

-- E o que está acontecendo na empresa? -- Amanda perguntou curiosa e preocupada.

-- Amor, você ainda não teve alta médica, portanto nada de assunto de empresa para preocupar essa cabecinha. -- Samantha advertiu a olhando serena, porém séria.

-- A Samantha tem razão Eloá. E o Fabrício já resolveu, não se preocupe. -- Sorriu.

-- Amor, já pra cama. -- Samantha avisou sorrindo.

-- Tudo bem, tudo bem... -- Amanda falou rindo e se dirigindo para a cama. -- Sam temos que conversar, lembra? -- Amanda lembrou depois de arrumar-se confortavelmente.

-- Eu sei meu anjo. -- Samantha proferiu a olhando e sorriu, estava ao lado da cama.

-- Vocês querem que eu saia e leve a Agatha de novo? -- Marina investigou interessada.

-- Não precisa, não agora. -- Amanda foi quem antecipou-se em responder. -- Ah não ser que a Sam se importe... -- Advertiu olhando a namorada a seu lado.

-- Não, tudo bem. -- Samantha respondeu ainda meio insegura, mas confiava em Amanda.

-- Sendo assim. -- Marina deu de ombros e foi sentar-se ao lado de Agatha no sofá. -- Tá jogando o que? -- Perguntou vendo Agatha brincando no celular de Samantha.

-- E aí amor o que decidiu? -- Samantha perguntou pegando a mão esquerda de Amanda e dando um beijo.

-- Já sim. -- Amanda sorriu a fitando.

-- E então? -- Samantha estava impaciente.

-- Você ainda tem dúvidas? -- Amanda indagou sorrindo, mas não esperou a resposta. -- Claro que eu vou pra sua casa! Quero ficar com você, com a Agatha...

Samantha não continha-se se felicidade. Amanda iria para a sua casa, a casa que também já era dela. Samantha a abraçou contente e depois a beijou no rosto, em seguida a beijou na boca, com todo carinho, amor e felicidade.

Marina e Agatha as observavam sorridentes. Mas somente Marina tinha escutado o teor da conversa delas, pois Agatha estava entretida no jogo.

Samantha as separou do beijo e a fitou sorrindo enquanto lhe fazia um carinho no rosto e cabelos.

-- Eu te amo. -- Samantha disse baixo, quase em um sussurro.

-- Eu também te amo, amo muito. -- Amanda advertiu também baixo e Samantha a beijou novamente. -- Amor... ainda assim eu terei que ir em Florianópolis.

-- Eu sei meu anjo, têm assuntos a resolver. -- Samantha disse em entendimento a fitando tranquila.

-- Sam. -- Amanda suspirou. -- Meus pais não sabem que eu sou homossexual, que estou com você. -- Amanda disse preocupada. --- Meu pai é... -- Amanda não teve coragem de terminar a frase, tinha vergonha.

-- Linda, olha pra mim. -- Samantha a fez olha-la. -- Não tenha medo, eu estou aqui, estou com você. -- Sorriu. -- Sei o que ia dizer. Seu pai é homofóbico, era isso?

-- Sim. -- Amanda confessou triste. -- Sempre foi... Eu tenho que te contar sobre mim, minha vida...

-- Tudo bem, eu sei e quero saber tudo sobre você. -- Samantha proferiu.

-- É... -- Marina as interrompeu e aproximou-se ficando do lado de Samantha. -- Eu ouvi tudo, eu estava bisbilhotando, confesso. -- Marina disse rindo e fazendo as outras rirem. -- Mas eu tenho que advertir que, no momento, temos que nos concentrar em como vamos convencer o seu pai de que, não vai viajar depois da alta. Eloá o Fabrício já disse pra ele que você está proibida de viajar de avião e o velho quer porque quer que você vá de ônibus.

-- O que? -- Samantha indagou irritada. -- Mas nem por cima do meu cadáver! -- Afirmou séria e Marina não pode deixar de rir e admirar-se. -- Ela estará recém operada ainda e não vai passar mais de oito horas num ônibus viajando de forma desconfortável, nem pensar!

-- Amor...

-- Não, Amanda! -- Samantha disse baixo a olhando, mas estava séria. -- Você vai pra minha casa, pra nossa casa! Depois, somente muito tempo depois, que viajará.

-- É isso aí! -- Marina concordou rindo. -- E pode contar comigo pra despachar o velho sozinho.

-- Marina! -- Amanda a repreendeu séria, mas logo as três caíram na gargalhada. -- Eu ri, mas ainda assim ele é meu pai, portanto respeite. -- Avisou. -- Vamos por parte, está bem?

-- Ok. -- Marina aderiu ainda rindo. -- E como você vai fazer pra convencer ele?

-- Eu nada a Samantha vai!

-- Eu? -- Samantha estava surpresa a olhando.

-- É sim. Você é a médica e a namorada da paciente, então diga pra ele que não posso viajar agora e que você está oferecendo a sua casa para mim ficar, pois até num hotel é muito desconfortável, e que eu ainda vou precisar de cuidados e tal... Ah amor, sei lá, inventa aí as burocracias médicas. -- Amanda relatou tranquilamente. -- E não reclama, agora a pouco estava irritada com a ideia de eu viajar de ônibus. -- Advertiu rindo.

-- É pode dar certo. -- Samantha observou.

-- Não sei não... -- Marina disse. -- Eloá, seu pai ficou possesso quando soube que não poderia viajar, e até iria falar com você para ir de ônibus. Mas aí ele viu a Sophia aqui e começou toda aquela confusão...

-- Mary, o que eu não entendo é como ele sabia que a Sophia é lésbica. -- Amanda disse pensativa.

-- É verdade... Ela sabia mesmo, contanto que ficou possesso a vendo aqui no quarto.

-- Eu não estou entendendo nada! -- Samantha confessou olhando de Amanda para Marina.

-- Sam, é... a Sophia era a minha namorada. -- Amanda confessou a olhando.

-- O que? Sério? -- Samantha estava surpresa.

-- É sim... Foi ela que eu vi visitar aqui em Curitiba...

-- Então, você estava namorando com ela quando sofreu o acidente? Ainda estão juntas? -- Samantha estava aflita. -- E como é sua vida, Amanda? Namora mulher, tem um marido, uma filha... -- Samantha respirou fundo tentando acalmar-se. -- Eu estou muito, muito confusa!

-- Amor, calma. -- Amanda pediu pegando as mãos de Samantha. -- Eu viajei para Curitiba já sabendo que o meu relacionamento com a Sophia já estava fadado ao fracasso. E constatei isso quando eu cheguei no apartamento dela e terminamos tudo, conversamos rapidamente e quando eu ia saindo uma outra mulher entrou, dizendo ser namorada da Sophia...

-- Ela estava te traindo!? -- Samantha notou.

-- Sim, enfim... Eu fiquei chateada, fiz cobranças, peguei a chave do carro de uma amigo dela o Jhone e sai chorando, dirigindo pela rua e sofri o acidente e o resto você já sabe. Eu não tinha mais nada com a Sophia quando te conheci. E quanto ao Fabricio e a Naty, é uma longa história, tenho que contar com calma. Mas garanto que não será um empecilho para a nossa relação, o problema será meu pai. -- Amanda explicou. 

-- Menos mal. -- Samantha sorriu e beijou Amanda no rosto com carinho.

-- Ok. Agora temos que focar em como avisar que você ficará na casa da Samantha.

-- Eu vou fazer o que a Amanda sugeriu. -- Samantha afirmou. -- Se der certo, bom pra nós, mas se der errado e ele insistir em querer te levar de ônibus, aí eu aviso que a coisa vai ficar complicada. Amor, eu não vou deixar ele te levar de ônibus, sendo que terá um lugar confortável para ficar, não vou deixar mesmo!

-- Eu entendo amor, mas vamos conversar com eles primeiro e com calma está bem?

-- Por mim tudo bem!

-- Eu vou ficar na sua casa, vai ver... -- Amanda disse contente.

-- Amanda você vai ficar lá em casa, que legal! -- Agatha ouviu Amanda dizer depois de atentar-se na conversa das três mulheres.

-- Vou sim meu anjo. -- Afirmou olhando a menina ao lado da mãe.

-- Você já vai ficar pra sempre? -- Investigou subindo na cama e logo foi ajudada por Samantha.

-- Ainda não, meu amor. -- Samantha foi quem respondeu olhando a filha já sentada na cama ao lado de Amanda.

-- Mas porque não mãe? -- Perguntou insatisfeita. -- Porque, Amanda?

-- Linda, porque eu ainda tenho que resolver umas coisas lá onde eu morava pra depois vir pra cá.

-- Vai demorar muito?

-- Eu espero que não. Mas vou fazer de tudo pra que não demore, está bem?

-- Tá bom. Mas você vem mesmo né? -- Quis certifica-se. 

-- Venho sim, meu bem. -- Amanda afirmou sorrindo e beijou-a com carinho.

-- Legal. Eu disse pra Marina que eu ia ter duas mães. -- Declarou contente. -- Viu Marina? -- Proferiu a olhando.

-- Vai sim gatinha! -- Marina sorriu a olhando.

Elas foram interrompidas por batidas na porta e logo viram Nately, Fabricio e os pais de Amanda entrando no quarto. Todos cumprimentaram Samantha, Agatha, e estas a eles.

-- Como a senhora está mãe?

-- Bem filha, estou ótima! -- Avisou olhando Nately sorrindo.

-- E vocês como passaram a noite? -- Perguntou olhando os recém chegados.

-- Bem filha. -- Dona Lúcia advertiu sorrindo e depois olhou para o marido que estava mais afastado um pouco. -- Carlos o que nós combinamos? -- Inqueriu séria.

-- Tem que se na frente de todo mundo? -- Ele investigou incomodado.

-- Sim, será bem melhor! -- Lúcia afirmou tentando conter o riso.

-- Ok. -- Carlos respirou contrariado e andou até a filha, ficando ao lado da cama, pôs as duas mãos nos bolsos e disse baixo. -- Filha, me desculpa por ontem. -- Foi o que consegui dizer.

-- Elabore mais esse pedido de desculpas Carlos, ela é sua filha! -- Lúcia proferiu de uma forma calma.

Carlos suspirou desgostoso, mas sabia que a esposa estava certa, retirou as mãos dos bolsos da calça e pegou a mão direita d e Amanda.

-- Filha, me desculpa por ter ofendido a sua amiga, por ter feito você ter aquela dor de cabeça, é isso, me desculpa.

-- Só isso? -- Lúcia indagou olhando o marido, enquanto tentava conter o sorriso, sabia que estava sendo difícil para ele fazer tal ato.

-- Mãe tudo bem. -- Amanda disse e depois fitou o pai sorrindo. -- Está desculpado, mas peço que não faça de novo.

-- Vou tentar...

-- Pai!

-- Tudo bem, tudo bem... -- Ele declarou e deu um beijo rápido na mão da filha e logo afastou-se.

-- Obrigada. -- Amanda falou o vendo ficar em pé perto da porta.

-- Filha e você, dormiu bem, ainda teve dores?

-- Dormi bem mãe e não tive mais dores, não se preocupe. -- Amanda afirmou sorrindo.

-- Doutora Samantha, faz tempo que chegou? -- Lúcia indagou olhando Samantha com um sorriso nos lábios.

-- Faz um tempinho, acho que antes das nove. -- Samantha disse calma.

-- Vejo que a pequena não te abandona... -- Lúcia disse olhando Agatha.

-- Não, ela insistiu em vir para o hospital. -- Samantha revelou fazendo um carinho nos cabelos de Agatha.

-- Eu que dei a ideia pra mamãe trazer o café da manhã pra Amanda. -- Agatha disse contente.

-- Sério? -- Lúcia estava surpresa.

-- Está podendo em mãe. -- Nately disse sorrindo. -- Café da manhã e tudo, assim até eu quero ser operada.

-- Não fala besteira menina! -- Lúcia repreendeu a neta.

-- Relaxa vó, foi só uma brincadeira.

-- Mesmo assim!

-- É sim filha, isso é coisa séria. -- Amanda concordou a olhando.

-- Tá bom, eu hein. Não está mais aqui quem falou. -- Disse e riu.

-- Mas você está aqui e foi você que falou. -- Agatha observou espontaneamente, e depois de uns milésimos de segundos de silêncios todos riram em acordo, até Carlos riu discretamente.

-- Filha, isso é maneira de dizer, ela quis dizer que não vai mais falar o que disse, entendeu? -- Samantha explicou.

-- Ah sim. -- Agatha sorriu em entendimento. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá lindas, *-*

Queridas, eu peço desculpas pela demora. Mas é que no momento estou com alguns problemas delicados e sérios por aqui, e ainda cheia de trabalhos e provas. Mas espero resolver tudo, e voltar a postar com intervalos de tempo menores. Bem, é isso, desculpa novamente.

Espero que tenham gostado desse capítulo e qualquer erro me perdoem. Ele foi um pouquinho menor, enfim, mas está aí. *-*

Comentem... Eu li os comentários e amei todos, muito obrigada pelo carinho, fico muito feliz, me anima e muito! Responderei a todos assim que der.

 

Beijos lindas e quero voltar logo! ^^


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Comentários para 27 - Capítulo 27:
rhina
rhina

Em: 09/07/2020

 

Marina fazendo um interrogatório para Agatha.

Rhina

Responder

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rhina
rhina

Em: 06/02/2017

 

Laila e Alex juntas é um encanto 

os pais da Amanda criando caso. ....quer dizer o pai chato....preconceituoso.

tensões 

rhina

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Ana Gil
Ana Gil

Em: 25/09/2015

Perfeito demais 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

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paty souza
paty souza

Em: 24/09/2015

Espero que vc consiga  resolver seus probleminhas!! Vai passar...tudo passar! A Alex e a Laila... juntinhas!!! A amanda/eloa..."de volta a lagoa azul"! Kkkkkkk.... calma, calma, calma! Eu tou muito bem lembrada do playground!! Eu não tou esquecida daquelas "coisitas a mas" que estavam não carro! Tou doida pra que chegue dia! Kkkk... espero que o pai da amada não der outra surtada daquela! Apesar que eu acho muito difícil!

Ta perdoada! Mas não demore muito não!! Ate!

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crisley
crisley

Em: 23/09/2015

Enny, que saudade, o conto cada vez melhor, a Alex e Laila são MT fofas, a sam e eloa nem se fala, o amor delas é MT lindo, só falta Mari agarrar a Marcela, vou bajular de novo, seu conto sem dúvida é um dos melhores que já li, só não demora a postar danada, sei que tens seus compromissos mas quem mandou escrever assim, te vira linda, bjs e parabéns mais uma vez.

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LIKA A C
LIKA A C

Em: 23/09/2015

Boa noite.

Está perfeita,é sempre gostoso ler, esperandoos proximos .

E muito obrigada por nós da muita alegria.

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Kaah L Silva
Kaah L Silva

Em: 23/09/2015

Que saudades eu estava da Amanda e da Sam, que bom que volto, amo sua historia

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Bruna
Bruna

Em: 23/09/2015

Muito bom o capítulo, a Agatha como sempre super fofa.
Ale e Laila estão se dando bem! 
Obrigada por postar o capítulo, aguardando o próximo.
Beijos =]

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Gi Costa
Gi Costa

Em: 23/09/2015

Simplesmente maravilhoso! Muito feliz com a postagem de hoje.
Beijo

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